Cuidado Farmacêutico em pessoas com transtorno depressivo: análise da efetividade no tratamento.
Palavras chaves: Cuidado farmacêutico. Seguimento Farmacoterapêutico. Transtorno depressivo. Depressão.
RESUMO
No Brasil, a terapia medicamentosa é considerada a primeira escolha terapêutica para depressão; no entanto, pode estar associada à problemas como reações adversas, interações medicamentosas e falta de adesão. O farmacêutico pode ser capaz de melhorar os resultados do tratamento, fornecendo serviços como educação do paciente, monitorando o tratamento regularmente e melhorando a adesão. Logo, o objetivo deste estudo foi analisar o impacto do Cuidado Farmacêutico na efetividade do tratamento, de usuários do ambulatório de Psiquiatria do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima, diagnosticados com transtorno depressivo. Foi realizado um estudo longitudinal e prospectivo, analítico-descritivo, e de intervenção. Foram acompanhadas por 90 dias, 35 pessoas, submetidas a ao cuidado farmacêutico e ao Inventário de Depressão de Beck, antes e pós cuidado. As consultas seguiram a metodologia Dáder, sendo quatro consultas farmacêuticas, uma inicial, e as outras, nos prazos de 30, 60 e 90 dias, respectivamente, todas por telefone. Os resultados obtidos foram, quanto ao perfil sócio-demográfico da população, prevaleceu o sexo feminino (74,3%), com idade entre 18 e 30 anos, solteiras e estudantes. Quanto ao perfil medicamentoso, os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina foram os mais prescritos. Entre os Resultados Negativos associados ao uso de Medicamentos identificados, o problema de saúde não tratado por não usar o medicamento que necessita foi o mais comum, sendo a não adesão, a causa mais frequente. Foram realizadas 91 intervenções, sendo 48 aceitas e com problemas resolvidos, finalizando o estudo com 15 adesões regulares. Após a análise estatística dos escores obtidos, observou-se que, houve uma melhora na intensidade dos sintomas depressivos, comprovada estatisticamente com o Teste T para amostras pareadas, com diferença estatística significativa nos dois momentos, sendo que, nas médias e na dispersão, entre os escores do primeiro e do segundo momento, obteve- se o p ≤ 0,01. E a nível percentual, o teste do Qui quadrado, mostrou uma diferença significativa estatística, com p ≤ 0,025.