Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: ROSA NATALIA MUNIZ CARNEIRO MOTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROSA NATALIA MUNIZ CARNEIRO MOTA
DATA: 12/09/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Videoconferência através do link: https://meet.google.com/ucb-vnyn-vfq
TÍTULO:

SAÚDE QUILOMBOLA: QUALIDADE DE VIDA E FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS A LUZ DOS DETERMINANTES SOCIAIS


PALAVRAS-CHAVES:

 

 

PALAVRAS-CHAVES: Saúde Quilombola, Qualidade de Vida, determinantes Sociais.


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

INTRODUÇÃO: As comunidades quilombolas, remanescentes de quilombos, são usualmente rurais e habitadas por descentes de escravos, ex-escravos e negros livres. Tais comunidades fazem parte do patrimônio cultural brasileiro, contudo enfrentam graves problemas relacionados não só aos aspectos culturais, mas também à qualidade de vida e ao acesso à saúde (SOUSA et al., 2013) . OBJETIVO: Identificar a relação entre qualidade de vida e fatores de rico para Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial na população quilombolas residentes nas comunidades AP-70. METODOLOGIA: Estudo do tipo transversal com abordagem quantitativo descritivo. A pesquisa quantitativa é aquela em que se coletam e analisam dados quantitativos sobre variáveis. Estudo Transversal descritivo, quantitativo, cujos o intuito da coleta de dados são os questionários para qualidade de vida SF-12, o Questionário Clínico de Risco para Diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2019); índices de risco para Hipertensão Arterial Sistêmica (SBC,2016). Foi desenvolvido em 7 comunidades quilombolas da AP-70. Os dados foram tabulados estatisticamente no programa SPSS versão, os resultados serão discutidos a luz do modelo dos determinantes sociais. RESULTADO PARCIAIS: A amostra inclui 331 participantes de nacionalidade brasileira, maioritariamente do quilombo de Curiaú (66.2%) e naturais do Amapá (89.1%), com idades entre os 18 e os 89 anos (M = 34.2, DP = 12.6), maioritariamente entre os 20 e os 29 anos (32.6%) e entre os 30 e os 39 anos (25.1%). A maioria são do sexo feminino (67.6%), são casados (50.0%) ou solteiros (46.7%). Quanto à escolaridade, predominam os participantes com o Ensino Médio completo (35.4%). De destacar que 2.4% não têm qualquer instrução e 10.1% têm o Ensino Superior completo. Em relação à renda familiar, 46.8% têm uma renda inferior a 1 salário mínimo, 46.2% de 1 a 3 salários mínimos e 6.9% superior a 3 salários mínimos (Tabela 2). Relativamente à habitação (Tabela 3), a maioria vive em moradias de alvenaria (78.2%), com energia elétrica (97.6%), cujo lixo é coletado (83.7%) e com escoamento de dejetos sólidos e líquidos através de fossa séptica (71.3%). O abastecimento de água é encanado em 45% das moradias, através de poço artesiano em 28.1% e através de poço amazonas em 28.7%. Em média, vivem na casa 5.2 pessoas (DP = 2.8): a média de adultos na casa é de 1.8 (DP = 1.7) e de crianças é de 3.4 (DP = 2.0). Dos 331 participantes, 5 (1.5%) têm antecedentes de DCV, 12 (3.6%) de doença renal, 12 (3.6%) estiveram internados nos 12 meses anteriores e 7 (2.1%) referiram outros antecedentes. Quanto aos antecedentes familiares, 135 (40.8%) têm familiares com diabetes Mellitus (sobretudo mãe/pai com 55.0% ou avó/avô com 28.4%), 130 (39.3%) têm familiares com DCV (sobretudo mãe/pai com 53.8% ou avó/avô com 30.8%), 36 (10.9%) têm familiares com doença renal, 40 (12.1%) têm familiares que estiveram internados nos 12 meses anteriores e 8 (2.4%) têm familiares com outros antecedentes (Tabela 4). Os resultados da Tabela 5 mostram que 54.7% dos participantes têm pressão arterial normal. Existem 18.1% com pré-Hipertensão e 27.1% com Hipertensão: 18.1% no Estágio 1, 6.9% no Estágio 2 e 2.1% no Estágio 3. Quanto à circunferência abdominal, 24.0% têm risco de complicações metabólicas aumentado e 48.0% têm risco aumentado substancialmente. Considerando os dois níveis de risco, 72% da amostra têm risco aumentado ou aumentado substancialmente. Relativamente ao IMC, 3.4% têm peso baixo, 30.2% têm peso normal, 34.1% têm sobrepeso e 32.3 são obesos (29.6% com obesidade e 2.7% com obesidade grave). Os valores de glicemia variaram do mínimo de 67 ao máximo de 208, com média de 110.8 e desvio-padrão de 19.5. Quanto aos hábitos saudáveis, 10.9% dos participantes fumam, 11.2% são ex-tabagistas, 42.6% consomem álcool, 45.3% praticam atividade física e 30.8% têm um consumo de sal alto (25.9%) ou muito alto (4.9%) (Tabela 6). Quanto à perceção da saúde em geral, 3.6% responderam fraca, 29.4% razoável, 45.5% boa, 11.5% muito boa e 10.0% excelente. Relativamente às limitações físicas, 27.1% responderam que a sua saúde atual limita muito (7.0%) ou um pouco (20.1%) as atividades moderadas, tais como deslocar uma mesa, aspirar a casa, andar de bicicleta ou nadar e 29.5% afirmaram que a saúde atual limita muito (7.3%) ou um pouco (22.2%) a subir vários lanços de escada. Nas 4 semanas anteriores 14.9% realizaram sempre/a maior parte do tempo menos do que queriam e 8.8% sentiram-se sempre/ a maior parte do tempo limitados no trabalho ou outras atividades devido ao seu estado de saúde físico. Dos 331 participantes, 38 (11.5%) referiram que a dor interferiu bastante/ imenso no seu trabalho nas 4 semanas anteriores. Relativamente à componente psicológica, nas 4 semanas anteriores 11.5% realizaram sempre/a maior parte do tempo menos do que queriam devido a problemas emocionais e 11.6% realizaram o trabalho ou outras atividades de forma menos cuidadosa que o habitual devido a problemas emocionais. Nas 4 semanas anteriores, 62.8% sentiram sentiram-se sempre/a maior parte do tempo calmos ou tranquilos, 70.1% com muita energia e 13.9% tristes e deprimidos. Dos 331 participantes, 45 (13.7%) referiram que a sua saúde física ou problemas emocionais limitaram sempre/a maior parte do tempo a sua atividade social. O risco de diabetes foi avaliado através do questionário clínico de risco para Diabetes elaborado pela American Diabetes Association. O questionário tem 7 questões com respostas Sim = 0 ponto e Não = 1, que somadas permitem obter um indicador do risco de diabetes. Pontuações iguais ou superiores a 5 pontos indicam um risco aumentado de desenvolver DM2. Os resultados da Tabela 7 mostram que 40 (12.1%) dos participantes têm um risco aumentado de desenvolver DM2 (pontuações ≥ 5). O escore de risco de diabetes variou do mínimo de 0 ao máximo de 6, com média de 2.8 pontos (DP = 1.3).


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1730962 - ANNELI MERCEDES CELIS DE CARDENAS
Presidente - 1014420 - FRANCINEIDE PEREIRA DA SILVA PENA
Externo ao Programa - 2826403 - NELMA NUNES DA SILVA
Interno - 2389271 - WOLLNER MATERKO
Notícia cadastrada em: 01/09/2021 15:45
SIGAA | Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI-UNIFAP) - (096)3312-1733 | Copyright © 2006-2024 - UNIFAP - sig.unifap.br.srv4inst1