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Banca de DEFESA: JÉSSICA CAROLINE EVANGELISTA VILHENA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JÉSSICA CAROLINE EVANGELISTA VILHENA
DATA: 25/06/2021
HORA: 13:00
LOCAL: Defesa remota
TÍTULO:

Diatomáceas de praias da Zona Costeira Oceânica do Amapá: considerações metodológicas, caracterização de comunidades e influência de fatores ambientais


PALAVRAS-CHAVES:

Bacillariophyta; Peróxido de Hidrogênio; Ácido nítrico; Oxidante; Hipoclorito de sódio; Elementos traço; Praias Amazônicas; Metais, Sedimentos intertidais; Politungstato de sódio


PÁGINAS: 97
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

As zonas costeiras têm importância econômica, cultural e alimentar para a humanidade. Além disso, ecossistemas como as praias, mangues e estuários são essenciais para a biodiversidade. Eles enfrentam diversos problemas ambientais, desde turismo exacerbado, urbanização, aquecimento global e poluição por esgoto doméstico, descarte de efluentes industriais e mineração. O sedimento dos ambientes costeiros abrigam comunidades específicas de animais e plantas, dentre estes os microfitobentos são um grupo importante, cujas as diatomáceas ocorrem de forma dominante. As diatomáceas fazem parte da base da cadeia alimentar da teia trófica das zonas costeiras e são protagonistas nos ciclos biogeoquímicos do sílicio, fósforo e carbono. No presente trabalho estudamos a comunidade de diatomáceas e as características abióticas do sedimento da região entre marés de três praias da Zona Costeira Oceânica do Amapá. Mais especificamente, (i) avaliamos o desempenho de oito reagentes para limpeza de diatomáceas em amostras de sedimento da praia do Goiabal; (II) estabelecemos uma linha de base da concentração de elementos traço no sedimento das três praias, avaliando se estes estão em níveis adequados e verificando sua distribuição espacial; e (III) inventariar e caracterizar a comunidade de diatomáceas microfitobentônicas da praia do Goiabal, avaliando quais fatores abióticos influenciam nessa comunidade. Para o objetivo I, testamos combinações de reagentes, pré tratamento e temperaturas, a fim de verificar qual tratamento resulta em maior quantidade de células diatomáceas que atenderam aos critérios necessários para identificação taxonômica (frústulas ou valvas inteiras/metade sem material celular) e maior riqueza e diversidade. Os reagentes influenciaram mais as condições das diatomáceas do que a temperatura e o pré-tratamento. H2O2 (independentemente do pré-tratamento e da temperatura) e de HNO3 (tratamentos com e sem pré-lavagem a 60°C e sem pré-lavagem a 100°C) resultaram em melhores valores dos índices avaliados. O NaClO (sem pré-lavagem a 26°C e com e sem pré-lavagem a 60°C) também apresentou resultados satisfatórios. O uso de H2O2 deve ser preferido por ser mais robusto, i.e. independe de temperatura e pré-tratamento. HNO3 e NaClO devem ser usados apenas com as temperaturas apropriadas, e a pré-lavagem deve ser evitada. Para o objetivo II, coletamos sedimentos de três setores diferentes e cinco níveis de distância da marca da maré alta até a maré baixa, totalizando 15 amostras por praia. A concentração de Mg, Al, P, S, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, As, Br, Rb, Sr, Y, Zr, Cd, Sn, I, Hg, e Pb foi determinada por TXRF. Também caracterizamos a granulometria, quantidade de matéria orgânica e pH dos sedimentos. Para avaliar um possível enriquecimento antropogênico, comparamos os níveis de elementos com os valores da crosta terrestre e calculamos índices de poluição. As três praias apresentam níveis seguros de quase todos os elementos. Apenas Cd e Hg apresentaram valores aumentados em alguns pontos amostrais específicos. O sedimento das praias é constituído por 98% de areia e 1% de matéria orgânica. Para o objetivo III, coletamos amostras de 3 cm3 na superfície do sedimento de 15 pontos amostrais. No laboratório a amostra foi extraída por densidade com o reagente SPT, oxidada com o H2O2 30% por 4 horas a 100°C, lavada e centrifugada para a confecção de lâminas que foram utilizadas na identificação e contagem das diatomáceas. Identificamos 89 espécies/morfoespécies, com riqueza média de 27,9±7,6 por ponto. O número de espécies esteve de acordo com valores encontrados em outras praias e ambientes estuarinos. Entretanto, a riqueza não apresentou padrão espacial e não esteve relacionada às variáveis abióticas analisadas. A composição de espécies também não apresentou padrão espacial, mas esteve relacionada à quantidade de micronutrientes, Ca, e metais tóxicos no sedimento, sendo que estas variáveis representaram 36,2% da variação na composição de espécies. Desta forma, as espécies se distribuiriam de acordo com diferentes tolerâncias à toxicidade e diferentes eficiências na exploração de nutrientes. A maioria das espécies encontradas foram de ambiente salobro e marinho.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 151.475.328-62 - ELIANE TIE OBA YOSHIOKA - UFSCAR
Externo à Instituição - Fernanda Maria de Souza - UEAP
Presidente - 219.631.408-00 - MAÍRA POMBO - USP
Externo ao Programa - 1808540 - SILVIA MARIA MATHES FAUSTINO
Notícia cadastrada em: 23/06/2021 14:21
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