P
PROSPECÇÃO ETNOFARMACOLÓGICA DE PLANTAS MEDICINAIS EM UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO MUNICÍPIO DE MACAPÁ – ÊNFASE EM DOENÇAS CRÔNICAS
Plantas Medicinais, Etnofarmacologia, Doenças Crônicas.
As plantas têm sido utilizadas pelo homem há milhares de anos e continuam tendo o seu valor não apenas nas comunidades tradicionais como também são objetos de estudos interdisciplinares na busca de novos fármacos, haja visto, as observações populares sobre o uso e a eficácia de plantas medicinais contribuem de forma relevante para o desenvolvimento de alternativas terapêuticas. Em virtude disto, têm-se a importância de realizar levantamentos etnobotânicos que podem subsidiar estudos fotoquímicos e etnofarmacológico na busca por fitoterápicos para o tratamento de enfermidades de doenças crônicas. Diante do exposto o objetivo deste trabalho é conhecer as plantas medicinais com finalidade fitoterápica para o tratamento de doenças crônicas, sendo o local de estudo a comunidade quilombola do Curiaú no Estado do Amapá. É um estudo descritivo com abordagem qualitativa-quantitativa, através de um questionário semiestruturado, com participação de ambos os sexos, na faixa etária de idade igual ou maior de 30 anos, objetivando o estabelecimento da relação entre plantas medicinais e sua utilidade de acordo com o costume popular no município de Macapá/AP. Os dados foram tabulados e analisados pelo software estatístico Microsoft Excel for Windows 2010. A análise foi realizada por meio da estatística descritiva (frequência absoluta e relativa) dos dados referentes ao perfil sociodemográfico, para a descrição dos resultados estatísticos, sendo estes considerados relevantes, possibilitou traçar o seguinte perfil socioeconômico: gênero feminino (60,67%), com idade de igual ou maior de 30 anos (72,00%) e da religião católica (66,00%). Desse modo, o estudo relevou que a maior distribuição percentual e maior incidência está em mulheres com idade acima de 30 anos e proveniente da comunidade quilombola, sendo assim as mulheres maiores detentoras sobre o conhecimento das plantas medicinais. Destaca – se também que os conhecimentos são adquiridos por pais/avós, ou sejam, passam de geração para geração. E dentre as diversas plantas citadas, o boldo foi o que mais foi referido (13,78%) indicado para tratamento de doenças relacionas ao fígado, seguido do mastruz (6,89%) indicado para questões inflamatórias e dentre outras plantas citadas. Portanto, os resultados do estudo possibilitaram perceber a importância da fitoterapia no
tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, como a fitoterapia pode atuar de forma
alternativa e positiva na terapia e prevenção de várias patologias como o câncer e a obesidade.