FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO JUDICIÁRIO DO ESTADO DO AMAPÁ
Hipertensão arterial sistêmica. Fatores de Risco. Educação em saúde.
A hipertensão arterial sistêmica é a mais frequente das doenças cardiovasculares e responde como o principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal. A educação em saúde é a principal ferramenta de modificações de hábitos e estilo de vida, fundamentais no processo preventivo para essa patologia. O objetivo foi analisar a influência das ações educativas em saúde promovidas no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá, na mudança do estilo de vida dos trabalhadores, com a finalidade tais os fatores. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa. Foi utilizado um questionário como instrumento de coleta de dados, composto por 46 questões fechadas. Teve a participação de 255 servidores desse órgão. Os dados coletados foram tabulados por dupla digitalização, para comparação e validação do banco. A análise dos dados ocorreu através do Statistical Package for Social Science SPSS versão 22 (IBM SPSS, USA), para realização de análises estatísticas das variáveis de forma uni e bivariada. Na análise descritiva foi observada distribuição de frequências entre o sexo e as variáveis sócio-demográficas, de dados físicos e clínicos. Na análise inferencial, foi usado o teste de qui-quadrado de Pearson (χ2), a fim de analisar a associação entre a hipertensão arterial e as variáveis sócio-demográficas, de dados físicos e clínicos, hábitos e estilo de vida, doenças crônicas e estado de saúde e educação em saúde. Foi empregado α =0,05 em todos os testes. Os resultados mostraram que 54,1% eram do sexo feminino, 66,3% de cor parda, 33,7% com idade entre 40 a 49 anos, 47,8% detinham nível superior e 59,6% eram casados e ou viviam em união estável. O Índice de Massa Corporal mostrou que 48,2% estavam com sobrepeso, 64,7% apresentavam circunferência abdominal aumentada, 10,6% tinham valores de glicemia capilar ≥ 99 mg/dL. Quanto a pressão arterial, 33,3% dos homens e 21,7% das mulheres estavam com PA ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Em relação à participação em alguma atividade preventiva ou educativa, 76,1% afirmaram que sim, 60,4% consideraram satisfatórias e para 49% não influenciaram em mudança no estilo de vida. Comprova-se que as ações de educação em saúde, estão impactando parcialmente em mudança de hábitos dos trabalhadores com foco na redução dos fatores de risco para a hipertensão arterial sistêmica, pois os índices dos fatores de risco ainda despertam preocupação.