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Banca de DEFESA: IGOR BARROS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IGOR BARROS SANTOS
DATA: 19/11/2021
HORA: 14:30
LOCAL: UNIFAP-https://meet.google.com/tmp-mdfj-xft
TÍTULO:

LIDERANÇAS INDÍGENAS NO NORTE AMAZÔNICO: VOZES DO PROCESSO DE FORMAÇÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Educação Indígena. Lideranças. Formação. Amapá e Norte do Pará.



PÁGINAS: 179
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

O movimento indígena tem buscado ampliar sua participação no cenário político nacional. Essa atuação é fortalecida pela iniciativa e engajamento das suas lideranças políticas e comunitárias. Assim, diante do importante papel desempenhado pelas lideranças indígenas, essa pesquisa questiona como elas e eles constituíram-se na condição de líderes e quais processos educacionais foram decisivos para sua atuação. O presente trabalho buscou, portanto, compreender o processo de formação dessas lideranças e analisar quais modalidades influenciaram o desenvolvimento do perfil de representação étnica e maior participação política. Nosso objetivo geral foi identificar os processos educacionais envolvidos na formação das lideranças indígenas e analisar as contribuições das experiências, dos saberes, escolares e não escolares, para a formação de indígenas que exerçam o papel de porta voz da coletividade. Sob a perspectiva metodológica foi desenvolvida uma pesquisa narrativa por meio de entrevistas semi estruturadas, com seis líderes indígenas do Amapá e norte do Pará-Brasil. Partindo das narrativas, constatou-se a preponderância de determinadas modalidades educacionais em detrimento de outras. A Educação informal mostrou ser a espécie que mais contribuiu para a formação das lideranças. Por meio do repasse tradicional de saberes e convivência com as lideranças constrói-se o afeto por sua coletividade, consolidam-se competências e a compreensão da importância do papel do líder. Por sua vez, a educação não formal também contribuiu na formação das lideranças indígenas entrevistadas. Entidades como CIMI, IEPÉ e COIAB permitiram a interação entre as variadas lideranças do país, organizaram oficinas e estimularam a organização do coletivo. Já a educação formal foi citada como de grande importância pelas lideranças, mas os destaques pareceram voltar-se mais para a figura do(a) professor(a) e seu incentivo e para o desenvolvimento da oratória, do que para o conteúdo e a proposta curricular adotada. Assim, a importância para formação de lideranças por meio da educação formal, ou educação escolar indígena, apresentou uma influência mais relacional e atitudinal e menos sobre o aprendizado das diferentes áreas do conhecimento. Deste modo, pôde-se estabelecer uma ordem de valoração dentre os modelos educacionais no processo de formação das lideranças indígenas do Amapá e do Norte do Pará, qual seja: 1) Em maior grandeza, a educação informal, com o respeito e a valorização dos saberes e fazeres fruto das experiências da coletividade indígena e as referências das gerações de líderes indígenas que os(as) antecederam; 2) numa proporção equivalente a educação não formal e a educação formal, na medida em que a primeira atua conectando o indígena com elementos externos à sua vida cotidiana (viagens, eventos, cursos extras, diálogo com outros indígenas, outros profissionais) e, a segunda, como relevante por si só, cuja contribuição seria o aperfeiçoamento comunicativo e o incentivo dos(as) professores(as) para atuarem como líderes.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1170582 - CECILIA MARIA CHAVES BRITO BASTOS
Presidente - 1509103 - HELENA CRISTINA GUIMARAES QUEIROZ SIMOES
Interno - 2364584 - SIDNEY DA SILVA LOBATO
Externo à Instituição - SILVIA LOPES DA SILVA MACEDO - PARIS 1
Notícia cadastrada em: 21/10/2021 19:48
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