PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PRATICANTES DE CROSS TRAINING NA CIDADE DE MACAPÁ-AP
Treinamento Físico. Perfil Epidemiológico. Lesões do esporte. Condicionamento Físico Humano.
A busca pela qualidade de vida através da prática esportiva tem crescido em todo o mundo, dentre as diversas opções surgiu o Cross Training, que seguiu os mesmos princípios do CrossFit, ambos podem ser considerados uma forma de treinamento funcional de alta intensidade. O número de praticantes de Cross Training no Brasil aumentou nos últimos anos, sendo possível observar esse crescimento também na cidade de Macapá-AP, com essa popularidade, surgem os questionamentos sobre os benefícios na melhora da qualidade de vida e possíveis riscos à saúde dos seus praticantes, uma vez que ainda são escassas as pesquisas que exploram esse tema. Objetivo: Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico dos praticantes de Cross training da cidade de Macapá. Material e Métodos: Foi realizada uma pesquisa de campo, com ensaio do tipo não-experimental de natureza exploratório-descritiva, com corte transversal, e abordagem quantitativa. As respostas foram obtidas através de um questionário que buscou explorar o perfil socioeconômico, sociodemográfico, aspectos relacionados a prática e a incidência de dor e lesão. Resultados: A amostra compreendeu 185 praticantes de Cross Training, sendo 66,5% mulheres e 33,5% homens, com média de idade de 31,1, ± 7,06 anos; a cor/raça predominante foi a parda (55,7%); estado civil solteiro (66,5%), ensino superior (77,8%) e renda entre 3 a 5 salários mínimos (40,8%). Com relação a prática, 80,0% treinava diariamente por até 1 hora, a frequência semanal era de 5 a 6 vezes (75,1%); tempo de prática de até 6 meses (37,3%). Cerca de 53,0% realizava outra atividade física e 33,5% era participante de competições. A taxa de lesões foi de 33,0%, destacando-se a distensão muscular como mais incidente (69,1%), o local mais acometido foi a região lombar (33,0%), houve procura por profissional para tratamento das lesões em 77,0% dos casos. O surgimento de lesões, mostrou-se significativo quando associado a maior frequência semanal (p =0,010) e tempo de prática (p = 0,002) e também entre os competidores (p =0,005). Considerações Finais: Quanto maior a frequência semanal e tempo de prática, maiores são as chances de desenvolvimento de lesões, assim como a participação em competições foi um aspecto relevante para esse desfecho.