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ROSÂNGELA DO SOCORRO FERREIRA RODRIGUES SARQUIS
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“ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES COM ESPÉCIES VEGETAIS USADAS TRADICIONALMENTE EM UMA COMUNIDADE RIBEIRINHA DA AMAZÔNIA”.
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Advisor : JOSE CARLOS TAVARES CARVALHO
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Data: Jun 28, 2019
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Os habitantes da planície de inundação do rio Mazagão, estado do Amapá, Amazônia brasileira, herdaram das culturas indígenas, africanas e cabocla, as indicações de uso e as formas de preparação de plantas medicinais para a cura de suas doenças do corpo e do espírito. Este estudo teve como objetivo realizar um levantamento etnofarmacológico das plantas medicinais utilizadas pela comunidade ribeirinha das planícies de inundação do rio Mazagão. Neste optamos por entrevistas estruturadas com formulários socio-econômicos, etnofarmacológicos e etnobotanicos e um roteiro para entrevistas semiestruturadas. As coletas das plantas medicinais ocorreram durante visitas guiadas. O Valor de Uso (UV), o Fator de Consenso de Informantes (FCI), o Fator de Correção (FC) e o Nível de Fidelidade (FL) foram calculados. Houve 130 espécies de plantas medicinais, distribuídas em 116 gêneros e 57 famílias. Fabaceae (16), Lamiaceae (14), Euphorbiaceae (7) e Arecaceae (6), foram as famílias com 33,33% das espécies amostradas. Ao todo, foram citadas 95 espécies nativas; 33 são endêmicos das florestas de várzea, 62 são de florestas terrestres firmes e 35 são espécies não-nativas. As espécies com UVs mais altos (≥ 0,5) na foz do rio Mazagão foram Carapa guianensis (0,91), Pentachlethra macroloba (0,83), Dalbergia subcymosa (0,77), Uncaria tomentosa (0,75), Otacanthus azureus (0,62), Virola surinamensis (0,62), Hura crepitans (0,58), Euterpe oleracea (0,56) e Arrabidaea chica (0,51). Estes também foram os que apresentaram o maior FIC entre os informantes e 100% no FL para um uso terapêutico específico. O estudo compreendeu 16 categorias de uso terapêutico, das quais a maioria das plantas utilizadas estão relacionadas com doenças como as infecções microbianas (20,67%, 73 espécies), distúrbios gastrointestinais (13,31%) e inflamações (11,61%). Entre as espécies com utilização etnofarmacológica Otacanthus azureus (Linden) Ronse, foi altamente representativa no índice quantitativo como uma das espécies mais utilizadas, sendo citada como antimicrobiana, está foi selecionada para preparação de uma nano-emulsão com o seu óleo essencial e avaliar a influência de diferentes surfactantes na sua formação e estabilização, bem como avaliar a melhoria bioativa utilizando diferentes cepas bacterianas. As folhas e flores foram caracterizadas por microscopia eletrônica de varredura e o óleo essencial foi caracterizado por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas, revelando predominância de mono e sesquiterpenos. A nanoemulsão ideal foi obtida com o polissorbato 80 e não foi observado nenhum crescimento importante de gotas durante 30 dias de armazenamento. Uma interpretação profunda sobre a formação e estabilização deste sistema coloidal foi realizada, baseada nas propriedades físico-químicas in silico dos fitoquímicos. Uma notável melhoria da bioatividade induzida por esta nanoemulsão foi observada contra Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Salmonella typhi. Os resultados mostraram que o conhecimento sobre o uso de plantas medicinais ao longo dos rios e igarapés que formam a foz do rio Mazagão é uniformemente distribuído. Esta comunidade tem uma estreita relação com a floresta de várzea, pois fazem uso de 33 espécies endêmicas dessa floresta e trocam informações sobre o uso da flora medicinal local com a comunidade negra na cidade de Mazagão Velho, no município de Mazagão, Amapá, Brasil.
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RYAN DA SILVA RAMOS
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ESTUDO QUÍMICO E MEDICINAL DE POTENCIAIS INIBIDORES DAS ENZIMAS ACETILCOLINESTERASE E HORMÔNIO JUVENIL COM ATIVIDADE INSETICIDA A PARTIR DO PIRIPROXIFENO
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Data: Jun 27, 2019
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O Aedes aegypti é o principal vetor, transmissor de patologias virais como a dengue, febre hemorrágica, febre amarela urbana, zika e chikungunya. O inseticida eficiente mais utilizado no controle do vetor é o piriproxifeno de origem sintética, no entanto as populações de A. aegypti vem mostrando resistência no Brasil. Os agentes inseticidas podem atuar em diferentes sítios ativos, por exemplo inibindo a enzima acetilcolinesterase ou no hormônio juvenil dos mosquitos, no entanto não há elucidação dos mecanismos de ação químicos e nem estrutura cristalográfica da acetilcolinesterase do A. aegypti. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar in silico novos inibidores da enzima acetilcolinesterase e hormônio juvenil através de estudos da química medicinal. Inicialmente foi utilizado o piriproxifeno como pivô, por sua atividade inseticida comprovado, e as buscas por moléculas similares foram realizadas nas bases Zinc_Natural_Stock (ZNSt) e Maybridge, considerando propriedades físicas, farmacocinética e toxicológicas. No estudo de docking molecular para a base Zinc_Natural_Stock (ZNSt) a molécula ZINC00001424 apresentou potencial de inibição para a enzima acetilcolinesterase (inseto e humana) com valor de afinidade de ligação de -10,5 e -10,3 kcal/mol, respectivamente. A interação com o hormônio juvenil foi de -11,4 kcal/mol para a molecular ZINC00001021. As moléculas Maybridge3_002654 com valor de afinidade de -11,1 kcal/mol, Maybridge4_001571 valor de afinidade de -10,2 kcal/mol e MolPort-002-899-880 com valor de afinidade -11,6 kcal/mol, esses valores de afinidade mostram a alta similaridade de interações com resíduos de aminoácidos no sítio ativo das proteínas alvos, quando comparados aos controles internos usados no estudo de docking molecular. As moléculas apresentaram valores de energia livre significativos, o que possibilita uma grande estabilidade e tempo de permanência maior no sítio ativo. Essas moléculas podem ser submetidas a mais análises (in vitro e in vivo) para melhor verificação e confirmação do potencial inseticida aqui indicado.
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DIANI FERNANDA DA SILVA LESS
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“BIOGEOQUÍMICA, HIDRODINÂMICA E A EMISSÃO DE DIÓXIDO DE CARBONO NA FOZ DO RIO AMAZONAS"
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Data: Jun 25, 2019
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Os rios são importantes agentes no ciclo global de carbono porque contribuem com a emissão significativa de dióxido de carbono (CO2) para atmosfera. Conhecer os fatores e os processos relacionados ao transporte, assimilação e emissão de CO2 que ocorrem no contínuo dos rios é fundamental para entender o papel dos mesmos no ciclo global do carbono. O objetivo do estudo foi contribuir com a identificação dos aspectos hidrodinâmicos e biogeoquímicos associados a pressão parcial de CO2 (pCO2) e ao fluxo evasivo de CO2 (FCO2) na foz do Rio Amazonas. Para isso, foram testadas as seguintes hipóteses: a) O fluxo de CO2 e a pCO2 variam sazonalmente devido a influência da descarga líquida (Q), concentração de carbono orgânico dissolvido (COD) e velocidade do vento (U10); b) as variações da amplitude das marés semidiurnas influenciam a pCO2 e o FCO2 na foz do Rio Amazonas. O estudo seguiu as seguintes etapas de execução experimental: a) Quantificou-se FCO2 e a pCO2 sazonalmente (seca, enchente, cheia e vazante) no Canal Norte utilizando-se câmara flutuante e equilibrador, respectivamente, acoplados a um Analisador de Gás por Infravermelho (IRGA), considerando a influência de 30 variáveis biogeoquímicas, hidrodinâmicas e meteorológicas; b) para análise dos efeitos da maré no FCO2 e na pCO2, foram executadas medições ao longo de um ciclo de maré de quadratura com predominância semidiurna, durante o inverno amazônico (maio/2017) e o verão amazônico (novembro/2016). Os valores mais elevados de FCO2 e pCO2 foram obtidos nas estações com alta descarga líquida (11,28 ± 7,82 μmol m- ² s-1 e 4575 ± 429 μatm, respectivamente), com significativa variação sazonal. Dentre os 30 parâmetros analisados, as correlações significativas (p <0,05) entre FCO2 e pCO2 foram obtidas para temperatura da água e do ar, oxigênio dissolvido (OD), COD, nitrato, nitrogênio inorgânico dissolvido (NID) e pH. Considerando a influência da maré, nos horários de vazante foram obtidos os maiores valores de FCO2, devido aos efeitos do aumento da velocidade da corrente na turbulência da superfície da água. A foz do Rio Amazonas tem alto potencial de emissão de CO2 e é altamente dinâmica, devido à influência sazonal da hidrógrafa na pCO2 e FCO2 e do regime de marés, que causam alterações não somente na amplitude da coluna d’água, mas também na biogeoquímica do sistema fluvial.
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ALISON PUREZA CASTILHO
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Contribuição ao avanço do conhecimento científico sobre moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) de importância econômica e quarentenária na Amazônia brasileira.
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Data: Jun 14, 2019
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Nas últimas décadas a fruticultura tropical alcançou desenvolvimento em diferentes partes do mundo, particularmente no Brasil, que se destaca como terceiro maior produtor, o que reflete positivamente na sua balança comercial. Na região Amazônica, esse segmento agrícola também vem se expandindo, especialmente na última década. Dentre os insetos mais danosos à fruticultura amazônica, o complexo de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) destaca-se, sendo seu controle requisito básico para viabilizar exportações de frutas “in natura”. As informações sobre moscas-das-frutas de importância econômica e quarentenária, na Amazônia brasileira ainda são escassas, embora se observe avanços expressivos no conhecimento da diversidade de espécies, seus inimigos naturais e hospedeiros quando comparado ao início do século. Apesar disso, tais conhecimentos ainda precisam serem
aprofundados, principalmente em relação a aspectos bioecológicos. Nesse sentido, objetivou- se com esse trabalho: 1) contribuir para o avanço do conhecimento científico sobre moscas- das-frutas de importância econômica e quarentenária na Amazônia brasileira; 2) Elucidar os
aspectos biológicos de B. carambolae em goiaba (Psidium guajava), carambola (Averrhoa carambola), araçá-boi (Eugenia stipitata) e taperebá (Spondias mombin); 3) Identificar as espécies vegetais hospedeiras de moscas-das-frutas de importância econômica em um pomar misto em Belém, Pará; e 4) Apresentar a distribuição geográfica de C. capitata e suas plantas hospedeiras na Amazônia brasileira. Para tanto, ações de pesquisa foram desenvolvidas nos estados do Amapá e do Pará, além a ampla revisão bibliográfica. Concluiu-se que B. carambolae, mesmo completando seu ciclo de vida em todos hospedeiros estudados, apresenta diferenças em seu desenvolvimento, indicando que essas espécies vegetais contribuem para a manutenção da praga no ambiente. Ceratitis capitata ainda continua diversificando seus hospedeiros, tendo apresentado nova associação para a Amazônia brasileira ao ser encontrada em Eugenia uniflora. É necessário avançar no conhecimento sobre a ocorrência de C. capitata na Amazônia brasileira, pois a mesma ainda não é bem explicada.
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ALZIRA MARQUES OLIVEIRA
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Conhecimento etnobotânico e etnofarmacológico da comunidade negra de Mazagão Velho, Amapá, Brasil.
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Data: Jun 13, 2019
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A pesquisa teve o objetivo de caracterizar o conhecimento etnobotânico e etnofarmacológico da diversidade da flora local conhecida e utilizada para tratamento de doenças pelos moradores da comunidade negra do Distrito de Mazagão Velho-Amapá. Foram realizadas 107 entrevistas nas unidades domiciliares. A metodologia foi baseada na Antropologia Cultural, com entrevistada estruturada, semiestruturadas e observação participante. Os instrumentos de coleta de dados foram o formulário, o diário de campo, as gravações em áudio e o registro fotográfico. As análises versaram sobre três grupos de variáveis: a socioeconômica, ambiental e étnico-racial, a etnobotânica e a etnofarmacalógica. Foram utilizadas as análises quantitativas: frequência absoluta e relativa, valor de diversidade do informante (VDI), índice de concordância de uso principal (CUP) e potencial medicinal (PM). 96 espécies pertencentes a 39 famílias foram coletadas, herborizadas e identificadas em concordância com literatura especializada e, posteriormente incorporada ao Herbário Amapaense. As famílias botânicas mais representativas foram a Lamiaceae e a Asteraceae. 12 espécies tem uso elevado à moderado pelos moradores: Ruta graveolens L., Aeollanthus suaveolens Mat. Ex. Spreng; Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng., Carapa guianensis Aubl., Mentha × piperita L., Lippia alba (Mill) N. E. Br. Ex. Britton & P. Wilson, Dalbergia monetaria L.f., Citrus limon (L.) Osbeck, Eryngium foetidum L., Brassica oleracea L., Origanum majorana L. e Vernonia condensada Baker. A parte da planta mais citada nas preparações foi a folha. As formas de preparo indicadas foram: decocção, maceração, infusão, in natura e sumo. As formas de uso citadas foram: banho, chá, emplasto, in natura, inalação, lavagem, pomada, preparado, sumo, xarope e consumo da água macerada. 60 afecções distribuídas em 16 diferentes sistemas corporais são tratadas com plantas medicinais. O sistema digestivo foi o que apresentou maior número de doenças, contudo o sistema respiratório obteve as maiores indicações de tratamento com plantas medicinais. Em contrapartida, a fitoterapia popular é pouco utilizada em doenças do sangue, doenças osteomoleculares, transtorno mental e comportamental, entre outras. No que diz respeito aos aspectos socioeconômico e ambiental, a maioria das famílias possuem baixa renda, os membros das famílias apresentam baixa escolaridade. Aposentadorias e trabalhos autônomos são as principais fonte renda. A agricultura e o extrativismo são as atividades produtivas mais expressivas. A localidade é desprovida de serviços de saneamento básico, fato que causa sérios transtornos aos moradores com a proliferação de insetos vetores de doenças. A identidade negra tem como sinal diacrítico de fronteira são as manifestações culturais, tais como as festas de santo da igreja católica, as rodas de marabaixo e batuque e os rituais presentes na festa de São Tiago. Conclui-se que a comunidade conhece e usa uma extensa diversidade de plantas para fins medicinais, entretanto a transmissão desse conhecimento entre a geração adulta e a jovem não tem sido dinâmica, prejudicando de sobremaneira a continuidade desse saber tradicional. Dessa forma, é de extrema relevância registrar esse conhecimento sobre as plantas, pois poderá também subsidiar futuras pesquisas aplicadas, principalmente na área química de produtos naturais.
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LUCIANO PEREIRA DE NEGREIROS
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Fauna de parasitos metazoários de Calophysus macropterus e Pimelodus blochii (Pimelodidae) do estado do Acre: uma abordagem taxonômica, morfológica, molecular e ecológica
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Data: Jun 7, 2019
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O objetivo deste estudo foi investigar a diversidade da comunidade e infracomunidades de metazoários parasitos de Calophysus macropterus e Pimelodus blochii provenientes da bacia do Rio Acre e Rio Iaco, estado do Acre, usando uma abordagem taxonômica, morfológica, molecular e ecológica. Em C. macropterus (N = 160) do Rio Acre e Rio Iaco, 13 espécies de parasitos (4 quatro espécies de monogeneas, 4 nematoides, 2 cestoides, 1 digenea, 1 crustáceo e 1 pentastomídeo) foram encontradas e houve 100% de similaridade na comunidade componente de ambos rios. Em C. macropterus do Rio Acre, prevalência foi de 73,7%, um total de 523 parasitos foram coletados e Cucullanus pinnai e larvas de Anisakidae foram os parasitos dominantes. Em C. macropterus do Rio Iaco, a prevalência foi de 76,2%, um total de 792 parasitos foram coletados e Monticelia amazônica e larvas de Anisakidae foram os parasitos dominantes. Houve variação similar do ciclo sazonal estiagem/chuvoso na diversidade de parasitos, mas houve diferença sazonal para algumas infracomunidade de parasitos desse hospedeiro. Em P. blochii (N = 160) dos rios Acre e Iaco, foram encontradas 22 espécies (5 espécies de Monogenea, 10 Nematoda, 3 Digenea, 1 Cestoda e 3 Crustacea), das quais 17 espécies foram compartilhadas por hospedeiros de ambos os rios e prevalência total foi de 78,7% e um total de 1.461 parasitos foram coletados, na estação chuvosa e estação de estiagem. Houve diferença na prevalência e abundância de espécies de monogeneas, bem como na riqueza de espécies de parasitos, diversidade de Shannon e uniformidade entre hospedeiros de ambos rios, mas não na similaridade qualitativa e quantitativa. Não houve diferença na prevalência, abundância, riqueza de espécies de parasitos, diversidade de Shannon e uniformidade entre a estação chuvosa e estação de estiagem. Para P. blochii foi descrito uma nova espécie de monogenea do gênero Ameloblastella e, além disso, a descrição do macho de Philometroides acreanensis e sua filogenia. Dadaytrema oxycephala foi encontrado em 20% dos P. blochii dos Rio Acre e Iaco e um checklist para hospedeiros da América do Sul e características morfológicas dos estágios de desenvolvimento desse digenea foram relatadas.
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BEATRIZ MARTINS DE SA HYACIENTH
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VALIDAÇÃO TOXICOLÓGICA AGUDA E REPRODUTIVA NÃO CLINICA DO EXTRATO HIDROETANOLICO DAS CASCAS DO CAULE DE ENDOPLEURA UCHI(HUBER)COATTREC. EM ZEBRAFISH (DANIO RERIO HAMILTON)
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Advisor : JOSE CARLOS TAVARES CARVALHO
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Data: May 10, 2019
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Validação toxicológica aguda e reprodutiva não clínica do extrato hidroetanólico das cascas do caule de Endopleura uchi (Huber) Cuatrec. em Zebrafish (Danio rerio Hamilton) Hyacienth, B.M.S.1,2; Carvalho, J.C.T1,2. 1Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede BIONORTE. 2Laboratório de Pesquisa em Fármacos, Departamento de Ciências Biológicas e Saúde, Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá, Brasil. Introdução: O uxi, Endopleura uchi (Huber) Cuatrec. (Humiriaceae) é uma árvore típica da floresta Amazônica brasileira que tem sido utilizada para fins medicinais em dislipidemias, infecções uterinas, miomas, ovário policístico, distúrbios menstruais entre outras, principalmente na forma de decocção da casca do caule. No entanto, dados relacionados com a segurança do uso de Endopleura uchi ainda são escassos, principalmente em relação aos aspectos toxicológicos agudo e reprodutivo. Objetivo: Avaliar ao nível não clínico o possível efeito toxicológico agudo e reprodutivo do extrato hidroetanólico das cascas do caule de Endopleura uchi (Huber) Cuatrec. (EEu) sobre Zebrafish (Danio rerio Hamilton, 1822). Metodologia: A análise fitoquímica do extrato foi realizada por HPLC-MS-MS. No teste de toxicidade aguda in vivo, Zebrafish foram tratados por via oral, com doses única de 75 mg/kg, 500 mg/kg, 1.000 mg/kg e 3.000 mg/kg e observou-se os parâmetros comportamentais, percentual de mortalidade, análise bioquímica e alterações histopatológicas. Também avaliou-se in silico, os parâmetros farmacocinéticos e toxicológicos da bergenina, principal marcador fitoquímico, e seus metabólitos. Quanto ao teste in vivo de toxicidade reprodutiva foram utilizados machos e fêmeas de Zebrafish que foram tratados com o EEu por imersão com as concentrações de 1.2 mg/L, 2.5 mg/L e 5 mg/L, e por via oral com as doses de 75 mg/kg, 200 mg/kg e 500 mg/kg, por 21 dias consecutivos. Avaliou-se os parâmetros da geração parental, tais como a fertilidade, análise histopatológica das gônadas e teratogenicidade, letalidade e frequência cardíaca dos embriões, com observações diárias em 24, 48, 72 e 96 hpf. Resultados: A amostra do EEu apresentou como componente químico majoritário a bergenina, corroborando com a literatura. Não foi possível determinar a DL50 do EEu por via oral até a dose de 3.000 mg/kg. As alterações comportamentais, bioquímicas e histopatológicas foram dependentes da dose. As previsões farmacocinéticas in silico para a bergenina e seus metabólitos mostraram absorção moderada em modelos de HIA e Caco-2, ligação fraca à proteínas plasmática, baixa absorção no sistema nervoso central (CNS) e não inibição da P-gp. A metabolização da bergenina foram definidas pela enzima CYP450, além de apresentar inibição de CYP2C9, CYP3A4 e CYP2C19. No teste de toxicidade in silico a bergenina e seus metabólitos mostraram causar carcinogenicidade. No teste de toxicidade reprodutiva in vivo as alterações histopatológicas encontradas nas gônadas masculinas e femininas mostraram-se dentro da normalidade e não afetou a reprodução dos grupos tratados por via oral e por imersão. No caso dos embriões a frequência de malformações aumentou significativamente, no entanto, o percentual das malformações encontradas não apresentaram significância estatística. Conclusão: Os resultados obtidos no presente estudo foram determinantes para comprovar que o EEu não apresenta toxicidade aguda no modelo de zebrafish, porém os danos teciduais encontrados foram dependentes das doses. No estudo in silico, foi observado o envolvimento do marcador majoritário bergenina com as enzimas CYP, sendo possível sugerir que os danos histopatológicos encontrados, principalmente no fígado e rins (toxicidade aguda), estão relacionados com a interação desse composto majoritário e seus metabolitos ao nível dos mecanismos celulares-bioquímicos que envolvem a absorção, metabolização e excreção desses possíveis pró-fármaco e fármaco. Apesar de que na avaliação da toxicidade reprodutiva o EEu não afetou as características teciduais das gônadas masculinas e femininas, assim como a fertilidade, o mesmo aumentou a possibilidade de ocorrências de malformações em embriões de Zebrafish. Assim, é de grande importância as orientações sobre a dose a ser utilizada, uma vez que as malformações encontradas por via oral foram presentes somente na maior dose (500 mg/kg).
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ALEXANDRE SOUTO SANTIAGO
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DIVERSIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS DE QUATRO IGARAPÉS DO PARQUE NACIONAL MONTANHAS DO TUMUCUMAQUE, ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL.
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Data: Apr 26, 2019
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COMPARAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL ENTRE DUAS ÁREAS DISTINTAS: PARQUE NACIONAL MONTANHAS DO TUMUCUMAQUE-SERRA DO NAVIO/AP E IGARAPÉ DA FORTALEZA - MACAPÁ/SANTANA. COM USO DE ENSAIOS TOXICOLOGICOS COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO.
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ANA LUZIA FERREIRA FARIAS
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DESENVOLVIMENTO DE NANOEMULSÕES BIOCIDAS COM ÓLEOS ESSENCIAIS DAS ESPÉCIES Tithonia diversifolia, Acmella oleracea e Tagetes erecta (ASTERACEAE) CONTRA O VETOR Aedes (STEGOMYIA) aegypti (LINNAEUS, 1762) (DIPTERA: CULICIDAE).
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Advisor : SHEYLLA SUSAN MOREIRA DA SILVA DE ALMEIDA
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Data: Mar 29, 2019
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JUREMA DO SOCORRO AZEVEDO DIAS
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Potencial anti-fúngico dos óleos fixos de Copaifera sp., Carapa guianensis Aubl. e Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. sobre Aspergillus nomius Kurtzman, Horn & Hesseltine e Aspergillus fumigatus Fresenius isolados de Bertholletia excelsa Humb. & Bompland e avaliação da toxicidade aguda em Danio rerio.
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Advisor : JOSE CARLOS TAVARES CARVALHO
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Data: Mar 22, 2019
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A crescente demanda por alimentos isentos de resíduos oriundos de defensivos agrícolas tem alterado o comportamento de produtores na busca de novas formas eficientes de produção, com baixo custo e menor agressividade ao meio ambiente. Como fonte de produtos fungicidas tem-se utilizado diversas plantas e seus produtos, dos quais já foram isolados compostos como flavonoides, cumarinas e terpenóides com atividades fungicidas que podem ser utilizados como conservantes naturais em alimentos. Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial anti-fúngico dos óleos fixos de Carapa guianensis, Copaifera sp. e Dipteryx odorata sobre Aspergillus nomius e Aspergillus fumigatus e a toxicidade aguda em Danio rerio. Os óleos fixos obtidos por diferentes técnicas de extração, de amêndoas de C. guianensis, diretamente do tronco de Copaifera sp. e por prensa hidráulica, de sementes de D. odorata, avaliados pela metodologia “Poison food” e testados em diferentes concentrações, em meio de cultura CYA, diferiram entre si quanto à atividade antifúngica contra os patógenos A. nomius e A. fumigatus isolados de Bertholletia excelsa. Observou-se que o óleo de Copaifera sp. quando comparado aos óleos de C. guianensis e D.odorata apresentou maior efeito inibitório sobre A. nomius e A. fumigatus, inclusive demonstrando maior efeito inibitório, quando comparado à nanoemulsão constituída por este mesmo óleo. Por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG/EM), estabeleceu-se a composição do óleo fixo de Dipteryx odorata. Através desta técnica, foram identificados ácidos graxos saturados (20%), ácidos graxos monoinsaturados (55%) e ácidos graxos poliinsaturados (8%), correspondendo a 83% de sua constituição. Dentre estes, 53% foi de ácido oleico, 13% de ácido palmítico, 8% de ácido linoleico, 2% de ácido vacênico e 7% de ácido esteárico. A atividade antimicrobiana de D. odorata, assim como acontece com Copaifera sp., talvez possa estar relacionada à natureza lipofílica dos óleos resinas, essa lipofilicidade favorece uma interação entre os componentes do óleo e os lipídios da parede e membrana celular fúngica, interferindo em sua permeabilidade, causando mudanças estruturais. Desta forma, verificou-se que o potencial antifúngico dos óleo de Copaifera sp. e D. odorata apresentaram efeitos fungicida e fungistático, respectivamente. Enquanto que, o óleo de Carapa guianensis demonstrou efeito fungicida nas primeiras 24 horas, porém, perdendo seu efeito ao longo das avaliações. Porém, ao comparar-se a ação anti-fúngica do óleo de Copaífera sp. com a ação anti-fúngica de sua nanoemulsão, verificou-se que o óleo nas concentrações de 0,1 µg/ml; 0,5 µg/ml; 1,0 µg/ml; 1,5 µg/ml; 2,0 µg/ml; 4,0 µg/ml; 6,0 µg/ml, apresentou maior porcentagem de inibição do crescimento micelial sobre A. nomius (PIC = 60%, nas 24, 48 e 72 h) e sobre A. fumigatus (PIC = 100%, nas 24h; 80% nas 48h e 60% nas 72h), do que a nanoemulsão, nas concentrações de 500 µg/mL (26,4% nas 216 h), 250 µg/mL, 125 µg/mL, 62,5 µg/mL e 31,2 µg/mL. Embora, tenha-se verificado, que a nanoemulsão na concentração de 500 µg/ml, inibiu a esporulação de A. nomius, quando comparada ao controle (meio de cultura sem a nanoemulsão), de acordo com a fotomicrografia eletrônica de varredura (MEV). Verificou-se também, que a ação do óleo de D. odorata, foi superior ao efeito do Itraconazol sobre A. nomius, enquanto que a ação do óleo igualou-se ao efeito do Itraconazol sobre o crescimento micelial de A. fumigatus, nas primeiras 24 h. Quanto à toxicidade do óleo de D. odorata em Danio rerio, foi possível verificar que o mesmo não causou a morte dos animais. Porém, foi capaz de ocasionar alterações histopatológicas em seus órgãos internos e mudanças comportamentais, após 48 horas de aplicação por via oral (gavage). Verificando-se que os órgãos mais afetados neste estudo histopatológico, foram o intestino, seguido dos rins e do fígado. Portanto, considerando-se os resultados obtidos e a característica química do principal marcador fitoquímico do óleo fixo de D. odorata, o ácido oleico, e os demais constituintes, ácido palmítico, ácido linoleico, ácido vacênico e ácido esteárico, pode-se sugerir que, em função das doses, estes compostos possam ter influenciado nos danos histopatológicos causados nos órgãos internos de D. rerio, assim como possam ter contribuído através das diferentes concentrações dos óleos, para a inibição in vitro do crescimento micelial de A. nomius e A. fumigatus. Desta forma, com base nos resultados obtidos, foi possível afirmar que a metodologia de Poison Food, foi eficiente em expressar o potencial inibitório dos óleos sobre o crescimento micelial de A. nomius e A. fumigatus, através do teste anti-fúngico. Assim como, foi possível demonstrar as alterações histopatológicas provocadas pela toxicidade aguda por via oral (gavage), após a aplicação do óleo de D. odorata, utilizando-se o modelo Danio rerio.
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