SINCRONISMO CARDIORRESPIRATÓRIO ASSOCIADO AO TESTE DE EXERCÍCIO CARDIOPULMONAR MÁXIMO EM ATLETAS DO SEXO MASCULINO DA UNIVERSIDADE DE MÁLAGA
Sincronismo. Teste de exercício cardiopulmonar. Frequência cardíaca. Frequência respiratória.
As interações cardiorrespiratórias moduladas pela intensidade do exercício têm a
capacidade de acompanhar a variabilidade do fluxo sanguíneo sistêmico, bem como
melhorar a eficiência do trabalho realizado pelo coração para distribuir quantidades
adequadas de O2 e eliminar o CO2 formado nos tecidos do corpo, favorecendo a
produção de ATP para a contração muscular. Sendo assim, o objetivo do estudo foi
descrever o sincronismo cardiorrespiratório durante os últimos 5 minutos no teste de
exercício cardiorrespiratório máximo (TECM) em atletas do sexo masculino da
Universidade de Málaga, Espanha. Um estudo transversal composto por trinta e um
atletas masculinos (178,5±1,1 cm e 75,1±1,2 kg) entre 20 a 30 anos de idade. Os atletas
realizaram um TECM na esteira acoplado a um sistema analisador de gases com
medições respiração por respiração dos parâmetros respiratórios e a frequência cardíaca
(FC) foi captada por um dispositivo em eletrocardiograma. A análise de correlação
cruzada foi utilizada no domínio do tempo para avaliar a força de acoplamento entre a
FC e a frequência respiratória (RR) durante os últimos 5 minutos do TECM. Os atletas
mostraram uma variação da FC durante os últimos 5 minutos do TECM, 170,1 ± 9,2
bpm e a variação da RR, resultando em 44,5 ± 6,3 rpm, os participantes tiveram uma
relação média de 3,85 ± 0,48 frequências respiratórias por ciclo cardíaco. Os resultados
da correlação cruzada entre os sinais foram excelentes, resultando em média de 0,98 ±
0,01 e sem atraso entre os sinais. A conclusão do estudo foi possível descrever um
sincronismo cardiorrespiratório durante os últimos 5 minutos no TECM em
participantes com características físicas e antropométricas semelhantes ao presente
estudo. Observou-se uma interação cardiorrespiratória mesmo em exercício de alta
intensidade com esforço máximo, resultando numa eficiência do coração para distribuir
quantidades adequadas de O2 e eliminar o CO2 durante o teste na esteira, na hipótese de
retardar a fadiga muscular periférica.