QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA HEMODIALÍTICA NO ESTADO DO AMAPÁ
Doença Renal Crônica; Qualidade de vida; Hemodiálise; Enfermagem.
Introdução: a doença renal crônica é considerada um problema mundial de saúde pública. As mudanças no estilo de vida de pessoa em hemodiálise ocasionam limitações físicas, psicológicas, familiares e sociais, comprometimento da qualidade de vida relacionada à Saúde. Objetivo Geral: avaliar a qualidade de vida das pessoas com doença renal crônica submetidas a Terapia Renal Substitutiva. Método: pesquisa descritiva exploratória, com delineamento transversal e abordagem quantitativa, desenvolvida no período de setembro a dezembro de 2016, em um centro de nefrologia, no município de Macapá. A população do estudo foi de 123 adultos. Os dados foram coletados por meio de entrevista aplicada pela pesquisadora no local do estudo. As variáveis investigadas foram sociodemográficas e clínicas por meio de um instrumento para caracterização; além da aplicação da escala Kidney Disease and Quality-of-Life Short-Form (KDQOL-SFTM) para avaliação da Qualidade de Vida Relacionada. Para análise estatística descritiva e inferencial, foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22 para Windows. Resultados: predomínio do sexo masculino (70,7%), pardos (61,0%), naturais do Amapá (58,5%) e residentes em Macapá-AP (80,5%), a maioria solteiros (39,0%), Ensino Fundamental incompleto (41,5%), recebem auxílio do governo (66,7%) e renda familiar até um salário mínimo (48,8%). São ex-tabagistas 71 (57,7%); ex-etilistas 48 (39,0%); e 10 (8,1%) referiram fazer uso de outras drogas. Praticam atividade física 42,3%. Apenas 35,0% deles fazem tratamento dialítico há mais de cinco anos. Cerca de 46,8% apresentaram IMC ≥ 25,0. Comorbidades presentes em 83,7%, Hipertensão Arterial (75,6%) e Diabetes Mellitus (39,0%). Hematócrito 29,6 e hemoglobina 10,0. Ureia 137,6 e creatinina 11,0. As dimensões da ESRD/(KDQOL-SFTM) com médias mais elevadas na função cognitiva (M = 88,73), qualidade da interação social (M = 87,26), função sexual (M = 87,05) e suporte social (M = 81,84). Obtiveram médias baixas: a carga de doença renal (M = 48,42) e situação de trabalho (M = 28,86). No SF-36, apresentaram médias mais altas as dimensões: bem-estar emocional (M = 77,56), função social (M = 77,34), dor (M = 68,80) e energia/fadiga (M = 66,06). E com médias baixas: as dimensões papel-emocional (43,36), funcionamento físico (35,98) e papel-físico (29,07). Entre as correlações, os que praticam atividades físicas apresentam melhores níveis de: sono, funcionamento físico, papel-físico e energia/fadiga. IMC está negativamente correlacionado com a função sexual e sono. Conclusão: as dimensões do KDQOL-SFTM que apresentaram destaque na população investigada foram função cognitiva, qualidade da interação social, função sexual e suporte social.