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Banca de DEFESA: GABRIEL NETO OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIEL NETO OLIVEIRA
DATA: 28/02/2022
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/uug-trje-kzg
TÍTULO:

Variabilidade genética e identificação de talitrídeos (Crustacea: Amphipoda) ao longo do litoral brasileiro


PALAVRAS-CHAVES:

citocromo oxidase; DNA mitocondrial; diversidade haplotípica; distância genética; fluxo gênico; praia arenosa.


PÁGINAS: 142
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Biologia Geral
RESUMO:

Os talitrídeos são uma família (Talitridae) de crustáceos terrestres ou semi-terrestres, da ordem Amphipoda, pouco estudados no Brasil e com alto potencial de indicação de qualidade ambiental. São habitantes abundantes da região supralitoral, especialmente em praias arenosas. Esta região costeira é a mais sensível e ameaçada pelas atividades humanas, sendo o ecossistema mais rentável do planeta para a indústria do turismo e ameaçado de extinção devido à sua intensa urbanização e alterações climáticas. Dada a urgência de ações para a preservação da biodiversidade nesses habitats, este estudo teve por objetivo caracterizar a estrutura genética de espécies de talitrídeos encontradas ao longo de praias distribuídas em toda extensão do litoral brasileiro. Foram utilizadas 56 sequências parciais do gene mitocondrial citocromo oxidase subunidade I (COI) para caracterização e análise da diversidade genética dos talitrídeos amostrados. Dentre os 397 indivíduos coletados, 2 espécies foram morfologicamente identificadas, Atlantorchestoidea brasiliensis (56%) e Talocherstia tucurauna (32%), enquanto 12% não tiveram identificação morfológica conclusiva. Das 60 amostras sequenciadas, diferentes OTUs se agruparam por região geográfica, sendo A. brasiliensis no Sudeste (SP, RJ e ES), T. tucurauna no Nordeste (BA e AL), ambas correspondentes à identificação morfológica, e 2 OTUs sem identidade compatível com as amostras do banco de dados (GenBank), 1 concentrada no PA e outra encontrada no AP e no RS. A maior diversidade haplótipica identificada foi para A. brasiliensis, sendo o estado do RJ responsável por este elevado índice enquanto os indivíduos do norte de SP apontando para um isolamento reprodutivo com os demais, aqui atribuído à alta antropização da região da Baía de Guanabara. Os indivíduos de T. tucurauna tiveram diversidade haplotípica moderada, igualmente diversa na BA e AL, mas também apontando para um isolamento de fluxo gênico entre as praias de cada estado, entre as quais o ponto de maior modificação antrópica é a Bahía de Todos os Santos. Para o PA e AP a amostragem de talitrídeos é inédita. No PA foi identificada uma OTU exclusiva sem correspondência satisfatória às do banco de dados, mais próxima ao gênero Talorchestia. O isolamento desta OTU deve decorrer de barreiras naturais, já que a região está compreendida entre fortes correntes leste-oeste e a foz do rio Tocantins a leste e pela foz do rio Amazonas a oeste. Indivíduos coletados nos estados do AP e RS apresentaram uma impressionante similaridade haplotípica, de uma OTU sem correspondência no GenBank em alto nível hierárquico. Os indivíduos do AP, o local mais pristino amostrado, apresentaram a maior distância genética identificada e maior complexidade da rede de haplótipos. Uma diversidade bem maior do que a registrada na bibliografia, novas OTUs de diferentes níveis hierárquicos taxonômicos, identificação de estruturação genética intrínsecas a OTUs distintas e o alto potencial de indicação de qualidade ambiental deste grupo, através de ferramentas genéticas, são importantes destaques e contribuições deste trabalho. Palavras-chave: citocromo oxidase; DNA mitocondrial; diversidade haplotípica; distância genética; fluxo gênico; praia arenosa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2042223 - EMERSON AUGUSTO CASTILHO MARTINS
Interno - 2027992 - RAFAEL LIMA RESQUE
Externo à Instituição - CAMILA MALTA ROMANO - USP
Externo à Instituição - FERNANDO LUCAS DE MELO - UnB
Notícia cadastrada em: 28/01/2022 12:51
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