O AGIR PROFESSORAL DE PROFESSORES DE FRANCÊS LINGUA ESTRANGEIRA EM FORMAÇÃO INICIAL
Agir Professoral. Língua Francesa. Formação Inicial. Estágio Supervisionado.TDIC
A evolução das tecnologias, especialmente da internet e das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), abriu novos caminhos para o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras e estabeleceu novas exigências em relação ao desempenho dos profissionais da educação. Nesse contexto, esta pesquisa tem como objetivo geral investigar se a percepção do professor em formação inicial sobre o agir professoral (Cicurel, 2011) em relação ao ensino de Francês Língua Estrangeira (FLE), está alinhada com o perfil profissional delineado nos Projetos Pedagógicos de Curso (PPC) das Instituições de Ensino Superior do Amapá, especialmente no que se refere ao uso das novas tecnologias no ensino de línguas. Mais especificamente, busca-se verificar se as percepções dos professores em formação inicial estão em consonância com as orientações presentes nos documentos orientadores do curso de licenciatura em Letras português-francês. Este estudo adota uma abordagem qualitativa, descritivo-interpretativista (Lüdke; André, 2018; Moita Lopes, 1994), situada no campo da Linguística Aplicada e fundamentada na corrente teórica do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) (Bronckart, 1999, 2006, 2007, 2008). O corpus desta pesquisa é composto por: a) Quatro PPC do curso de letras português-francês das universidades federal e estadual do Amapá, nos quais foram analisados especificamente os itens relacionados à formação e ao uso das novas tecnologias no ensino de francês língua estrangeira; b) Textos de entrevistas individuais realizadas em ambiente virtual, por meio da plataforma digital Google Meet, com estudantes do curso de letras português-francês das referidas universidades. Os resultados apontam que as orientações contidas nos PPC de ambas as universidades, no que se refere ao letramento efetivo em FLE para seus discentes, a integração das TDIC e a redução das dificuldades enfrentadas por eles em relação ao letramento digital no contexto do ensino superior, ainda são notavelmente insuficientes. Assim, ainda que se note a incorporação das tecnologias digitais em seu agir, através das vozes marcadas em seus discursos, a interação dos discentes com as tecnologias digitais estão muito mais ligadas às experiências pessoais do que às formativas.