MUDANÇAS MORFOLÓGICAS DE CURTO PERIODO NO BAIXO SETOR COSTEIRO ESTUARINO, ESTADO DO AMAPÁ
Costa do Amapá, rio amazonas, erosão, sensoriamento remoto.
As regiões costeiras são áreas de transição que conectam ambientes terrestres e marinhos. Esses ambientes apresentam ecossistemas complexos, dinâmicos com alta fragilidade ambiental, grandes concentrações populacionais, diversidade biológica, alta produtividade de valor econômico e ambiental. Esta pesquisa objetiva analisar as Mudanças Morfológicas de curto periodo no Baixo Setor Costeiro Estuarino, Estado do Amapá, entre os anos de 1992, 2005, 2014 e 2022. A metodologia está ancorada numa análise multidisciplinar, envolvendo o levantamento das características físico-naturais compartimentando em unidades, a descrição dos processos costeiros e análise multitemporal das mudanças com uso de geotecnologias, a fim de compreender a interação entre os elementos e suas relações. Foram adotados como geoindicador da linha de costa e a linha de vegetação em virtude de sua capacidade para mensurar e avaliar processos e formas costeiras, considerando a alta reflectividade da vegetação de mangue em imagens de sensores remotos. Os resultados preliminares demonstram que os processos de acresção predominaram em 60% representandas pelas feições morfológicas de formação de barras em pontal, processos de colmatação, formação de bancos lamosos e planicies de maré, concentrando-se nas regiões da antiga foz do rio Araguari e nas ilhas do Bailique, Franco, por outro lado, os processos erosivos 40%, estão presentes na forma de erosão fluvial e abertura de drenagens, concentram-se na porção central e sul, destaque para o Rio Gurijuba, Uricurituba e Igarapé Mamão, como consequência, entre as modificações mais significativas estão à alteração na hidrodinamica local, intensificação do fenomeno de intrusão salina, perda de obras de infraestrutura e energia elétrica regular.