Banca de DEFESA: JULIANA DE SOUZA DA SILVA
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.DISCENTE: JULIANA DE SOUZA DA SILVA
DATA: 30/11/2022
HORA: 09:30
LOCAL: Link (defesa por videoconferência): http://meet.google.com/jhi-soxy-zau
TÍTULO:
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À SÍNDROME DA FRAGILIDADE E MORTALIDADE EM IDOSOS COMUNITÁRIOS DE MACAPÁ-AP
PALAVRAS-CHAVES:
Idoso Fragilizado. População Urbana. Estudos Longitudinais. Mortalidade. Análise de
Sobrevida.
PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:
A fragilidade é uma síndrome geriátrica associada a desfechos adversos à saúde, como hospitalização, quedas, prejuízo da qualidade de vida, sarcopenia e, sobretudo, o óbito. No Brasil, poucos estudos conduzidos com idosos da comunidade exploraram esta temática e sua associação com a mortalidade, principalmente, na região norte do país. Objetivos: identificar a prevalência e os fatores associados à síndrome da fragilidade entre idosos da comunidade, analisar a sobrevida de idosos da comunidade conforme status de fragilidade (frágeis, pré- frágeis e não frágeis) e entre homens e mulheres, investigar a capacidade preditiva da síndrome da fragilidade para mortalidade entre idosos da comunidade na amostra total e ambos os sexos. Estudo observacional, com delineamentos transversal e longitudinal, que utilizou dados a partir de pesquisa prévia (linha de base 2017, n= 410), conduzido com idosos residentes na área urbana do município de Macapá-AP, no qual foram coletadas variáveis socioeconômicas e de saúde, diagnóstico de fragilidade avaliado por meio do fenótipo de fragilidade de Fried e mortalidade. Procedeu-se a estatística descritiva e para verificar as características associadas à presença de fragilidade e de pré-fragilidade, foram realizadas as análises de correspondência múltipla e de agrupamento. Além disso, foi realizada Regressão de Cox Multivariada, tendo como desfecho o óbito, e estabelecida análise de sobrevivência por meio do método Kaplan- Meier, considerando intervalo de confiança de 95% e p≤0,05. A prevalência de idosos frágeis na linha de base foi de 10,2% (n= 42) e de pré-frágeis de 55,6% (n= 228). No plano fatorial, as características observadas para o grupo de idosos frágeis foram: idade entre 70 e 79 anos, com percepção de saúde negativa, com medo de cair, que sofreram queda, com sintomatologia depressiva, desempenho físico ruim, dependente nas AIVD’s (Atividades Instrumentais de Vida Diária). As características observadas para o grupo de idosos pré-frágeis foram: idade entre 70 e 79 anos, com quatro anos ou menos de escolaridade, sem companheiros, com presença de cinco ou mais doenças, com percepção de saúde negativa, com medo de cair, desempenho físico ruim e dependente nas AIVD’s. Os óbitos corresponderam a 15,3% (n=63) da amostra (n= 29 homens e n= 34 mulheres). Idosos frágeis apresentaram menor probabilidade de sobrevida em relação aos pré-frágeis e não frágeis (p<0,001). No modelo de Cox ajustado, a fragilidade se configurou como preditora de mortalidade (HR=6,43; IC95%: 2,81-14,68; p<0,001). Em uma análise estratificada por sexo, as mulheres frágeis apresentaram maiores riscos para mortalidade (HR=9,52; IC95%: 3,10-29,24; p<0,001) quando comparadas às não frágeis. Portanto, a idade e fatores relacionados à saúde apresentaram-se associados à síndrome da fragilidade. Idosos frágeis residentes na comunidade apresentaram menor probabilidade de sobrevida em relação aos pré-frágeis e não frágeis, tanto na amostra total quanto entre homens e mulheres. A condição de fragilidade foi capaz de predizer mortalidade entre idosos da comunidade. Os resultados deste estudo podem subsidiar intervenções futuras no contexto da saúde pública e, sobretudo, incentivar maiores investigações sobre esta temática na população idosa residente nas comunidades amazônicas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1765547 - MAYCON SOUSA PEGORARI
Interno - 2032907 - AREOLINO PENA MATOS
Interno - 3066678 - NATALIA CAMARGO RODRIGUES IOSIMUTA
Externo ao Programa - 1765434 - DANIELA GONCALVES OHARA