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Banca de DEFESA: SAULO MENESES SILVESTRE DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SAULO MENESES SILVESTRE DE SOUSA
DATA: 17/12/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência: https://meet.google.com/gec-adaf-qkc
TÍTULO:

Conservação do guariba-de-mãos-ruivas nas savanas do Amapá: Pressão de caça e preditores de ocorrência da espécie em manchas florestais


PALAVRAS-CHAVES:

Alouatta belzebul; caça; Savana amazônica; habitat; Amazônia.


PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia Aplicada
RESUMO:

O guariba-de-mãos-ruivas, Alouatta belzebul, é um primata ameaçado principalmente pela perda de habitat e caça. A espécie ocorre na Mata Atlântica e na Amazônia. Entretanto, o grau de devastação da Mata Atlântica e o avanço do desmatamento na região de ocorrência da espécie na Amazônia ao Sul do rio Amazonas tornam o Amapá – estado mais preservado da Amazônia brasileira – um refúgio para esse primata. Contudo, pouco se sabe sobre A. belzebul no Amapá, além da sua região de ocorrência, que coincide com a área mais populosa e menos protegida do estado. Boa parte dessa região é composta por áreas de savanas, que têm sido ameaçadas pela expansão de plantações de soja e onde diversas comunidades rurais praticam caça de subsistência. Este trabalho caracterizou a caça de subsistência nas comunidades rurais da região de ocorrência de A. belzebul nas savanas do Amapá, assim como a influência de características da vegetação sobre a ocorrência desse primata nas manchas florestais da região. Nós usamos dados de entrevistas e do monitoramento da caça de moradores da região para criar uma lista das espécies caçadas, estimar a importância relativa de cada espécie, e investigar a influência de variáveis ambientais e socioeconômicas sobre as atividades e perfis de caça nas comunidades locais. Também levantamos a ocorrência de A. belzebul em manchas de floresta através de entrevistas confirmadas por playback, e amostramos a estrutura da vegetação (abertura do dossel, diâmetro das árvores, densidade de palmeiras de áreas alagáveis) em transectos e a altura da vegetação e tamanho das manchas com imagens de satélite para avaliar o efeito dessas variáveis à ocorrência desse primata. A cobertura de floresta tem um efeito positivo sobre a prevalência de caçadores e a caça é mais frequente perto de centros urbanos e longe de rios. Isso sugere que o acesso a fontes alternativas de proteína animal tende a reduzir a frequência de caça, enquanto a demanda por carne de caça vindas de centros urbanos tem o efeito oposto. Apesar de uma riqueza alta de espécies serem caçadas na região, a caça de subsistência local é concentrada em poucas espécies – cinco espécies representam ~53% dos animais caçados. Embora A. belzebul seja o primata mais caçado da região (48% dos registros), primatas são um alvo secundário de caça, representando ~5% do total de animais caçados. Assim, programas de educação ambiental podem ter sucesso em redirecionar a caça de A. belzebul para alvos mais resilientes e apreciados na região. A probabilidade de ocorrência de A. belzebul em manchas de floresta tem uma relação positiva com a área da mancha e com a densidade de palmeiras de áreas alagadas, o que é importante para a seleção de áreas para proteção. A criação de áreas protegidas tem o potencial de proteger as populações de A. belzebul assim como de aumentar a resiliência de populações de outras espécies caçadas, o que potencializaria a sustentabilidade da caça na região.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRE LUIZ RAVETTA - UFPA
Externo à Instituição - CLAUDIA REGINA DA SILVA - NENHUMA
Interno - 1453788 - HELENILZA FERREIRA ALBUQUERQUE CUNHA
Presidente - 2103508 - JOSE JULIO DE TOLEDO
Externo à Instituição - KAREN MUSTIN - NENHUMA
Notícia cadastrada em: 17/12/2020 07:49
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