AMAPÁ COMO FRONTEIRA TECNO-ECOLÓGICA NA GEOPOLÍTICA AMBIENTAL
fronteira tecno-ecológica; geopolítica ambiental; desenvolvimento sustentável; Amapá.
A crescente preocupação sobre os efeitos da atividade humana sobre a natureza tem enfatizado que qualquer estratégia de desenvolvimento deve adotar práticas sustentáveis, que promovam o crescimento econômico sem acentuar a degradação do meio ambiente e valorize a diversidade socioambiental para gerar melhoria de vida à população local, sobretudo na Amazônia. Contudo, a geopolítica também deve ser considerada no planejamento, em vista das possíveis vulnerabilidades e oportunidades implicadas no interesse internacional pelas questões ambientais e por recursos naturais da região. Neste sentido, o desenvolvimento de uma fronteira tecno-ecológica tem sido defendido como a via mais adequada para alcançar os objetivos nacionais de desenvolvimento e garantir que o uso sustentável da natureza gere benefícios para as populações amazônicas. Embora os planos estaduais considerem o aproveitamento técnico-científico da natureza para o desenvolvimento econômico, o Amapá baseia sua economia nos setores de serviços e de agricultura e mineração em larga escala que pressionam o meio ambiente, enquanto seu crescimento permanece limitado e vulnerável a pressões externas, e não há um projeto a longo prazo estruturado para orientar uma estratégia científica coordenada. Portanto, a presente pesquisa objetiva avaliar eixos estratégicos para desenvolver o Amapá como fronteira tecno-ecológica no contexto geopolítico ambiental. De caráter exploratório-descritivo, o estudo se baseia na revisão bibliográfica de conceitos relacionados à fronteira tecno-ecológica na geopolítica, em documentos e produções acadêmicas sobre as estruturas ambiental e científica do Amapá, e na análise bibliométrica de pesquisas desenvolvidas no estado a fim de fundamentar a recomendação de eixos estratégicos que contribuam para focalizar recursos nas possibilidades de uso técnico-científico do meio ambiente amapaense e fortaleçam a inserção internacional do Amapá para além do fornecimento de comodities.