SER MULHER E FILÓSOFA: NARRATIVAS DE SUPERAÇÃO DA SUPREMACIA MASCULINA NA FILOSOFIA
Ser, Mulher, Filosofia, Gênero
Esta pesquisa pretende refletir acerca da relação entre ser mulher e filósofa, partindo do questionamento do lugar da mulher na filosofia e das razões históricas que invizibilizaram estas mulheres pensadoras. Com base na problemática de como a compreensão de ser mulher, presente nas narrativas das professoras de filosofia das instituições públicas de Ensino Superior, contribui, nas dimensões ontológica (ser), epistemológica (saber) e política (poder), para a superação da supremacia masculina na filosofia, o objetivo geral desta pesquisa visa compreender como as reflexões sobre ser mulher, nas narrativas das professoras de filosofia, pode contribuir, no âmbito ontológico, epistemológico e político, para a superação da supremacia masculina na filosofia, a qual se configura como uma herança advinda de uma sociedade androcêntrica, centrada no homem, que retirou as mulheres dos muitos espaços, incluindo a própria filosofia. De maneira específica, busca-se analisar como se deu a construção do ser mulher, historicamente, pelo viés colonial/patriarcal, também, ansiando entender como os processos de colonialidade do poder, ser e saber influenciaram a história da filosofia e contribuíram para a invisibilidade das mulheres neste campo de conhecimento. Também, esta pesquisa objetiva contribuir, através das narrativas das professoras, para a superação da supremacia masculina na filosofia, nas dimensões ontológica (ser), epistemológica (saber) e política (poder), e à representatividade do ser mulher e filósofa. É uma pesquisa do tipo qualitativa, que fará uso da entrevista narrativa como instrumento de coleta de dados, e da hermenêutica filosófica para a análise e tratamento das informações coletadas.