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Banca de DEFESA: ROMULO CAMBRAIA RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROMULO CAMBRAIA RIBEIRO
DATA: 16/04/2019
HORA: 14:00
LOCAL: BLOCO K, SALA K1
TÍTULO:

TÁ PENSANDO QUE TRAVESTI É BAGUNÇA?!” Decolonialidade e resistência nas experiências escolares de travestis e transexuais de Macapá, AP

 

 

 


PALAVRAS-CHAVES:

Decolonialidade. Narrativas. Experiências escolares. Travestis e transexuais. Pesquisa participante.

 


PÁGINAS: 151
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

A pesquisa configura-se por um recorte social protagonizado pelas travestis e transexuais de Macapá quando de suas experiências na educação formal de nível básico e de que maneira essas experiências lhes fizeram ou fazem saber lidar com suas vidas cotidianamente. Apresentamos discussão dos fenômenos que levam à prática, velada ou não, da exclusão, do preconceito e da marginalização de travestis e transexuais no espaço da escola. O estudo possui a seguinte problemática: como, em suas experiências educativas, travestis e transexuais resistiam e enfrentavam as variadas formas de preconceito? Neste sentido, para o desenvolvimento da pesquisa buscamos: a) compreender a perspectiva metodológica que nos garantisse uma escuta sensível com as colaboradoras da pesquisa, para que assim, soubéssemos lidar com suas narrativas; b) discutir as características teóricas e conceituais dos estudos decoloniais em face das principais categorias que permeiam estes estudos (Decolonialidade, Corpo e Educação, Corporalidades Travesti e Transexual, Pensamentos Subalternos, Necropolítica, Educação Intercultural e Movimentos Sociais); e c) identificar os processos de resistência e enfrentamento produzidos pelos sujeitos da pesquisa quando analisamos as capilaridades do poder hegemônico abrigando, neste espaço de escrita, um local para apresentar as suas histórias de vida no contexto escolar. Destarte, o texto está organizado em três partes principais: 1) memorial, onde escrevo sobre o contexto que me trouxe ao tema deste estudo; 2) introdução, no qual trago elementos estruturantes do projeto que embasam a pesquisa e 3) seções teóricas, onde apresentamos três seções: a primeira discute os aspectos fundantes da Pesquisa Qualitativa pela perspectiva da Pesquisa Participante, metodologia esta que tende a aproximar e inserir os colaboradores no processo de produção científica e que, por este foco, vai ao encontro da Decolonialidade, epistemologia que sustenta e transversaliza essa investigação e que tem no sujeito subalternizado a voz necessária para a superação da relação colonizador versus colonizado. A segunda seção reflete acerca das categorias centrais supracitadas apresentando os dados e suas análises por meio de um levantamento de produções científicas com buscas no site da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) de teses e dissertações que mais se aproximavam ao tema aqui averiguado. E a terceira seção, na qual constatamos que a escola ainda é um lugar hostil e que representa perigo às vidas destas pessoas, devido a lógica hegemônica do binarismo de gênero e da heteronormatividade, embora elas sejam cientes de que suas permanências na educação de nível básico é fator indispensável na qualificação que as prepara para a vida. Assim, por meio da interpretação compreensiva das narrativas de travestis e transexuais em suas experiências escolares na realidade da cidade de Macapá, Amapá, pudemos perceber que elas constroem suas resistências operando, sobretudo, através da formação de redes de amizades as quais, em contrapartida, tornam-se lugares de apoio e segurança para que possam expressar livremente suas travestilidades e transexualidades no espaço da escola. Deste modo, concluímos que elas transgridem e agem contra-hegemonicamente ao poder instituído quando, ao invés de se segregarem e se compartimentarem, como preza o biopoder, elas atam laços de fraternidade com seus pares e demais funcionários da escola no intuito de não sofrerem, passivamente, as consequências da segregação, e exclusão.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1455204 - ALEXANDRE ADALBERTO PEREIRA
Interno - 2356177 - ELIANA DO SOCORRO DE BRITO PAIXAO
Externo ao Programa - 1824721 - ANA CRISTINA DE PAULA MAUES SOARES
Externo à Instituição - SONIA MARIA DA SILVA ARAÚJO - UFPA
Notícia cadastrada em: 12/04/2019 17:09
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