MORTALIDADE NO TRÂNSITO NA REGIÃO METROPOLITANA DE MACAPÁ: PERFIL DOS ACIDENTADOS E DOS ACIDENTES NO PERÍODO DE 2013 A 2017
acidente de trânsito. mortalidade. perfil dos acidentados. causas externas. Macapá e Amapá.
O Brasil é reconhecidamente um dos recordistas mundiais de acidentes de trânsito. As lesões e as mortes por acidentes de trânsito causam grande impacto sobre a saúde da população, grande dor às famílias, contribui para a diminuição da qualidade e da expectativa de vida de jovens, bem como trazem altos custos sociais com cuidados em saúde, previdência e absenteísmo ao trabalho. Buscou-se descrever as características sócio epidemiológicas da mortalidade dos acidentados e a distribuição dos acidentes de trânsito fatais na região metropolitana de Macapá no período de 2013 a 2017. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo de caráter quantitativo, retrospectivo e documental a partir da análise dos dados registrados no Sistema de Informação de Mortalidade. Em razão da ausência de informações abrangentes e representativas sobre os locais, horários, data e tipo de vítima dos acidentes de trânsito fatais foram também analisados os dados provenientes do Observatório do Trânsito do Amapá. Os dados foram tabulados no TABWIN32 3.0 e no EXCEL 2010, foram realizados testes estatísticos no Software SPSS 22.0. Os mapas foram elaborados na versão do QGIS 3.18.3. Ocorreram na Região Metropolitana de Macapá 376 acidentes com vítimas fatais e 393 óbitos, destes 73,4% do sexo masculino, atingindo principalmente os jovens e adultos de 20 a 39 anos (50,4%), a raça/cor parda (84,0%), solteiros 79,8%, com até 08 anos de estudo (45,3%). As vítimas fatais eram ocupantes de motocicleta (38,8%), seguido dos pedestres (22,7%), ocupante de auto (20,7%) e ciclistas (17,9%). Os acidentes fatais ocorreram no final de semana (sábado e domingo) 43,4%, no período da noite (33,6%), o principal tipo de acidente foram as colisões (53,3%). A taxa de mortalidade por habitantes na RMM em 2013 foi de 15,6/100mil e a por veículos foi de 6,2/10 mil veículos, já em 2017 houve uma redução de 25,6 e 33,9 respectivamente. Assim, pedestres, ciclistas e os ocupantes de motocicletas são grupos prioritários para ações de prevenção. Adultos jovens e idosos necessitam de medidas protetivas intersetoriais e transversais. Identificados pontos críticos que devem receber atenção nas ações de infraestrutura e fiscalização.