POVO DAS ÁGUAS, DOS CAMPOS E DA FLORESTA: narrativas orais marajoaras da contracosta de Chaves/PA
Narrativa. Memória. Marajó. Ribeirinhos.
A presente pesquisa tem como foco a coleta e o estudo das narrativas orais de indivíduos das comunidades ribeirinhas dos rios Mapatá, Arauá, Ganhoão e Nascimento, correspondendo ao litoral da cidade paraense de Chaves, que compreende o eixo ABC (Afuá, Breves e Chaves), com o objetivo de analisar as significações e ressignificações das narrativas orais ribeirinhas como representação da identidade amazônica marajoara. Em relação à metodologia, trata-se de uma pesquisa de base bibliográfica e de coleta de dados de cunho qualitativo, do qual a memória é fonte do desenvolvimento dos saberes tradicionais e que, por meio da oralidade, estabelecem- se as relações de sentido para a compreensão da identidade amazônica marajoara, sob a ótica do lócus da pesquisa que compreende as águas, os campos e as florestas da cidade de Chaves/PA. A análise desse quadro requer a adoção de um arcabouço teórico fundamentado no estudo da memória e do narrar, embasado pelas concepções de narrador de Benjamin (1994), Loureiro (2000) e Reuter (2007), além da mediação dos estudos da análise das narrativas em correlação com o contexto amazônida e de sua construção por meio dos pressupostos de Loureiro (2015) e Miranda Neto (2005), assim como os teóricos dos estudos sociais e antropológicos de memória em Le Goff (1990), Bosi (1994) e Fochi (2017).