“CARA DE HOMOSSEXUAL TERRÍVEL”: RESISTÊNCIA E VISIBILIDADE LGBT+ NA POESIA AMAPAENSE
Literatura LGBT+. Literatura Amapaense. Imagem poética. Representatividade. Poesia.
O presente trabalho buscou discutir como a Literatura produzida por autores do grupo social LGBT+ pode servir de espaço para lugar de fala, para o discurso impulsionador da visibilidade, da representatividade desse grupo, bem como de espaço de construção identitária e de identificação no cenário LGBT+ amapaense. Para tanto, as perguntas norteadoras desta pesquisa buscam responder: 1 De que forma acontece a construção de um espaço do lugar de fala LGBT+ nas poesias dos autores amapaenses?; 2 Como a literatura pode ser um espaço para lugar de fala, identidade e representatividade?; 3 Como o discurso LGBT+ presente na poesia amapaense se traduz e constitui em espaço de identidade, resistência e dissidência através de imagens poéticas (PAZ, 1982) e outros conceitos literários? Assim, fundamentada em conceitos como discurso (FOUCAULT, 1996), lugar de fala (COLLINS, 1997; RIBEIRO, 2019); identidade, representação e representatividade (HALL, 2014; SILVA, 2014; WOODWARD, 2014), escrevivência (EVARISTO, 2020), subjetividade (GUATTARI, 1992), dissidência (SILVA, 2020) entre outros, a pesquisa teve, como objetivo geral, analisar de que forma acontece a construção de um espaço do lugar de fala LGBT+ na poesia amapaense contemporânea LGBT+, através do conceito de imagem poética (PAZ, 1982) e da análise de três textos, de modo que seja possível colocar em debate como a literatura tem se tornado espaço de identidade, discurso e representatividade para a comunidade LGBT+. Nessa pesquisa de natureza bibliográfica, propomos a análise dos poemas “Particular”, de Andrew Oliveira (2016); “Intersecções”, de Lara Utzig (2019); e “Coletivo”, de Rodrigo Mergulhão (2018), que foram escolhidos levando em conta aspectos de engajamento, fatores político-sociais e visibilidade dos textos e dos autores.