Notícias

Banca de DEFESA: LISE MARIA CARVALHO MENDES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LISE MARIA CARVALHO MENDES
DATA: 28/06/2019
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 3, BLOCO DA PÓS-GRADUAÇÃO
TÍTULO:

MULHERES NO GARIMPO: PERCEPÇÃO SOBRE SAÚDE E DOENÇA NA FRONTEIRA PANAMAZÕNICA


PALAVRAS-CHAVES:

Saúde na fronteira. Mineração. Saúde da mulher. Mulheres trabalhadoras


PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

A garimpagem de ouro no Brasil está associada à força de trabalho oriunda de processos de migração de populações em situação de pobreza, que se dirigem para outras regiões do país em busca de solução imediata para seus problemas de reprodução social e contribui para a formação de excedentes populacionais que geram agravamento da realidade social e de saúde dos sítios onde este tipo de atividade é realizado. Somado a isso, a feminização da migração para a Amazônia é um fenômeno em ascensão. O objetivo desta dissertação foi compreender os contextos de saúde e doença de mulheres em áreas de garimpos clandestinos. Tratou-se de uma pesquisa quantitativa e qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, realizado em Ilha Bela, situada no distrito de Vila Brasil, no município de Oiapoque, no estado do Amapá. Foram incluídas mulheres que trabalham em áreas de garimpo na fronteira internacional do Amapá e excluídas àquelas que encontravam-se sob efeito de álcool e/ou outras drogas. Foram entrevistadas 19 mulheres, através da técnica de entrevista semiestruturada, e formulário sociodemográfico. A análise foi realizada através da Hermenêutica Dialética e estatística descritiva. Através dos resultados, encontrou-se predominantemente mulheres jovens, nortistas e nordestinas, pretas e pardas, com baixa escolaridade, ―amigadas‖ e que exercem predominantemente a função de cozinheira e marreteiras no garimpo. A motivação para o trabalho nestas áreas foi impulsionada pelo relacionamento amoroso. Em relação à saúde sexual e reprodutiva observou-se predominantemente mulheres heterossexuais, com um a dois filhos, coitarca entre 10 a 17 anos. Não utilizaram preservativo na primeira relação sexual e referiram interromper o uso do preservativo em relacionamentos estáveis. Um número expressivo nunca realizou testagem rápida para Infecções Sexualmente Transmissíveis. Buscam atendimento em saúde na Guiana Francesa e a leishmaniose e a malária são os agravos mais recorrentes. Neste contexto pode-se concluir que o ambiente de garimpagem transfronteiriça torna complexo o atendimento a essa população negligenciada, o isolamento e os fluxos migratórios desafiam os sistemas tradicionais de saúde e requerem intervenções inovadoras quanto à promoção da saúde. Medidas de prevenção como o uso de preservativos e o diagnóstico precoce parecem não ser utilizados e poderiam ser promovidos. Embora estas mulheres realizem migração pendular, os locais de descanso podem ser potencialmente estratégicos como locais de assistência à saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1730962 - ANNELI MERCEDES CELIS DE CARDENAS
Externo ao Programa - 2270416 - CARLOS MANUEL DUTOK SANCHEZ
Interno - 1539559 - DEMILTO YAMAGUCHI DA PUREZA
Presidente - 326748 - ROSEMARY FERREIRA DE ANDRADE
Notícia cadastrada em: 17/06/2019 15:33
SIGAA | Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI-UNIFAP) - (096)3312-1733 | Copyright © 2006-2024 - UNIFAP - sig.unifap.br.srv4inst1