PROCESSOS ESPACIAIS E O FENÔMENO DA CENTRALIDADE URBANA NA CIDADE DE MACAPÁ– AP
Centralização. Descentralização. Area Central. Centralidade urbana. Cidade de Macapá
A presente dissertação teve como objetivo geral compreender a dinâmica do fenômeno da centralidade urbana na cidade de Macapá-AP, com base na análise dos processos de centralização e descentralização espacial, referentes ao período de 1943 a 2022. A pesquisa sobre a dinâmica da centralidade urbana, em cidades médias, como Macapá, é de grande relevância para a ciência geográfica, a sociedade e o poder público, por fornecer subsídios para a compreensão dos processos e fenômenos espaciais, responsáveis pelas transformações urbanas que ocorrem nas cidades. Organizou-se esta dissertação, em cinco partes. Na primeira, apresentou-se a introdução, referente a aspectos gerais do projeto de pesquisa; na segunda, expuseram-se o processo de centralização espacial, a formação e o desenvolvimento da área central tradicional de Macapá no período do T.F.A; na terceira, apresentaram-se o processo de descentralização espacial e a formação de subcentros após a estadualização do Amapá; na quarta, analisou-se a dinâmica da centralidade urbana na cidade de Macapá, e, na quinta, expuseram-se as considerações finais, relativas aos resultados e à conclusão deste trabalho. A metodologia utilizada baseou-se na combinação de técnicas qualitativas e quantitativas, que permitem observar, discutir, quantificar e descrever a realidade do fenômeno. Elaborou-se a dissertação com base em uma perspectiva histórico-materialista e dialética, e utilizaram-se como técnicas metodológicas: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa em base de dados digitais e trabalho de campo. Os resultados da pesquisa revelaram que a cidade de Macapá teve sua estrutura espacial urbana alterada ao longo dos anos para atender os interesses e estratégias de agentes produtores do espaço, como o estado, o capital econômico e os agentes sociais excluídos, que geraram relações contraditórias no espaço urbano, com base nos processos de “centralização” e “descentralização”, o que culminou na formação de novas formas espaciais como; os subcentros e os shoppings centers, em áreas dispersas e descontínuas do centro principal, localizadas nos principais eixos de expansão urbana da cidade, que redefiniram, os fluxos da cidade gerando novas centralidades de diferentes níveis, que vinculam-se a lógica evolutiva do tecido intra-urbano.