INIBIDORES DA MONOAMINA OXIDASE B: PLANEJAMENTO IN SILICO E VALIDAÇÃO PRÉ-CLÍNICA EM MODELO ZEBRAFISH
Monoamina oxidase B, Descoberta de Fármacos, In silico, Doença de Parkinson, ZebraFish.
Introdução: A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa que se desenvolve ao longo do tempo como resultado da deterioração gradual das vias dopaminérgicas no cérebro, resultando no aparecimento de sintomas motores e não motores. Ressaltando que não há tratamento para a doença de Parkinson; em vez disso, os sintomas são controlados usando uma ampla gama de medicamentos usados para aumentar e manter os níveis de dopamina no cérebro. Nesse sentido, a monoamina oxidase B é considerada um dos alvos terapêuticos para o tratamento da doença de Parkinson, pois é responsável pela desaminação oxidativa da dopamina. Objetivo: Este estudo teve como objetivo levantar moléculas com atividade biológica potencial para o planejamento e desenvolvimento de novos fármacos inibidores da monoamina oxidase B para o tratamento da doença de Parkinson, seguido de sua validação pré-clínica em modelo ZebraFish. Material e Métodos: rastrio de compostos com valores de IC50 abaixo de 1 mM para monoamina oxidase B descritos no BindingDB, identificar suas regiões farmacofóricas com os servidores web PharmaGist e Zincpharmer, em seguida prever sua farmacocinética e toxicidade com os softwares Qikprop e DEREK respectivamente, bem como suas interações moleculares com a proteína alvo através do docking molecular utilizando o programa GOLD. Resultados e discussão: Resultados e discussão: 31 moléculas foram selecionadas no banco de dados BindingDB, todas com propriedades físico-químicas preditivas de absorção oral satisfatória de acordo com as regras de Lipinski, a identificação das regiões farmacofóricas presentes são 1 região aceptora de hidrogênio e 2 regiões aromáticas, e as predições in silico sobre atributos farmacocinéticos e toxicológicos indicam que os hits 2 (3-metil-8-(4,4,4-trifluorobutoxi)indeno[1,2-c]piridazin-5-ona) e 24 (7-[(4-fluorofenil )metoxi]-3,4-dihidro-2H-naftalen-1-ona ) são escolhas mais assertivas para a realização de estudos de validação pré-clínica, e aquelas moléculas com resultados negativos representam pontos de partida perspicazes para futuros estudos de modelagem molecular visando sua otimização. Conclusões: As moléculas 2 e 24 apresentaram os melhores resultados na pesquisa in silico, portanto podem ser escolhas bem-sucedidas para validação pré-clínica em estudos pré-clínicos no modelo Zebrafish. Além disso, essas moléculas apresentam características satisfatórias para o desenvolvimento de fármacos voltados para administração oral.