O câncer infanto-juvenil, aquele que acomete crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos, representa 1% e 3% de todos os tumores malignos na maioria das populações, onde vem representando a primeira causa de morte (8% do total) da doença nessa faixa-etária, sendo notória o grande número de longas hospitalizações e consecutivamente, aumentando as formas, qualidades e habilidades de prestar o cuidado a esse ser. O objetivo foi compreender as experiências vivenciadas pelos profissionais de enfermagem ao prestar o cuidado ao paciente oncológico pediátrico em uma unidade de terapia intensiva e sua relação com o  sofrimento moral. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa. Participaram 22 profissionais de enfermagem, atuantes na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da Criança e do Adolescente, localizado no município de Macapá. Para coleta de dados foi aplicado um questionário com questões semi-estruturadas para caracterização dos sujeitos, a realização de entrevistas de forma remota, em sehuida, sendo gravada com a autorização dos mesmos. A análise dos dados foi executada com apoio do software IRAMUTEC e analisadas pela técnica de Classificação Hierárquica Descendente, Análise de Similitude e Nuvem de Palavras, as quais foram agrupadas e organizadas graficamente conforme frequência lexical. As palavras que tiveram maior frequência foram: palavras “criança”, “cuidado”, ‘“sentir”, ‘’ impotência’’, “recurso’’, tristeza. Constatou-se o cuidar do paciente oncológico pediátrico, gera tristeza, e carência de recursos materiais e humanos, levam a sensação de impotência, remetendo ao Sofrimento Moral dos sujeitos envolvidos no cuidado. Nesse sentido, enfatiza-se a importância de investimentos em recursos, materiais, bem como pesquisas nessa temática, contribuindo para mitigação de sofrimentos moral.

Palavras-Chave: Estresse psicológico. Oncologia. Pediatria