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Banca de DEFESA: JARDEL PACHECO QUEIROZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JARDEL PACHECO QUEIROZ
DATA: 19/06/2020
HORA: 15:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

Estudo in vitro da atividade antitumoral em células de glioma por lapachol emulsificado em fibroína da seda.


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-Chave: Antineoplásico. Tumor Cerebral. Lapachol. Bombyx mori. 


PÁGINAS: 78
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

INTRODUÇÃO: O câncer é uma doença que tem crescido exponencialmente nos últimos anos. O tratamento na maioria das vezes é extremamente agressivo ao paciente, pois inclui altas doses de quimioterapia, radioterapia ou procedimentos cirúrgicos. O Glioblastoma é um tipo de tumor desenvolvido em células do tronco encefálico, progenitores gliais e astrócitos no sistema nervoso central, é o subtipo mais maligno de glioma. Os produtos naturais são fontes promissoras para a descoberta de novas drogas. O lapachol é uma susbtância de origem natural extraído da casca do ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), pertencente a família das quinonas, consagrado na literatura científica como um veemente antitumoral, e a fibroína, proteína extraída do bicho da seda que tem despertado interesse por também apresentar atividade antitumoral. Ambos serão utiliizados ao decorrer deste trabalho para teste de suas propriedades antitumorais. OBJETIVO: Preparar microemulsões de lapachol produzidas com fibroína da seda sobre a atividade antitumoral em células de camundongo de glioma c6 in vitro. METODOLOGIA: o lapachol (LP) foi extraído da casca do ipê-roxo por métodos químicos e identificado molecularmente por Cromatografia Gasosa e Ressonância Magnética Nuclear 1H. A fibroína foi extraída do bicho-da-seda e utilizada nesse estudo. Em seguida foram preparadas duas soluções, uma nanoemulsão com lapachol e tween (NLP) e uma microemulsão lapachol, fibroína e tween (LP-SF) utilizando como componente aquoso a solução de fibroína desenvolvida no laboratório de Biocatálise e Síntese orgânica. Além disso, soluções brancas também foram preparadas para excluir a inteferência do tween e DMSO no teste. Testes in vitro foram realizados no laboratório de Neuroquímica Molecular e Celular da Universidade Federal do Pará em células tumorais de glioma C6, cultivadas por 72 H e posteriormente eram submetidas a teste em placas de 96 poços com lapachol (LP), Nanoemulsão de Lapachol (NLP) e Microemulsão lapachol e fibroína (LP-SF) para analisar o potencial antitumoral, pela técnica de viabilidade celular (MTT). Para analisar a toxicidade dos compostos em contato com as células, realizou-se o teste de MTT em células sadias da glia nas concentrações de 10, 25, 50, 75 e 100 µg/ml. Também foi realizado o teste de hemólise que objetivava analisar se as nanoemulsões eram prejudiciais às células sanguíneas. RESULTADOS E DISCUSSÕES: as análises espectroscópicas de cromatografia gasosa e ressonância magnética nuclear confirmaram o lapachol. Nanoformulações foram desenvolvidas com o intuito de testar sua atividade antitumoral e, se apresenta menor agressão as células. O teste de viabilidade celular (MTT) realizado sobre células de glioma C6 mostrou que LP apresentou ótima atividade antitumoral (16,8 µg/ml), conforme descrito na literatura. Porém, não tem uso constante em seres humanos devido sua alta toxicidade conforme constatado em nossos estudos. NLP apresentou viabilidade celular de 7,9 μg/ml, enquanto LP-SF apresentou a melhor atividade antitumoral comparada as duas soluções apresentando viabilidade celular na maior concentração de 3,5 µg/ml. Apesar de apresentar uma veemente atividade antitumoral testes de MTT em células sadias da glia evidenciaram que NLP apresentou baixa viabilidade celular em células sadias da glia, ou seja, além de causar morte em células de glioma também matou células sadias. LP-SF apresentou o melhor resultado no que tange ao desenvovimento de um antitumoral eficiente e que não agrida as células sadias, tornando uma droga seletiva e segura. O teste de hemólise que objetiva analisar se a droga causa morte às hemácias foi realizado e as três drogas testadas apresentaram taxa hemolítica menor que 10 μg/ml, o que é aceitável de acordo com a literatura. CONCLUSÕES: Portanto, NLP apresenta melhor atividade antitumoral do que LP, porém apresenta toxicidade às células sadias da glia, o que o torna uma droga não segura, apesar de no teste de hemólise não apresentar agressão a integridade da célula eritrocítica. LP-SF apresentou-se como uma droga eficiente como antitumoral, não apresentou toxicidade às células sadias da glia e não ofereceu dano às hemácias, caracterizandose como uma droga segura e seletiva in vitro. São necessários mais estudos, sobretudo in vivo, Resumo xi para que essa droga promissora seja testada e avaliada sua atividade antitumoral e redução de sua toxicidade comparada a LP. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1867989 - IRLON MACIEL FERREIRA
Interno - 3067465 - DAVID ESTEBAN QUINTERO JIMENEZ
Externo à Instituição - BARBARELLA DE MATOS MACCHI - UFPA
Notícia cadastrada em: 05/06/2020 15:40
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