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Banca de DEFESA: MAXWELL MOREIRA BAIA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAXWELL MOREIRA BAIA
DATA: 16/05/2024
HORA: 14:00
LOCAL: On-line
TÍTULO:

MUDANÇAS MORFOLÓGICAS DE CURTO PERIODO NO BAIXO SETOR COSTEIRO ESTUARINO, ESTADO DO AMAPÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Costa do Amapá, rio amazonas, Arquipélago do Bailique, erosão.


PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

As regiões costeiras são áreas de transição que conectam ambientes terrestres e marinhos. Esses ambientes abrigam ecossistemas complexos, dinâmicos com grande diversidade biológica e alta fragilidade ambiental. A Zona Costeira Amapaense possui dinâmica marcada pela interação entre os agentes atmosféricos, oceanográficos e do rio Amazonas, responsáveis por alterações na paisagem que se superpõem em uma escala temporal muito pequena em comparação com outros ambientes. Essas alterações são controladas pela ação interativa dos processos de maré, ondas e ventos desencadeando erosão, transporte, sedimentação, mudanças sazonais nas linhas de costa. Entre as regiões mais sensíveis da costa está o baixo setor costeiro estuarino que se estende entre a foz do rio Gurijuba e Araguari, neste trecho, os ambientes são marcadamente fluvio-marinhos, a planície costeira é muito baixa apresentando sua maior largura, são identificados o acréscimo constante de sedimentos fluviais e paleocanais entulhados, forte influência da salinidade, intensos processos erosivos e abertura de drenagens. Esta pesquisa objetiva analisar as mudanças morfológicas de curto período no baixo setor costeiro estuarino entre os anos de 1992, 2005, 2014 e 2022. Os procedimentos metodológicos envolveram etapas de levantamento das características físico-naturais, descrição dos processos costeiros e análise multitemporal com técnicas de geoprocessamento. Para delimitação da linha de costa foi adotada como geoindicador a linha de vegetação em virtude de sua capacidade para mensurar e avaliar processos e formas costeiras, considerando a alta reflectividade da vegetação de mangue em imagens de sensores remotos. Os resultados demonstram que os processos de acresção predominaram em 60% representadas pelas feições morfológicas de formação de barras em pontal, processos de colmatação, formação de bancos lamosos e planícies de maré, concentrando-se nas regiões da antiga foz do rio Araguari, ilha do Bailique e Franco, por outro lado, os processos erosivos 40%, estão presentes na forma de erosão fluvial e abertura de drenagens, destaque para o rio Gurijuba, Uricurituba e Igarapé Mamão. As alterações na paisagem provocaram inúmeros impactos especialmente relacionados aos processos erosivos, como a perda de casas, escolas, falta de energia elétrica devido as constantes rupturas na rede de distribuição, intensificação da intrusão salina, consequentemente, a escassez de água potável. Das 20 (vinte) comunidades monitoradas 6 (seis) estão sob influência dos processos de acresção e 14 (quatorze) sob processos de erosão, destaque para o Junco, Foz do Gurijuba, Escola Bosque, Macedônia, Itamatatuba, Boa Esperança e Vila progresso. Entre as medidas apontadas neste estudo como essenciais no enfrentamento a erosão estão as ações integradas entre os gestores costeiros e às instituições de pesquisa do Estado com aplicação dos estudos existentes nas políticas de gestão de risco, adoção de medidas de mitigação e adaptação a estes impactos tendo em vista que acontecem sazonalmente e estão sujeitos a intensificações devido aos impactos das mudanças climáticas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 511.073.092-04 - ORLENO MARQUES SILVA JUNIOR - UFRJ
Interno - 1943266 - CELINA MARQUES DO ESPIRITO SANTO
Externo à Instituição - CHRISTIAN NUNES DA SILVA - UFPA
Externo à Instituição - PAULA PINHEIRO PAIVA - UFRA
Notícia cadastrada em: 18/04/2024 10:06
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