A CONSTITUIÇÃO DAS RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: PERCEPÇÕES E IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS À LUZ DA TEORIA FEMINISTA
Gênero; Feminismo; Escola; Práticas Pedagógicas
Os arranjos instituídos nas sociedades pós modernas naturalizados por seus agentes, carregam consigo a complexidade de suas relações, suas tensões e disparidades. Alguns desafios históricos se impõem, entre estes, o fato da história da sociedade ocidental ser atravessada pela legitimação de discursos da desigualdade entre homens e mulheres. A influência do patriarcado, que coloca o homem como o centro do mundo, e por conseguinte, oprime as mulheres, se espraia em todos os meandros da sociedade. Nesse ponto, ressalta-se a importância dos estudos feministas no sentido de desconstruir a ordem androcêntrica vigente e promover a conivência justa e equânime entre os gêneros. É importante salientar que o advento do Feminismo originou diversas perspectivas analíticas exploradas por suas estudiosas, suscitando diversas nuances que pudessem contestar a infinidade de instrumentos de dominação patriarcal. A escola, por sua vez, é a instituição que reflete os movimentos da sociedade, mas que também possibilita o pensar crítico. Daí a fundamental importância de um ambiente escolar e profissionais que possibilitem o exercício de valores, respeito e equivalência entre as pessoas de diferentes gêneros, com a convivência de todas as possibilidades relacionadas ao papel do homem e da mulher. Nesse contexto, o protagonismo docente é imperativo, visto que cabe ao professor a tarefa de conduzir o processo de ensino-aprendizagem e eleger a didática pedagógica que melhor se adeque aos seus objetivos.