BIOATIVIDADE DOS ÓLEOS FIXOS DE Annona glabra L. (ANNONACEAE) SOBRE DIFERENTES FASES DO DESENVOLVIMENTO DE Aedes aegypti
Annona glabra, Aedes aegypti, Controle biológico, Inseticida.
A ordem Diptera recebe grande foco da comunidade científica em virtude da sua importância como vetor, ativo ou passivo, de organismos patogênicos causadores de doenças ao homem, as chamadas arboviroses. Os vetores hematófagos, grupo ao qual os mosquitos estão inseridos, podem transmitir uma ampla gama de enfermidades infecciosas durante seu processo de alimentação. Grandes surtos de dengue, malária, chikungunya, febre amarela e Zika, vêm sendo notificados ceifando vidas humanas em diversos países. O controle desses insetos é essencial para diminuir a transmissão de tais arboviroses e a forma ideal de controle desses insetos necessita ser realizada de forma que a agressão ao meio ambiente seja minimizada, atingindo apenas os organismos alvos, evitando a seleção de insetos resistentes, provocando o mínimo de contaminação ambiental, reduzindo de forma substancial o número de casos de infecções e possíveis óbitos decorrentes da veiculação dos diferentes patógenos transmissíveis por estes vetores, sendo os extratos naturais de plantas uma opção valiosa. A espécie Annona glabra é um membro da família Annonaceae conhecida popularmente como araticum, araticum do brejo, maçã de jacaré ou pond-apple. Planta de pequeno porte encontrada nas regiões tropicais e subtropicais, podendo viver em associação com outros vegetais e comumente habitam as margens de lagos e rios, se desenvolvendo em ambientes sujeitos a inundações como manguezais. A literatura científica apresenta relatos das suas propriedades anticarcinogênica, antitumoral, antimutagênica, antileucêmica, antioxidantes, emoliente, inibição da transcriptase reversa (HIV-1), antimicrobiana, antiparasitária, antimalárica e antifúngica. Estudos fitoquímicos derivados das extrações de diferentes partes da planta revelaram a presença de flavonoides, terpenóides, glicosídeos, esteróides, saponinas, taninos, antraquinonas e compostos ácidos. Desta forma, o presente estudo visou verificar a viabilidade do uso do óleo fixo de A. glabra para controle da espécie Aedes aegypti nas fases larval (L4 – jovem) e pupal; e aferir as DL50 e DL90.