OS “COSTUMES” DA VILA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ NO CONTEXTO DO PROJETO PINSÔNIA: O DOCUMENTO E O ENSINO DE HISTÓRIA
PINSÔNIA; DOCUMENTO; ENSINO DE HISTÓRIA
A partir de uma busca feita em manuais educacionais que abordam temáticas da
história do Amapá, percebe-se que a educação básica encontra-se carente tanto de material
quanto de metodologias que fomentem o estudo da história local no chão da sala de aula para
que, assim, o estudante possa ter interesse em querer aprender sobre o tema. Soma-se a essa
lacuna outro agravante, que diz respeito à retirada da disciplina “Estudos Amazônicos” do
currículo amapaense, fato que poderá impactar diretamente e de forma negativa no ensino da
História Local, dado que, sem esse ensino, o estudante tenderá a não se perceber nas
conjunturas históricas, comprometendo ainda a sua percepção como sujeito histórico.
Partindo dessas evidências, considero essencial que educadores e pesquisadores,
adentrem nesse universo de estudo e pesquisa sobre a história local, de modo a buscar novos
mecanismos de aprendizagem para esse campo do saber, que ainda possui muitas lacunas a
serem preenchidas com relação à contextualização histórica desse lugar.
Para tanto, com a intenção de identificar o potencial de estudo do Projeto Pinsônia,
assim como viabilizar a sua aplicabilidade na educação básica, elenquei as seguintes
perguntas norteadoras para a pesquisa: qual a contribuição do uso de fontes documentais no
ensino de história para a produção do conhecimento histórico na educação básica? Como a
problematização do estudo dos costumes de uma região pode contribuir para a tomada de
consciência histórica por parte dos estudantes com relação a sua percepção de sujeitos
históricos na sociedade da qual fazem parte?