Gênero na Educação Física Escolar: As percepções das/dos docentes de Educação Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP)
Gênero. Educação Física Escolar. Docência. Percepções
Esta pesquisa segue à efervescência dos debates do feminismo, que deram origem aos estudos de gênero iniciados por volta das décadas de 1970 e 1980, com intuito de aproximar e problematizar o tema gênero da educação, sobretudo na educação física escolar no IFAP. Vale lembrar que, esta pesquisa não nega que existam diferenciações biológicas nestes corpos, contudo acredita que a prática diária de perpetuar as diferenças sexuais originou essa divisão que se tornou natural, e ainda que justamente estes argumentos estruturalistas sustentam um conjunto de estruturas significantes, como a heterossexualidade compulsória determinando ou pre-discursando sobre papéis e funções de mulheres e homens. Neste contexto, objetivará analisar as percepções das/dos docentes de Educação Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP), acerca do tema gênero. Este pesquisa de campo com abordagem qualitativa (FLICK, 2009), terá como aporte teóricos autores como Butler (2019), Beauvoir (1970), Louro (2014), Meyer (2013) e Louro, Felipe, e Goellner (2013). Assentada numa perspectiva pós-estruturalista de Williams (2013), permitindo acreditar que para esta pesquisa as próprias instituições, os símbolos, as normas, os conhecimentos, as leis e política de uma sociedade são constituídos, atravessados e produzem representações e pressupostos de femininos e de masculinos. Contudo, torna-se possível desnaturalizar o entendimento de um corpo somente como uma entidade biológica que originou e perpetuou diferenças entre homens e mulheres, ou que serviu de pano de fundo para a cultura produzir as desigualdades; Outros autores como Luz Júnior (2003), Altmann (2015), Barros (2019) e Bracht (2019) por acrescentarem de forma significativa no debate entre os temas “Gênero e Educação Física Escolar”. O caminho metodológico será constituído, a priori, de três etapas: 1) levantamento bibliográfico; 2) Coleta de Dados; e 3) sistematização e análise de dados, elegendo-se a Análise do Discurso Crítica (ADC) em Resende e Ramalho (2017) como técnica de análise de dados. Espera-se que os resultados sejam promissores ao criar este espaço de diálogo com os saberes das/dos docentes, permitindo reflexões para futuros trabalhos que pretendam pensar em uma educação que cause desconstrução/reconstrução no que diz respeito à mudanças educativas contra hegemônicas e não discriminatórias voltadas para as relações de gênero dentro do ambiente educacional.