HOMOSSURDOFOBIA: Interseccionalidade nas narrativas de docente Surdo
Cultura Surda. Decolonialidade. Educação. Interseccionalidade. Homofobia. Sexualidade.
O estudo traz como objetivo principal compreender as formas de enfrentamentos de uma pessoa gay/surda acerca da homossurdofobia em seus processos formativos, escolares e profissionais. Especificamente de um docente que atua no Curso de Licenciatura em Letras/Libras, na Universidade Federal do Amapá. Considerando a trajetória desse professor, emerge a seguinte problemática da pesquisa: de que forma uma pessoa surda, gay, docente, nortista, enfrenta processos de homossurdofobia em seu percurso formativo? Para o arremate metodológico, a técnica da pesquisa será a pesquisa biográfica, pois os relatos biografados são objetos que historicizam, e que representam e refletem a partir das diversas linguagens, valores e crenças, sobre perspectivas pessoais e suas inserções nos contextos culturais e políticos. Estabelecendo uma relação dialógica de um modo de se construir conhecimento a partir e com o outro, marcando uma interface entre as biografias de quem fala e se expressa, de quem ouve e do meio social, marcando por isso, a (re)construção e a reflexão de uma Pesquisa-Ação-formação dá/para docência. Para os instrumentos de coletas de dados foi estabelecida a entrevista narrativa. Para se chegar neste sujeito, foi utilizada a abordagem conhecida como “Amostra não probabilística intencional”, que se trata de uma forma de amostra não probabilística, que utiliza cadeias de referência. Sendo assim, o foco é apresentar um novo (termo), ainda que desconhecido nos estudos da LGBTQIAPN+fobia: a homossurdofobia. Que representa as inúmeras subalternizações que surdos/as/es LGBTQIAPN+ vivenciam em suas caminhadas por conta da interseccionalidades de seus marcadores identitários.