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Banca de QUALIFICAÇÃO: THAYNÁ OLIVEIRA CORRÊA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THAYNÁ OLIVEIRA CORRÊA
DATA: 17/05/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório do Centro de Estudos e Pesquisas da Amazônia (CEPA) da UNIFAP/Híbrida
TÍTULO:

DESENVOLVIMENTO DE MICROESPONJAS A BASE DE ZEÍNA BIOMODIFICADA CARREGADAS COM ÁCIDO ELÁGICO PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS


PALAVRAS-CHAVES:

Ácido elágico; Curativo; Ferida; Esponja; Polímero; Zeína.


PÁGINAS: 38
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Farmacologia
RESUMO:

Introdução: A pele tem como função primordial proteger o organismo. Quando ocorre a perda de sua integridade, a exemplo das feridas, o processo cicatricial controlado é imperativo. No entanto, devido aos benefícios limitados dos curativos tradicionais, novas tecnologias têm sido estudadas no intuito de obter curativos mais funcionais. Por sua vez, os biopolímeros são úteis na composição de curativos por prover um microambiente úmido, favorecer a re-epitelização e por serem versáteis para o desenvolvimento de formas farmacêuticas inovadoras, tais como filmes, hidrogéis e esponjas. A zeína é um biopolímero extraído das sementes do milho e apresenta características favoráveis para a composição de curativos, como biodegradabilidade, biocompatibilidade e capacidade filmogênica. Além disso, melhora a estabilidade, a atividade biológica e a liberação de ativos com baixa solubilidade aquosa, como o ácido elágico. Este bioativo possui um grande potencial terapêutico com importantes atividades biológicas, dentre as quais antioxidante, antimicrobiana e cicatrizante. Objetivo: Desenvolver esponjas de zeína biomodificada carregadas com ácido elágico para o manejo de feridas. Metodologia: Foram obtidas esponjas através da dispersão da zeína em água nas seguintes concentrações: 5% p/v (Z5%,), 7,5% p/v (Z7,5%) e 10% p/v (Z10%), seguida da liofilização do material por 48h. Diante das características mecânicas mais promissoras, a esponja Z5% foi escolhida para testar a incorporação de glicose nas concentrações de 2,5 e 5,0 % p/v (Z5% G2,5%, e Z5% G5%, respectivamente), sendo em seguida submetidas a reação de Maillard (M) em estufa a 120oC por 2h. Todas as esponjas foram avaliadas de modo preliminar e caracterizadas quanto a espessura, ângulo de contato, velocidade de captação de água, permeabilidade ao vapor de água, sorção e solubilidade. As melhores formulações foram escolhidas para incorporação do ácido elágico. Além dos ensaios anteriores, os dispositivos serão submetidos à Microscopia eletrônica de varredura (MEV) e Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), a fim de analisar a sua morfologia interna, externa e o estabelecimento de eventuais ligações químicas entre os materiais. Por último, será avaliada a sua atividade antimicrobiana frente a
Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans. Resultados Parciais: Todas as esponjas apresentaram espessura entre 1,0 e 1,5 mm, coloração amarelo-claro, aspecto homogêneo, resistência adequada e superfície bastante hidrofílica, com ângulo de contato abaixo de 43o. Em contato com água a 25oC e 37oC prontamente tornaram-se maleáveis e se mantiveram íntegras por até 3 dias. Além disso, todas as esponjas apresentaram sorção maior que 100%, enquanto que as esponjas Z5% G5% e M-Z5% G5% se destacaram quando comparadas a esponja Z5% (p>0,05), possivelmente devido à sua estrutura microporosa e a presença de glicose na sua composição. A solubilidade das esponjas em meio aquoso foi limitada (entre 10 e 30%), sendo este um aspecto importante na formulação de curativos estáveis. As imagens de MEV demonstraram uma grande quantidade de poros na superfície das esponjas. Quanto a permeabilidade ao vapor de água, estas apresentaram capacidade de formar barreira, aspecto este que pode estar relacionado à zeína, um polímero altamente hidrofóbico. Ainda, as esponjas previamente carregadas com ácido elágico e submetidas a reação de maillard apresentaram superfície hidrofílica, com ângulo de contato de 44,08o, alta sorção (366,8%) e baixa solubilidade (40,39%) em meio aquoso. Desta forma, espera-se obter um dispositivo adequado para uso como curativo, com capacidade de manter o ambiente úmido no leito da ferida, alta sorção, limitada solubilidade, maleabilidade e atividade antimicrobiana, sendo, portanto, uma nova e promissora alternativa terapêutica para o manejo de feridas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1924165 - FRANCISCO FABIO OLIVEIRA DE SOUSA
Externo à Instituição - RILTON ALVES DE FREITAS - UFPR
Externo ao Programa - 2380024 - WALTER DE SOUZA TAVARES
Notícia cadastrada em: 16/05/2024 15:41
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