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Banca de DEFESA: IURI SILVA SENA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IURI SILVA SENA
DATA: 13/09/2021
HORA: 16:00
LOCAL: Videoconferência através do link: https://meet.google.com/pcd-riog-rqg
TÍTULO:

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE VÍTIMAS DE FEMINICÍDIO NO ESTADO DO AMAPÁ ENTRE  OS ANOS DE 2014 A 2018.


PALAVRAS-CHAVES:

Epidemiologia descritiva. Violência contra a mulher. Mortalidade


PÁGINAS: 49
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

A violência contra a mulher é um problema de saúde pública de grande magnitude no mundo, sendo sua expressão máxima representada pelo feminicídio. Em âmbito mundial, nos últimos anos, ocorreu tendência crescente na taxa de feminicídios, sendo a América Central o local de maior ocorrência. No Brasil, durante as últimas três décadas, houve aumento de 100% na taxa de feminicídios, que passou de 2,3 / 100.000 para 4,6 /100.000 mulheres. Diante disso, faz-se necessário entender se existe um perfil específico das mulheres que sofrem feminicídio, o que facilitaria identificar e prevenir esse ato de violência. Esta pesquisa objetivou caracterizar o perfil epidemiológico dos casos de feminicídios registrados no Estado do Amapá entre os
anos de 2014 a 2018. Trata-se de estudo observacional, descritivo, retrospectivo, transversal e com abordagem quantitativa a partir da base de dados do serviço de informação da Superintendência de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, com dados de mortalidade e Polícia Científica do Amapá, a partir das declarações de óbito.
Para análise inferencial, os dados foram submetidos ao teste Qui-quadrado de Pearson a fim de avaliar associação entre causa da morte por grupo de CID-10 e variáveis epidemiológicas, através do programa SPSS 26.0, sendo considerados relevantes os resultados com p≤0,05. Embora o feminicídio apresente tendência
decrescente no Estado do Amapá no período do estudo, a taxa bruta global corrigida final é maior que a média nacional, tendo 6,34 óbitos por 100.000 mulheres. Houve associação entre causa da morte e idade (p=0,012), entre causa da morte e município de residência (p=0,0001), entre causa da morte e município de ocorrência (p=0,044), entre causa da morte e local de ocorrência do óbito (p=0,027), entre causa da morte e o meio empregado, se insidioso e cruel (p=0,001). O perfil epidemiológico das mulheres vítimas de feminicídio se tratou de mulher jovem, cor parda, com ensino médio completo, solteira, estudante, residente na capital, que vem a óbito na própria capital em ambiente hospitalar, sem assistência médica, no mês de outubro, nos dias de domingo e quarta-feira, no turno da tarde e por arma de fogo. No Estado do Amapá, poucos são os estudos que abordam o tema proposto por essa pesquisa, e até o presente momento, nenhum foi encontrado com a mesma metodologia para a comparação com taxas nacionais e internacionais. Nota-se, deste modo, a necessidade da avaliação do cenário atual do feminicídio no Estado para possível diagnóstico das falhas nos mecanismos de coibição das agressões. Com isso, espera-se, que a partir deste estudo, outros possam dar continuidade nos esforços de minimização deste crime que causa relevante impacto na população feminina e na sociedade geral.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2039588 - AMANDA ALVES FECURY
Externo à Instituição - CLAUDIO ALBERTO GELLIS DE MATTOS DIAS - IFAP
Interno - 1539559 - DEMILTO YAMAGUCHI DA PUREZA
Interno - 3066678 - NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA
Notícia cadastrada em: 02/09/2021 11:58
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