AUTOAVALIAÇÃO DA PRÁXIS EDUCATIVA EM PROJETOS E INSERÇÕES SOCIAIS REALIZADA POR MULHERES ATRAVESSADAS PELO FEMINISMO EM MACAPÁ - AMAPÁ
Educação. Práxis Educativa. Autocrítica Feminista.
A presente pesquisa tem como tema: autoavaliação do ideário feminista e sua práxis educativa em contraste com as críticas recebidas. O questionamento que norteia a pesquisa é: como mulheres que se autodenominam feministas e desenvolvem práxis educativas em diferentes inserções e projetos sociais avaliam suas atuações em face das críticas recebidas? Objetiva interpretar a autoavaliação da práxis educativa elaborada por mulheres atravessadas pelo feminismo que atuam em inserções e projetos sociais em Macapá/Amapá. Além dos objetivos específicos que visam expor e refletir sobre a conjuntura do feminismo e sua relação com gênero; descrever a construção do feminismo amapaense a partir da reflexão e autoavaliação das participantes da pesquisa; contrastar em perspectiva hermenêutico-terapêutica o ideário feminista em relação às críticas recebidas e apontar as reformulações do ideário das feministas envolvidas na pesquisa por meio da práxis provocada nos exercícios de autoavaliação mediada pelo contraste de posicionamentos. O estudo conta com a colaboração/participação de 07 (sete) mulheres que se identificam como feministas e desenvolvem suas atividades em projetos e inserções sociais imbuídas pelo ideário feminista. O aporte teórico fundamenta-se na autocrítica feminista (HOOKS, 2018), (BUTLER, 2021), (TIBURI, 2018), e a práxis educativa (GOHN, 2013) e (FREIRE, 2018). Trata-se de pesquisa aplicada e caracteriza-se como pesquisa descritiva exploratória com abordagem qualitativa, utilizará o método hermenêutico e seguirá os procedimentos metodológicos da formativapesquisa, utilizará a entrevista narrativa para coleta dos dados e análise temática para compreensão e interpretação dos dados. Buscará atingir como resultado a produção de textos científicos relativos ao tema bem como proporcionar o protagonismo das participantes permitindo debate e reflexão a partir de suas autoavaliações e participação em atividades programadas e previamente agendadas como parte integrante dos procedimentos metodológicos que se dividem em quatro fases incluindo a realização de três entrevistas. Desse modo observa-se que na práxis educativa feminista ocorre um duplo movimento de reflexão, primeiro na formação crítica das mulheres atuantes e em segundo lugar nos indivíduos mulheres/homens, independente de classificação de gênero, que recepcionam as atividades propostas e desenvolvidas. O que permite concluir que a práxis feminista na atuação das referidas mulheres possibilita reconhecimento, valorização e produção de saberes.