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Banca de DEFESA: JUDINETE DO SOCORRO ALVES DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JUDINETE DO SOCORRO ALVES DE SOUZA
DATA: 13/11/2020
HORA: 09:30
LOCAL: UNIFAP-https://meet.google.com/suy-xhae-jzd
TÍTULO:

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR NA AMAZÔNIA AMAPAENSE: (im) possibilidades e desafios na concepção de professores de Laranjal do Jari


PALAVRAS-CHAVES:

Políticas de Currículo. Educação. BNCC. Amazônia Amapaense. Concepções de professores.


PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Esta pesquisa focalizou a temática de políticas de currículo. Investigou-se a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), suas impossibilidades e desafios na perspectiva de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental, do município de Laranjal do Jari – Amapá. Teve como objetivo geral analisar como os docentes de Laranjal do Jari-AP, compreendem os reflexos da implementação da BNCC para o processo educativo nesse município. Pretendeu-se com os objetivos específicos: 1) compreender a BNCC como um documento basilar do campo de disputas pelos projetos de educação postos socialmente; 2) discutir as contradições pertinentes à construção de uma base nacional curricular frente à diversidade cultural, social e econômica da Amazônia Amapaense, especificamente no contexto de Laranjal do Jari; 3) Analisar as implicações da BNCC para o trabalho dos docentes, na perspectiva dos professores de Laranjal do Jari. Adotou-se como método da pesquisa o Materialismo Histórico Dialético por compreender que as políticas de currículo não se efetivam de forma isolada e neutra, mas que tensionam em um campo de disputas por um projeto de educação, de sociedade, privilegiando alguns conhecimentos e subalternando outros. Neste sentido, a discussão questionou a BNCC como política curricular hegemônica que desconsidera os saberes da Amazônia Amapaense – região diversa e com processos sociais singulares ao Norte do Brasil. A BNCC traz para educação da Amazônia Amapaense mudanças que se revelam desde o planejamento do professor diante das competências e habilidades que devem ser desenvolvidas, limitações quanto a autonomia e criatividade docente e no próprio sentido que esse processo formativo implica para a formação dos sujeitos laranjalenses, frente às suas reais necessidades. O estudo se constitui como uma pesquisa de campo, com abordagem qualitativa, cujos dados foram obtidos através de entrevistas semiestruturadas que tem como sujeitos professores do Ensino Fundamental I do município de Laranjal do Jari-AP. A análise dos dados foi realizada por meio da Análise de Conteúdo de Bakhtin. Os resultados apontam que os professores não percebem com muita clareza a hegemonia presente no documento da Base, demostrando preocupação com as competências impostas pela BNCC aos seus planejamentos, tendo em vista que as escolas que atuam não possuem condições estruturais para efetivar conhecimentos tecnológicos intrínsecos na competência da cultura digital. Aponta, ainda, que a implementação da Base vai intensificar o trabalho docente, trazendo uma maior responsabilização e precarização, diante das condições efetivas das escolas frente às competências propostas na BNCC, e o alinhamento destas com as avaliações externas. Dessa forma, apontamos a necessidade de novos estudos sobre a BNCC, críticos e resistentes – que endossem a luta contínua e coletiva, por currículos menos cercados, mais humanos e contextualizados, mais inclusivos e identitários, que crie relações de pertencimentos e que considere os saberes e as necessidades da Amazônia Amapaense e dos povos laranjalenses.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2176126 - ANTONIA COSTA ANDRADE
Presidente - 2362341 - ARTHANE MENEZES FIGUEIREDO
Externo à Instituição - SALOMÃO ANTONIO MUFARREJ HAGE - UFPA
Notícia cadastrada em: 30/10/2020 18:56
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