CORRELAÇÃO À IMAGEM CORPORAL E AO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES
Adolescentes; Saúde; Imagem corporal; Ensino fundamental e médio.
Nota-se, na contemporaneidade, um culto ao corpo, principalmente, por parte das adolescentes, no tocante à questão da magreza associada a hábitos alimentares. Objetivo: Correlacionar os fatores associados à percepção da imagem corporal e a prática de atividade física dos estudantes de Ensino Médio de Escolas Públicas de Macapá. Métodos: Trata-se de um estudo de campo com 357 adolescentes de Ensino Médios de quatro escolas públicas de Macapá, com uma abordagem quantitativa. As variáveis dependentes do estudo foram avaliadas através de dois questionários, a imagem corporal foi avaliada através do Body shape questionnaire (adaptado), um questionário com 34 perguntas para investigar a percepção da imagem corporal, onde serão considerados adolescentes com grave distorção da imagem corporal aqueles que obtiveram pontuação acima de 140 e os considerado com ausência de distorção abaixo de 80. O nível de atividade física foi auto referido no Questionário de Fatores Associados aos níveis de Atividade Física (QAFA), as respostas foram consideradas a partir das informações relacionadas à vida diária dos adolescentes. Os escolares adolescentes classificados como fisicamente inativos, que não alcançaram ≥ 300 min/semana de prática de atividade física realizaram atividade física. Além disso, foi aferido peso e altura dos escolares durante o procedimento. As variáveis independentes do estudo foram avaliadas através do Critério Brasil e por uma parte do QAFA que trata sobre percepção de saúde e suporte social. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFAP. Resultados: Identificou-se uma prevalência nos adolescentes de ausência de distorção de imagem, 71.5% da amostra entre meninos e meninas não apresentaram distorção da imagem corporal, sendo maior entre meninos, 83.8% dos meninos não apresentaram nenhum tipo de distorção da Imagem Corporal, enquanto 60.2% das meninas apresentaram ausência de distorção. A percepção de saúde dos adolescentes variou entre boa e regular com 43.6% e 31.5% respectivamente. A prevalência dos adolescentes considerados ativos fisicamente foi de 68.5% e dos insuficientemente ativos foi de 31.5%, sendo os meninos mais ativos fisicamente (52,65%; n=129) do que as meninas (47.8%). Conclusões iniciais: Os resultados demonstraram maior prevalência de adolescentes ativos fisicamente e sem distorção da imagem corporal, mais da metade dos estudantes foram classificados nas classes socioeconômica B2 (31.5%) C2 (16.8) e C1 (17.6%). A distorção da imagem corporal teve maior prevalência entre o sexo feminino com 21.3%, as meninas também apresentaram maior prevalência das que não atingiram o mínimo recomendado para essa faixa etária atingindo o percentual de 71.5%. Os resultados podem estar associados com diversos fatores sociais entre eles os fatores sociais, econômicos, demográficos, culturais.