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Banca de DEFESA: KAMILA SANTOS SANTANA MASSOUD

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KAMILA SANTOS SANTANA MASSOUD
DATA: 28/02/2020
HORA: 15:00
LOCAL: AUDITORIO DO CEPA
TÍTULO:

CONFLITO NA GUIANA FRANCESA – ANÁLISE DAS MOVIMENTAÇÕES SOCIAIS DE 2017

 


PALAVRAS-CHAVES:

Guiana Francesa. Conflito. Movimentação social.


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Relações Internacionais
RESUMO:

Desde de 2011, a comunidade internacional vem assistindo a diversos protestos e mobilizações em diversos países de diferentes continentes, como a Primavera Árabe, no Oriente Médio e Norte da África, Occupy Wall Street nos Estados Unidos, 15M na Espanha e Jornadas de Junho em 2013, no Brasil (MEDEIROS, 2012; BENAVIDES; PLEYERS, 2018). Mais recentemente, assistiu-se a protestos massivos na França, Hong Kong e Bolívia. Ora pressionando governos por melhores condições de vida, ora por mais autonomia ou redução de tarifas, as movimentações sociais têm se mostrado capazes de exercer forte pressão. A Guiana Francesa é uma coletividade territorial integrante da França, um território europeu na América do Sul cuja história é marcada por exploração de pessoas e de recursos naturais e pela violência. Protestos e mobilizações sociais fazem parte do histórico da Guiana Francesa desde meados do século XX. Em 2008, por exemplo, os guianenses protestaram contra o aumento no preço dos combustíveis (CHEONG, 2010) e em 2010, por um plebiscito que buscava mais autonomia política para o local (CAVLAK, 2017). As movimentações sociais de 2017 foi a maior mobilização social ocorrida na história da Guiana Francesa, envolvendo todas as classes sociais e integrantes de grupos socioculturais diferentes. Os protestos, bloqueios e marchas reuniram milhares de pessoas nas principais cidades, números significativos considerando a densidade demográfica local. Tal movimento desembocou em uma greve geral com um mês de duração, parando as principais atividades da coletividade. Diante do exposto, o objetivo desta dissertação é apresentar uma análise das movimentações sociais de 2017. Para tal, foi realizado um levantamento bibliográfico que abarca conflitos em uma perspectiva multidimensional, considerando conceitos e debates da Escola de Copenhague, dos Estudos de Paz e de outras áreas de estudo como a Sociologia e a Antropologia, além do histórico da Guiana Francesa, a qual apresenta características bem singulares. A metodologia consistiu na análise do único jornal impresso local, os quais expuseram a insatisfação geral da população guianenses, desencadeando a greve geral. Tal veículo de comunicação buscou destacar consenso nas manifestações, como se as vozes fossem uníssonas. Entrevistas semiestruturadas também foram realizadas, a fim de buscar elementos que complementassem a análise do veículo de comunicação. As análises mostram que apesar dos jornais enfatizarem a unidade dos grupos, nota-se que a coesão não é tão uníssona, dada a multiplicidade de atores pertencentes a diferentes grupos. Conclui-se que a sociedade guianense, com seu caráter multiétnico, busca ter seus direitos assegurados, principalmente no que tange à igualdade defendida pela República Francesa, ademais os guianenses são capazes de agir em conjunto para reivindicar, ainda que divergências sejam observadas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1808516 - IURI CAVLAK
Presidente - 2028444 - PAULO GUSTAVO PELLEGRINO CORREA
Notícia cadastrada em: 20/01/2020 11:10
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