FATORES ASSOCIADOS A HOSPITALIZAÇÃO DE CRIANÇAS E O DESAFIO DA ESCOLARIZAÇÃO
Escolares. Hospitalização. Assistência integral a saúde
Introdução: o processo de hospitalização de crianças exige uma interrupção do seu ambiente habitual, alterando seus hábitos e sua capacidade de auto realização e autocuidado, sendo caracterizado pela inserção abrupta em outro espaço, antes a escola, agora o hospital. A hospitalização traz sérias consequências aos escolares, pois, além de afetar a integridade física através dos procedimentos invasivos, e psicológica devido ao medo do desconhecido, ainda compromete as atividades escolares, o que significa perda de aulas ou não comparecimento integral as aulas. Neste sentido, busca-se resposta para a seguinte pergunta: Quais os fatores associados a hospitalização de escolares que interferem na continuidade dos estudos? Para responder este questionamento o estudo tem como Objetivo Geral: Analisar os fatores associados a hospitalização de escolares que interferem na continuidade dos estudos. Justificativa: a pesquisa justifica-se por abordar questões ainda pouco discutidas no Estado do Amapá, pois, analisando as repercussões escolares de crianças hospitalizadas, busca sensibilizar os gestores de instituições educacionais e de saúde a implementar ações conjuntas para melhoria do atendimento a esses escolares hospitalizados. Metodologia: estudo do tipo descritivo, exploratório e quantitativo, desenvolvido no Hospital da Criança e do Adolescente e em Instituições de educacionais. A população da pesquisa foram os prontuários das crianças na faixa etária entre 4 e 12 anos que estiverem com mais de 5 dias internados, os pais ou responsáveis pelos escolares hospitalizados e os profissionais de educação das escolas que estão matriculados. A coleta de dados deu-se por meio de uma lista de verificações aplicados aos prontuários e por entrevistas realizadas com os pais ou responsáveis do escolar e com os professores das escolas. Por se tratar de pesquisa envolvendo seres humanos, o estudo está em conformidade com a Lei 466/12 sob o parecer nº 2.546.047. Resultados iniciais: forma analisados 56 prontuários e entrevistados 56 pais e/ou responsáveis pelo escolar, e 29 coordenadores pedagógicos de 29 instituições de ensino tanto estadual quanto municipal, quanto a patologia a maioria das crianças estavam hospitalizadas devido a problemas respiratórios, principalmente pneumonia e suas complicações, seguido por infecções neurológicas, principalmente epilepsia. Foram identificadas 10 crianças com doenças e 38 delas apresentavam histórico de outras internações. Dos entrevistados 7 crianças estavam fora da escola, cinco devido a patologia. A maioria das crianças não recebem atendimento educacional no hospital, apesar de afirmarem ser importante este atendimento e que o mesmo contribui para a recuperação da saúde da criança. Considerações iniciais: os achados evidenciam que dentre os fatores associados a hospitalização de escolares que interferem na continuidade dos estudos está a questão do diagnóstico da doença, que está associado ao tempo de internação desta criança e ausência de um profissional capacitado para tal função, a falta de comunicação entre o setor saúde e educação e também o desconhecimento da legislação que dispõe sobre este atendimento tanto por parte dos pais como por parte da instituição escolar