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Banca de DEFESA: NAYANA KEYLA SEABRA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NAYANA KEYLA SEABRA DE OLIVEIRA
DATA: 03/09/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Vídeo chamada por google meet
TÍTULO:

ESTUDO IN SILICO, IN VITRO E IN VIVO DE FLAVONOIDES PRESENTES EM EUTERPE OLERACEA MARTIUS COM ATIVIDADE ANTI-ALZHEIMER


PALAVRAS-CHAVES:

Doença de Alzheimer. Antioxidantes. Flavonoides. Euterpe oleracea Martius.


PÁGINAS: 208
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa caracterizada pela irreversível e progressiva perda de memória, diminuição do desempenho nas atividades diárias, seguida pela completa demência. Um fator frequentemente citado na etiologia das doenças neurodegenerativas é a geração de radicais livres e estresse oxidativo, produzindo prejuízos celulares. Estudos mostram que o consumo de alimentos ricos em polifenois, principalmente os da classe dos flavonoides, desempenham diversas propriedades farmacológicas, sobretudo a atividade antioxidante. O Euterpe oleracea Martius, popularmente conhecido como açaí, possui alto teor de polifenóis conferindo a estes frutos propriedades antiinflamatórias, imunomoduladoras e antioxidantes. Objetivo: Estudar flavonoides, por meio de métodos in silico, in vitro e in vivo, presentes em Euterpe oleracea Martius com atividade anti-Alzheimer. Metodologia: Inicialmente, 16 moléculas de flavonoides presentes em Euterpe oleracea Martius foram selecionadas, organizadas em polpa e oléo do açaí. Realizaram-se as análises das propriedades físicoquímicas dos flavonoides pela regra dos cinco de Lipinski, das propriedades farmacocinéticas, do perfil de toxicidade e derivação do farmacóforo. Além disso, foi realizada a identificação das interações intermoleculares dos flavonoides e os alvos AChE, GSK-3β e JNK3, através do Docking molecular. Após, os resultados in silico selecionaram-se dois flavonoides com os melhores resultados, luteolina e taxifolina, e foi realizada a análise da atividade antioxidante das moléculas selecionadas in vitro através do método de sequestro de radicais livres DPPH e avaliação in vivo da ação da luteolina e taxifolina na capacidade de aprendizagem e memória no zebrafish e análise histopatológica do cérebro do peixe. Resultados: Na avaliação in silico, dentre as propriedades físico-químicas, os flavonoides catequina, epicatequina, luteolina, chrisoeriol, taxifolina, apigenina, dihidrocaempferol, isovitexina e vitexina apresentaram boa biodisponibilidade, por via oral. Nas propriedades farmacocinéticas, as moléculas catequina, epicatequina, isovitexina, luteolina, chrisoeriol, taxifolina e isorhamnetina rutinosídeo apresentaram os melhores resultados e uma alta absorção oral humana; na predição das propriedades toxicológicas os compostos apresentaram bons resultados, com exceção dos compostos isorhamnetina rutinosídeo e rutina que apresentaram alerta acerca da mutagenicidade devido a presença de hidroxinaftaleno ou derivado. No ensaio de docking todos os compostos apresentaram interações chaves com os alvos testados. Quanto ao farmacóforo, o que obteve melhor resultado foi o de score 48.65 que alinhou os 12 flavonoides, apresentando 6 regiões essenciais, sendo 3 doadores de hidrogênio, 1 aceitator de hidrogênio e 2 anéis aromáticos; na predição de atividade os flavonoides taxifolina, rutina e di-hidrokaempferol obtiveram o melhor potencial de atividade antioxidante. Os flavonoides isovitexina, escoparina, chrisoeriol e rutina apresentaram atividade frente a AChE, e os flavonoides luteolina e apigenina, além da atividade frente à AChE, também mostraram atividade contra GSK-3β no cálculos de docking molecular. Na avaliação da atividade antioxidante, os resultados demonstraram que a luteolina (IC50=15.61 ± 0.9µg/mL; R2=0,9973) apresentou uma atividade de eliminação dos radicais mais fraca do que a taxifolina (IC50= 3.66 ± 0.25µg/mL; R2= 0,9926). Na avaliação in vivo da capacidade de aprendizagem e memória a administração de luteolina e taxifolina conseguiu tratar a curto prazo o déficit de memória induzido por escopolamina em zebrafish, sem apresentar alterações histopatológicas capazes de alterar o funcionamento normal do cérebro. Considerações finais: O estudo in silico, in vitro e in vivo da luteolina e taxifolina sugere que esses flavonoides podem ser uma estratégia de tratamento anti-alzheimer. Esses achados, levantam uma nova perspectiva para o tratamento da DA.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2988975 - LORANE IZABEL DA SILVA HAGE MELIM
Interno - 1867989 - IRLON MACIEL FERREIRA
Externo ao Programa - 3067465 - DAVID ESTEBAN QUINTERO JIMENEZ
Externo à Instituição - LEONARDO BRUNO FEDERICO - URP
Externo à Instituição - GISELE DA SILVA BOTAS CRUZ - NENHUMA
Externo à Instituição - GABRIEL ARAÚJO DA SILVA - UEAP
Externo à Instituição - DANAY ROSA DUPEYRÓN MARTELL - NENHUMA
Notícia cadastrada em: 26/08/2021 22:11
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