Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • LUIZ RODOLFO PAIXAO MELO
  • APLICAÇÃO DO BARÔMETRO DA SUSTENTABILIDADE À REGIÃO METROPOLITANA DE MACAPÁ.


  • Orientador : JOSE FRANCISCO DE CARVALHO FERREIRA
  • Data: 03/07/2024
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  • Segundo a ONU (2019), 55% da população mundial vive nas cidades e a previsão é que até 2050 essa porcentagem chegue a 70%. No Brasil esta proporção, segundo o IBGE em 2015 era de 84,72%, na Região Norte é de 68,6%, e no Estado do Amapá, onde se encontra o objeto de estudo proposto, que é a Região Metropolitana de Macapá, a população urbana e de 76,36%. Assim dar mais atenção a ações voltadas para a sustentabilidade de espaços urbanos, tornam se pontos cada vez mais importante dentro dos planos de ações dos governos, no Amapá o histórico governamental do Estado identifica se planos governamentais e ações remetidas a sustentabilidade, visto isto, surge a necessidade de analisar os níveis de sustentabilidade da RMM, para tal analise buscou se um alicerce teórico pautado na categoria de análise Região, e nos conceitos de Metropolização, Região Metropolitana e Sustentabilidade, sendo que, a pesquisa será realizado por intermédio de métodos qualitativo e quantitativo que serão utilizados para apresentar as particularidades dos municípios onde está contida RMM, o método de análise é o hipotético- dedutivo segundo Bunge, o estatístico e o de observação. Para avaliar a sustentabilidade será utilizado a ferramenta Barômetro da Sustentabilidade desenvolvido por Prescott Allen que possui uma metodologia maleável, pois não apresenta amaras no quantitativo de indicadores em sua formulação e pode ser aplicado desde a escala local até a global, permitindo equiparações entre diferentes locais e ao longo de um espaço de tempo determinado.

  • ELIELSON RABELO ALMEIDA
  • UNIDADE DE CONSERVAÇÃO E POVOS TRADICIONAIS: o Parque Nacional do Cabo Orange e os conflitos socioambientais e a territorialidade da Vila Taperebá, Oiapoque/AP

  • Orientador : DAGUINETE MARIA CHAVES BRITO
  • Data: 25/06/2024
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  • As políticas verticalizadas de criação de áreas legalmente protegidas na Amazônia brasileira são recorrentes e desconsideram as comunidades tradicionais, que historicamente desenvolvem suas atividades socioeconômicas nestes ambientes, quando ocorre o processo de criação legal destes espaços. Considerando este cenário, esta dissertação tem como objetivo analisar os conflitos socioambientais e a territorialidade e reterritorialidade da Vila Taperebá no contexto do Parque Nacional do Cabo Orange, no município de Oiapoque/AP. Metodologicamente a pesquisa utilizou o método dialético que envolveu conceitos vinculados a territorialidade, gestão ambiental e áreas protegidas como fundamentação teórica. A pesquisa que originou esta dissertação teve uma abordagem qualitativa, a partir de consultas em referencial bibliográfico (livros, teses, dissertações e artigos científicos) pesquisados nas plataformas de periódicos e sites institucionais que daram consistência às discussões; pesquisa documental (legislação, atas de reuniões, acervo fotográfico antigo e atual); além do uso do software Qgis para elaboração de mapas com dados geográficos de diversas plataformas oficiais de instituições brasileiras. Houve, também, coleta de dados em campo, que ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas com moradores e ex-moradores da Vila Taperebá, bem como, representantes de instituições públicas (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e Prefeitura Municipal de Oiapoque) e da sociedade civil organizada (Colônia de Pescadores de Oiapoque-Z3 e associações de moradores). Espera-se que este estudo possa servir como instrumento para provocar o debate acadêmico e técnico relativo à criação de áreas protegidas e a permanência de povos e suas dinâmicas socioeconômicas, observando as características ambientais da área.

  • JAQUELINE HOMOBONO NOBRE
  • A INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE PLUVIOMÉTRICA E DO DESMATAMENTO PARA OCORRÊNCIA DE FOCOS DE CALOR NO MUNICÍPIO DE TARTARUGALZINHO NO PERÍODO DE 2001 A 2022

  • Orientador : JOSE MAURO PALHARES
  • Data: 17/06/2024
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  • As queimadas e incêndios emergem como sérias ameaças aos ecossistemas florestais, especialmente na Amazônia, onde a mudança de uso da terra é frequentemente associada a esses eventos, embora fatores meteorológicos, como a escassez de chuvas e altas temperaturas, desempenhem um papel crucial na amplificação desse risco. Nesse contexto o objetivo desta pesquisa é identificar a influência da variabilidade pluviométrica e do desmatamento na ocorrência de focos de calor no município de Tartarugalzinho, no período de 2001 a 2022, considerando a ocorrência dos fenômenos de El Niño e La Niña. Para realização de seu objetivo foram utilizados os dados de precipitação pluviométrica adquiridos do Portal HIDROWEBde três estações pluviométricas situadas no município de Tartarugalzinho que são:Itaubal do Amapá (código 8151000), Tartarugal Grande (código 8150001) e APOREMA (código 8150000); os dados de desmatamento utilizados são sobre corte raso disponíveis no PRODES; e os dados de focos de calor são doportal BDQueimadas,desenvolvido pelo INPE,de satélites de referênciaspara análise de séries históricas. A análise dos dados desdobra-se em duas etapas distintas. Inicialmente, uma análise estatística descritiva fundamenta-se em medidas de tendência central e variabilidade, também realiza análise estatística de dispersão através da correlação de Pearson e regressão linear para identificar a relação entre as variáveis. Posteriormente, foi realizada análise qualitativa dos dados espacializados,onde é utilizada a técnica dos Mapas de Kernel dos dados de focos de calor, shapefile do incremento do desmatamento e a interpolação dos dados das estações pluviométricas, todos processados no Sistema de Informações Geográficas (SIG) QGIS 3.16. Os resultados revelam que a relação de influência do desmatamento para a ocorrência de focos de calor é regular (R=0,4746), ou seja, a associação limitada. O que é confirmado com a espacialização dos dados onde o desmatamento está em área, em sua maioria, de classe média e alta de densidade de focos de calor. A relação entre a precipitação pluviométrica para a ocorrência de focos de calor é fraca (R=0,1326), oferecendo associação não é consistente, tendo pouca relação para a ocorrência de focos de calor, a não ser em eventos extremos de ENOS.

  • MAXWELL MOREIRA BAIA
  • MUDANÇAS MORFOLÓGICAS DE CURTO PERIODO NO BAIXO SETOR COSTEIRO ESTUARINO, ESTADO DO AMAPÁ

  • Data: 16/05/2024
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  • As regiões costeiras são áreas de transição que conectam ambientes terrestres e marinhos. Esses ambientes abrigam ecossistemas complexos, dinâmicos com grande diversidade biológica e alta fragilidade ambiental. A Zona Costeira Amapaense possui dinâmica marcada pela interação entre os agentes atmosféricos, oceanográficos e do rio Amazonas, responsáveis por alterações na paisagem que se superpõem em uma escala temporal muito pequena em comparação com outros ambientes. Essas alterações são controladas pela ação interativa dos processos de maré, ondas e ventos desencadeando erosão, transporte, sedimentação, mudanças sazonais nas linhas de costa. Entre as regiões mais sensíveis da costa está o baixo setor costeiro estuarino que se estende entre a foz do rio Gurijuba e Araguari, neste trecho, os ambientes são marcadamente fluvio-marinhos, a planície costeira é muito baixa apresentando sua maior largura, são identificados o acréscimo constante de sedimentos fluviais e paleocanais entulhados, forte influência da salinidade, intensos processos erosivos e abertura de drenagens. Esta pesquisa objetiva analisar as mudanças morfológicas de curto período no baixo setor costeiro estuarino entre os anos de 1992, 2005, 2014 e 2022. Os procedimentos metodológicos envolveram etapas de levantamento das características físico-naturais, descrição dos processos costeiros e análise multitemporal com técnicas de geoprocessamento. Para delimitação da linha de costa foi adotada como geoindicador a linha de vegetação em virtude de sua capacidade para mensurar e avaliar processos e formas costeiras, considerando a alta reflectividade da vegetação de mangue em imagens de sensores remotos. Os resultados demonstram que os processos de acresção predominaram em 60% representadas pelas feições morfológicas de formação de barras em pontal, processos de colmatação, formação de bancos lamosos e planícies de maré, concentrando-se nas regiões da antiga foz do rio Araguari, ilha do Bailique e Franco, por outro lado, os processos erosivos 40%, estão presentes na forma de erosão fluvial e abertura de drenagens, destaque para o rio Gurijuba, Uricurituba e Igarapé Mamão. As alterações na paisagem provocaram inúmeros impactos especialmente relacionados aos processos erosivos, como a perda de casas, escolas, falta de energia elétrica devido as constantes rupturas na rede de distribuição, intensificação da intrusão salina, consequentemente, a escassez de água potável. Das 20 (vinte) comunidades monitoradas 6 (seis) estão sob influência dos processos de acresção e 14 (quatorze) sob processos de erosão, destaque para o Junco, Foz do Gurijuba, Escola Bosque, Macedônia, Itamatatuba, Boa Esperança e Vila progresso. Entre as medidas apontadas neste estudo como essenciais no enfrentamento a erosão estão as ações integradas entre os gestores costeiros e às instituições de pesquisa do Estado com aplicação dos estudos existentes nas políticas de gestão de risco, adoção de medidas de mitigação e adaptação a estes impactos tendo em vista que acontecem sazonalmente e estão sujeitos a intensificações devido aos impactos das mudanças climáticas.

  • FRANCINEUDO MONTEIRO SOUZA
  • ENSINO-APRENDIZAGEM DA GEOGRAFIA: A APLICAÇÃO DA ESCALA CARTOGRÁFICA E DA ESCALA GEOGRÁFICA NO USO DAS MAQUETES NA EDUCAÇÃO BÁSICA

  • Orientador : ROSANA TORRINHA SILVA DE FARIAS
  • Data: 22/04/2024
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  • A pesquisa tem como tema central discutir o processo de ensino e a aprendizagem da Geografia por meio da aplicação das escalas cartográfica e geográfica se utilizando a maquete como ferramenta. O estudo foi desenvolvido no ano de 2023 com os estudantes do 6º ano da Escola Quilombola Estadual José Bonifácio, localizada na comunidade do Curiaú, cidade de Macapá-AP. O principal objetivo foi de analisar as potencialidades da construção participativa de maquetes para o desenvolvimento de temas relacionados ao espaço geográfico presente no contexto de vivência dos alunos, utilizando-se da escala cartográfica e da escala geográfica para se fazer leituras espaciais, visando desenvolver o raciocínio geográfico dos alunos. Metodologicamente o estudo apresenta um caráter qualitativo e baseou-se no método da pesquisa-ação, como procedimentos para coleta de dados foi realizado o levantamento bibliográfico, pesquisa de campo e registro de mídias. Ao final da pesquisa constatou-se que a utilização de maquetes no contexto educacional possibilitou aos alunos o exercício de operações mentais que aplicassem os conhecimentos teóricos, habilidades e competências na construção de maquetes e consequentemente proporcionou o desenvolvimento do raciocínio geográfico nos alunos.

2023
Descrição
  • ALEX DE LIMA SANTOS
  • PROCESSOS ESPACIAIS E O FENÔMENO DA CENTRALIDADE URBANA NA CIDADE DE MACAPÁ– AP

  • Data: 14/12/2023
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  • A presente dissertação teve como objetivo geral compreender a dinâmica do fenômeno da centralidade urbana na cidade de Macapá-AP, com base na análise dos processos de centralização e descentralização espacial, referentes ao período de 1943 a 2022. A pesquisa sobre a dinâmica da centralidade urbana, em cidades médias, como Macapá, é de grande relevância para a ciência geográfica, a sociedade e o poder público, por fornecer subsídios para a compreensão dos processos e fenômenos espaciais, responsáveis pelas transformações urbanas que ocorrem nas cidades. Organizou-se esta dissertação, em cinco partes. Na primeira, apresentou-se a introdução, referente a aspectos gerais do projeto de pesquisa; na segunda, expuseram-se o processo de centralização espacial, a formação e o desenvolvimento da área central tradicional de Macapá no período do T.F.A; na terceira, apresentaram-se o processo de descentralização espacial e a formação de subcentros após a estadualização do Amapá; na quarta, analisou-se a dinâmica da centralidade urbana na cidade de Macapá, e, na quinta, expuseram-se as considerações finais, relativas aos resultados e à conclusão deste trabalho. A metodologia utilizada baseou-se na combinação de técnicas qualitativas e quantitativas, que permitem observar, discutir, quantificar e descrever a realidade do fenômeno. Elaborou-se a dissertação com base em uma perspectiva histórico-materialista e dialética, e utilizaram-se como técnicas metodológicas: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa em base de dados digitais e trabalho de campo. Os resultados da pesquisa revelaram que a cidade de Macapá teve sua estrutura espacial urbana alterada ao longo dos anos para atender os interesses e estratégias de agentes produtores do espaço, como o estado, o capital econômico e os agentes sociais excluídos, que geraram relações contraditórias no espaço urbano, com base nos processos de “centralização” e “descentralização”, o que culminou na formação de novas formas espaciais como; os subcentros e os shoppings centers, em áreas dispersas e descontínuas do centro principal, localizadas nos principais eixos de expansão urbana da cidade, que redefiniram, os fluxos da cidade gerando novas centralidades de diferentes níveis, que vinculam-se a lógica evolutiva do tecido intra-urbano.

  • TAYANE MARIA FERREIRA SILLAU
  • A PAISAGEM DO IGARAPÉ DA FORTALEZA NO MUNICÍPIO DE SANTANA – AMAPÁ POR ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

  • Orientador : ELIANE APARECIDA CABRAL DA SILVA
  • Data: 13/12/2023
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  • A pesquisa insere-se nos debates das práticas aplicadas ao ensino do componente curricular geografia e buscou compreender como estudantes da educação básica apreendem a paisagem do Igarapé da Fortaleza em Santana, a partir de diálogos realizados em rodas de conversa. Traz como problema a seguinte indagação: “Como a paisagem do Igarapé da Fortaleza em Santana é percebida/apreendida pelos estudantes da educação básica a partir de diálogos realizados nas aulas de Geografia?”. Como metodologia de ensino e investigação, para atingir o objetivo da pesquisa, utilizou-se a roda de conversa em virtude dela possibilitar a valorização da trajetória do estudante ao mesmo tempo que articula o saber empírico ao científico. A pesquisa mostrou que a paisagem do Igarapé da Fortaleza em Santana é descrita/caracterizada pelos estudantes com elementos de uma paisagem que mescla o rural e o urbano. Em suas falas, os estudantes apresentaram tanto características que remetem a forte influência do meio rural, inclusive com a manutenção de formas e hábitos ribeirinhos, como também dinâmicas próprias de núcleos urbanos.

  • PAULO SÉRGIO FERREIRA DA SILVA
  • UNIDADES DE PAISAGEM EM ÁREAS DE SAVANA NO ESTADO DO AMAPÁ

  • Orientador : GENIVAL FERNANDES ROCHA
  • Data: 22/11/2023
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  • As savanas do Amapá são caracterizadas por mosaicos com áreas arborizadas de vegetação, com camada arbustiva lenhosa mais densa e áreas gramadas abertas com esparsos arbustos e árvores, e por áreas inundadas sazonalmente na zona de transição com planícies de inundação. Ocorrem em 11 dos 16 municípios do Estado, sua fisionomia é representada pelas tipologias: savana florestada, savana arborizada, savana parque e savana gramíneo-lenhosa. O ecossistema de savana tem sido fortemente pressionado por diferentes formas de uso da terra, que envolvem a expansão dos principais eixos urbanos do estado, agricultura familiar, espaços de uso tradicional de comunidades quilombolas, até grandes projetos de silvicultura e agronegócio. A intensificação das formas de uso da terra despertou a necessidade de ampliar o conhecimento acerca da estrutura e organização das paisagens savaníticas. Dessa forma, a pesquisa teve como objetivo mapear unidades funcionais de paisagem na região das savanas do Amapá, considerando seus elementos físicos, bióticos e antrópicos. Para isso buscou-se metodologias aplicadas ao estudo das paisagens como: o sistema GTP e a classificação taxonômica para os níveis inferiores (geocomplexo, geofácies e geótopo) proposta Bertrand. Utilizou-se como técnicas: a pesquisa bibliográfica e cartográfica, o trabalho de campo e ferramentas de geoprocessamento. Os procedimentos metodológicos empregados para identificação e delimitação das unidades de paisagem foram: o quadro de correlação dos elementos da paisagem e a análise comparada de mapas, que possibilitaram confeccionar a Carta de Paisagem das Savanas do Amapá, que consistiu na subdivisão das áreas de savanas em 8 (oito) grandes táxons (geocomplexos). Os resultados apontam que os geocomplexos possuem dimensões, características ecológicas e formas uso da terra bastante distintas. No entanto, podem ser organizados em três grupos. O primeiro grupo é composto por dois geocomplexos, que têm as maiores extensões territoriais e também o maior percentual de área convertida, um com 415.167 ha de extensão e (23,60%) de área convertida; o outro com 270.163 ha de extensão e (35,39%) de área convertida. Estes geocomplexos juntos representam mais da metade das áreas de savanas do Amapá, onde a integridade do ecossistema, caracterizado por sua vegetação específica, fauna e interações ecológicas, foram fortemente modificadas pela atividade humana. O segundo grupo é formado também por dois geocomplexos com médias extensões territoriais e baixo percentual de área convertida, sendo o primeiro com 86.392 ha de extensão e (0,33%) de área convertida; e o segundo com 31.399 ha de extensão e (4,42%) de área convertida. Estes geocomplexos apresentam limitações de ordem pedológica e topográfica, no entanto, já começam a ser pressionados pelas atividades de uso da terra. O terceiro grupo congrega os quatro geocomplexos com as menores extensões territoriais e sem áreas de savana efetivamente convertidas, apresentam as seguintes extensões: 25.770 ha; 4.483 ha; 27.404 ha e; 24.773 ha. Este grupo inclui formações de savana com diferenciações internas que ocupam pequenas áreas, sendo mais raras e menos frequente, apresentam algum grau de fragilidade ambiental ou estão vinculadas a alguma a institucionalidade de caráter ambiental ou social. De forma geral, essas formações encontram-se bem preservadas, sendo ainda pouco ameaçadas pela ação antrópica.

  • DANUSA DA SILVEIRA MACHADO
  • AVALIAÇÃO DA GEODIVERSIDADE EM LOCAIS DE INTERESSE GEOMORFOLÓGICO E SEU POTENCIAL GEOTURÍSTICO NO IGARAPÉ BRAÇO, MUNÍCIPIO DE ITAUBAL, ZONA COSTEIRA DO ESTADO DO AMAPÁ

  • Orientador : CELINA MARQUES DO ESPIRITO SANTO
  • Data: 16/11/2023
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  • A Geodiversidade expressa as particularidades do meio físico natural, abrangendo rochas, relevo, clima, solos, águas subterrâneas e superficiais. A necessidade de promover a conservação desses recursos naturais requer que sejam adotadas estratégias de Geoconservação como o Geoturismo. Dessa forma, a pesquisa tem como objetivo avaliar a geodiversidade em locais de interesse geomorfológico no alto curso do Igarapé Braço, Zona Costeira Estuarina do Amapá, município de Itaubal-AP, com intuito de promover sua Geoconservação. A escolha dessa área ocorreu em função do potencial paisagístico, mesmo que localizado em ambiente dinâmico e dominado por depósitos quaternários, possui condições propícias à visitação, destacando-se a valorização ambiental e científica como elemento da geodiversidade. Adotou-se a metodologia de avaliação dos locais de interesse geomorfológico baseada em Pereira (2006) contendo as seguintes etapas: levantamento bibliográfico; levantamento de dados em trabalhos de pesquisa de campo, e pôr fim a elaboração de mapas de localização e caracterização da fisiografia dos locais identificados. Identificou-se 7 locais de interesse geomorfológico denominados da seguinte forma: Ponto 1- Sedimentos Arenosos; Ponto 2- Afloramento de Arenito; Ponto 3- Erosão e Alargamento da drenagem; Ponto 4- Erosão e Formação de Ilhas; Ponto 5- Confluência Braço-Igarapé Novo; Ponto 6- Floresta de Várzea descaracterizada e Ponto 7 - Formação de ilha. A escolha desses locais incluiu cenários geomorfológicos da região Amazônica e histórico de formação espacial e paisagística da região, que são aspectos importantes para se trabalhar o desenvolvimento territorial de forma sustentável. A valorização da geodiversidade e o reconhecimento de seus valores, pode contribuir com a geoconservação do meio abiótico, com o conhecimento científico e cultural, bem como, com o desenvolvimento sustentável para os moradores da área de estudo.

  • LEANRAYLA DOS SANTOS PEREIRA
  • GEOPATRIMONIO DO MUNICÍPIO DE CALÇOENE/AP: Inventário dos Geossítios com vistas ao Geoturismo.

  • Orientador : VALTER GAMA DE AVELAR
  • Data: 31/10/2023
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  • Atualmente, o município de Calçoene, no extremo norte do estado do Amapá, constitui um importante polo turístico face suas potencialidades e belezas naturais. O turismo praticado ainda é pouco estruturado e restringe-se à contemplação da paisagem e uso dos atributos naturais para fins de lazer. Assim, torna-se urgente sensibilizar os gestores municipais, a comunidade em geral, e profissionais do ramo do turismo, para as ferramentas que visem a abranger o conhecimento e valorização dos atributos da geodiversidade, a fim de potencializar e garantir a geoconservação do geopatrimônio deste município. O objetivo desta pesquisa é a inventariação de geossítios, buscando apontar as potencialidades e valoração do geopatrimônio do município. Com este intuito, foram utilizados procedimentos metodológicos, com base em Meneses (2020), que resultaram em ações operacionais e exploratórias de inventariação de geossítios. Como resultado, foram inventariados seis LIG (GCFI-01, GSMRGI-02, GQC-03, GPG-04, GCFL-05 e GPS-06) para compreender as potencialidades da geodiversidade do município, de modo a promover o melhor uso daqueles locais para fins do Geoturismo e Geoconservação. Foram criados e desenvolvidos dois produtos: uma cartilha informativa com informações sobre cada geossítio inventariado, bem como, um roteiro geoturístico para visitação dos seis geossítios inventariados. Esses roteiros geoturísticos representam uma ferramenta relevante para a divulgação de informações sobre a geodiversidade local, apoiando o desenvolvimento sustentável através da valorização do geopatrimônio. Por fim, espera-se que a temática desenvolvida, nesta pesquisa, possa ser replicada para outros locais de interesse da geodiversidade do município de Calçoene, buscando assim valorizar e conservar o seu rico geopatrimônio.

     

  • CARLA FERNANDA ANDRADE COSTA AMARAL
  • PRODUÇÃO DO TERRITÓRIO NA EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA AMAPAENSE: TRECHOS RODOVIÁRIOS AP-070 /AP-340

  • Orientador : RICARDO ANGELO PEREIRA DE LIMA
  • Data: 30/10/2023
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  • O avanço da fronteira agrícola amazônica constitui-se como uma reafirmação da lógica economicamente excludente que visa manter e reproduzir o processo de modernização do território nos moldes do capital com o amparo do Estado. Considerar a fronteira como um espaço em que residem diversos tempos históricos é também concebê-la como um substrato para a produção de territórios diversos em um mesmo espaço. No Amapá para estruturar as ações do agronegócio na expansão da fronteira agrícola ocorrem alterações nas políticas de ordenamento de territórios constituídos originalmente por populações tradicionais, furtandolhes o direito de posse de suas terras, seja legitimamente pela expulsão de seus territórios, seja simbolicamente pela negação de suas trajetórias de vida. Assim este trabalho parte do pressuposto de que os desdobramentos da modernização da fronteira agrícola amazônica sobre os estados incidem na produção do território através das divergentes territorialidades atuantes e no campo amapaense a fronteira agrícola se materializa por meio da produção grãos no cerrado. Assim a problemática consiste em compreender como as mudanças no uso e cobertura da terra entre os anos de 2000 e 2021 organizam a produção do território em dois trechos das rodovias estaduais AP-070 e AP-340? Diante do exposto, tem-se como objetivo analisar a produção do território em dois trechos das rodovias estaduais AP-070/ e AP-340 entre os anos de 2000 e 2021. Para essa análise utilizou-se os conceitos de território, fronteira agrícola, uso e cobertura da terra e padrões de ocupação amazônidas, permitindo entender a formação da nova fronteira agrícola do Amapá e analisar a produção do território na área de influência das rodovias estaduais AP-070/AP-340. Os procedimentos metodológicos basearam-se em: levantamento bibliográfico em periódicos recentes, teses, dissertações, relatórios técnicos para construir a base teórica da discussão e dados de uso e cobertura da terra do projeto MapBiomas como ferramenta para demonstrar temporalmente as mudanças ocorridas entre os anos de 2000 e 2021. Além disso, houve realização de entrevistas semiestruturadas tanto com representantes de órgãos públicos como também com comunitários de uma comunidade quilombola que está totalmente inclusa na área. A pesquisa mostra uma relação entre a expansão da fronteira agrícola e a redução de áreas de savana, apresentando-se tanto em dimensões físicas como simbólicas e produzindo territórios descontínuos e demarcados pelo agronegócio formando assim uma espécie de mosaico na área. Outro notório processo inerente à fronteira é o conflito, constatou-se aumento na ocorrência de conflitos por terra de acordo com os dados da Comissão Pastoral da Terra e entrevistas. Ressalta-se ainda que a produção do território na área pode ser entendida como territórios heterogêneos que podem estar paulatinamente sendo conduzidos a um processo de homogeneização e embora considere-se que o território não pode esvair-se em totalidade; pois ele constitui-se e recebe legitimidade em dimensões simbólicas, vividas, há claramente aqui uma tentativa de coisificá-lo, entretanto estas populações embora acuadas, seguem lutando, seguem re (existindo) e buscando a perpetuação de suas trajetórias.

  • MARIA ELZA DE SOUZA BRAGA
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    AS POSSIBILIDADES E AS LIMITAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NO PARQUE NACIONAL DO CABO ORANGE, NO ESTADO DO AMAPÁ

     

     

  • Data: 02/10/2023
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  • A atividade turística se apresenta como proposta de desenvolvimento econômico e social em muitos espaços do Brasil e do mundo, uma vez que essa alternativa próspera, se bem planejada e organizada, pode gerar benefícios para todos que se envolvem direta ou indiretamente com o turismo. Muitos estados brasileiros utilizam o turismo como alternativa econômica para o melhoramento das cidades e das comunidades inseridas, como o turismo de Sol e Praia nos estados do nordeste brasileiro, turismo religioso em Belém, Pará com o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, o turismo de eventos no Rio de Janeiro e São Paulo entre outros. O turismo em unidade de conservação como o que ocorre no Parque Nacional da Tijuca e no Parque Nacional do Iguaçu se apresentam como casos de sucesso do desenvolvimento do turismo em unidades de proteção integral. Dessa maneira, este projeto se propõe a estudar a viabilidade do desenvolvimento de atividades turísticas no Parque Nacional do Cabo Orange, no Estado do Amapá, analisando a relação geografia e turismo em unidades de conservação, o contexto histórico/social da criação do Parque e por fim, apresentar propostas de atividades turísticas viáveis no local. Este, está localizado no norte do estado do Amapá, nos municípios de Calçoene e Oiapoque e, possui 619.000ha (seiscentos e dezenove mil hectares) de extensão e 590km (quinhentos e noventa quilômetros) de perímetro. O Parque Nacional do Cabo Orange foi a primeira unidade de conservação federal criada no Amapá e a vigésima primeira do Brasil. Inicialmente, esta pesquisa utilizará, como método de abordagem o método hipotético-dedutivo. A investigação deste estudo será feita através da Análise SWOT, que consiste em ajudar a ampliar a visão do contexto estratégico, por meio de fatores internos e externos ao Parque. A coleta de dados desta pesquisa será por meio da observação estruturada e a pesquisa in loco no Parque, visto que estas técnicas permitem uma melhor averiguação do objeto do estudo. Esta pesquisa utilizará como instrumentos de coletas de dados o checklist de infraestrutura turística relacionados ao turismo no Parque e nas áreas de entorno bem como, o checklist de infraestrutura básica para corroborar com as premissas de um serviço ou produto, checklist de atrativos naturais que será aplicado apenas no Parque, afim de detectar o máximo de atrações naturais no local. Serão utilizados os formulários de inventário turístico de serviços e equipamentos de lazer e o de informações turísticas fornecidas pelo Ministério do Turismo. Será realizada a observação direta intensiva, por via da entrevista, com os profissionais que atuam no Parque, em Agências de Turismo Receptivo, nas Secretarias Estaduais e Municipais de Turismo e de Meio ambiente e UNIFAP.

  • ADYMAILSON NASCIMENTO SANTOS
  • TERRITORIALIDADES E INTERSECCIONALIDADES DE MULHERES TRANS* PROSTITUTAS NA CIDADE DE MACAPÁ-AP

  • Orientador : PATRICIA ROCHA CHAVES
  • Data: 27/06/2023
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  • Considera-se nesta pesquisa que o espaço geográfico é natureza em movimento e que a apropriação dessa natureza, pelas sociedades que se formam ao longo dos tempos, constitui os territórios. Porém, o espaço e seus arranjos socias, através de suas interações, por meio da coexistência da multiplicidade territorial, nem sempre se apresenta de maneira harmoniosa. Os territórios, por configurarem produtos sociais múltiplos, podem ser analisados a partir de inúmeros recortes grupais e escalas espaço-temporais. É sob este olhar que este trabalho busca mergulhar nas análises sobre a prostituição de mulheres travestis e seus aspectos na constituição do escopo da manifestação da vida das travestis na cidade de Macapá-AP. Objetiva-se identificar a espacialização, espacialidades e territorialidades da prostituição na cidade, sua fixidez e mobilidade. Desse modo, serão traçadas reflexões sobre as escalas de relações: clientes, cafetões e prostitutas e prostituição e os agentes que operam em sua viabilização. Para fazer isso, serão apresentados os conceitos de espaço e território afim de refletir sobre os aspectos socioespaciais e socioterritoriais da prostituição em Macapá. Os procedimentos metodológicos se constituem das seguintes etapas: a primeira etapa, em “andamento”, refere-se ao reconhecimento da problemática e delimitação do quadro conceitual para a abordagem do território, categoria de análise geográfica basilar desta pesquisa, o gênero enquanto categoria, violência de gênero e o corpo-território, seguido do levantamento de referencial metodológico para o trabalho de campo; a segunda etapa é o planejamento e realização da pesquisa de campo por meio de demarcação dos pontos de prostituição e entrevistas estruturadas com as prostitutas trans*, além da abordagem qualitativa, colhendo dados e narrativos que serão, posteriormente, analisados sob a ótica do acolhimento psicológico e da análise do discurso; a terceira, e última etapa, correspondem às análises e reflexões de acordo com os objetivos propostos. A violência de gênero é envolvida por uma complexa relação entre corpo, poder e cultura, e revelar como se constituem os territórios de prostituição e qual a dinâmica das mudanças socioespaciais desses/nesses territórios. Desta forma, é de suma importância utilizarmos uma abordagem da relação sujeito - espaço - território, problematizando as ações espaciais e territoriais realizadas por este grupo focal e a dinâmica entre o território da prostituição e a travesti, contribuindo assim, com a produção da Geografia de gênero, feminista e das sexualidades.

  • LAÍS CRISTIANE MARTINS FREITAS
  • ESPAÇO, ESPACIALIDADES E TRABALHO NA VILA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ NO CONTEXTO DO DIRETÓRIO POMBALINO (1757-1798)

  • Data: 17/05/2023
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  • O Cabo Norte (atual Estado do Amapá) localizado na Amazônia Setentrional foi um espaço de reprodução da administração portuguesa durante o século XVIII em que vigorou a Companhia do Comércio do Grão-Pará (1755) e posteriormente a política do Diretório dos Índios (1757-1798). Nesse processo foram estabelecidas experiências socio-territoriais e socioeconômicas transformando a região do Cabo Norte não apenas em um espaço de reprodução do trabalho, mas de sucessivas experiências sociais protagonizadas por diversos sujeitos históricos (indígenas, africanos, portugueses, colonos) em toda a extensão territorial demonstrando a geografia histórica nas Terras do Cabo Norte. Nesse sentido, o estudo teve como objetivo central analisar como essas experiências explicam as dinâmicas territoriais e socioeconômicas no Cabo Norte, para isto, se utilizou como metodologia a pesquisa documental (correspondências coloniais) produzidas pelas autoridades portuguesas, as fontes coloniais demonstram que para além dos esforços de implantação de uma agricultura comercial, a formação da Vila de Macapá aprofundou as relações sócio territoriais na faixa setentrional. Além das relações de trabalho, a Vila de São José de Macapá incorporou estruturas, formas e fixos vinculados a política reformista do Marquês de Pombal para a Amazônia Setentrional, as fontes documentais registram as especificidades desse passado colonial igualmente a espacialidades históricas produzidas nesse período. À vista disso, o estudo se divide em três seções específicas, a primeira seção concentra a discussão teórica sobre a implantação da política do Diretório dos Índios na Amazônia Setentrional, os principais agentes e seus impactos na formação da rede urbana de Macapá, cujo objetivo é compreender como a Vila de Macapá se transformou em um centro da reprodução administrativa portuguesa mediante a instalação das primeiras famílias açorianas e os esforços de implantação e manutenção da agricultura comercial. Na segunda seção, se realizou o levantamento dos documentos coloniais para analisar por meio das narrativas como foram estabelecidas as relações de trabalho e produção no cotidiano das populações da Vila de Macapá e vilas circunvizinhas, para isto foi realizada a espacialização das informações e a construção de mapas que espacializam as rotas de circulação e comercialização dos gêneros alimentícios (farinha, peixe) nessa região. Na sequência, a terceira seção, enfatiza como a construção do espaço urbano colonial do Cabo Norte e especificamente na Vila de São José de Macapá constituiu em uma experiência substancial para interpretar as espacialidades históricas que resgatam a geografia histórica da Vila de Macapá. Para finalizar, a espacialidade histórica ocorrida na Amazônia Portuguesa não é um campo isolado, visto que a experiência do sistema do Diretório pombalino conduziu sucessivas alterações no espaço colonial concebendo caminhos para analisar os processos relacionados a presença lusitana por intermédio da reforma pombalina projetada para a Amazônia Setecentista, repensando assim as temporalidades e as espacialidades vinculadas sobre o espaço colonial.

  • TATIANE COSTA DA SILVA
  • As transformações da paisagem na unidade floresta Amapaense entre os anos de 2001 e 2020: o padrão espacial e Temporal dos principais agentes antrópicos.

  • Orientador : ALEXANDRE LUIZ RAUBER
  • Data: 12/05/2023
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  • O intuito desta pesquisa foi analisar o padrão espacial e temporal das transformações da paisagem provocadas por ações antrópicas. O objetivo geral foi analisar o padrão espacial e temporal das transformações da paisagem por Desmatamento de Corte Raso, Incidência de Focos de Calor e Cobertura e Uso da Terra na Unidade de Paisagem Floresta do Estado do Amapá entre os anos de 2001 e 2020. Como objetivos específicos tem-se: a) Mapear as áreas transformadas por Desmatamento de Corte Raso, Incidência de Focos de Calor e Cobertura e Uso da Terra entre os anos de 2001 e 2020; b) Analisar o padrão espacial e temporal de transformação da paisagem do Estado do Amapá por Desmatamento de Corte Raso, Incidência de Focos de Calor e Cobertura e Uso da Terra; e c) Apresentar a evolução das transformações da paisagem e ações antrópicas a partir da distribuição espacial e temporal dos Desmatamentos de Corte Raso, Incidência de Focos de Calor e Cobertura e Uso da Terra na Unidade de Paisagem Floresta no Estado do Amapá. Considerando o comportamento dos dados de modificações da paisagem na Unidade Floresta Amapaense tendo como critérios de análise o Desmatamento de Corte Raso, Incidência de Focos de Calor e Cobertura e Uso da Terra, tem-se como hipóteses de pesquisa: a) Que as métricas e taxas de ação antrópica geradas por Desmatamento de Corte Raso, Incidência de Focos de Calor e Cobertura e Uso da Terra ocorrem em maior incidência sobre os limites dos Assentamentos Rurais e em menor intensidade nas Áreas Protegidas como as Unidades de Conservação e Terras Indígenas; b) De maneira geral as transformações da paisagem estão aumentando de forma significativa na Unidade de Paisagem Floresta Amapaense, desencadeadas pela implantação de novos projetos agropecuários e minerários, bem como a intensificação dos usos antrópicos nas áreas de Assentamentos Rurais e Terras Indígenas. Para a execução da pesquisa foi realizada a coleta, a seleção, a quantificação e o levantamento da ocorrência de Desmatamento de Corte Raso no período de 2001 a 2020, disponibilizados pela base de dados com informações pelo Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélite – PRODES/INPE. Os dados de Incidência de Focos de Calor foram obtidos da plataforma BDQueimadas/INPE que disponibiliza os pontos georreferenciados de ocorrência obtidos por satélites de referência. Os mapeamentos e métricas da Cobertura e Uso da Terra foram obtidos na Plataforma MapBiomas. Os dados de Desmatamento de Corte Raso, Focos de Calor e Cobertura e Uso da Terra foram organizados e sobrepostos ao limite estadual e da Unidade de Paisagem Floresta utilizando como ferramenta o software TerraView. A categoria geográfica utilizada na pesquisa é a paisagem, pois ela é capaz de evidenciar a evolução espacial e temporal das alterações ocorridas na Unidade de Paisagem Floresta Amapaense.

  • MARTA VIEIRA DA SILVA
  • DINÂMICA DA PAISAGEM EM UM RECORTE ESPACIAL DA PLANÍCIE COSTEIRA DE CALÇOENE, AMAPÁ, ENTRE 1993 A 2020

  • Data: 04/05/2023
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  • As paisagens são dinâmicas e estão em constantes transformações, sejam por influências naturais ou antrópicas. Na zona costeira amapaense, reconhecida por apresentar ambientes naturalmente dinâmicos e suscetíveis a mudanças morfológicas de curto período, no geral o que se encontra é baixa ocupação humana e uso da terra voltadas para atividades de agropecuária, sobretudo, no setor costeiro atlântico. Neste sentido, torna-se importante a execução de estudos que acompanhem estas mudanças visando a geração de informações que possam oferecer suporte na construção planejamentos e gestão ambiental destes espaços. Considerando o exposto, o objetivo desta pesquisa foi realizar uma análise da dinâmica da paisagem para um recorte espacial da planície costeira do município de Calçoene, entre os anos de 1993 e 2020. A metodologia contou com o emprego dois métodos de análises geoespaciais, o uso e cobertura da terra, por meio da classificação supervisionada e a variação da linha de costa, através do método de polígono de mudanças. Foram utilizadas uma cena do satélite Landsat 5TM (03/08/1993) e duas do Landsat 8 OLI (13/08/2014 e 16/10/2020), orbita/ponto 225/56, todas referente ao período seco. Além destes dados, foi realizado sobrevoo de drone, para o reconhecimento e validação das coberturas presentes na área. Com os resultados obtidos foi possível distinguir a existência de dez classes de usos e coberturas da terra, que compõem a paisagem da área, sendo estas: Vegetação (florestal e campestre); Manguezal; Mangue misto em planície de Chenier, Planície de maré arenosa, Corpo d’água (costeiro e continental), Pastagem (com e sem queimadas), Sombra de Nuvem e Sem dado (dados não observados). Na análise da linha de costa verificou-se que os processos erosivos foram predominantes na área, entre 1993 e 2020 foi registrado a perda de 1.507,68 ha, significando 93,99% de todas as áreas de mudanças, neste mesmo período a acreção foi de 96,99 ha ou 6%. Com a integração dos resultados verificou-se que a classe que apresentou maior dinâmica espacial por processos erosivos foi o Mangue misto em planície de Chenier, com a perda de14,85 ha entre 1993 e 2020. Os resultados apontam para a confirmação de mudanças de curto período e muito embora se utilize imagens de média resolução espacial, foi possível realizar uma discriminação mais detalhadas das coberturas e usos presentes. Assim, ainda que pontual, as informações levantadas neste estudo, podem contribuir no reconhecimento físico e ambiental da área costeira amapaense, dispondo de métodos replicáveis para outras setores da costa e dados que podem auxiliar na criação de instrumentos gestores ou reguladores de uso da terra na planície costeira de Calçoene.

  • ERALDO DA SILVA LEITE
  • O USO DE MÍDIAS DIGITAIS NO ENSINO DE GEOGRAFIA NA ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOSÉ BARROSO TOSTES NO MUNICÍPIO DE SANTANA-AP

  • Data: 28/02/2023
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  • As mídias digitais vêm se apresentando como um recurso didático significativo, sobretudo, em tempos pandemia da COVID-19, para os professores de geografia em suas aulas. No entanto, para que esse recurso possa ser eficiente, é necessário que os professores tenham pleno domínio do uso das técnicas e da metodologia a serem utilizadas nas atividades pedagógicas. Este estudo visa analisar a utilização das mídias digitais no ensino e aprendizagem da geografia no ensino médio da Escola Estadual Professor José Barroso Tostes no município de Santana-AP com a elaboração de um diagnóstico com a tessitura de proposições sobre a temática em análise. Enquanto objetivos específicos elencam-se i) identificar as práticas pedagógicas no que se refere às mídias digitais no ensino médio de geografia; ii) apresentar o panorama da utilização dessas mídias no ensino da geografia; iii) analisar a organização do ensino da geografia para o uso de determinadas mídias digitais como Google Meet, WhatsApp, Podcasts e Youtube; iv) propor ações integradas interacionando as mídias digitais com o ensino da geografia, na Escola Estadual Professor José Barroso Tostes, que possa subsidiar os professores a pensar sobre a tecnologia da tecnologia atrelado ao ensino remoto. Esta pesquisa contextualiza as dificuldades dos educadores no que se refere ao uso das mídias digitais como recurso pedagógico além de identificar práticas pedagógicas desta no ensino de geografia no ensino médio na instituição escolar supramencionada, de modo, a perfazer uma análise da realidade do ensino e aprendizagem da geografia atrelada ao uso dessas mídias digitais. No que concerne aos procedimentos metodológicos à pesquisa é caracterizada como de abordagem quantitativa e qualitativa, com base na consulta de peritos nos assuntos geográficos, históricos e documental, de modo a contemplar as análises empíricas. Diante do exposto, pôde-se comprovar que o uso de recursos tecnológicos ofertados pelo Estado é determinante para a oferta de uma melhor qualidade de ensino no âmbito do ensino da geografia, entretanto não é interessante ao Estado aplicar uma educação de qualidade a fim de que os indivíduos fiquem a mercê do assujeitamento ideológico do capital.

  • LINDAURA SANTOS DA COSTA
  • AS MULHERES NA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA E AUTONOMIA FEMININA NO ASSENTAMENTO ANAUERAPUCU NO MUNICÍPIO DE SANTANA-AP

  • Orientador : JODIVAL MAURICIO DA COSTA
  • Data: 31/01/2023
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  • O objetivo deste estudo foi “analisar a participação das mulheres do Assentamento
    Anauerapucu na produção e comercialização dos produtos agrícolas”. De forma
    específica, pretendeu-se “pesquisar fontes bibliográficas sobre protagonismo
    feminino no campo, e a situação das mulheres como produtoras agrícolas”;
    “Investigar a participação das mulheres na produção e comercialização dos produtos
    agrícolas no Assentamento Anauerapucu”; “Analisar os resultados das coletas de
    dados sobre a organização de mulheres produtoras do assentamento Anauerapucu”.

    Metodologicamente, se trata de uma pesquisa de campo qualitativa, hipotético-

    dedutiva, de caráter exploratório. O Local da pesquisa foi o assentamento do

    Anauerapucu, zona rural do município de Santana-AP, especificamente com a
    Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar e do
    Extrativismo de Santana (ATTAFEX-SAN). A coleta de dados se deu por meio de
    entrevista em formato de conversa, da qual participaram agricultoras associadas à
    ATTAFEX-SAN. A experiência da ATTAFEXSAN apresenta um modelo para
    fortalecer a capacidade organizacional e de liderança das mulheres trabalhadoras do
    setor da economia informal. As mulheres tornam-se sujeitos com poder de agência
    social, econômica e cultural. As mulheres realizam atividades que geram renda e são
    elas que usufruem dos benefícios. Na visão de desenvolvimento alternativo gerado
    por essas narrativas de emancipação, as mulheres concebem modelos de produção
    econômica participativa e empreendedorismo que potencializam o tecido social da
    comunidade. As abordagens metodológicas e estratégicas utilizadas por essas
    mulheres destacam seu poder de transformar a opressão e a discriminação em
    oportunidades de empoderamento individual e organizacional. Essas mulheres se
    organizam não só para produzir e gerar renda, mas também para transformar sua
    realidade material, social e cultural.

2022
Descrição
  • RUBENS EDEVAL SARRAF
  • "EXPANSÃO DA AGRICULTURA CAPITALISTA NO CERRADO DA MICRORREGIÃO DE MACAPÁ/AP:TRANFORMAÇÕES SOCIOTERRITORIAIS NA COMUNIDADE QUILOMBOLADE CONCEIÇÃO DO MACACOARI"

  • Orientador : RONI MAYER LOMBA
  • Data: 21/12/2022
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  • O presente estudo tem como objeto analisar as territorialidades recentes provocadas pelo avanço do capital na agricultura.A temática está relacionada com os conflitos socioterritoriais no cerrado amapaense. O problema levantado neste trabalho é: quais as transformações socioterritoriais têm sido provocadas pela expansão da agricultura capitalista? O objetivo Geral consiste em compreender os impactos provocados pela agricultura capitalista frente aos povos e comunidades tradicionais do cerrado na microrregião de Macapá/AP. A pesquisa estrutura-se por meio do materialismo histórico dialético com base na compreensão da produção do território e no papel dos movimentos socioterritoriais. Optou-se pelo estudo explanatório-descritivo, pela análise quali-quantitativa, com procedimentos de pesquisa de campo, baseados em entrevistas orais (gravadas) com representantes dos movimentos sociais dos povos quilombolas, agentes de comunidades rurais, com representantes do Estado (agentes de órgãos públicos e secretários), de grupos voltados a agricultura capitalista. Nas entrevistas serão utilizadas referências de cada setor. O levantamento de dados quantitativos será feito em órgãos como IBGE, CPT, Embrapa, RURAP e INCRA, pois tanto as entrevistas qualitativas nortearão as compreensões sobre o fenômeno das disputas socioterritoriais quanto os dados serão uteis para quantificar e territorializar os conflitos. Espera-se que o resultado deste trabalho contribua com reflexões sobre os diferentes modos de organização territorial, que permita o entendimento dos modos de vida e dos conflitos socioterritoriais existentes em decorrência da atividade de exploração agrícola capitalista e da resistência dos camponeses em desenvolver suas atividades.

  • FABIO DA SILVA FERREIRA
  •  

    POSSES E QUILOMBO EM CONFLITOS NA REGIÃO DO IGARAPÉ DO PALHA NO MUNICÍPIO DE FERREIRA GOMES

  • Orientador : PATRICIA ROCHA CHAVES
  • Data: 19/12/2022
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  • Este projeto visa analisar os conflitos socioterritoriais na comunidade do Igarapé do Palha, localizada no município de Ferreira Gomes, Estado do amapá. O problema levantado neste trabalho é Igarapé: Quais fatores contribuem para a ocorrência de conflitos socioterritoriais na comunidade do do Palha, no município de Ferreira Gomes, estado do Amapá?. Mediante isto, o projeto busca também compreender as concepções teóricas condizentes ao território, campesinato e conflitos sociais, além de compreender os conflitos camponeses no Amapá. Quanto a hipótese, acredita-se que os fatores que contribuem para a ocorrência de conflitos socioterritoriais no Igarapé do Palha dentre eles, são: a falta de regularização fundiária por parte do poder público, como a titulação definitiva de posse da terra com a respectiva demarcação do território; a baixa atuação por parte do poder público na resolução dos conflitos; e a pressão de grandes empresas que forçam os camponeses a abandonarem suas terras gerando consequentemente resistência e luta. Dentre os procedimentos metodológicos que vão nortear a pesquisa estão a pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, pesquisa documental, séries fotográficas, observações, entrevistas e a produção de mapas, além de levantamentos dos conflitos registrados pela Comissão Pastoral da Terra – CPT nos últimos dez anos referentes ao Amapá e a Comunidade Igarapé do Palha.

  • HILDA HELENA DA SILVA
  • A PRODUÇÃO CAPITALISTA DO TERRITÓRIO NO ENTORNO DA ÁREA DE
    PROTEÇÃO AMBIENTAL DA FAZENDINHA EM MACAPÁ - AP

  • Orientador : PATRICIA ROCHA CHAVES
  • Data: 15/12/2022
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  • Os diferentes modelos de ocupação que foram estabelecidos no território amazônico, e por consequência no amapaense, revelam as diferentes formas de apropriação e uso de seus territórios, consequência das relações de produção capitalistas ora estabelecida. A forma como a sociedade passa a se organizar, em função deste novo modo de produzir, são elementos norteadores, que permitem uma leitura histórica desse processo que reverbera na produção capitalista do território no entorno da APA da fazendinha. No Amapá, o uso das terras se apresenta sobre diferentes perspectivas. O viés ambiental, é um desses cenários, que ecoa na sociedade contemporânea, como urgente discurso de sobrevivência planetária. A preservação ambiental, construída na implementação de UC é na verdade, uma geopolítica governamental, afim de assegurar ao Estado, o domínio e controle de porções do território. A economia globalizada, adentra e consolida no território amapaense, uma nova relação social com terra, sustentada na posse de instrumentos jurídicos, garantindo ao capital, novas formas de expansão e obtenção de lucro, via propriedade fundiária da terra. Diante deste cenário, o uso da terra, se legitimou como estratégia na logica capitalista, produzindo e/ou gerando movimentos de concentração da população em torno de áreas privilegiadas. Esta pesquisa, pretende refletir e analisar como ocorre o avanço das relações capitalistas de produção no entorno da APA da Fazendinha, pelo uso e apropriação dessa área. O conceito basilar que permeia essa pesquisa é o de território, por ser essa categoria que possibilita múltiplas leituras de compreensão das realidades socioterritoriais. As diferentes visões do território, oferecem importantes contribuições para compreendermos as transformações no território amapaense, embasadas nas discussões teóricas-conceituais de Gottmann (2012), Raffestin (1993), Moraes (2008), Calabi e Endovina (1973), Moraes e Costa (1987), Souza (2000) e Oliveira (1978, 2007 e 2003). Pela natureza do objeto de estudo da pesquisa e para alcançar os objetivos propostos utilizou-se o Materialismo Histórico Dialético. Para os procedimentos metodológicos, foram realizados a sistematização e análise das fontes documentais de criação da APA, produzidos pela SEMA e levantamento da situação fundiária junto a SPU-AP, INCRA-AP, SEMA, PMM, AMAPÁ TERRAS e ao Cartório de Imóveis de Macapá, levantamento de campo, com a realização de entrevista semiestruturadas junto a SEMA, PMM, SPU-AP, PRODEMAC, INCRA-AP, AMAPA TERRA; aplicação de questionários junto aos moradores mais antigos do entorno da APA, moradores dos bairros identificados na zona buffer e promotores imobiliários, que se desdobraram nos registros fotográficos, análise qualitativa dos dados produção de mapas temáticos. Como resultado, confirmou-se que a pressão urbana exercida no entorno da APA, é reflexo do processo de urbanização pelo qual as cidades de Macapá e Santana vivenciam. Isso se deve a presença das incorporadoras, que nos últimos anos vem fomentando um processo de valorização de terras nas cidades, promovendo um avanço populacional a desencadear ocupações desordenadas, subnormais e/ou espontânea, assim como, atividades potencialmente degradadoras, entre as quais, o desmatamento, destruição de habitats, deposito de lixo doméstico, queimadas, invasões que tendem a impactar a existência e manutenção desta UC.

  • LUIZ EDEVALDO MIRANDA DE MELO
  • Paisagem: Abordagem no Ensino de Geografia e nos livros didáticos de 6º ano do Ensino Fundamental II.

  • Orientador : JOSE MAURO PALHARES
  • Data: 09/12/2022
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  • O conceito de paisagem na historiografia da Geografia é tentar fazer uma ponte entre seu sentido e a percepção do ambiente que nos cerca, compreendê-lo em sua evolução histórica, como ele foi entendido e aplicado e sua importância, como objeto na explicação e compreensão da relação entre a sociedade e a natureza. O modo como a paisagem foi apreendida e ensinada dentro da Geografia principalmente no cenário nacional exerce uma forte influência no modo como lidamos com nosso meio ambiente e como enfrentamos nossos desafios impostos à sociedade, em todas suas dimensões. A construção de uma consciência de respeito e de solidariedade está diretamente ligada à maneira como a paisagem foi e é ensinada. Nesse sentido, este estudo analisou como o conceito de paisagem está sendo abordado no Ensino de Geografia, nos anos iniciais do ensino fundamental II, bem como, identificou a evolução do conceito de paisagem dentro do conhecimento geográfico, além de identificar de que forma a paisagem é abordada nos livros didáticos para então discutir e identificar como livros e professores abordam o tema, assim como quais demandas são impostas ao conceito de paisagem. Para tanto, foi utilizado, como coleta de dados, as pesquisas bibliográficas, estudo de caso a partir dos conteúdos levantados no Referencial Teórico sobre a importância, os desafios, e a legitimação da identidade da Ciência Geográfica no momento atual. A partir da análise de dados pode-se perceber a importância de ouvir os professores para entender como é operacionalizado o conceito da paisagem para a reflexão, observação e compreensão da complexidade da realidade, e como sua prática contribui na formação do aluno. Enfim, os resultados esperados foram: identificar se o educando está conseguindo dar sentido e significado, através do estudo da paisagem para aspectos que compõem a sua realidade vivida e vivenciada; se as metodologias identificadas estão contribuindo para a formação total do aluno, objeto central do Ensino de Geografia.

     

  • LANA PATRICIA DE MATOS DOS SANTOS
  • GEOGRAFIA E VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO CAMPO: O Assentamento de Reforma agrária Bom Jesus dos Fernandes em questão

  • Data: 30/09/2022
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  • A presente Dissertação intitulada geografia e violência de gênero no campo: o assentamento de
    reforma agrária Bom Jesus dos Fernandes em questão, teve como tema a violência de gênero no
    território camponês no Amapá e partiu do seguinte problema: Como se configura a violência de
    gênero no processo de territorialização dos Assentamentos de Reforma Agrária no Amapá? O
    objetivo geral foi analisar a configuração da violência de gênero no processo de territorialização do
    Assentamento de Reforma Agrária Bom Jesus dos Fernandes no Amapá. Neste sentido, os objetivos
    específicos são: analisar a apropriação do território a partir da categoria gênero e as territorialidades
    das mulheres camponesas; caracterizar a Violência de Gênero no território camponês do
    assentamento de reforma agrária Bom Jesus dos Fernandes, especificamente no que concerne à
    indissociabilidade de corpo e território. Os sujeitos de pesquisa foram as mulheres do assentamento
    Bom Jesus Fernandes. O estudo revelou que a a violência nesses territórios, é produto de uma
    colonialidade presente no indivíduo e consequentemente nos territórios, tendo em vista que são
    produzidos a partir das relações de poder.

  • JOEL LIMA DA SILVA
  • A PRODUÇÃO DE SOJA: IMPLICAÇÕES SOCIAIS, AMBIENTAIS E TERRITORIAIS

  • Orientador : GENIVAL FERNANDES ROCHA
  • Data: 30/09/2022
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  • A presente pesquisa é voltada para a ocupação da soja. Está estruturado em três artigos: o primeiro analisa os dados dos últimos 40 anos da produção de soja no Brasil, o segundo enfoca os últimos 10 anos dessa produção no Amapá e o último estabelece a relação entre área plantada com soja e área desmatada. A soja (Glycine max) representa mais de ⅓ do valor da produção agrícola brasileira (R$ 125,6 bilhões em 2019). A demanda crescente do mercado mundial por fontes de proteína como a soja, pressiona a incorporação de novas áreas de produção dessa oleaginosa no Brasil, que é o maior produtor mundial. Na Amazônia Legal, a área plantada de soja expandiu-se para além do Bioma Cerrado, alcançando um aumento de 377,8% de área plantada em municípios localizados no Bioma Amazônia no período de 2000 a 2019. A pesquisa aponta que essa expansão da área plantada com soja se dá acompanhando os corredores logísticos, como parte das estratégias dos grupos empresariais para alcançar menores custos no acesso aos mercados consumidores. No Amapá, o início da produção dessa lavoura temporária gerou expectativas que não se consolidaram em virtude de não atender condições tais como: disponibilidade de grandes áreas propícias ao plantio e incipiente regularização fundiária.

  • FABIANA DE SOUZA VILHENA
  • COMPARTIMENTAÇÃO GEOECOLÓGICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO OIAPOQUE NO BRASIL: ENFOQUES REGIONAL E LOCAL

  • Orientador : FRANCISCO OTAVIO LANDIM NETO
  • Data: 29/09/2022
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  • O trabalho trata da compartimentação geoecológica do baixo curso da bacia hidrográfica do rio Oiapoque, localizada na porção setentrional do Estado do Amapá, no Brasil. O rio Oiapoque é o principal afluente da bacia, que abrange uma das áreas mais singulares do Estado do Amapá, marcada historicamente por uma intensa e ampla dinâmica de uso da terra e dos recursos naturais. A bacia hidrográfica do rio Oiapoque abrange parte do Estado do Amapá, Brasil, e parte da Guiana Francesa, Departamento de Ultramar Francês, com cerca de 32 mil km² de área e extensão do rio principal de 352 km, das nascentes (Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque) à foz (oceano Atlântico). Apresenta uma variedade de unidades da paisagem e atividades econômicas que estão interligada aos usos múltiplos da água, o que acarreta uma sobrecarga nos recursos naturais. Diante desse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo delimitar e analisar as unidades geoecológicas presentes no baixo curso da bacia hidrográfica do rio Oiapoque, discutindo as potencialidades e fragilidades que cada compartimento apresenta em relação às atividades antrópicas desenvolvidas na área, tendo como suporte teórico e metodológicos a Geoecologia das Paisagens e técnicas de geoprocessamento. Em termos metodológicos, a pesquisa seguiu fases aplicando a análise geoecológica, sendo elas: organização e inventário, análise, diagnóstico e propositiva. Para tanto, foram elaborados mapas na escala de 1:1.500.000, auxiliados por levantamentos mais detalhados em escala local, subsidiando também a elaboração do mapa de uso e cobertura da terra. A partir das análises integradas entre componentes físico-naturais e antropogênicos, foi possível delimitar as sete unidades geoecológicas do baixo curso da bacia hidrográfica, sendo elas: Colinas amplas e suaves, colinas dissecadas e morros baixos, morros e serras baixas, planícies fluviomarinhas, superfícies aplainadas conservadas, superfícies aplainadas retocadas ou degradadas e tabuleiros dissecados. As unidades geoecológicas foram primordiais para a discussão acerca das potencialidades e fragilidades, bem como subsidiar estratégias de gestão integrada para a realidade da bacia, onde levou-se em consideração os aspectos já mencionados, fazendo uma correlação com o uso e ocupação do solo do perímetro da bacia hidrográfica.

  • JOCIANNY CARLA DA SILVA SARDINHA
  • COMPLEXO PORTUÁRIO DE SANTANA, AMAPÁ, BRASIL: O USO E O EFEITO DE POLÍTICAS TERRITORIAIS

  • Data: 22/09/2022
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  •  

    Com a intensificação da globalização e as novas dinâmicas e escalas de acumulação, orquestradas pelos agentes hegemônicos do capital, dentro da lógica global de acumulação por espoliação, a Amazônia é inserida como mais um espaço de integração da economia mundializada e, por meio de políticas territoriais, executadas principalmente pelo Estado, vários sistemas de engenharias (hidrovias, ferrovias, rodovias, portos) são criados para a fluidez do capital e consolidação da região como fronteira de expansão agrícola. O Complexo Portuário de Santana - CPS, é inserido dentro desta lógica, compondo os corredores logísticos de exportação do Arco Norte, e o interesse e uso deste território começa a ser crescente pelas grandes empresas coorporativas (a exemplo da inserção do porto da Caramuru Alimentos e o porto da Cianport, localizados no CPS) principalmente devido a sinergia de políticas territoriais em escala nacional, estadual e local, através de decretos, leis, programas governamentais, planos estratégicos e grandes projetos, propiciando relações conflituosas em Santana-AP.Desta forma, esta dissertação tem como questão norteadora analisar como as políticas territoriais vêm reverberando na produção de complexos portuários em Santana, Amapá, levando em consideração seus usos e efeitos territoriais (2013 a 2021), tendo como objetivo central analisar de que forma as políticas territoriais portuárias reverberam sobre o território de Santana, levando em consideração seus usos e efeitos, de 2013 a 2021. A metodologia adotada tem por base o método dialético, utilizando como suporte teórico o conceito de território (uso do território) e redes, trazendo também a discussão de políticas territoriais e ajustes espaciais. Possui uma abordagem qualitativa, pois evidencia de forma mais próxima o entendimento da complexidade do objeto em estudo, apesar de dialogar com a abordagem quantitativa. Quanto aos procedimentos metodológicos utilizados, esta pesquisa social consiste em: i) pesquisa bibliográfica; ii) pesquisa documental; iii) pesquisa de campo (observação sistemática e entrevista semiestruturada); e iv) organização e análise de dados.

  • DAYSE MONTEIRO MARIA
  • DESAFIOS PARA O FUTURO SUSTENTÁVEL DA APA DA FAZENDINHA, MACAPÁ/AP

  • Data: 24/08/2022
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  • Esta pesquisa, apresenta uma discussão acerca da gestão e planejamento territorial da Área de Proteção Ambiental da Fazendinha, em Macapá-AP. Seu objetivo é identificar e analisar as implicações decorrentes da ausência de instrumentos de gestão e planejamento na unidade de conservação citada, por exemplo, o plano de manejo. De modo específico, esta investigação busca caracterizar legal e teoricamente a gestão socioambiental das UC brasileiras, com enfoque na APA da Fazendinha, no Amapá; identificar e conceituar as principais ferramentas de gestão de áreas protegidas e sua importância para a APA da Fazendinha e finalmente, analisar as problemáticas decorrentes da ausência de plano de manejo na APA da Fazendinha. Também é de interesse desta investigação, embasar o estudo de acordo com as categorias de análise geográficas: Paisagem, Território e Lugar. Como hipótese para o problema identificado, sugere-se que, a partir de pesquisas preliminares é plausível considerar que a efetivação dos instrumentos de gestão territorial é efetiva na redução de impactos, a exemplo de outras realidades no Brasil em que esses instrumentos são bem consolidados e ajudam na promoção do desenvolvimento territorial sustentável por meio de direcionamento ao desenvolvimento de algumas atividades. O método científico utilizado nesta pesquisa, para a coleta de dados, foi o qualitativo, a partir dos procedimentos: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, observação não participante, trabalhos de campo e entrevistas. A análise dos dados qualitativos foi realizada a partir da técnica de análise de conteúdo de Bardan, com auxilio do software Atlas Ti. Como principal resultado desta investigação, tem-se a identificação dos principais impactos socioambientais e socioeconômicos recorrentes na APA da Fazendinha, ocasionados principalmente pela ausência de instrumentos de gestão e planejamento territorial na unidade

  • JESIANE DA SILVA BARBOSA
  • CIDADE E GÊNERO: A PERSPECTIVA DAS CARTOGRAFIAS FEMININA
    NA VISIBILIDADE DE ESPAÇOS DO MEDO

  • Orientador : JODIVAL MAURICIO DA COSTA
  • Data: 05/08/2022
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  • A presente dissertação de mestrado objetivou-se analisar os elementos sociais que engendram espaços do medo no cotidiano do gênero feminino, moradoras da cidade de Santana. Diversos elementos sociais contribuem para a produção do medo na cidade em uma perspectiva da mulher de forma material e simbólica. O objeto de pesquisa se revelou a partir da realização do grupo focal com colaboradoras moradoras na cidade de Santana-AP e, portanto, analisouse as cartografias femininas produzidas por essas interlocutoras, como possibilidade de instrumento de representação e luta feminista pelo direito a cidade. Nesse sentido, evidenciouse suas experiências, vivências e percepções de insegurança e medo, em socializar nos espaços públicos devido às diversas formas de violências que essas mulheres sofrem nestes espaços. Os resultados da pesquisa apontaram o machismo enquanto principal elemento de produção do medo na cidade; pois, este território se produz e reproduz seguindo princípios machistas que inferiorizam a mulher, às colocando em situação de vulnerabilidade a diversos tipos de violências nos espaços públicos.

  • ROMULO ALVES DE VASCONCELOS
  • TRANSFORMAÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS NO DISTRITO DA ILHA DE SANTANA-AP, NO PERÍODO DE 2005 A 2019

  • Data: 02/08/2022
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  • A presente pesquisa objetivou analisar as transformações sócio-espaciais na paisagem da Ilha de Santana-AP, tendo como base referencial a categoria Formação Sócio-espacial, teorizada pelo geógrafo brasileiro Milton Santos. Aliado ao entendimento da proposta de pesquisa, foi trabalhada a categoria Paisagem como elemento base para a compreensão da dinâmica sócio-espacial da área de estudo. O trabalho contribuiu para o desenvolvimento de conhecimento e habilidades quanto às investigações técnico-científicas e seus desdobramentos na busca de um produto com qualidade, despertando uma visão holística e crítica quanto à estrutura e configuração da paisagem e do espaço, entendendo que os dois são resultados das relações e práticas sociais que vêm acontecendo ao longo de seu contexto histórico-espacial.  A Ilha de Santana tem uma formação sócio-espacial que se atrela às intervenções militares na região pelo governo português da época, Rei Felipe IV, por volta dos anos de 1637 e mais tarde pelas políticas pombalinas na região (1750-1777), sendo que a Ilha teve donos, Bento Maciel Parente (capitania hereditária) e Francisco Portilho de Melo (povoado) elevado pelo governador Mendonça Furtado em uma de suas vindas a região do Grão-Pará. A Ilha de Santana está localizada à margem esquerda da foz do rio Amazonas, logo, sofrendo a influência da dinâmica urbana que tem o rio como seu principal aliado na configuração geográfica da região. Dessa forma, as transformações sócio-espaciais na Ilha de Santana, advêm da sua trajetória histórica ao longo do tempo-espacial, como já dizia Milton Santos (2020). No contexto atual da Ilha de Santana, a configuração da paisagem e do espaço, carregam seus traços históricos e se juntam com as ações econômicas e socioculturais, dando uma dinâmica e transformações em sua paisagem e espaço. Isso fica evidente, por exemplo, quando se ver áreas sendo ocupadas por pessoas que estão buscando um local de morada, com isso, acarretando um adensamento e junto os problemas que o processo de urbanização provoca nos espaços sem uma infraestrutura que atendam os anseios da comunidade que ocupa esses espaços de morada. Portanto, são visíveis as alterações e mudanças na paisagem e espaço da Ilha de Santana.

  • LUANA CRISTINA SABATINGA ROCHA
  • A AMAZÔNIA LEGAL: OS PADRÕES ESPACIAIS DA INCIDÊNCIA DOS FOCOS DE CALOR.

  • Data: 29/07/2022
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  •  A presente pesquisa dedica-se a compreender as queimadas na Amazônia Legal, o objetivo geral desta dissertação busca compreender os padrões espaciais das incidências dos focos de queimadas nos Estados da Amazônia Legal. Em específico, busca-se quantificar os focos de queimadas registrados entre 2001 e 2020; mapear os focos de queimadas em Unidades de Conservação, Terra Indígenas, Assentamentos Rurais e em áreas de influência das rodovias federais, assim como compreender os padrões espaciais dos focos de queimadas. Outro interesse da pesquisa é analisar a correlação entre o desmatamento de corte raso e focos de queimadas. Considerando os padrões espaciais das incidências dos focos de queimadas e os atores sociais presentes na Amazônia Legal, tem-se como hipóteses de estudo que: a) Os Assentamentos Rurais e as Áreas de Influências das Rodovias constituem e representam as áreas com maior pressão antrópica e incidências de focos de queimadas; b) As Unidades de Conservação e Terras Indígenas constituem pelas suas características de uso as áreas que apresentam menor pressão antrópica e incidência de focos de queimadas. Nesta pesquisa, a região foi escolhida como categoria de análise geográfica fundamental para o entendimento da dinâmica da Amazônia Legal. Para os procedimentos metodológicos foram utilizados dados quantitativos e qualitativos, que consistiram na coleta e processamento de dados a partir de técnicas de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento. Foram utilizados os dados secundários do IBGE, INPE, EMBRAPA e de outras Instituições Governamentais para a caracterização da região amazônica, seus aspectos físico-geográficos e socioambientais. Para geração dos mapas dos focos de queimadas em Unidades de Conservação, Terra Indígenas, Assentamentos Rurais e em áreas de influência das rodovias federais, foram utilizados dados do sensor MODIS, abordo do Satélite de Referência AQUA, disponível no portal Banco de Dados de Queimadas do INPE, no período de 2001 e 2020, que aliados ao Terra View e o ArcGis permitiram a geração de distintos mapas, bem como compreender os padrões espaciais das incidências dos focos de queimadas nos Estados da Amazônia Legal e  a incidência destes sobre os Atores Sociais. Como resultado deste estudo, os padrões espaciais dos focos de queimadas evidenciam que maior parte destes focos ocorrem na área de influência das rodovias federais, sendo que a maior incidência dos focos ocorre nos Assentamentos Rurais, seguido pelas Terras indígenas e com menor incidência nas Unidades de Conservação.

  • ANTONIO CARLOS RODRIGUES DOS SANTOS
  • SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL NA PRODUÇÃO DO URBANO: O CASO DA ÁREA DE RESSACA DO CANAL DO JANDIÁ, EM MACAPÁ - AP

  • Data: 28/07/2022
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  • Esta pesquisa tem como objetivo analisar a segregação socioespacial na produção do urbano macapaense, tomando a área antropizada da ressaca do Canal do Jandiá como estudo de caso, compreendendo o recorte temporal de 2011 a 2020, quando as ações do Estado tiveram maiores impactos sobre a segregação nesta área.  Logo, os conceitos de urbanização, segregação urbana e produção do espaço urbano são basilares na compreensão dos arranjos espaciais das áreas úmidas, localmente conhecidas como “ressacas”, que são ocupadas pela população de baixa renda. A metodologia da pesquisa é de caráter interdisciplinar de cunho quali-quantitativo e envolveu estudos bibliográficos, documentais e empíricos. O estudo bibliográfico visou a construção da base conceitual da pesquisa; o documental buscou identificar e analisar a legislação voltadas para as áreas úmidas de Macapá e os aspectos que caracterizam a segregação socioespacial nesses ambientes.  O empírico consistiu na coleta de informações por meio de entrevista semiestruturadas junto aos representantes das associações de moradores do bairro Pacoval e do Conjunto Macapaba. A pesquisa revelou que as intervenções do poder público nas áreas de ressaca em Macapá, especificamente no bairro Pacoval são parciais e, no caso da ressaca do Canal do Jandiá (parte integrante desse bairro), a população transferida para o conjunto Macapaba teve acesso à moradia, mas sem oferta suficiente de serviços e infraestrutura urbana que impactasse positivamente na sua qualidade de vida. Desse modo, as ações dos agentes públicos mantiveram o processo de produção de uma cidade marcada pela segregação socioespacial e o planejamento urbano tem se mostrado incapaz de atender as demandas sociais e ambientais na medida em que suas ações são pontuais e não sistêmicas, sobretudo nas áreas de ressaca.

  • ALAN PATRICK COIMBRA MELO
  • SEGURANÇA ENERGÉTICA NA AMAZÔNIA: OS GARGALOS E LIMITES DA OFERTA DE ENERGIA ELÉTRICA NO AMAPÁ

  • Orientador : RONI MAYER LOMBA
  • Data: 08/07/2022
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  • A presente dissertação trata sobre o contexto de produção, transmissão e comercialização de energia no Amapá em um cenário recente de privatizações do setor elétrico e atendimento deficiente à sociedade. A intenção é tratar a segurança no âmbito do Setor Energético Brasileiro, mais especificamente do Amapá, tendo como plano de fundo o histórico processo de espoliação dos recursos da Amazônia, mediante a formação de uma estrutura de aproveitamento do potencial energético da região em que a produção é direcionada ao mercado consumidor mais rentável (indústria e grandes capitais) em detrimento da segurança energética da sociedade em geral. Esta pesquisa serve para alertar um cenário de risco induzido pela lógica do mercado presente no sistema energético brasileiro, que se revela de forma ainda mais agressiva na Amazônia, quando se percebe que a infraestrutura implementada na região tem como objetivo primordial possibilitar o escoamento da produção de energia sem criar um sistema elétrico seguro, eficiente e com equidade de acesso para o fornecimento de energia elétrica à população local. O principal questionamento desta pesquisa é entender qual a relação existente entre a segurança energética no Amapá e as políticas territoriais que orientam a expansão do atual modelo de produção de energia elétrica implementado na Amazônia? Adotou-se como hipótese o seguinte: que o desenvolvimento do setor elétrico é uma política territorial que não atende plenamente as necessidades da população local, tendo como plano de fundo um processo histórico de espoliação na Amazônia, determinando, inclusive, uma configuração do sistema elétrico do Amapá que prioriza a transmissão de energia para outras unidades federativas, em detrimento da segurança do fornecimento energético para a população local. Este cenário de insegurança tem como principal exemplo o apagão elétrico de novembro de 2020. Quanto aos procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa, orientou-se a partir dos objetivos propostos, enquanto eixos de investigação, o seguinte percurso: i) pesquisa bibliográfica; ii) pesquisa documental; iii) pesquisa de campo (observação sistemática); e iv) análise e interpretação dos dados. O principal resultado desta pesquisa, foi a identificação de gargalos e limites operacionais, administrativos, técnicos e estruturais que juntos caracterizam a insegurança energética no Amapá, assim como definem um novo estágio no processo de desenvolvimento do setor elétrico amapaense.

  • ANA VALERIA DE ALMEIDA PINHEIRO
  • Habitação de Interesse Social e a ocupação nas áreas úmidas: estudo de caso do conjunto habitacional Macapaba I e II em Macapá/AP.

  • Data: 26/05/2022
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  • A política habitacional de interesse social visa promover moradias para a população de baixa renda e consequentemente a retirada das famílias dessas áreas consideradas improprias para morar. Na cidade de Macapá, capital do Estado do Amapá, as áreas consideradas impróprias para habitar são denominadas áreas de ressacas, que se comportam como reservatórios naturais de água, sofrendo os efeitos das chuvas e das marés. Tendo como base o crescimento populacional e consequentemente a demanda por habitação independentemente do nível de renda, a ocupação dessas áreas é uma realidade cada vez mais constante. Dessa forma, a pesquisa foi desenvolvida com base no objetivo geral de analisar os efeitos territoriais ocasionados pela implementação da política habitacional de interesse social, a partir do estudo de caso do Conjunto Habitacional Macapaba I e II, que compreende no maior conjunto habitacional já construído na cidade, com mais de quatro mil unidades habitacionais destinadas a população de baixa renda, além de infraestruturas de serviço, esporte e lazer ofertados pelo poder público estadual. Para alcançar o objetivo abordou-se a metodologia descritiva, utilizando a técnica de pesquisa bibliográfica, documental, estudo de campo, levantamento fotográfico e diário de campo. O estudo se divide em três seções; habitação de interesse social, para que se tenha entendimento da gênese desse processo bem como ela ocorre no país; expansão urbana e as habitações palafiticas, expondo o processo de crescimento da cidade e a ocupação das áreas de ressacas no município; os efeitos territoriais no conjunto Macapaba pós ocupação, fazendo comparativo com as ressacas que foram atendidas pelo conjunto. Os resultados demonstram que as áreas de ressacas atendidas pelo conjunto habitacional foram efetivamente desocupadas, acarretando na recuperação da vegetação nativa dessas áreas.

  • FELIPE LIMA MOREIRA ALBUQUERQUE
  • GEOARQUEOLOGIA EM ANTROSSOLOS DE SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS NO MÉDIO CURSO DO RIO ARAGUARI E SUA IMPORTÂNCIA PARA A GEOCONSERVAÇÃO, FERREIRA GOMES, AMAPÁ-BRASIL.

  • Data: 23/02/2022
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  • Pesquisas geoarqueológicas evidenciam que a origem dos Arqueo-Antrossolos amazônicos está diretamente ligada às antigas aldeias indígenas, atuais sítios arqueológicos, que são áreas de solos associadas ao acúmulo de matéria orgânica, artefatos e/ou fragmentos cerâmicos e possuem uma elevada fertilidade quando comparadas aos solos naturais da Amazônia. A Terra Preta Arqueológica (TPA), abordada neste trabalho, pertence à classe dos Antrossolos e são vestígios de extrema importância natural/cultural e científica, pois guardam o registro de ocupação humana do passado. O presente trabalho propõe investigar o contexto geoarqueológico de Antrossolos nos sítios arqueológicos Vila Triunfo, Monte Belo e Pedra do Índio, localizados no município de Ferreira Gomes, estado do Amapá, discutindo qual a importância dos Antrossolos nos valores culturais, econômicos e científicos e como utilizar suas propriedades pedogenéticas para discutir subsídios/estratégias para a geoconservação destes locais. Para tal, foi realizado o levantamento bibliográfico dos aspectos ambientais e culturais da área, análise das fichas catalográficas dos 65 sítios arqueológicos cadastrados. Em campo coletou-se 17 amostras de solos, a partir da abertura de mini-trincheiras e as análises morfológicas foram realizadas com o auxílio da carta de Munsell (2017) e Lemos e Santos (2002). As propriedades físicas e químicas dos solos foram obtidas através de análises laboratoriais. A granulometria foi determinada pelo método internacional da pipeta e as frações separadas pelo princípio da Lei de Stokes. Para as análises químicas totais as amostras foram previamente pulverizadas em gral de Ágata e submetidas a análises químicas clássicas, por via úmida, dos teores totais de P, Ca, Mg, K, Zn, Mn e Cu, extraídos por digestão multiácida e determinado por ICP (Induced Coupled Plasma). Para as análises químicas disponíveis, verificou-se os parâmetros químicos, mensurados pelas determinações do pH em água, Matéria Orgânica, P disponível, Ca, Mg, K e Al trocáveis. Através das fichas de cadastro de sítios constatou-se que mais da metade dos sítios arqueológicos do município de Ferreira Gomes encontrava-se em grau moderado de preservação, quando registrados e considerados de alta relevância. Os parâmetros morfológicos identificados compreendem a geoindicadores da presença humana antiga nestes locais, especialmente, nos sítios Vila Triunfo e Monte Belo. Todos os pontos coletados apresentaram a predominância da fração areia, sob as demais, permitindo a identificação de duas classes texturais principais:  Franco-Argilo-Arenosa e Areia Franca. As análises químicas totais mostraram um enriquecimento do solo por alguns elementos, os pontos analisados, mostraram semelhanças entre si, as variações mais significativas foram observadas nos teores de P e Ca. Os resultados químicos disponíveis dos elementos evidenciaram que os sítios Vila Triunfo e Monte Belo possuem teores que configuram um maior potencial de fertilidade em relação ao sítio Pedra do Índio, sugerindo que o sítio rupestre não teve uso habitação. Os Antrossolos são áreas que possuem muitas potencialidades nos estudos de geoconservação, até então, pouco exploradas. Suas contribuições vão além de informações culturais sobre os povos antigos que habitaram a região Amazônica, podendo ter aproveitamento econômico e científico/educacional. Mas para que isto aconteça, estratégias precisam ser criadas, para subsidiar a preservação de tais patrimônios.

  • CARLA DE MATTOS SANTOS
  • IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DECORRENTES DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA ÁREA URBANA DE LARANJAL DO JARI – AMAPÁ

  • Data: 23/02/2022
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  • O processo histórico de expansão do núcleo urbano de Laranjal do Jari-Amapá, foi marcado pelo crescimento acelerado e irregular e sem planejamento. A isso se associam as ocorrências de impactos ambientais e sociais negativos. Desta forma, a presente pesquisa, tem como tema: Impactos socioambientais decorrentes do uso e ocupação do solo na área urbana de Laranjal do Jari – Amapá. Utilizou-se os conceitos da Teoria dos Geossistemas, a fim de subsidiar os estudos para classificação de graus de fragilidade ambiental da área. A pesquisa centralizou-se na identificação e caracterização dos impactos socioambientais decorrentes do uso e ocupação do solo urbano de Laranjal do Jari. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, com abordagem qualitativa e quantitativa e com análise descritiva, exploratória e empírica, orientada pelo uso de levantamento bibliográfico e documental, além da coleta de dados de campo. Identificou e caracterizou os impactos socioambientais decorrentes do uso e ocupação do solo urbano do município, tendo como recorte espacial, áreas de planície de inundação e planalto dissecado. Identificou-se as áreas susceptíveis à risco aos processos geomórficos e enchentes, relacionando os problemas ambientais com o uso, cobertura do solo e as questões sociais. Como resultado, foram elaborados quatro (04) mapas para área urbana de Laranjal do Jari, a partir dos Planos de Informações (PI) temáticos: Geologia (G), Geomorfologia (R), Pedologia (S) e Vegetação (V). Essas informações ajudaram a definir dois Geossistemas para a área: O Geossistema 1 - representado pela Planície Amazônica, abrange cerca de 29,7% da área urbana do município e é caracterizado pela planície fluvial do rio Jari, indicando uma área plana, sob os efeitos dos processos de inundações do rio Jari; O Geossistema 2 - representado pelo Planalto Uatumã-Jari, engloba 70,3% da área urbana do município, estando sobre riscos de processos geomórficos, tais como: processos erosivos (laminar; fluxo concentrado: sulcos e voçorocas); e movimentos de massa (escorregamentos, deslizamentos). Todas as informações levantadas, juntamente com os dados coletados em trabalho de campo, possibilitaram a elaboração do Mapa de Fragilidade Ambiental da área urbana de Laranjal do Jarí, que permitiu a individualização de duas (02) Unidades Territoriais Básicas (UTB): uma com grau de fragilidade MÉDIO (2,1), localizada na área do Planalto Dissecado Uatumã-Jari, onde dominam processos geomórficos erosivos e movimentos de massa; e uma outra, com grau de fragilidade MUITO FORTE (2,8), na região de Planície de Inundação, onde prevalecem eventos de inundações associadas as cheias do rio Jari e eventos climáticos pluviais. Com efeito, acredita-se que os resultados e produtos/mapas frutos desta pesquisa muito contribuirão para o planejamento urbano do município de Laranjal do Jari, bem como para o entendimento do potencial e limitações de uso e ocupação do espaço urbano, subsidiando decisões dos gestores municipais e estaduais, e também, da Defesa Civil, Corpo de bombeiros e entidades da sociedade civil, em geral.

  • ANA CLAUDIA SA DA CRUZ
  • DINÂMICA URBANA NA CIDADE DE MACAPÁ/AP: INTERAÇÕES ESPACIAIS ATRAVÉS DA RODOVIA DUCA SERRA

  • Data: 22/02/2022
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  • As cidades de Macapá e Santana constituem os dois maiores centros urbanos do estado do Amapá. Situadas à margem esquerda do rio Amazonas, possuem a essência ribeirinha e relações que foram estabelecidas desde sua gênese. Para compreender as interações espaciais entre essas duas cidades, é necessário reflexionar sobre os antecedentes do processo de formação e configuração territorial que culminaram no crescimento urbano de ambas. No decorrer de suas trajetórias, houve atuação do Estado na criação do Território Federal do Amapá (1943), transformando-o em estado em 1988, e, posteriormente, com a implantação da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana. Essas ações de âmbito administrativo, econômico e político refletiram na dinâmica espacial das duas cidades, que passaram a concentrar grande parte da população do estado e as principais atividades econômicas, reforçando o compartilhamento de funções e, consequentemente, a correlação entre elas. O objetivo central deste trabalho é analisar as interações espaciais que ocorrem através da Rodovia Duca Serra, buscando compreender alguns processos socioespaciais entre Macapá e Santana que fazem parte da dinâmica urbana recente e corroboram para essas interações. Para analisar a relação entre essas duas cidades, considera-se o contexto histórico de sua formação e configuração territorial, a produção do espaço urbano e as interações espaciais associadas à teoria da circulação no modo de produção capitalista, primando por uma abordagem dialética sobre a realidade vivenciada nesses dois centros urbanos. O resultado deste trabalho é relevante para caracterizar os processos socioespaciais face à inclusão de novos agentes que influenciam nesse contexto, bem como compreender as interações espaciais que ocorrem por meio dos fluxos de veículos, buscando espacializá-los e quantificá-los, verificando as diferentes maneiras de se deslocar e evidenciar a segregação no âmbito da circulação urbana.

2021
Descrição
  • SEVERINO PEREIRA MANCIO FILHO
  • Análise da Variabilidade Climática da Bacia do Rio Oiapoque por Satélite-Tropical Rainfall Measuring Mission


  • Data: 10/12/2021
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  • A variação dos elementos do clima resulta de uma atmosfera não estática podendo mudar de local no decorrer do tempo e escala. Os aspectos da precipitação na Amazônia e no Amapá têm influência no ciclo hidrológico. É um fator primordial para a vazão da bacia hidrográfica. Os produtos do satélite TRMM e pluviômetros são utilizados para observar a variabilidade climática dentro de bacias hidrográficas obtendo resultados na compreensão da variabilidade e correlação com a hidrologia dos rios. Neste sentido, teve como objetivo analisar as características climáticas e a sua influência na dinâmica fluvial para a bacia hidrográfica do rio Oiapoque por meio do satélite TRMM. Analisar as características da dinâmica fluvial através dos dados fluviométricos, para a bacia hidrográfica do rio. Entender a relação e a influência do clima na dinâmica fluvial. Afim de estabelecer um estudo preliminar dessa relação precipitação e vazão. Desse modo foram utilizados uma série de 1981 até 2019 de dados de vazão e precipitação das estações  pluviométricas e do TRMM, produto 3B43v7, a partir desses dados foram tratados estatisticamente utilizando métodos de comparação e correlação estatística. Das análises efetuadas concluiu-se que as estimativas de precipitação do satélite TRMM possuem acurácia consistente para a bacia do Rio Oiapoque. Elas conseguem reproduzir valores similares aos das estações pluviométricas estudadas. A análise multitemporal da variabilidade climática fornecidas pelo produto 3B43v7 utilizando o sensor PR, forneceu um parâmetro da espacialização das chuvas, bem satisfatório mostrando como os volumes de precipitação se comportam ao longo dos anos. Os resultados da correlação entre os dados mostraram uma boa concordância das variantes. As medições de precipitação e vazão estão ligadas ao deslocamento da ZCIT e os fenômenos do El Ninõ e La Ninã. Uma vantagem adicional das estimativas de precipitação por satélite é o preenchimento de lacunas em áreas onde não existem ou estações pluviométricas são espessas umas das outras. Por fim o entendimento dos elementos de entrada líquida no fluxo hídrico de uma bacia hidrográfica é muito importante, devido ao fato deste conhecimento auxiliar no planejamento para gestão dos recursos hídricos, desenvolvimento de grandes projetos de intervenção na bacia, tais como, construção de hidrelétricas, estratégias de navegação, e sua relação com a precipitação que tem impacto direto no balanço hídrico, assim influenciando nos ambientes naturais existentes na foz da bacia hidrográfica.

  • FRANCINETE VIANA DA SILVA CORREA
  • POTENCIALIDADES GEOTURÍSTICAS EM GEOMORFOSSÍTIOS NO MUNICÍPIO DO OIAPOQUE, AMAPÁ/BRASIL

  • Data: 06/12/2021
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  • A presente pesquisa foi realizada no município do Oiapoque (AP), no qual apresenta, em suas unidades de relevo, aspectos da geodiversidade com potencial geoturístico em geomorfossítios, importantes registros das ações evolutivas da paisagem e que permitem o desenvolvimento de diversas atividades humanas. Esse município está localizado no extremo norte do estado do Amapá, faz fronteira com a Guiana Francesa e está assentado em terrenos cristalinos do Pré-Cambriano. A paisagem local possui vários ambientes geológicos e geomorfológicos que são formados por afloramentos rochosos, quedas d ‘águas, ilhas e corredeiras. De acordo com o cenário apresentado, a pesquisa teve como finalidade identificar os geomorfossítios e analisar as suas potencialidades geoturísticas, com vistas à produção de um folder para o município do Oiapoque quando se pensa em desenvolvimento. Para alcançar o objetivo, a pesquisa adotou os seguintes procedimentos metodológicos: (i) - atualização do referencial teórico-conceitual; (ii) - trabalhos de campo; (iii) - avaliação dos valores científico e turístico dos locais de interesse geomorfológico existentes na área de estudo, com base em critérios e parâmetros definidos por Pereira (2006); (iv) - construção do inventário da geodiversidade dos locais de interesse geomorfológico; e (v)- análise e tabulação dos dados por meio da construção de mapas, gráficos e tabelas. Os resultados proporcionaram, além da contribuição aos estudos e pesquisas em geodiversidade na Amazônia, a divulgação, valorização e geoconservação do meio abiótico. O folder geoturístico servirá como ferramenta para divulgar a geodiversidade local, proporcionando o desenvolvimento sustentável através da divulgação e valorização do patrimônio geomorfológico, assim como a contemplação e educação.

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