Diagnóstico geoambiental de Pedra Branca do Amaparí, Amapá
pedra branca do amapari, mineração, domínios, impactos
A região onde se situa o município de Pedra Branca do Amapari, a partir do início
deste século, vem experimentando grande crescimento econômico, ocasionado pelo
aquecimento do setor mineral, que culminou com a abertura de duas minas, uma de ouro e
outra de ferro. Por consequência disto, vem sendo submetida a um forte processo de
ocupação, que fez dobrar a população existente em 2000, contados em 4.009 habitantes, para
8.182, em 2008. A região pelo seu histórico tem forte vocação mineral, pois outrora abrigou
um dos maiores projetos de mineração do Brasil, o projeto da Empresa Indústria e Comércio
de Minérios S.A - ICOMI, que explorou manganês de 1953 a 1998. Com a saída da ICOMI
em 1998, o extrativismo passou a representar a base da economia regional, caracterizado
principalmente pela extração de madeira e cipó titica, ao lado da extração mineral,
representada pela garimpagem de ouro e tantalita, além de pequenos proprietários rurais. Esta
ocupação territorial se dá de forma dissociada dos princípios de uma ocupação sustentável,
sem uma adequada gestão ambiental. Os objetivos fundamentais deste trabalho foram
fornecer subsídios às administrações públicas e privadas, no sentido de uma melhor gestão do
município, através da elaboração de estudo multitemático do meio físico/biótico, denominado
Diagnóstico Geoambiental de Pedra Branca do Amapari, utilizando dados obtidos em
trabalhos de campo e obras bibliográficas anteriormente desenvolvidas na região. O
diagnóstico do meio físico se constituiu na principal ferramenta para a elaboração do trabalho,
representado pela execução dos temas de geologia, geomorfologia, solos, clima, cobertura
vegetal, recursos hídricos e uso e ocupação do solo, além dos impactos ambientais
provenientes das atividades antrópicas. Para que se pudesse ter uma noção da ação antrópica
no município, procedeu-se a identificação e análise dos principais impactos ambientais
desenvolvidos, onde foram caracterizados processos associados a: exploração mineral,
desmatamento, assoreamento, voçorocamento/ravinamento e contaminação da drenagem. A
integração dos dados possibilitou a espacialização de áreas com potencial natural para
determinada atividade e/ou proteção e conservação ambiental, incluindo-se ainda áreas para
recuperação. Esta integração é apresentada em um produto cartográfico final em escala de 1 :
1.000.000, denominado Diagnóstico Geoambiental de Pedra Branca do Amapari,
contemplando cinco macrocompartimentos, denominados Domínios Geoambientais: Região
Serrana (1); Região Colinosa (2); Planícies Fluviais (3); Superfícies Tabulares (4) e Planaltos
Dissecados (5), subdivididos em oito Unidades Geoambientais, denominadas respectivamente
de: Planaltos escarpados (1a), Tabuleiros Dissecados (1b); Colinas e Morros (2a); Terraços
Fluviais (3a), Planícies de Inundação (3b); Superfícies Tabulares (4a), Morros e Colinas
Dissecadas (4b); Planaltos Dissecados Sudeste (5b).