Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • VIVIANE CRISTINA CARDOSO FRANCISCO
  • DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DO APLICATIVO REVPARKINSON PARA A ADESÃO À TERAPIA MEDICAMENTOSA E O IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA QUE VIVE COM A DOENÇA DE PARKINSON

  • Data: 16/05/2024
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  • Introdução: A Doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa progressiva, caracterizada por sintomas como tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural, sendo considerada a segunda doença neurodegenerativa mais comum, apresentando-se de forma crônica e progressiva. O tratamento é eminentemente sintomático e visa manter e melhorar a independência funcional dos pacientes. A adesão à terapia medicamentosa é um fator importante para o sucesso do tratamento. Contudo, a adesão ao tratamento medicamentoso ainda apresenta um desafio, resultando em um controle ineficaz da doença e afetando diretamente a qualidade de vida do paciente. Objetivo: Este estudo tem o objetivo de desenvolver e avaliar o aplicativo móvel RevParkinson para a adesão à terapia medicamentosa e o seu impacto na qualidade de vida de pessoas que vivem com a Doença de Parkinson. Material e Métodos: Trata-se de uma pesquisa do tipo aplicada com desenvolvimento de uma ferramenta tecnológica, seguida de análise de natureza quantitativa após o uso desta ferramenta, mediante coleta de informações através de questionários e tratamento estatístico dos dados. Resultados e Discussão: A amostra foi constituída por 27 pacientes que fizeram uso do aplicativo por 16 semanas, os quais foram avaliados quanto a adesão à terapia medicamentosa, qualidade de vida e usabilidade de aplicativo. Os resultados indicaram que mais de 50% dos pacientes mantiveram os níveis de adesão satisfatória, além de melhoria geral na percepção em relação aos sintomas parkinsonianos e sistêmicos, função emocional e social. O aplicativo obteve uma pontuação média de 4,13 e 4,18 na escala uMARS, para pacientes e cuidadores respectivamente, sendo, portanto, considerado pelos usuários como uma aplicação satisfatória. Conclusão: Os resultados indicaram que o aplicativo tem potencial de beneficiar não apenas pacientes com Doença de Parkinson, mas também indivíduos com outras condições crônicas que requerem monitoramento e adesão contínua ao tratamento, bem como impactar positivamente na qualidade de vida desses indivíduos.

  • ANA PAULA SANTOS RODRIGUES
  • ESTUDO PRÉ-CLÍNICO DOS NUTRACÊUTICOS ORMONA® RC E ORMONA® SI SOBRE A DISLIPIDEMIA EM RATOS WISTAR

  • Data: 12/04/2024
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  • Introdução: Diversas espécies de plantas encontradas na Amazônia possuem propriedades terapêuticas. Sendo assim, vários biocompostos como isoflavonas, tocotrienóis, geranilgeraniol e antocianinas estão presentes em espécies vegetais como Bixa orellana e Euterpe oleracea, desempenhando diversos efeitos terapêuticos. Essas plantas são conhecidas por seus benefícios à saúde, como a redução de lipídios, principalmente para mulheres na menopausa. Neste contexto, são considerados alvos das tecnologias farmacológicas para a obtenção de ativos para o tratamento de doenças crônicas, como a dislipidemia aterogênica, sendo uma condição metabólica associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares. Objetivo: Avaliar o efeito dos nutracêuticos Ormona® RC e Ormona® SI sobre a dislipidemia e suas complicações induzidas por dieta hiperlípidica com óleo de Cocos nucifera em ratas wistar. Material e Métodos: Identificação do perfil cromatográfico das formulações por Cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC-MS) e Cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC-UV/Vis). Avaliação da atividade antidislipidêmica dos nutracêuticos Ormona® SI (OSI), Ormona® RC (ORC) por indução de gordura saturada e posteriormente análise bioquímica do soro dos animais em experimento, verificação da presença de ateroma das aortas dos animais por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), avaliação dos possíveis mecanismos de ação pelo estudo in sílico. Resultado e discussão: A análise por CG-MS apresentou os grânulos de óleo de Bixa orellana com 42,5%, com 10% de tocotrienóis (principalmente o isômero δ) e 28% de geranilgeraniol. As frações ricas em isoflavonas (20,8%) de gérmen de soja (Glycine max) em Ormona® SI (OSI), ou trevo vermelho (Trifolium pratense) em Ormona® RC (ORC), além do extrato padronizado de açaí (Euterpe oleracea, 10%). Os resultados experimentais demostraram níveis
    anormais de CT, TG, LDL, HDL causados pela dieta rica em gordura, aumento dos níveis de glicose, hepatotoxicidade, nefrotoxicidade e aterogênese, contudo os tratamentos com os nutracêuticos OSI e ORC foram capazes de reduzir esses parâmetros significativamente, contribuindo assim para a ação antiaterogênica. Os tratamentos inibiram a formação de placas ateromatosas no endotélio vascular das ratas tratadas, assim como as tratadas com sinvastatina. Foi possível investigar possíveis vias metabólicas através do estudo in sílico utilizando software como o PASS e ancoragem molecular das isoflavonas envolvidas na redução do colesterol. Conclusão: Os nutracêuticos melhoraram significativamente todas as condições, com resultados semelhantes ao grupo tratado com sinvastatina. Notavelmente, os grupos tratados com Ormona® ou sinvastatina + Ormona® tiveram melhor proteção hepática do que aqueles tratados apenas com SG ou sinvastatina; além disso, os nutracêuticos poderiam prevenir a aterogênese, ao contrário do SG. Os resultados indicam alta eficácia dos nutracêuticos na prevenção da dislipidemia e suas complicações.

2023
Descrição
  • FABRICIO HOLANDA E HOLANDA
  • DESENVOLVIMENTO E CARACATERIZAÇÃO DE FORMULAÇÕES DE FIBROÍNA DA SEDA COM FLAVONOIDES (BAICALEÍNA E NARINGENINA) PARA APLICAÇÃO EM PROCESSO ANTI-INFLAMATÓRIO E ANTI-HIPERGLICEMIANTE

  • Data: 24/11/2023
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  • Introdução: A baicaleína e a naringenina são flavonoides comumente pesquisados pelo seu potencial antioxidante, anti-inflamatório, anticancerígeno, antimicrobiano, antidiabético, antiviral, entre outras aplicações, porém possuem limitações quanto a solubilidade em sistema aquoso. Para melhorar a bioviabilidade dessas moléculas se faz necessário a aplicação de técnicas de formulações nanoestuturadas, com isso, a proteína fibroína da seda se apresenta com grande potencial para o desenvolvimento de nanoformulações devido suas vantagens a outros polímeros, como a alta capacidade de entrega, automontagem e baixa toxicidade. Através de estudos in vitro e in vivo, avaliar a capacidade dos flavonoides de se combinar com a fibroína da seda e consequentemente potencializar sua atividade biológica. Objetivo: Assim, o objetivo foi estudar a viabilidade da combinação da fibroína da seda com os flavonoides baicaleína e naringenina e a otimização da atividade anti-inflamatória e anti-hiperglicemica in vitro e in vivo. Material e Métodos: As formulações BASF, Nari-SF e NPBaiSF foram caracterizadas pela avaliação de parâmetros como: tamanho de partícula, potencial zeta (ZP), índice de polidispersidade (PDI), análise espectroscópica (UV-vis, MET, FT-IR e florescência), eficiência de encapsulamento, microscopia e taxa de liberação. Foram avaliadas as atividades anti-inflamatórias in vivo, bem como a toxicidade aguda da formulação BASF em zebrafish (Danio rerio) como modelo animal bem como estudo e histopatológico. Já a Nari-SF foi avaliada in vitro na inibição da enzima lipoxigenase (LOX). Por fim o potencial anti-hiperglicemiante, in vivo, da NPBaiSF também foi avaliado em zebrafish. Resultados e discussão: A formulação BASF apresentou boa avaliação anti-inflamatória através da inibição de edema, alcançando níveis de inibição semelhantes ao controle positivo (> 70%). A análise histopatológica apresentou parâmetros com alterações leves e moderados e baixos índices de toxicidade em diferentes órgãos do zebrafish. Foi desenvolvido um planejamento experimental para otimizar o desenvolvimento da nanoformulação Nari-SF, e mostrou alta taxa de inibição na atividade da enzima LOX, superior a 90%. Já a NPBaiSF foi desenvolvida para aplicação anti-hiperglicemiante em zebrafish, com baixa toxicidade e com alterações histopatológicas leves e moderadas nos órgãos nos animais, a NPBaiSF foi eficiente na redução da glicemia em animais hiperglicêmicos, com níveis próximos ao de animais saudáveis (±30mg/dl). Conclusões: É possível concluir que a fibroina da seda potencializa os efeitos anti-inflmatório e anti-hiperglicemico da baicaleina e naringerina, através do desenvolvimento de novas formulações que aumentaram a biodisponibilidade das moléculas com um sistema de entrega eficiente, explorando todas as características vantajosas da fibroína.

  • SUELEN FELIX PEREIRA
  • Obtenção de nanoemulsão antibacteriana e antihelmíntica a base do óleo essencial de Pectis elongata Kunth: uma estratégia inovadora para a piscicultura

  • Data: 08/09/2023
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  • Introdução: Surtos de doenças ameaçam a sustentabilidade da aquicultura. Muitos quimioterápicos utilizados atualmente são inespecíficos, sendo prejudiciais aos organismos cultivados, consumidores e meio ambiente. Recentemente, alternativas ecológicas e de baixo custo, como os produtos naturais vegetais, têm ganhado espaço no controle de doenças em aquicultura. Dentre eles se destacam os terpenóides – constituintes dos óleos essenciais (OEs) vegetais. Entretanto, sua baixa solubilidade em água, torna sua aplicação em meio aquoso um desafio tecnológico. Portanto, o desenvolvimento de sistemas nanoestruturados, se torna uma alternativa viável para melhorar essa característica Objetivo: Este estudo visou obter uma nanoemulsão a base
    do OE de Pectis elongata com atividades antibacteriana e antihelmíntica para aplicação em piscicultura. Métodos: A nanoemulsão foi obtida por abordagem de baixo aporte de energia e suas características físicas foram analisadas por espalhamento dinâmico da luz. O perfil fitoquímico do OE e a nanoemulsão foi caracterizado por cromatografia gasosa. Foram realizados testes de patogenicidade com a cepa padrão de Aeromonas hydrophila em Colossoma macropomum. Foi comparada a eficácia da nanoemulsão com o OE através de testes in vitro: antibacteriano usando cepas padrão e isolada de A. hydrophila; e antihelmíntico em arcos branquiais de C. macropomum parasitados por monogenóides. Resultados e discussões: A abordagem de baixo aporte de energia foi eficiente para gerar nanoemulsão com tamanho médio de gotícula de 116,4 nm e índice de polidispersão (IP) em torno de 0,215. O tamanho das gotículas aumentou, a partir do 30o dia, entretanto o IP diminuiu, sugerindo maior homogeneidade de tamanho nas populações de gotículas. O sistema não apresentou cremagem, nem separação de fases. A nanoemulsificação não alterou o perfil fitoquímico do OE e ambos apresentaram cerca de 90% de citral, com a mesma proporção de isômeros. Os testes de patogenicidade mostraram que a cepa padrão de A. hydrophila possui os fatores de virulência capazes de infectar os juvenis de C. macropomum. Os ensaios antibacterianos mostram que apenas a cepa isolada foi sensível aos tratamentos, e a concentração inibitória mínima (CIM) para a nanoemulsão e OE foi 187,5 mg/L e 250 mg/L, respectivamente. Nos ensaios anti-helmínticos observamos maior atividade da nanoemulsão, comparada ao OE, na maior concentração. Conclusões: A nanoemulsão apresentou satisfatória estabilidade física e a nanoemulsificação não alterou a proporção de citral. Os ensaios biológicos sugerem um maior potencial biológico a para a nanoemulsão em algumas concentrações. Este estudo abre perspectivas para novos
    protótipos e ensaios in vivo do OE de P. elongata em aquicultura.

  • ROSEMARY DE CARVALHO ROCHA KOGA
  • Bauhinia guianensis Aubl.: validação fármaco-toxicológica não clínica em zebrafish (ação anti-inflamatória e antinociceptiva) e fitoquímica de extratos hidroetanólicos das folhas e caule

  • Data: 04/08/2023
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  • Introdução: A espécie botânica Bauhinia guianensis Aubl. é tradicionalmente utilizada na Amazônia para fins medicinais. No uso etnofarmacológico, folhas e caules são utilizados em preparações hidroalcóolicas. A espécie apresenta: flavonoides, alcaloides, esteroides e ácidos orgânicos. Foram descritas diversas atividades biológicas, dentre elas analgésica, anticonvulsivante, anti-inflamatória e antimalárica. Constituindo-se em uma fonte promissora para o aprofundamento de estudos, visando a obtenção de biofármacos oriundos da produção de metabólitos secundários da espécie. Objetivo: avaliar a ação anti-inflamatória e antinociceptiva de extratos hidroetanólicos de B. guianensis Aubl. em zebrafish. Material e métodos: Foi realizada a coleta de material vegetal para obtenção de extrato vegetal e determinação de perfil por cromatografia líquida de alta eficiência. Para avaliação da toxicidade aguda, atividade anti-inflamatória e antinociceptiva in vivo foram utilizados peixes da espécie Danio rerio adultos e embriões, seguindo os princípios éticos da experimentação animal. Os experimentos e análises foram realizados no Laboratório de Pesquisa em Fármacos da Universidade Federal do Amapá. Os extratos foram avaliados quanto a dose letal 50, sendo registradas as alterações comportamentais e mortalidade. Observados os comportamentos relacionados à nocicepção em D. rerio, após injeção intraperitoneal de ácido acético e tratamento com os extratos vegetais, além de controle positivo e negativo. Foi induzido o edema por carragenina em D. rerio tratado com os controles e os extratos em estudo, seguido de avaliação histopatológica (intestino, fígado e rins). A análise estatística foi realizada no Software GraphPad Prism versão 5.0, com nível de significância de p < 0.05. Resultados: A análise de HELBg e HESBg detectou a presença de 55 compostos. Os efeitos de HESBg e HELBg, administrados por imersão em embriões e por via oral em zebrafish adultos, demonstraram toxicidade cardíaca e atrasos no desenvolvimento de embriões (HESBg). No entanto, notou-se que não houve alterações teratogênicas. O grupo tratado com HESBg inibiu consideravelmente a intumescência inflamatória ao longo de 3 horas monitoradas. Os grupos de extratos vegetais estudados não desenvolveram alterações histopatológicas capazes de influenciar no funcionamento dos órgãos. Tanto HELBg quanto HESBg impediram as alterações no índice de curvatura corporal e comportamentais sensíveis à modulação farmacológica antinociceptiva. Discussão: A presente análise sugere que a atividade farmacológica da espécie B. guianensis Aubl. é devido às procianidinas. Possivelmente um mecanismo anti-inflamatório e antinociceptivo desencadeado por procianidinas presentes nos extratos de B. guianensis Aubl., pode ter reduzido for-mação do edema e as alterações teciduais inflamatórias, bem como a característica comportamental e de curvatura causada pelo agente nocivo. Conclusão: Bauhinia guianensis Aubl. possui marcadores fitoquímicos notáveis em termos de atividades biológicas, e essas preparações hidroetanólicas podem ser consideradas seguras. As atividades antinociceptiva e anti-inflamatória observadas, provavelmente são de origem periférica e ligadas à inibição da biossíntese de prostaglandinas.  

  • PRISCILA FAIMANN SALES
  • SÍNDROME METABÓLICA ATEROGÊNICA E DIABÉTICA: EFEITOS DOS ÓLEOS FIXOS DE Abelmoschus esculentus L. Moench, Euterpe oleracea Martius, Bixa orellana Linné E (CHRONIC SM®)

     
  • Data: 03/08/2023
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  • Introdução: A variabilidade dos óleos vegetais resulta em diversas aplicabilidades, por possuírem propriedades biológicas de grande valor para o setor econômico, tecnológico e nutricional, fomentando o interesse desses recursos naturais amazônicos. Inúmeras espécies vegetais são produtoras de sementes oleaginosas, dentre elas, as espécies Abelmoschus esculentus L. Moench, Euterpe oleracea Martius e Bixa orellana Linné, que apresentam características químicas e atividades farmacológicas de grande potencial. Objetivo: Avaliar os efeitos do tratamento dos óleos de A. esculentus (OFAE), E. oleracea (OFEO), B. orellana (OFBO) e granulado (Chronic SM®) sobre síndromes metabólicas, especialmente, a dislipidemia induzida por Cocos nucifera L. e diabetes induzida por aloxana em ratos wistar. Material e Métodos: A identificação do perfil cromatográfico dos óleos das espécies em estudo e granulado por Cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CGMS); avaliação da atividade antidislipidêmica dos óleos e granulado por indução com gordura saturada (GSC) e posterior análise bioquímica do soro dos animais; verificação da presença de ateroma das aortas dos animais por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV); avaliação da atividade antiglicêmica por indução com aloxana; teste de tolerância a glicose (TOTG) e posterior análise bioquímica do soro dos animais em experimento; observação de possíveis alterações histopatológicas do fígado de animais hipercolerolêmicos e pâncreas em animais diabéticos após tratamento com os óleos e granulado. Resultados e discussão: O perfil cromatográfico apresentou em ambos os óleos a presença majoritária de ácidos graxos insaturados, poli e monoinsaturados. A quantificação de tocotrienóis e geranilgeraniol foi obtida em OFBO e CHR. A dislipidemia induzida com GCS ocasionou hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, aumento dos níveis de lipoproteína de baixa intensidade (LDL) e aterogênese na aorta. Contudo, os tratamentos com OFEO, OFAE, OFBO e CHR foram capazes de reduzir significativamente a glicemia com p>0,001, como também a hipertrigliceridemia, o colesterol total (CT) e LDL, além de aumentar lipoproteína de alta intensidade (HDL), contribuindo assim para a ação antiaterogênica. Os tratamentos inibiram a formação de placas ateromatosas no endotélio vascular dos ratos tratados, assim como os tratados com sinvastatina. Na avaliação da atividade antidiabética, os tratamentos realizados com OFEO, OFAE, OFBO e CHR foram capazes de reduzir significativamente p>0,001 a hiperglicemia e glicosúria, bem como foram capazes de diminuir triglicerídeos e perfil lipídico. O teste oral de tolerância a glicose (TOTG) também apresentou atividade na regulação glicêmica dos tratamentos. Nas análises histopatológicas do pâncreas observou-se possível efeito regenerative das ilhotas de Langerhans quando comparado com o grupo controle.

  • ALBERTO SOUZA PAES
  • ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO DA NANOEMULSÃO DE Rosmarinus officinalis L. COM O ANTIMALÁRICO COARTEM® (ARTEMETHER E LUMEFANTRINE) EM RATOS WISTAR COM LESÃO RENAL

  • Data: 02/08/2023
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  • Introdução: A lesão renal aguda (LRA) é caracterizada pela perda subida da função renal, alterações bioquímicas e celulares, acúmulo de metabólitos tóxicos e produção de radicais livres. Durante a recuperação, ocorre um fluxo sanguíneo restaurado para o tecido afetado, o que pode levar a danos adicionais, inflamação e disfunção do endotélio vascular, bem como agravamento da lesão renal. A manipulação experimental da LRA em modelos animais é útil para estudar a eficácia de medicamentos na função renal. O Coartem® é um medicamento composto por Artemether e Lumefantrine, utilizado no tratamento de infecções agudas por Plasmodium falciparum. A nanoemulsão de Rosmarinus officinalis L. é um sistema de entrega eficiente e direcionada de compostos bioativos, com propriedades antioxidantes, anti-inflamatória e antimicrobiana. Sua potencial proteção contra a LRA pode estar relacionada à capacidade de reduzir o estresse oxidativo, modular a resposta inflamatória e melhorar a função renal comprometida. Objetivo: Estudar os efeitos do tratamento da associação da nanoemulsão de R. officinalis L. antimalárico Coartem® (Artemether e Lumefantrine) em ratos Wistar com insuficiência renal. Material e Métodos: Foram seguidos os protocolos regulatórios (ANVISA, OECD, CEUA) em ratos machos adultos da linhagem Wistar. Grupos: G1 (Controle negativo, 0,5 ml de água destilada); G2 (controle, 0,5 ml de água destilada+isquemia), G3 (Coarten®, artemether 2,28 mg/kg e lumefantrine 13,71 mg/kg+isquemia), G4 (nanoemulsão, 500 mg/kg+isquemia) e G5 (Coarten®+nanoemulsão+isquemia). Foram avaliados os parâmetros: consumo de água e alimento, peso corporal, análise bioquímicas, hematológicas e histopatológicas (rins, coração, fígado, baço). Os resultados foram expressos com média desvio padrão, análise com ANOVA e teste de Tukey (p<0,05), usando GraphPad Prism®. Resultados e Discussão: A nanoemulsão de R. officinalis L. preservou a homeostase sanguínea, com níveis normais de hemácias, hemoglobina e hematócrito nos grupos tratados. Houve uma redução nos níveis de proteína, uréia, potássio e creatinina nos grupos tratados com a nanoemulsão, indicando proteção contra danos renais. Além disso, observou-se uma redução nos níveis de NGAL nos grupos tratados com a nanoemulsão, sugerindo um efeito protetor contra LRA. As análises histopatológicas mostraram uma redução nas alterações nos órgãos nos grupos tratados com a nanoemulsão. Conclusões: Os resultados indicaram que a nanoemulsão de R. officinalis L. pode ser uma opção terapêutica promissora na prevenção de danos renais induzidos por isquemia-reperfusão, inclusive em combinação com o Coartem®. A nanoemulsão demonstrou preservar a função renal e reduzir as alterações bioquímicas e isto patológicas associadas a LRA. 

  • EVERTON PANTOJA VALE
  • Nanopartículas de zeína carregadas com epigalocatequina-3- galato (EGCG): desenvolvimento, citotoxicidade e potencial anti-aging

  • Data: 19/07/2023
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  • Introdução: A epigalocatequina-3-galato (EGCG) é um polifenol natural, encontrado em abundância no chá verde, que apresenta diversas propriedades terapêuticas, tais como: antioxidante, antienzimática e quimioprotetora. No entanto, o seu uso terapêutico é limitado devido a sua instabilidade e baixa biodisponibilidade. A zeína é um biopolímero com capacidade de carrear moléculas bioativas, melhorando a sua estabilidade, promovendo a liberação controlada e impulsionando as suas atividades biológicas. Objetivo: Desenvolver e caracterizar nanopartículas de zeína carregadas com EGCG (ZNp-EG) e determinar os seus efeitos em alvos biológicos relacionados à proteção e ao recondicionamento da pele. Material e Métodos: As ZNp-EG foram preparadas através do método de nanoprecipitação, avaliadas morfologicamente por microscopia de transmissão e varredura e caracterizadas em termos de tamanho, potencial zeta, índice de polidispersão, pH, eficácia de encapsulação (EE), carga de fármaco (CF) e liberação. Finalmente, a associação entre zeína - EGCG foi avaliada por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR), espectroscopia de fluorescência, espectroscopia de RMN e docking molecular. De modo a avaliar o seu potencial biológico, foram avaliadas a sua atividade antioxidante (ABTS e DPPH), anti-tirosinase, anti-elastase, anti-colagenase, anti-hialuronidase e a sua capacidade fotoprotetora através da determinação do seu fator de proteção solar (FPS). A citotoxicidade foi avaliada através da atividade hemolítica, e pelos métodos de MTT e NRU frente a células de queratinócito humano imortalizados (HaCaT) e células de carcinoma epidermoide humano (A431). Resultados e discussão: As ZNp-EG apresentaram um tamanho médio de 251,8 nm, EE e CF de até 98,43% e 28,35%, respectivamente. As ZNp-EG na maior concentração foram estáveis por 365 dias sob diferentes condições de armazenamento (25 ± 2 ºC / 5 ± 2 ºC). A interação entre zeína e EGCG, simulada através de docking molecular, foi confirmada por FTIR, fluorescência em estado estacionário e 1H RMN. Tanto as ZNp-EG como a solução de EGCG mantiveram, após 48h, elevada atividade antioxidante pelo método de ABTS, com IC50 de 84,08 e 69,86 µg / mL e pelo método DPPH, com IC50 de 8,26 e 12,34 µg / mL, respectivamente. A nanoencapsulação de EGCG potencializou a sua atividade anti-tirosinase (64,59%), anti-elastase (94.08 %) e anti-hialuronidase (22.09 %) em relação ao EGCG em solução (34,29, 74,02 e 13,03 %, respectivamente) nas mesmas condições, além de causar inibição moderadada da enzima colagenase (44.44%). Estes resultados corroboram ainda com os achados obtidos através de docking molecular. BZNp, ZNp-EG e EGCG na maior concentração ensaiada, apresentaram FPS de 26,13, 30,00 e 26,18, respectivamente. Por fim, as BZNp e ZNpEG não causaram hemólise e a sua incorporação em nanopartículas de zeína reduziu significativamente a citotoxicidade da EGCG frente as linhagens celulares estudadas. Conclusões: Diante dos resultados obtidos, a encapsulação de EGCG em nanopartículas de zeína apresentou resultados favoráveis, melhorando atividades biológicas importantes, sendo uma estratégia promissora para a utilização em produtos farmacêuticos e/ou cosméticos utilizados para proteção, condicionamento e regeneração da pele.

  • LUANA CAROLINA DE MEDEIROS PAIVA RIBEIRO
  • Desenvolvimento de nutracêutico nanotecnológico com produtos da Amazônia

  • Data: 09/03/2023
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  • A região amazônica apresenta uma diversidade ambiental com possibilidade de extração e produção de riquezas naturais, com elevados valores nutritivos e atividade biológica, bem como com grande importância econômica. A castanha da Amazônia (Bertholletia excelsa) e o Urucum (Bixa orellana L) são dois produtos Amazônicos obtidos em maior quantidade no Brasil. A castanheira da Amazônia está na lista de espécie vulnerável de extinção. A conservação das florestas em pé é primordial para manutenção da produção da castanha da Amazônia bem como da manutenção da população extrativista, que vive da coleta, extração e comercialização da castanha, grande parte indígenas. A castanha da Amazônia é rica em nutrientes e com propriedades organolépticas agradáveis, pode ser consumida de diversas formas, natural, seca, farinha, e extrato hidrossolúvel, que consiste em extrato fluido de origem vegetal, comumente chamado de leite vegetal. O mercado de produtos veganos está em ascensão, visto que um número crescente de pessoas opta por consumir produtos sem laticínios devido a fatores como um estilo de vida vegano e razões de saúde (alergia e intolerâncias alimentares). O extrato obtido das sementes do urucum possui o carotenoide bixina com alto potencial como aditivo alimentar, corante alimentar. A baixa solubilidade em água dos carotenoides torna a sua utilização em produtos aquosos um grande desafio tecnológico. Nanodispersões contendo carotenoides são consideradas alternativas viáveis para disponibilização dessas substâncias em meio aquoso. O objetivo deste trabalho é desenvolver uma bebida com base em produtos nutracêuticos com extrato hidrossolúvel de castanha da Amazônia e nanodispersão a base extrato de urucum. O extrato de urucum foi obtido com o uso de solvente verde, mistura hidroalcóolica. A nanoestruturação (diâmetro médio < 300 nm e índice de polidispersão < 0,400) foi alcançado através de método de baixo aporte de energia. A nanodispersão que apresentou melhores resultados foi utilizada no preparo da bebida com o extrato hidrossolúvel de Castanha da Amazônia e avaliada sensorialmente por público selecionado com resultado positivo para impressão global da bebida de 82,25% e a intenção de compra de 78,70%. A aceitabilidade dos consumidores revelou que um protótipo adequado de leite vegetal pôde ser obtido, contribuindo para uma abordagem integrada utilizando duas matérias-primas vegetais de interesse econômico para propósitos alimentícios.

2022
Descrição
  • CLARICE FLEXA DA ROCHA
  • TOXICOLOGIA REPRODUTIVA DOS NUTRACÊUTICOS CHRONIC®, ORMONA® SI E ORMONA® RC- COM MARCADORES GERANILGERANIOL, TOCOTRIENÓIS, ANTOCIANINAS E ISOFLAVONAS

  • Data: 09/12/2022
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  • Introdução: Atualmente as preocupações relacionadas ao envelhecimento, incluem função cognitiva, ocular, óssea, articular, cardiovascular e reprodutiva. Visando melhora na qualidade de vida, a empresa brasileira Ages Bioactive Compounds Co., desenvolveu os nutracêuticos Chronic® (CHR), Ormona® SI (OSI) e Ormona® RC (ORC), que possuem em suas formulações componentes bioativos como isoflavonas, carotenoides, tocotrienóis, geranilgeraniol e antocianinas. Entretanto, no caso dos OSI e ORC, devido à presença de fitoestrogênios, para mulheres gravidas e lactantes o uso destes nutracêuticos não está sendo recomendado. Objetivo: estudar os efeitos do uso destes novos nutracêuticos durante as fases do desenvolvimento reprodutivo em espécies animais, roedores e não roedores. Material e Métodos: Os protocolos utilizados neste estudo são estabelecidos por agencias regulamentadoras (ANVISA, OECD). Em zebrafish, foi avaliada a toxicidade aguda e reprodutiva nas doses 500, 1.000 e 2.000 mg/kg, através da observação de alterações comportamentais, letalidade e alterações teciduais (intestino, fígado, rim, e gonadas sexuais). Os resultados obtidos nas diversas análises foram expressos (média ± SEM), teste de Kruskal-Wallis, seguido do teste post hoc de Dunn (p<0.05). Em espécie roedora foram utilizandos ratas jovens, divididas em períodos críticos do desenvolvimento, com cinco grupos experimentais (n=4), Polissorbato (POL, 1ml), Lecitina (LEC, 5%/kg), CHR, OSI e ORC (200mg/kg, respectivamente). Os períodos críticos do desenvolvimento foram pré-implantação (d0-d5), pós-implantação (d6-d15) e pós-natal (dpn13-dpn19), sendo avaliado a toxicidade aguda, consumo hídrico, consumo alimentar, desenvolvimento ponderal e performance reprodutiva, dosagem hormonal pra marcadores tireoideanos, dosagem de marcadores bioquímicos, além da análise macroscópica e microscópicas de órgãos vitais e reprodutores. Os resultados obtidos nas diversas análises foram expressos (média ± D.P.M), ANOVA, seguida do teste de Tukey (p<0.05). Todas as análises foram realizadas com o software GraphPad Prism® (5.03). Resultados e discussão: O tratamento com OSI e ORC em zebrafish, ocasionou diminuição da fertilidade, sendo este efeito reproduzido também em roedores, no período de pré-implantação, sugerindo redução na capacidade reprodutiva e implantação dos blastocistos no útero. No ensaio de pós-implantação, o tratamento com CHR, ORC e OSI, por dez dias, propiciou desenvolvimento fetal sem anormalidades, principalmente no processo de ossificação e visceral da prole. No período pós-natal, nenhuma toxicidade foi observada em fêmeas lactantes ou em seus descendentes, sendo observado que o tratamento com CHR, OSI e ORC, responsável pela dimunição significativa da concentração plasmática do perfil lipídico. O tratamento por sete dias com CHR, OSI e ORC não desencadeou sinais de alterações comportamentais ou físicas nos parâmetros avaliados da prole. Conclusões: A presença de isoflavonas nas formulações Ormona® (OSI e ORC) ocasionou efeitos negativos no processo de decidualização, aumentando a ocorrência de perdas pré-implantação em ratas jovens. Entretanto, os resultados mostram que as no período de lactação CHR, OSI e ORC, foram seguras para animais lactantes e seus descendentes para todos os parâmetros avaliados.

     
  • WALTER DE SOUZA TAVARES
  • DESENVOLVIMENTO, CARACTERIZAÇÃO BIOFARMACÊUTICA E AVALIAÇÃO CICATRIZANTE DE SISTEMAS POLIMÉRICOS NANOESTRUTURADOS À BASE DE ZEÍNA E ÁCIDO ELÁGICO

  • Data: 21/11/2022
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  • Introdução: A proteína zeína é um biopolímero com capacidade de carrear moléculas terapêuticas, podendo ser utilizada em diferentes sistemas de liberação de fármacos, tais como as nanopartículas (NPs) e filmes. O ácido elágico (EA) é um polifenol que possui relevantes atividades biológicas, tais como antimicrobiana, antioxidante, antienzimática e cicatrizante. Diante destas propriedades, e do benefício da sua associação com a zeína, descrito em nosso trabalho anterior, a preparação sob a forma de nanopartículas poderia melhorar a sua funcionalidade e utilização em sistemas de liberação controlada. Objetivo: Desenvolver, caracterizar, avaliar as propriedades biofarmacêuticas e cicatrizante de sistemas poliméricos nanoestruturados à base de zeína e ácido elágico. Metodologia: Foram desenvolvidas NPs de zeína carregadas com EA, caracterizadas quanto ao tamanho, índice de polidispersão, potencial zeta, pH, eficiência de encapsulação, carga de fármaco, eficiência de liberação e estabilidade. A sua atividade antimicrobiana foi avaliada a partir da determinação da concentração inibitória e bactericida mínima e de ensaio antibiofilme frente à Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. A sua capacidade antioxidante foi avaliada pelos métodos de eliminação de radicais DPPH e ABTS. Avaliou-se ainda a atividade antienzimática frente a enzimas relacionadas ao processo de regeneração cutâneo: hialuronidase, lipoxigenase, elastase, colagenase e tirosinase. Foi avaliada a atividade fotoprotetora e a citotoxicidade frente a queratinócitos humanos, células de carcinoma escamoso e eritrócitos. Avaliou-se ainda a interação EA-zeina por meio de 1H NMR, FTIR e fluorescência. As NPs foram incorporadas em filmes poliméricos, submetidos a caracterização física, mecânica, biofarmacêutica e microbiológica. Por último, foi avaliada a atividade cicatrizante in vivo dos produtos desenvolvidos. Resultados e discussão: A caracterização das NPs permitiu selecionar as formulações mais promissoras. Estas foram estáveis por até 365 dias, apresentaram perfil de liberação sustentado por até 20 dias, atividade antimicrobiana satisfatória, atividade antioxidante elevada durante 24h, atividade antienzimática considerável para utilização em diferentes alvos terapêuticos relacionados ao condicionamento e tratamento de lesões cutâneas, elevada atividade fotoprotetora, limitada citotoxicidade e aceleração do processo cicatricial em modelo animal. Da mesma forma, os filmes obtidos apresentaram características funcionais favoráveis, efeito antimicrobiano e foram capazes de promover a aceleração da cicatrização in vivo. Conclusões: A nanoencapsulação do ácido elágico melhorou a sua atividade farmacológica em alvos terapêuticos importantes, apresentando grande potencial para o uso no condicionamento e tratamento de afecções cutâneas. Os filmes mostraram-se um sistema de liberação robusto para o carreamento das NPs, com características funcionais que viabilizam a sua aplicação no tratamento de lesões cutâneas. Ambos os dispositivos desenvolvidos foram eficazes na redução de feridas em modelo animal, sendo, portanto, candidatos a tornar-se novos produtos terapêuticos.

     

    MEMBRO DA BANCA: PROFA. DRA. Carmen Morán (Universidade de Barcelona)

  • AGERDANIO ANDRADE DE SOUZA
  • Validação química-farmacológica do extrato hidroetanólico das folhas e resina da espécie Trattinnickia rhoifolia (Willd): estudos etnofarmacológico, toxicidade aguda e anti-inflamatório em zebrafish

  • Data: 28/10/2022
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  • Introdução: Produtos derivados de plantas são agentes promissores no tratamento de diversas doenças. A espécie Trattinnickia rhoifolia (Willd), (T. rhoifolia), pertencente à família Burseraceae, está presente nas práticas culturais de etnomedicina e etnofarmacologia dos Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) da Amazônia Brasileira e é utilizada para fins anti-inflamatórios, por vezes como único recurso terapêutico. Apesar disso, a espécie ainda é inexplorada em seu potencial farmacofórico. Portanto, o Objetivo deste estudo foi avaliar toxicidade aguda e ação anti-inflamatória, dos extratos hidroetanólicos das folhas (HELTr), e resina (HERTr) da espécie T. rhoifolia com organismo não alvo peixe-zebra (Danio rerio). Em Metodologia, os extratos foram analisados por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC-MS). A avaliação da toxicidade aguda do HELTr e HERTr em zebrafish adultos, foram determinadas a partir dos Teste Limite (2000 mg/kg), com avaliações comportamentais e histopatológicas, além das análises dos potenciais anti-inflamatórios em edema abdominal induzido por carragenina, seguido da utilização do método computacional de docking molecular. O perfil química-farmacológica da espécie demonstraram a presença de propanoic acid, ethyl ester; hexadecanoic acid, ethyl ester; 1-propanol 2-methyl; propane, 2,2-diethoxy; n-hexadecanoic acid; n-propyl acetate; benzophenone; propane,1,1,3-triethoxy; 1-butanol, 3-methyl; acetic acid ethenyl ester; decanoic acid; ethyl ester; 3-hydroxybenzoic acid. Nos estudos com zebrafish, o HELTr e HERTr não mostraram toxicidades nas avaliações comportamentais e histopatológicas, de acordo com IAH, pois não houveram alteração no funcionamento dos órgãos estudados. O edema abdominal induzido por carragenina, em todas as doses do HELTr e HERTr, (100, 200 e 500 mg/kg), foram significativamente reduzidos em relação ao controle negativo (DMSO), ao passo que a dose de 200 e 500 mg/kg apresentaram expressiva atividade anti-inflamatória em relação ao controle positivo (indometacina), dos extratos testados. Sendo as atividades confirmadas pelos estudos de docking molecular, mostraram elevado perfil para a inibição da enzima Ciclooxige-nase-2, pois as interações estabelecidas nos receptores usados no estudo de docking foram similares aos controles utilizados. O HELTr e HERTr tiveram grau de segurança aceitável para toxicidade aguda, definido nas análises de alterações comportamentais, mortalidade e histopatologia, com significativa ação anti-inflamatória em zebrafish em todas as doses, o que demonstra o alto potencial farmacológico da espécie.

  • PEDRO HENRIQUE FAURO DE ARAÚJO
  • PLANEJAMENTO DE NOVOS INIBIDORES DA COX-2 PARA O TRATAMENTO DE DOENÇAS INFLAMATÓRIAS: ESTUDO TEÓRICO E EXPERIMENTAL

  • Data: 21/10/2022
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  • Introdução: Os anti-inflamatórios não esteroides são inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 (COX-2) e foram desenvolvidos com a perspectiva de evitar os efeitos colaterais dos inibidores não seletivos via COX-1. Objetivo: Consoante a pesquisas já desenvolvidas, o objetivo deste trabalho visa o planejamento de novos candidatos a fármacos baseados nos inibidores Indometacina e Rofecoxib, com potencial anti-inflamatório no receptor COX-2 via triagem virtual, docking molecular e estudo in vivo em modelo Zebrafish (Danio rerio) Metodologia: Em um primeiro momento, seleção dos inibidores foi realizada no banco de dados BindingDB com base nos valores mais baixos de IC50, os farmacóforos foram gerados utilizando o servidor online PharmaGist e a correlação de Pearson com qualidade estatística determinada pelos: coeficiente de correlação (R), coeficiente de correlação ao quadrado (R2 ), explicativo de variância (R2 ajustado), erro padrão da estimativa (SEE) e razão de variância (F). Os compostos obtidos foram comparados frente ao pivô selecionado (Rofecoxib) através de similaridade de Tanimoto, sendo as mais promissoras, submetidas a previsão de propriedades farmacocinéticas e estudo de acoplamento molecular (docking). Em um segundo momento 11 moléculas foram selecionadas em uma base de dados do Núcleo de Estudos e Seleção de Moléculas Bioativas (NESBio-UFPA) e validadas través de triagem farmacocinética e docking, para posterior análise frente ao Zebrafish. Resultados e discussões: A análise QSAR mostrou ajuste com R = 0,9617, R2 = 0,9250, SEE = 0,2238 e F = 46,2739, com o modelo de regressão tetraparamétrico. Após a análise, três moléculas promissoras foram selecionadas, Z964, Z-627 e Z-814, com seus valores previstos de pIC50, Z-814 = 7.9484, Z-627 = 9.3458 e Z-964 = 9.5272. Os inibidores apresentaram predição de atividade (Pa > Pi) para as ciclooxigenases, sendo que o Z-627 possui atividade antiartrítica maior em relação aos controles adotados (Z-627 = 0.951, Rofecoxib = 0.828, Celecoxib = 0.663). O docking molecular demonstrou cálculo de RMSD de 0.86 Å para o PDB 5KIR e 0.68 Å para o PDB 3LN1, abaixo do padrão ideal adotado de 2 Å, com valores de afinidade de ligação (ΔG) significativos quando comparados aos resultados experimentais adotados pela literatura. Das 11 moléculas selecionadas no segundo momento, duas se mostraram mais promissoras e foram avaliadas in vivo, apresentando atividade anti-inflamatória similar aos compostos comerciais e com relativos efeitos colaterais sobre os órgãos avaliados, contudo devendo-se avaliar a dosagem administrada. Conclusões: Todos os inibidores cumpriram a regra dos cinco de Lipinski, que prevê uma boa disponibilidade oral, bem como análise estatística coerente com a previsibilidade, permitindo validar os modelos farmacofóricos. Por outro lado, as moléculas avaliadas frente ao modelo Zebrafish apresentaram atividade significativa quando comparada ao fármaco de referência, oportunizando a disponibilidade alternativa diante deste.

  • CLEIDJANE GOMES FAUSTINO
  • DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÕES A PARTIR DO ÓLEO ESSENCIAL DA RESINA DE Protium heptaphyllum (Aubl. Marchand) FRENTE AO VETOR Aedes aegypti (Linnaeus, 1762)

  • Data: 30/09/2022
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  • O Brasil é um país com uma grande biodiversidade, sendo considerada uma das maiores do mundo. As plantas medicinais são utilizadas desde os primórdios da humanidade, sendo inseridas no tratamento de diversas patologias. Os óleos essencias são constituídos de substâncias voláteis oriundos do metabolismo secundário vegetal de plantas aromáticas. São formados em células especiais encontradas em diversas partes das plantas tais como: folhas, flores, sementes, caules e raízes. O objetivo deste trabalho é obter e caracterizar quimicamente o óleo essencial da resina de Protium heptaphyllum e testar as emulsões creme e nanoemulsão preparada com o óleo essencial e avaliar as atividades biológicas: ovicida, pupicida, larvicida, residual e repelente frente ao Aedes aegypti. O óleo essencial foi extraído pela técnica de arraste a vapor em aparelho de Clevenger e caracterizado por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrômetro de Massas. A nanoemulsão foi preparada por um método de titulação de baixa energia e caracterizada por espectroscopia de correlação de fótons. O creme foi preparado pela técnica de temperatura de inversão de fases. O potencial de inibição do odor proteico em Aedes aegypti e Anopheles gambiae foi avaliado por meio de simulações de docking molecular (MD). A extração rendeu 0,69 ± 0,085 (m/v) de óleo essencial. Na análise cromatográfica os constituintes majoritários foram o p-cymeno (27,70 %), o α-Pineno (22, 31 %). O potencial zeta demonstrou uma estabilidade cinética e uma distribuição monomodal no balanço hidrofílicolipofílico 14 com diâmetro de partícula de 115,56 ± 1, 68 nn e potencial zeta de -29,63 ± 3,46 mV. No ensaio larvicida o grupo tratado com a nanoemulsão a 20 µg.mL-1 atingiu 96 % de mortalidade nas primeiras 24 horas, chegando a 100 % em 48 h. No teste residual as concentrações de 20 e 40 µg.mL-1 apresentaram mortalidade até 3 dias, enquanto as doses de 60, 80 e 100 µg.mL-1 exibiram mortalidade até 11 dias, os grupos controles não tiveram mortalidade. A nanoemulsão mostrou ação inseticida com CL50 0,404 µg·mL−1 para o efeito ovicida. No teste pupicida, na concentração de 160 µg·mL−1 apresentou 100% de mortalidade após 24 h de teste. Na atividade adulticida a dose diagnóstica de 200 µg·mL−1 foi determinado em (120 min). No teste de repelência a concentração de 200 µg·mL−1 durante os 180 min de teste mostrou um índice proteção de 77,67%. No docking molecular o controle apresentou significativa estabilidade e ação repelente já comprovada. As moléculas α-Phellandrene e 2- Carene mostraram um efeito dual de ação para a inibição AgamOBP1 (PDB ID 3N7H) e AaegOBP1 (PDB ID 3K1E. Portanto, os resultados aqui apresentados sugerem que as emulsões do óleo essencial da resina de Protium heptaphyllum tem um grande potencial na prevenção e no controle do Aedes aegypti.

  • SÔNIA DO SOCORRO DO CARMO OLIVEIRA
  • EXTRAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE, ANTIBACTERIANA E ANTI-INFLAMATÓRIA DOS EXTRATOS DAS SEMENTES DE Bixa orellana L.

  • Data: 23/09/2022
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  • Introdução: Bixa orellana L. (Bixaceae), conhecida como “urucum”, “annatto”, cujas sementes possuem propriedades antioxidante, antibacteriana e anti-inflamatória, tem a bixina como composto majoritário presente em 80% dos extratos. Os extratos das sementes de “urucum” são matérias-primas para o desenvolvimento farmacêutico. Objetivo: Analisar morfologicamente fenótipos de Bixa orellana L. e avaliar as atividades antioxidante, antimicrobiana das frações e extratos in vitro, bem como a atividade anti-inflamatória da nanoformulação in vivo, obtida a partir do extrato oleoso das sementes de urucum (ASE). Metodologia: Foi determinado o conteúdo fenólico total, avaliado in vitro as atividades antioxidante e antibacteriana (CIM) das sementes dos três fenótipos de urucum (vermelho, amarelo e verde), usando diferentes solventes (hexano, acetato de etila, metanol e hidroetanólico). Nanomateriais foram desenvolvidos a partir do ASE, ácido mirístico e seus ésteres de ácidos graxos. A nanoformulação obtida (ASE + BNO-NLC) foi empregada em ensaio de toxicidade aguda e a atividade anti-inflamatória foi avaliada através da inibição da formação de edema em zebrafish adulto induzido por injeção intraperitoneal de carragenina. Resultados e discussão: A maior concentração de fenólicos totais (30,10 ± 0,05 mg EAG/g extrato, p < 00,5) e a maior capacidade antioxidante pelo método DPPH (CI50 97,81 ± 1,86 µg/ml, CE50 2,44 ± 0,04 e ARP 40,90 ± 0,77) foi encontrada na fração metanólica do fruto verde. A atividade antioxidante total (ensaio de fosfomolibdênio) apresentou a maior taxa percentual de inibição para a fração hexânica do fruto verde (68,04 ± 0,09) e fração metanólica do fruto vermelho (67,98 ± 0,33), sem diferença significativa entre ambas (p> 0,05). Os três extratos hidroetanólicos das sementes dos três fenótipos apresentaram altas propriedades antibacterianas contra Gram-positivos S. aureus Newman, com valores de CIM variando de 4,9 µg/mL a 6,6 µg/mL. As nanopartículas lipídicas obtidas utilizando ácido mirístico e ASE + BNO ou apenas BNO e nanoemulsões lipídicas produzidas a partir de tetradecanoato de metila e ASE + BNO apresentaram melhores resultados. A nanoformulação apresentou ausência de toxicidade na dose testada (dose de 1000 µg/kg, v.o.). No teste da atividade antiinflamatória, os grupos experimentais (ASE+ BNO-NLC) nas doses 50, 150, 500 e 650 mg/kg demonstraram efeito anti-inflamatório significativo (p<0,05), até o limite de dosagem de 500 mg/kg. Conclusões: Os achados confirmaram a atividade antioxidante dos extratos de B. orellana, a alta atividade antibacteriana dos extratos hidroetanólicos contra S. aureus Newman e efeito anti-inflamatório da nanoformulação obtida.

  • INANA FAURO DE ARAÚJO
  • Potencial larvicida de extratos brutos de fungos endofíticos Aspergillus sp. e Trichoderma asperellum isolados de Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl frente a Aedes aegypti: inovação e compreensão do mecanismo de ação

  • Data: 08/09/2022
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  • Introdução: Fungos endofíticos representam uma fonte rica de produtos naturais bioativos ainda inexplorados. Seus metabólitos secundários são particularmente atrativos, devido às interações metabólicas com seus hospedeiros. As arboviroses principalmente àquelas transmitidas pelo Aedes aegypti, são consideradas problema de saúde pública, sobretudo por não apresentarem ainda vacinas disponíveis, sendo o controle do vetor a maneira mais eficiente de conter os surtos causados por esses vírus. Neste sentido, o controle do vetor a partir de substâncias efetivas, seletivas e com baixa toxicidade humana e ambiental, ainda são necessários Objetivo: O objetivo deste trabalho foi obter extratos de fungos endofíticos isolados de Bertholletia excelsa e avaliar seu potencial larvicida em Ae. aegypti como também elucidar possível mecanismo de ação da substância no sistema nervoso do inseto. Metodologia: Os fungos endofíticos foram isolados das amêndoas de Bertholletia excelsa. Foi preparado diferentes extratos e meios a partir do cultivo fúngico em meio líquido e semi-sólido. Em seguida os extratos foram secos, caracterizados e avaliados frente as larvas de 3º instar de Ae. aegypti sob condições controlada em laboratório, em diferentes concentrações e meios. Possíveis mecanismos de ação, inibição de acetilcolinesterase e hormônio Juvenil foram avaliadas através de métodos computacionais como docking molecular para 187 moléculas catalogadas na literatura como metabólitos do fungo Aspergillus sp. Resultado: Os fungos isolados foram identificados molecularmente como Aspergillus sp e Trichoderma asperellum. Os extratos testados frente as larvas de Ae. aegypti, em geral apresentaram de alta a moderada bioatividade, o extrato hidroetanólico de Aspergillus sp. apresentou valores de LC50 26.86 μg/mL em 24 horas e 18.75 μg/mL em 48 horas. Através do docking molecular o composto Aspergillol B, presente nesse extrato foi identificado como potente candidato larvicida por inibir a enzima acetilcolinesterase. A partir das 187 substâncias produzidas pelo fungo Aspergillus spp os resultados de validação do protocolo de docking molecular demonstraram que N-β-acetyltryptamine se apresenta como potencial agente inseticida inibindo ação do hormônio Juvenil. O extrato bruto do fungo Trichoderma asperellum quando avaliado frente as larvas de Ae. aegypti apresentou resultados promissores para o controle do vetor quando associados a proteína da seda, como veículo, além da ausência de toxicidade significativa a organismo não alvo Danio rerio. Conclusão: Este estudo permitiu o isolamento, identificação e a produção de extratos de fungos endofíticos, Aspergillus sp e Trichoderma asperellum, isolados da castanha do Brasil e sua avaliação larvicida em Ae. aegypti, também foi possível elucidar possíveis mecanismos de ação de substâncias produzidas por estes. Novas substâncias foram identificadas como potenciais candidatos inseticidas, tais como o Aspergillol B, podendo representar significativos avanços para o controle de vetores com segurança toxicológica.

  • LECILDO LIRA BATISTA
  • ESTUDO DA EFICÁCIA E SEGURANÇA CLÍNICA DE FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA CONTENDO EXTRATO DE Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen (Asteraceae) EM PACIENTES COM EJACULAÇÃO PRECOCE

  • Data: 12/08/2022
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  • Introdução: Ejaculação precoce (PE) é descrita como a incapacidade de retardar a ejaculação em todas ou quase todas as penetrações vaginais. Os agentes disponíveis para tratar a PE, estão associados a efeitos colaterais relevantes. Uma formulação incorporada a produtos naturais, como a Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen (A. oleracea) torna-se promissora para o tratamento de disfunções sexuais, devido a propriedades sensoriais, como a sensação de formigamento. Objetivo: avaliar a eficácia clínica de formulação farmacêutica contendo extrato padronizado de Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen (Asteraceae) em pacientes com ejaculação precoce. Material e Métodos: Após extração etanólica das inflorescências de A. oleracea, foi desenvolvida uma nanoformulação, apresentada em spray. Com formulação base (tensoativo polissorbato (5% a 10%) e água deionizada (90% a 95%)) e incorporação do extrato à formulação base (5% a 10% do extrato: 90% a 95% de formulação base). A análise do espilantol foi realizada em cromatografia gasosa acoplada à espectrômetro de massas. O spray foi prescrito por 12 semanas, sendo a utilização 5 minutos antes do intercurso sexual. Foi realizado ensaio clínico em participantes, com exame físico, anamnese, exames laboratoriais, antes e após a aplicação da formulação tópica, além de registro dos escores de Tempo de Latência Intravaginal para a Ejaculação (IELT), Índice internacional de função erétil, Hamilton Rating Scale. O número amostral, foi obtido por livre demanda, de pacientes do ambulatório de Urologia e Andrologia, com o perfil de inclusão para o estudo assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Variáveis ordinais foram representadas por estatística descritiva. A variável utilizada para avaliar a eficácia terapêutica foi a média do IELT. Os resultados foram expressos em média-desvio padrão. Sendo consideradas significativas as diferenças se o valor de p fosse < 0,05. Resultados e Discussão: nanoformulação à base de espilantol de A. oleracea aumentou o valor do IELT durante a utilização do spray pelos participantes, em comparação com a linha de base. Tal fato presume-se em virtude da singular propriedade das alquilamidas de ativar os neurônios mecanossensíveis a anestésicos. Conclusões: A nanoformulação contendo extrato etanólico padronizado em espilantol de A. oleracea pode ser uma eficiente alternativa à melhoria da satisfação sexual. Mais estudos são necessários, principalmente um estudo multicêntrico, com número maior de participantes, devido aos critérios de inclusão requeridos para o estudo.

  • JOSIANE VIANA CRUZ
  • Planejamento de novos inibidores da ciclo-oxigenase 2 com potencial atividade anti-inflamatória a partir do celecoxibe: uma abordagem de bioinformática

  • Data: 24/06/2022
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  • Introdução: Os anti-inflamatórios não-esteroidais seletivos da ciclo-oxigenase 2 (COX-2) foram planejados para evitar ou mesmo diminuir a incidência dos efeitos secundários da inibição da ciclo-oxigenase 1 (COX-1). A ciclo-oxigenase 2 (COX-2) é uma enzima que atua como alvo para o planejamento de intermediários antiinflamatórios. O celecoxibe foi selecionado como molécula de referência para realizar a triagem virtual baseada em ligantes, na busca por estruturas com similaridade na forma e potencial eletrostático. Objetivo: O objetivo deste estudo foi planejar novos inibidores da ciclo-oxigenase 2 com potencial atividade anti-inflamatória a partir do celecoxibe por meio de uma abordagem de bioinformática. Material e métodos: Estratégias de triagem virtual foram realizadas baseadas no ligante celecoxibe, por meio da busca de estruturas por similaridade na forma do Rapid Overlay of Chemical Structures (ROCS) “Top2000/base” e potencial eletrostático do Electrostatic Similarity calculations (EON) “Top500/base” em oito bases de dados comercialmente disponiveis, bem como, a ChemBridge (DIVERSet TM_ EXP), DIVERSet CORE Library (DIVERSet™-CL), ZINC drug database, ZINC natural stock, Drug@FDA BindingDB, IBS subdivisão Natural, IBS subdivisão Sintética e Princeton. Após, seguiu a predição farmacocinética triadas no programa QikProp e toxicológicas filtradas no software Derek e ProTox. Houve o acoplamento molecular e refinadas com base no valor de afinidade e energia de ligação como padrão o ligante template celecoxibe e rofecoxibe. Após, fez-se a predição no servidor Molinspiration e análise in silico de disrupção endócrina. Para então, as moléculas selecionadas seguirem nas predições de metabolismo e simulações de dinâmica molecular. Resultados e discussões: A busca por estruturas com base no espaço estéreo-eletrônico resultou em 4000 moléculas que seguiram na triagem farmacocinética, onde se obteve um total de 2.702 e toxicológica 947 estruturas, de modo que, após a docagem molecular sucedeu em 2 estruturas. Conclusões: No docking molecular, houve maior afinidade de ligação, em comparação com o rofecoxibe no alvo COX-2 para os dados teóricos. Na predição de bioatividade, a ZINC408709 e ZINC2090319 foram consideradas biologicamente ativas. Na análise de disrupção endócrina, foi estabelecido que a molécula ZINC2090319 se liga fortemente ao alvo relacionado ao risco cardiovascular de forma desejável como antagonista não esteroidal e o ZINC408709 está associado ao tratamento de doenças inflamatórias semelhantes ao celecoxibe. O metabólito gerado neste estudo teórico, possui menor probabilidade de ter efeitos adversos. Apesar das diferenças, a molécula de ZINC408709 apresentou melhor estabilidade para COX-2 durante a simulação de dinâmica molecular.

  • LIZANDRA LIMA SANTOS
  • DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÃO BIOINSETICIDA A BASE DO ÓLEO ESSENCIAL DE Pogostemon cablin BENTH

  • Data: 10/06/2022
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  • Introdução: O Pogostemon cablin (Blanco) Benth, popularmente conhecida como Oriza e Patchouli é uma planta da espécie da família Lamiaceae, que possui diversas atividades biológicas incluindo antimicrobiana, antioxidante, analgésica, antiinflamatória, antitrombótica, antidepressiva, citotóxica e potencial entomotóxico reconhecido que servem como estratégia alternativa para o controle químico do Aedes aegypti. Objetivo: Assim, este trabalho visa desenvolver formulação bioinseticida utilizando o óleo essencial das folhas de Pogostemon cablin Benth eficaz frente ao vetor Aedes aegypti. Material e Métodos: Foi avaliada a composição fitoquímica do óleo essencial da espécie através de Cromatografica Gasosa acloplada ao espectofotometro de massa e Ressonância magnética Nuclear e a e a predição da atividade inseticida foi feita in sílico. O óleo essencial testado nas atividades ovicida, pupicida, larvicida e repelente frente ao A. aegypti conforme metodologia da OMS. A formulação creme bioinseticida foi elaborada e as propriedades organolépticas foram avaliadas; do creme foi realizado teste de repelência em A. aegypti. Resultados e discussão: Dos compostos identificados, o álcool de patchouli, α- bulneseno, αguaieno, e a Pogostona, apresentam-se em maior abundância. O óleo essencial apresentou atividade ovicida e larvicida < 20 ppm e a atividade pupicida > 300ppm. A análise adulticida indicou que fêmeas de Aedes aegypti foram susceptíveis na dose diagnóstica de 20 μg.ml-1. A formulação creme não apresentou alterações significativas na análise organoléptica e o pH apresentou medidas variando entre 5,0 a 5,9, resultado dentro da faixa de tolerabilidade. A formulação creme na concentração em 200ppm, apresentou resultado de 100% de proteção em um período de 180 min Conclusões: espécie P. cablin demonstrou significativo potencial bioinseticida, e sua formulação creme mostrou-se uma alternativa viável para o controle vetorial do A. aegypti.

  • LETHICIA BARRETO BRANDÃO
  • DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO DE FORMULAÇÕES A BASE DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE MANJERIÇÃO (Ocimum basilicum Linn.) FRENTE AO Aedes aegypti

  • Data: 10/06/2022
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  • O Brasil é um país com uma grande biodiversidade, sendo considerada uma das maiores do mundo. O trabalho tem como objetivo realizar o preparo de um creme contendo o óleo essencial de Ocimum basilicum, avaliando sua estabilidade acelerada e avaliação do teste de repelência frente ao mosquito Aedes aegypti. Testes de ovicida, larvicida, pupicida e adulticida foram realizados. Os principais constituintes químicos foram Linalool (36.90%), Eucalyptol (9.95%), Estragole (7.57%), α- Bergamotene (6.67%) e τ- Cadinol (6.18%). O óleo essencial apresentou ação inseticida com CL50 73.5 μg.mL-1 para atividade ovicida, CL50 89.5 μg.mL-1 na atividade larvicida e CL50 816.5μg.mL-1 quando avaliado as pupas. No que se refere a atividade adulticida, todas as concentrações testadas apresentaram atividade. Quanto a avaliação residual, o óleo demonstrou que as concentrações de 100, 200 e 300 μg.mL-1 apresentaram respostas mais duradouras do que as outras concentrações testadas.As larvas, expostas ao óleo da espécie, apresentaram mudanças em sua morfologia quando comparado ao controle. A estabilidade foi avaliada nos seguintes parâmetros físico-químicos: temperatura (ambiente, geladeira e estufa), centrífuga, pH e características organolépticas. No decorrer do estudo, as características organolépticas se mantiveram constante. O pH não sofreu alterações. Na temperatura ambiente e geladeira não houve modificação. Na análise da centrifuga e estufa não apresentou separação de fases e as características organolépticas mantiveram o padrão. O ensaio de repelência do creme e óleo essencial apresentaram um índice de proteção de 97% e 95.67% nos 30 minutos após sua aplicação e no tempo de 180 minutos protegeu aproximadamente 85% e 81%. Os achados corroboram para potencialidade da espécie frente o vetor A. aegypti. Em conclusão, o creme de O. basilicum pode ser considerado um agente promissor para o controle de vetores de doenças infecciosas.

  • SUSY ÉRIKA DE LIMA BARROS
  • Estudo da atividade antiinflamatória e antialérgica do kefir e seu pós-biótico, kefirano: uma terapia alternativa na alergia alimentar infantil

  • Data: 21/01/2022
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  • Introdução: Alergia alimentar é um problema de saúde pública, afetando o estado nutricional e qualidade de vida de pessoas de todas as faixas etárias, principalmente crianças. O kefir demonstra efeitos benéficos à saúde, mas ainda são necessários estudos sobre o seu principal componente: o kefirano. Objetivo: Avaliar a atividade anti-inflamatória e antialérgica do kefir e kefirano in silico e in vivo. Material e Métodos: Foi realizada cromatografia do extrato dos grãos de kefir de leite. No estudo in silico, foi realizada predição de propriedades farmacocinéticas e toxicológicas, predição de atividade biológica e simulação de “docking” molecular entre o kefirano e os alvos biológicos selecionados. No estudo in vivo em zebrafish, foi avaliada a toxicidade aguda do kefirano por meio do teste limite com análise histológica de brânquias, rins, fígado e intestinos. A atividade anti-inflamatória e antialérgica foi avaliada por meio da indução intraperitoneal de dextrana e histamina, com análise da formação do edema, comportamento, leucograma e histologia de brânquias e intestino. Resultados e discussão: Na cromatografia, o kefirano foi identificado como o principal componente. Os resultados in silico mostraram baixa absorção oral humana e intestinal; baixo valor de logP, baixa permeabilidade em células MDCK e Caco-2, e incapacidade de cruzar a barreira hematoencefálica. O kefirano não apresentou nenhum alerta para toxicidade e apresentou potencial para as atividades: antialérgica, anti-inflamatória, antioxidante e imunoestimulante. No “docking”, a maior afinidade foi com o alvo VEGF. No estudo in vivo, o kefirano não causou alterações de toxicidade e demonstrou efeito antiedematogênico pela via da histamina, inibindo o processo antialérgico e anti-inflamatório. Conclusões: Portanto, o kefirano é seguro e pode ser usado para desenvolver medicamentos ou alimentos funcionais para a prevenção ou tratamento de doenças alérgicas ou inflamatórias, como alergias alimentares infantis.

2021
Descrição
  • ALBENISE SANTANA ALVES BARROS
  • Estudo das atividades anti-inflamatória, gastroprotetora e da modulação cicatricial do extrato de Portulaca pilosa L. em ratos wistar 

  • Data: 22/12/2021
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  • Portulaca pilosa L., pertencente à família Portulacaceae, é uma planta herbácea que é tradicionalmente utilizada como auxiliar no tratamento de queimaduras, picadas de insetos e cicatrização de feridas. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar as atividades anti-inflamatória, gastroprotetora e cicatrizante do extrato de P. pilosa (EPP) em ratos Wistar. Métodos: para a atividade cicatrizante, foram realizadas feridas cirúrgicas na região dorsal e tratados topicamente por 7 dias. Após o tratamento, amostra da área tratada foi retirada e realizada análise histopatológica. Para a atividade anti-inflamatória foi empregado os testes de granuloma e edema de pata por carragenina. O efeito gastroprotetor foi avaliado em modelo de lesão gástrica induzida por estresse em ratos Wistar. Resultados: O EPP modulou significativamente a resposta inflamatória tecidual, apresentando baixo número de células inflamatórias no estudo histopatológico. O tratamento com EPP estimulou significativamente a angiogênese e essa resposta foi superior ao grupo fibrinase®. O tratamento com EPP estimulou significativamente a proliferação de fibroblastos indicando grande potencial cicatrizante. No estudo de gastroproteção, o tratamento oral prévio com EPP (300 mg/kg) evidenciou a presença de lesões tipo 1 e presença abundante de muco aderido à parede gástrica de forma significativa (p < 0,01) quando comparado com o grupo controle negativo, os resultados demonstraram evidência de gastroproteção. Os testes nos modelos de inflamação, mostraram que o tratamento com EPP foi capaz de diminuir significativamente o processo inflamatório. No estudo fitoquímico do EPP usando 1H NMR e 13C-APT e LC-DAD-MS / MS, oito compostos diterpênicos foram identificados: Pilosanol C, Pilosanol B, Pilosanol A, Pilosanona B, Porwenina B, Pilosanona A, Pilosanol D e Porwenin C. Além disso, foi confirmado a presença de compostos fenólicos, principalmente o ácido gálico. Tais compostos apresentam grande potencial farmacológicos. Conclusão: De acordo com as condições experimentais, pode-se evidenciar que o EPP apresentou atividade anti-inflamatória, gastroprotetora e cicatrizante frente aos modelos utilizados, e estas atividades podem estar relacionadas com os compostos diterpenicos e fenólicos presentes na espécie P. pilosa. 

  • MARIO OMAR CALLA SALCEDO
  • ESTUDO FISICO, QUIMICO E BIOLOGICO DOS EXTRATOS FOLIARES DA ESPÉCIE Senna obtusifolia (L.) Irwin & Barneby (FABACEAE)

  • Data: 17/12/2021
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  • Introdução: Os extratos brutos foliares da Senna obtusifolia tem importância o estudo devido a sua potencialidade na produção de possivel fármacos. OBJETIVO: Estudo fisico, quimico e biológico dos extratos foliares da espécie Senna obtusifolia (L.) Irwin & Barneby (Fabaceae). Metodologia: Na primeira parte do trabalho realizou-se uma revisão bibliográfica sobre os diversos tipos de atividades física, química e biológica dos extratos foliares da Senna obtusifolia. Na segunda parte do trabalho foi fazer a triagem fitoquímica dos extratos brutos da folha e identificação por ressonância magnética nuclear para identificação de compostos a partir das frações obtidas do extrato bruto, assim tambám avaliar as atividades antimicrobiana com as bactérias Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Enterobacter aerogenes e Salmonella typhimurium in vitrio com o teste de microdiluição e para verificar a possibilidade em concentrações superiores, foi feito o teste de difusão em disco de acordo ao manual da Clinical and Laboratory Standards Institute, também foram avaliadas a atividade larvicida em Aedes aegypti fazendo uso da metodologia do protocolo padrão da Organização Mundial de Saúde e atividade antioxidante foi baseada na metodologia de 2,2-difenil-1-picril-hidrazila com algumas adaptações às condições do laboratório. Resultados e discussões: No experimento de ressonância magnética nuclear obteve-se que a componente majoritário do extrato etanólico são os carboidratos, além disso apresenta boa atividade antioxidante o extrato etanólico de Senna obtusifolia com o valor de CI50=1,181(mg/mL). Apresenta baixa atividade larvicida, tendo um valor máximo de mortalidade de 2,668%. O extrato bruto etanólico e extrato bruto aquoso se apresentam como uns grandes agentes antimicrobianos naturais de Escherichia coli, Enterobacter aerogenes, Enterococcus Faecalis, Staphylococcus aureus e Salmonella typhimurium. Conclusões: As folhas de Senna obtusifolia tem metabolitos secundários como flavonoides, alcaloides e terpenos ou esteroides, açucares; com propriedade antioxidante e antimicrobiana, mas também apresenta baixa efetividade sobre as larvas de Aedes aegypti. Devido as atividades biológicas estudadas pode-se dizer que o extrato de Senna obtusifolia possui alto valor farmacêutico.

  • ELENILZE FIGUEIREDO BATISTA FERREIRA
  • Identificação de novas entidades químicas com potencial atividade antitumoral a partir de estruturas polipeptídicas: uma abordagem inovadora na bioinformática

  • Data: 10/09/2021
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  • Introdução: A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente de origem desconhecida. A infiltração das células leucêmicas ocorre por via hematogênica, e o tratamento é feito por meio de farmacoterapia com medicamentos que têm como objetivo principal a destruição das células cancerosas. Objetivo: o objetivo deste trabalho visa a identificação de novos candidatos a fármacos por meio de técnicas de bioinformática, baseadas em triagem virtual baseado em ligante e estrutura, Metodologia: Inicialmente, dezessete (17) estruturas foram selecionadas (com base nos valores da atividade inibitória, IC50) e a estrutura com o menor valor foi escolhida como pivô (IC50=0,6nm). Duas otimizações foram utilizadas, (método MM+ e AM1) a fim de comparar as energias de otimizações. Com cada método foi obtido um modelo farmacofórico determinado a partir do servidor PharmaGist online as características farmacofóricas de ambas as otimizações foram avaliadas estatisticamente por meio de correlações de Pearson e análise quimiometrica. Os modelos foram submetidos aos servidores ZincPharmer e Pharmit. Os compostos obtidos foram comparados a pivô, sendo as mais promissoras, avaliadas as propriedades ADME /TOX e atividades biológicas para o primeiro método de otimização(MM+); para a segunda otimização (AM1) foi realizada abordagens similares e adicionalmente estudos de homologia molecular seguido de docking molecular. Resultados: os resultados da triagem virtual foram possíveis selecionar 08 (oito) estruturas, cinco da primeira triagem ZINC72088291, ZINC68842860, ZINC14365931, ZINC09588345 and ZINC91247798 e três da segunda triagem MolPort-000-670-224, MolPort-007-574-861 MolPort-001-674- 278. Os compostos com atividades promissoras apresentaram perfis farmacocinéticos e toxicológicos satisfatórios. Conclusões: As estruturas selecionadas apresentaram propriedades similares ou superiores a estrutura pivô e foram consideradas neste estudo promissoras para a atividade anti-câncer, porém, estudos futuros ainda são necessários para confirmar a potencial atividade antitumoral das moléculas selecionadas neste trabalho com ensaios in vitro e in vivo.

  • NAYANA KEYLA SEABRA DE OLIVEIRA
  • ESTUDO IN SILICO, IN VITRO E IN VIVO DE FLAVONOIDES PRESENTES EM EUTERPE OLERACEA MARTIUS COM ATIVIDADE ANTI-ALZHEIMER

  • Data: 03/09/2021
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  • Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa caracterizada pela irreversível e progressiva perda de memória, diminuição do desempenho nas atividades diárias, seguida pela completa demência. Um fator frequentemente citado na etiologia das doenças neurodegenerativas é a geração de radicais livres e estresse oxidativo, produzindo prejuízos celulares. Estudos mostram que o consumo de alimentos ricos em polifenois, principalmente os da classe dos flavonoides, desempenham diversas propriedades farmacológicas, sobretudo a atividade antioxidante. O Euterpe oleracea Martius, popularmente conhecido como açaí, possui alto teor de polifenóis conferindo a estes frutos propriedades antiinflamatórias, imunomoduladoras e antioxidantes. Objetivo: Estudar flavonoides, por meio de métodos in silico, in vitro e in vivo, presentes em Euterpe oleracea Martius com atividade anti-Alzheimer. Metodologia: Inicialmente, 16 moléculas de flavonoides presentes em Euterpe oleracea Martius foram selecionadas, organizadas em polpa e oléo do açaí. Realizaram-se as análises das propriedades físicoquímicas dos flavonoides pela regra dos cinco de Lipinski, das propriedades farmacocinéticas, do perfil de toxicidade e derivação do farmacóforo. Além disso, foi realizada a identificação das interações intermoleculares dos flavonoides e os alvos AChE, GSK-3β e JNK3, através do Docking molecular. Após, os resultados in silico selecionaram-se dois flavonoides com os melhores resultados, luteolina e taxifolina, e foi realizada a análise da atividade antioxidante das moléculas selecionadas in vitro através do método de sequestro de radicais livres DPPH e avaliação in vivo da ação da luteolina e taxifolina na capacidade de aprendizagem e memória no zebrafish e análise histopatológica do cérebro do peixe. Resultados: Na avaliação in silico, dentre as propriedades físico-químicas, os flavonoides catequina, epicatequina, luteolina, chrisoeriol, taxifolina, apigenina, dihidrocaempferol, isovitexina e vitexina apresentaram boa biodisponibilidade, por via oral. Nas propriedades farmacocinéticas, as moléculas catequina, epicatequina, isovitexina, luteolina, chrisoeriol, taxifolina e isorhamnetina rutinosídeo apresentaram os melhores resultados e uma alta absorção oral humana; na predição das propriedades toxicológicas os compostos apresentaram bons resultados, com exceção dos compostos isorhamnetina rutinosídeo e rutina que apresentaram alerta acerca da mutagenicidade devido a presença de hidroxinaftaleno ou derivado. No ensaio de docking todos os compostos apresentaram interações chaves com os alvos testados. Quanto ao farmacóforo, o que obteve melhor resultado foi o de score 48.65 que alinhou os 12 flavonoides, apresentando 6 regiões essenciais, sendo 3 doadores de hidrogênio, 1 aceitator de hidrogênio e 2 anéis aromáticos; na predição de atividade os flavonoides taxifolina, rutina e di-hidrokaempferol obtiveram o melhor potencial de atividade antioxidante. Os flavonoides isovitexina, escoparina, chrisoeriol e rutina apresentaram atividade frente a AChE, e os flavonoides luteolina e apigenina, além da atividade frente à AChE, também mostraram atividade contra GSK-3β no cálculos de docking molecular. Na avaliação da atividade antioxidante, os resultados demonstraram que a luteolina (IC50=15.61 ± 0.9µg/mL; R2=0,9973) apresentou uma atividade de eliminação dos radicais mais fraca do que a taxifolina (IC50= 3.66 ± 0.25µg/mL; R2= 0,9926). Na avaliação in vivo da capacidade de aprendizagem e memória a administração de luteolina e taxifolina conseguiu tratar a curto prazo o déficit de memória induzido por escopolamina em zebrafish, sem apresentar alterações histopatológicas capazes de alterar o funcionamento normal do cérebro. Considerações finais: O estudo in silico, in vitro e in vivo da luteolina e taxifolina sugere que esses flavonoides podem ser uma estratégia de tratamento anti-alzheimer. Esses achados, levantam uma nova perspectiva para o tratamento da DA.

  • HELISON DE OLIVEIRA CARVALHO
  • ESTUDOS DAS PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO ÓLEO FIXO DA Cannabis sativa Linn. E DE SUA NANOEMULSÃO: efeitos anti-inflamatório, antidiabético e anti-hiperlipêmico

  • Data: 28/05/2021
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  • Introdução: A Cannabis sativa L. é uma planta conhecida por diversos nomes populares, tais como: “Maconha”, “Cânhamo” e “Hemp”. É pertencente à família Cannabinaceae. A Cannabis sativa é descrita em muitos estudos como sendo uma das primeiras plantas a ser cultivada pelo Homem, datada de pelo menos há 12000 anos. Suas propriedades medicinais são estudadas há séculos, no entanto, a C. sativa ainda é uma fonte de grande riqueza para estudos farmacológicos. Objetivo: Deste modo, este trabalho teve por objetivo realizar uma vasta revisão bibliográfica, desenvolver nanoformulações com o óleo fixo da C. sativa (OCS) e realizar estudos farmacológicos em ratos Wistar com a finalidade de demonstrar as propriedades anti-inflamatória, antidiabética e anti-hiperlipêmica. Metodologia: Inicialmente, foi realizado o desenvolvimento da nanoemulsão do óleo de C. sativa (NCS), em seguida foi realizado a avaliação da atividade anti-inflamatório do OCS e da NCS, frente os modelos de inflamação produzidos pelo veneno de Bothrops moojeni. (VBm). O edema de pata de rato foi induzido pelo VBm (0,10 mg/kg), peritonite e, análise do infiltrado de leucócitos no músculo e formação de tecido granulomatoso. Em seguida, foi avaliada a ação sobre diabetes (DM) e dislipidemia induzidas em ratos Wistar com estreptozotocina (STZ) e Triton (tyloxapol), respectivamente. Resultados e discussões: Foram produzidas 18 nanoemulsões, a caracterização e estabilidade revelou que as formulações apresentaram estabilidade com tamanho das partículas variando entre 275.6 ± 5.57 a 129.3 ± 0.15 nm e índice de polidispersão entre 0.25 ± 0.014 a 0.22 ± 0.019. Na avaliação toxicológica o OCS e NCS demostraram baixa toxicidade após administração oral aguda, com DL50 superior a 2000 mg/kg. As doses de 500 mg/kg do OCS e NCS por 28 dias de tratamento subagudo, não produziram toxicidade. Os tratamentos com OCS (200 e 400 mg/kg) e NCS (100 mg/kg) foram capazes de inibir significativamente (p < 0,001) o processo inflamatório em todos os modelos empregados. Na indução da DM por STZ, foi possível reproduzir os sintomas e sinais clínicos característicos, como poliúria, glicosúria, hiperglicemia e hiperlipidemia. Os tratamentos com OCS e NCS produziram aumento significativo (p < 0,05) dos níveis de insulina nos animais com DM, e na dislipidemia, foi obsevado que os tratamentos com OCS e NCS diminuiram significativamente os níveis de triglicerídeos (p < 0,05), colesterol (p < 0,001) e LDL (p < 0,01). Conclusões: O tratamento com OCS e NCS nas condições deste estudo, demonstraram efeito anti-inflamatório, antidiabético e anti-hiperlipêmico atuando sobre os níveis de triglicerídeos, colesterol e LDL. Nesse aspecto contribui para o controle da DM, processos inflamatórios agudo e crônico e como agente preventivo de doenças cardiovasculares.

     

  • GLAUBER VILHENA DA COSTA
  • Planejamento e identificação de novas entidades químicas com potencial ação biocida contra Aedes aegypti: uma abordagem de bioinformática

  • Data: 24/02/2021
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  • RESUMO Introdução: O Aedes aegypti (Linnaeus, 1762; Diptera: Culicidae) é o principal vetor de transmissão viral doenças como dengue, dengue hemorrágica, febre amarela urbana, zika e chikungunya. Em todo o mundo, especialmente nas Américas e no Brasil, muitos casos de dengue foram relatados em últimos anos, que têm apresentado um crescimento significativo. A principal estratégia de controle é a eliminação do vetor, e o mais usual é o controle biológico, junto com o gerenciamento ambiental e o controle químico. O inseticida mais comumente usado é o temefós (um composto organofosforado), mas o populações de Aedes aegypti têm mostrado resistência e o produto é altamente tóxico. Objetivo: Planejar moléculas similares ao temefós com potencial ação inseticida para o controle Aedes aegypti. Metodologia: O Temefós foi utilizado como molécula modelo para realizar uma triagem virtual baseada em ligante no banco de dados ChemBrigde (subcoleção DIVERSet-CL), procurando por derivados com similaridade de forma (ROCS) e potencial eletrostático (EON). Resultados e discussões: Assim, quarenta e cinco moléculas foram filtradas com base em suas propriedades farmacocinéticas e toxicológicas e 11 moléculas foram selecionadas por um estudo de docking molecular, incluindo afinidade de ligação e de interação. As moléculas L46, L66 e L68 mostram potencial atividade inibitória para ambos os inseto (-9,28, -10,08 e -6,78 kcal/ mol, respectivamente) e humano (-6,05, -6,25 e -7,2 kcal / mol respectivamente) enzimas, bem como a proteína do hormônio juvenil (-9,2; -10,96 e -8,16 kcal/ mol, respectivamente), mostrando uma diferença significativa em comparação com a molécula modelo temefós. Conclusões: As moléculas L46, L66 e L68 interagiram com aminoácidos importantes em cada sítio catalítico da enzima relatado na literatura. Assim, as moléculas aqui investigadas são inibidores potenciais para ambos os enzimas acetilcolinesterase e proteína do hormônio juvenil - de insetos e humanos, caracterizando como um potencial inseticida contra o mosquito Aedes aegypti.

2020
Descrição
  • IALLE GURGEL BORGES
  • AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DE NANOPARTÍCULAS DE ÁCIDO ANACÁRDICO PARA USO ENDODÔNTICO

  • Data: 06/03/2020
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  • Introdução: O tratamento endodôntico visa combater uma inflamação e/ou infecção pulpar que pode resultar na colonização bacteriana de todo o sistema de canais radiculares incluindo os túbulos dentinários. O microrganismo Enterococcus faecalis tem sido a espécie mais prevalente em casos de falha e retratamento endodôntico, sendo resistente ao preparo químico-mecânico e a maioria dos medicamentos utilizados. O ácido anacárdico apresenta propriedades antibacterianas importantes. A sua nanoencapsulação poderia melhorar os seus aspectos biofarmacêuticos, aperfeiçoando o seu uso terapêutico. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar a efetividade de nanopartículas de ácido anacárdico na desinfecção dos canais radiculares ex-vivo sob a forma de curativo endodôntico intracanal e na redução da infiltração bacteriana pós-tratamento endodôntico. Metodologia: Foi utilizado um modelo ex-vivo utilizando espécimens radiculares obtidos de dentes humanos (n= 66) para verificar a redução na viabilidade microbiana do biofilme de Enterococcus faecalispré-formado no interior do canal radicular. Após a contaminação, os dentes foram submetidos a um dos 5 tratamentos pré-estabelecidos: 1. Nanopartículas de zeína contendo ácido anacárdico (9,375 µg/ml) (AAN), 2. Digluconato de clorexidina 2% (CHX), 3. Nanopartículas brancas de zeína (BN); 4. Soro fisiológico com bactéria (SSB); 5. Soro fisiológico estéril (SS). Em seguida, foram coletadas amostras do interior dos condutos para avaliar a viabilidade bacteriana em termos de unidades formadoras de colônia (CFU)/ml, após 7, 14, 21 e 30 dias

     

     

     

     

    , sendo alguns espécimens de cada grupo seccionados e apreciados quanto a presença e característica do biofilme formado no seu interior. Para avaliar o efeito na infiltração bacteriana pós-obturação endodôntica, espécimens radiculares bovinos (n=60), inseridos em um dispositivo confeccionado para este estudo, foram submetidos a um dos 6 tratamentos, sendo em seguida obturados com... e por fim inserido o inóculo de E. faecalis. A infiltração bacteriana foi avaliada diariamente por meio da turvação do meio de cultura estéril contido na parte inferior do dispositivo por um período de 21 dias. Os dados obtidos foram tabulados e submetidos à análise estatística comparativa entre os grupos. Resultados e discussão: Na avaliação da desinfecção, observou-se que o grupo tratado com AAN apresentou redução aos 14 dias de estudo. No grupo tratado com CHXS, houve redução significativa no dia 14, no entanto, no dia 21 houve um grande aumento do número de UFC. O grupo das nanopartículas brancas, apesar de não apresentar efeito antimicrobiano, reduziu o número de UFC possivelmente por atuar como uma barreira física impedindo a profileração do biofilme bacteriano. Na avaliação da infiltração bacteriana pós-obturação, cerca de 82% dos espécimes apresentaram infiltração bacteriana antes dos 21 dias. Conclusões: Deste modo, foi comprovada a eficácia das formulações testadas a partir da nanoencapsulação do ácido anacárdico no combate a um dos microrganismos mais resistentes ao tratamento endodôntico. As nanopartículas utilizadas mostraram-se eficazes após 7 dias e alcaçaram um efeito semelhante a clorexidina após 14 e 21 dias, podendo ser utilizadas como alternativa aos curativos endodônticos, sempre e quando exista a necessidade de maior tempo interconsulta. Estas formulações, poderiam ainda ser testadas concomitantemente à este agente para reduzir a sua dose e também os seus efeitos adversos. Em relação a infiltração bacteriana, os achados sugerem que nenhuma dos  tratamentos utilizados foi capaz impedir a infiltração bacteriana após 21 dias.

     

  • NAYARA COSTA DE MELO
  • Estudos químicos e farmacológicos das atividades antidepressiva, ansiolítica e de toxicidade aguda do extrato hidroetanólico das folhas de Aloysia polystachya (Griseb.) Moldenke em modelo de Danio rerio (Hamilton, 1822)

  • Data: 28/02/2020
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    Introdução: A ansiedade e a depressão estão entre as patologias psiquiátricas mais prevalentes na população mundial e tem sido uma das maiores causas de incapacidade mental e física. Popularmente, a espécie Aloysia polystachya (Griseb.) Moldenke é utilizada como sedativo e tônico para os nervos. Objetivo: avaliar os efeitos antidepressivo, ansiolítico e toxicológico agudo do extrato hidroetanólico das folhas de Aloysia polystachya (HELAp) em Danio rerio. Metodologia: O extrato vegetal foi analisado por UHPLC-MS / MS. O HELAp foi administrado por imersão (200 mg/L, 300 mg/L e 400 mg/L) e por via oral (0.500 mg/kg, 1.000 mg/kg e 3.000 mg/kg). A atividade ansiolítica foi avaliada pelo teste de preferência claro/escuro e a atividade antidepressiva pelo teste de mergulho em tanque novo. Resultados e Discussão: Foi identificado a presença de quatro glicosídeos fenilpropanóides: Plantainoside C, Forsythosideo A, Martynosideo e um pico principal como Verbascosídeo (Acteosideo). Na avaliação da atividade ansiolítica, o extrato apresentou efeitos semelhantes ao controle positivo (buspirona) administrados por imersão e via oral na concentração de 10 mg/L e dose 10 mg/kg. Na avaliação da atividade antidepressiva, o extrato demostrou atividade semelhante ao grupo controle positivo (fluoxetina) nas duas vias de administração utilizadas no teste. Na toxicidade aguda, o tratamento com HELAp causou mudanças comportamentais significativas e morte. A concentração letal mediana calculada (CL50) foi de 300 mg / L e a dose letal mediana calculada (DL50) foi de 1.276 mg / kg. A concentração mais tóxicas do HELAp na avaliação histopatológica foi a de 400 mg / L, sendo o órgão mais afetado as brânquias e a dose mais tóxica foi a de 3.000 mg / kg, sendo o intestino o mais afetado. Conclusão: O HELAp é bem tolerado e pode ser considerado de baixa toxicidade em Danio rerio, pois sua taxa de mortalidade é observada em concentrações e doses muito maiores que a utilizada nas atividades farmacológicas nos testes experimentais neste estudo e que as características químicas do composto majoritário, Acteosideo, seja o responsável por tais efeitos.

2019
Descrição
  • ARIADNA LAFOURCADE PRADA
  • Cassia grandis L. f (extrato hidroetanólico dos frutos): desenvolvimento farmacêutico e atividade farmacológica (hipoglicemiante).

  • Data: 01/11/2019
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  • Introdução- Cassia grandis L.f é uma espécie medicinal utilizada por diversas populações da América Central, do Caribe e da América do Sul, especialmente no Brasil. Os frutos tem mostrado utilidade em doenças digestivas, anemia e como hipoglicemiante. Embora tem sido utilizada durante séculos, ainda não foram realizados, estudos para avaliar sua toxicidade, sua utilidade como hipoglicemiante, nem foram reportados estudos de formulações farmacêuticas usando extratos desta planta. Objetivos- Neste estudo foi realizada a obtenção e caracterização física, química, farmacológica e toxicológica do extrato hidroetanólico dos frutos de Cassia grandis (CgE). Realizou-se também a formulação e caracterização de nanodispersões com atividade hipoglicemiante. Materiais e métodos- a preparação de CgE foi realizada por maceração usando etanol 70%. Avaliou-se a composição química qualitativa e quantitativa do CgE. Em seguida foi realizada a avaliação da toxicidade oral aguda e subaguda, e a avaliação da atividade antioxidante e hipoglicemiante. Foi avaliado o efeito inibidor de lipase pancreática e da alfa-glicosidase, como possíveis mecanismos envolvidos na ação hipoglicemiante do CgE. Posteriormente, realizou-se o desenvolvimento, caracterização, avaliação da estabilidade e da atividade farmacológica de uma nanodispersão do CgE. Resultados e discussão- No CgE foi detectado a presença de fenóis, flavonoides, cumarinas, saponinas, e terpenoides. O CgE apresentou um potente efeito hipoglicemiante nos modelos farmacológicos empregados, provávelmente por mecanismos antioxidantes e de inibição da enzima alfa-glicosidase (IC50=32,30 ± 1,30). O CgE não mostrou toxicidade oral aguda (2000 mg/kg) nem subaguda (1000 mg/kg) durante 28 dias em ratos Sprague Dawley. A nanodispersão desenvolvida com CgE apresentou tamanho de partícula inferior a 110 nm, e uma excelente estabilidade física e química durante um ano. A nanodispersão apresentou efeito hipoglicemiante e inhibidor da lipase pancreática (IC50=0,58 ± 0,02). O potencial antioxidante da nanodispersão foi maior do que o CgE. A partir dos resultados obtidos sugere-se que os mecanismos envolvidos no processo de redução dos níveis de glicose da nanodispersão deve-se ao efeito antioxidante e a inibição de alfa-glicosidase, que provavelmente é potencializado, pela liberação mais lenta do princípio ativo das nanopartículas. Conclusões- A partir dos resultados obtidos, sugere-se que as formulações farmacêuticas obtidas foram estáveis, apresentando atividade hipoglicemiante significativa. Assim sendo, essas formulações podem ser empregadas como coadjuvantes no tratamento da diabetes.

  • JOSÉ ADOLFO HOMOBONO MACHADO BITTENCOURT
  • Avaliação da atividade antinociceptiva “in vivo” de derivados da salicitamida e Estudos “in silico” da atividade anti-inflamátoria de derivados da salicitamida e ibuprofeno.

  • Data: 24/04/2019
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  • -A inflamação é uma reação complexa envolvendo componentes celulares e moleculares e uma resposta inespecífica a uma agressão específica. O uso de inovações científicas e tecnológicas como uma ferramenta de pesquisa que combina conhecimentos multidisciplinares em informática, biotecnologia, química e biologia são essenciais para otimizar o tempo e reduzir custos no desenho de novos medicamentos. Assim, a integração dessas técnicas possibilita a busca por novos fármacos anti-inflamatórios com melhores perfis farmacocinéticos e toxicológicos além de possibilitar o estudo e o entendimento dos possíveis mecanismos de interação entre ligante e receptor e comparar aos fármacos comercialmente utilizados. Planejar e avaliar derivados de fármacos da salicitamida e ibuprofeno com atividade anti-inflamatória. Neste contexto, esse trabalho utilizou dois grupos de moléculas com potencial anti-inflamátorio e seus estudos encontram-se descritos no Capitulo 1 e 2. Assim, o primeiro capítulo consistiu na predição in silico das propriedades farmacocinéticas, bioatividade, toxicidade, identificação de grupos toxicofóricos, investigação dos mecanismo de interação ligante e receptor através de utilização de docking molecular e avaliação da atividade antinociceptiva in vivo dos compostos derivados da salicitamida. O estudo evidenciou que esses derivados apresentaram um bom perfil de biodisponibilidade oral, pois os resultados das predições estão de acordo com a regra dos “Cinco”. A predição bioatividade revelou que os derivados da Salicitamida (PS2 e PS3) apresentaram a capacidade de inibição enzimática quando comparado com os fármacos comerciais utilizados como controle. A avaliação da toxicidade revelou uma baixa toxicidade visto que DL50 dos compostos PS1, PS2 e PS3 foram menores em relação as doses dos fármacos utilizados como controle. Os estudos de docking dos compostos derivados da salicitamida apresentaram a capacidade de interagir com enzima ciclo-oxigenase (COX-2). Além disso, os derivados da Salicitamida apresentaram atividade anti-nociceptiva nos modelos experimentais nocicepção (contorção abdominal e teste da placa quente) avaliados. No capitulo dois foram avaliadas in silico o mecanismo de interação ligante e receptor através de utilização de docking molecular usando o programa Gold e avaliado o perfi termodinâmico através de dinâmica molecular usando mecânica molecular via GROMACS. De acordo com as previsões, as moléculas aqui propostas mostraram a capacidade de inibir a COX-2, visto as interações serem semelhantes ao composto controle (ibuprofeno). Além disso, os compostos propostos apresentaram bom perfil de biodisponibilidade oral e baixa toxicidade (LD50 <700 mg / kg) e segurança quando comparados com o composto comercial. Portanto, estudos futuros são necessários para confirmar o potencial anti-inflamatório desses compostos

  • GISELE CUSTÓDIO DE SOUZA
  • Estudo da toxicidade aguda e reprodutiva do extrato hidroetanólico das flores de Acmella oleracea L. (R. K. Jansen) e espilantol em zebrafish adulto e embrião.

  • Data: 15/03/2019
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  • Introdução: Acmella oleracea L., é uma espécie vegetal muito utilizada no norte do Brasil no tratamento de diversas doenças como tuberculose, gripe, tosse, reumatismo e, principalmente na medicina popular como afrodisíaco feminino. O extrato das flores e partes aéreas tem sido empregado em estudos farmacológicos, que atribuem suas atividades ao espilantol, principalmente como estimulante sexual. No entanto, não havia registro de estudos que demonstre a ação desta planta ou do espilantol sobre a performance reprodutiva em animais de laboratório e zebrafish (Danio rerio), organismo que já foi consagrado como modelo para diversos estudos toxicológicos. Objetivo: Avaliar a toxicidade aguda e reprodutiva do extrato hidroetanólico das flores de Acmella oleracea (EHFAo) e espilantol em ensaios in vivo e estudar os mecanismos farmacológico e toxicológico in silico. Metodologia: O EHFAo e espilantol foram empregados em zebrafish adulto (48 h) por via oral e imersão nas seguintes doses e concentrações 44.457, 88.915, 199,53, 281,83, 448,81 mg/kg e 250, 300, 350, 400 e 450 μg/l, respectivamente. As avaliações comportamental, mortalidade e analise histopatológica foram realizadas no animal adulto, e o ensaio de toxicidade aguda no embrião (96 h), com avaliação do efeito letal e teratogênico (0.1, 0.25, 0.5, 0.75, 1.0 e 1.5 μg/ml); e toxicidade reprodutiva (21 dias), com avaliação da fertilidade, histopatologia das gônadas e efeito letal e teratogênico na geração F1. Resultados: A analise fitoquimica do EHFAo comprovou a presença do espilantol como composto majoritário no EHFAo. O EHFAo e espilantol apresentaram toxicidade em zebrafish adulto e embrião por via oral e imersão, comprovada pelas significativas alterações comportamentais, mortalidade e análise histopatológica, bem como pelas alterações no desenvolvimento dos embriões nas doses mais altas. Na reprodução, os animais tratados por imersão, apresentaram a desova estimulada e altas taxas de malformações; nos animais tratados por via oral, a desova foi inibida significativamente e as malformações foram mais evidentes nos embriões cuja geração parental foi tratada por via oral com o EHFAo e, a mortalidade nos embriões que a geração parental foi tratada com o espilantol. Conclusão: o presente estudo comprovou que o EHFAo e o espilantol possuem ação toxica no zebrafish adulto e embrião e, que quando esses animais foram tratados com o EHFAo por imersão produziu aumento na desova, enquanto que a desova foi inibida quando tratados por via oral, tanto com o EHFAo quanto com o espilantol. Entretanto, no estudo in silico foi demonstrado que a metabolização do espilantol não causa alterações sobre o desenvolvimento embrionário. Assim sendo este estudo vem colaborar com a validação toxicológica dessa espécie vegetal e seus produtos.

  • CAROLINA MIRANDA DE SOUSA
  • Utilização de fitoterápicos por idosos: monitoramento da qualidade microbiológica e fitofarmacovigilância.

  • Data: 05/02/2019
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  • Introdução: A utilização cada vez mais crescente da fitoterapia justifica a implementação do sistema de farmacovigilância através de vigilância ativa que fortaleça a qualidade de assistência à saúde e a segurança dos pacientes. Objetivos: Esta tese objetivou avaliar o perfil de consumo, investigar possíveis reações adversas relacionadas ao consumo de medicamentos e produtos à base de plantas com fins terapêuticos utilizados por idosos, realizar o controle de qualidade das preparações vegetais, além de elaborar um manual de fitofamacovigilância direcionado aos profissionais farmacêuticos para auxiliar da vigilância ativa de eventos adversos na atenção básica à saúde. Metodologia: Estudo prospectivo, com uma etapa seccional e outra longitudinal, descritivo e analítico, com amostras não probabilísticas de idosos obtidos de uma unidade de saúde em Macapá, Amapá. Dados sobre características demográficas, farmacoterapia e imputação de eventos adversos à medicamentos foram coletados através de questionário estruturado e seguimento farmacoterapêutico de 208 idosos. Com o auxílio dos algoritmos da World Health Organization (WHO) e da Food and Drug Administration (FDA), foi avaliada a causalidade de reações adversas à medicamentos e drogas vegetais. As avaliações da contaminação dos fitoterápicos foram realizadas por meio de procedimentos padronizados: contagem bacteriana total, isolamento e caracterização de patógenos de 136 medicamentos à base de plantas utilizados pelos idosos. Resultados: Os idosos foram, em sua maioria, mulheres (79.8%), baixa renda (74.0%) e alfabetizados (50.1%). Cerca de 59.1% dos idosos que consumiam drogas vegetais e derivados, e as mais utilizadas foram Pneumus boldus Molina (19,4%) e Lippia alba (Mill.) N.E. Br (16,7%). A frequência de RAM foi 41.3% e esteve relacionada ao sexo (p = 0.030), sendo mais prevalente nos idosos que consomem produtos à base de plantas (46.3%). A análise microbiológica revelou a presença de bactérias (31.8%) e fungos (23.5%) acima dos limites aceitáveis nas preparações vegetais. Também foi elaborado um manual de fitofamacovigilância. Conclusões: Evidenciou-se a necessidade da implementação do sistema de farmacovigilância adaptados às características da região amazônica e de serviços de fitofarmacovigilância que poderão ser baseados no seguimento farmacoterapêutico e questionário estruturado, para contribuir na produção de informações representativas e de maior confiabilidade sobre reações adversas relacionadas ao consumo de medicamentos e de produtos à base de plantas.

2018
Descrição
  • MAYARA AMORAS TELES FUJISHIMA
  • Estudo da ação cicatrizante do extrato hidroetanólico e do gel cremoso produzidos a partir das folhas de Curatella americana Linn: estudos in sílico, in vitro e in vivo.

  • Data: 18/12/2018
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  • Introdução: O mercado farmacêutico oferece recursos e tecnologias para o tratamento de lesões cutâneas, porém muitos produtos desencadeam efeitos adversos e possuem um alto custo. No Brasil, a espécie Curatella americana é tradicionalmente usada para o tratamento de feridas, úlceras e inflamação. Entretanto, seu uso no tratamento de feridas ainda não tinha sido validado por estudos científicos. Objetivo: Avaliar o potencial cicatrizante do extrato hidroetanólico (EHCa) e do gel cremoso produzidos a partir das folhas de C. americana através de estudos in silico, in vitro e in vivo. Metodologia: Os compostos majoritários identificados na espécie foram submetidos à estudos de química quântica, docking molecular e à ensaios in vitro para verificar o potencial antioxidante. A cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massa de alta resolução foi utilizada para identificar os compostos presentes no EHCa. O extrato foi avaliado em relação às atividades coagulante, antimicrobiana e de toxicidade dérmica. Para a atividade cicatrizante foram utilizados camundongos Swiss divididos nos seguintes grupos : controle positivo (FIB - Fibrinase SA®), controle negativo (CV - gel veículo), extrato liofilizado de C. americana 0,5% (CaE 0.5%); extrato liofilizado de C. americana 1,0% (CaE 1.0%), gel de C. americana 0.5% (CaG 0.5%), gel de C. americana 1% (CaG 1%). Após excisão da ferida cutânea, os animais foram tratados topicamente duas vezes ao dia, consecutivamente, durante 7 ou 14 dias. Resultados e discussões: Os estudos in silico demonstraram o potencial antioxidante da espécie confirmadas pelo ensaio de DPPH. A elucidação através de LC-MS revelou 13 fitofármacos presentes no EHCa, dentre eles, compostos identificados pela primeira vez na espécie, como a apigenina-7-O-glicosídeo, Kaempferol, Kaempferol-3-O-glicopiranoside. A aplicação tópica da solução aquosa do extrato e do gel a base de Curatella americana 1% aceleraram a contração das feridas excisionais no período de 7 dias. No 14º dia, todos os animais tratados com formulações à base de C. americana apresentaram estágio de remodelamento avançado e fibras de colágeno mais densas. Conclusões: O presente estudo aponta perspectivas para a utilização do EHCa em ferimentos cutâneos, por via tópica, de 12 em 12 horas, na concentração à 1% durante 14 dias consecutivos.

  • RAPHAELLE SOUSA BORGES
  • Estudo da atividade anti-inflamatória de nanoemulsões a base do óleo essencial de Rosmarinus officinalis L.

  • Data: 08/06/2018
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  • Introdução: O alecrim, Rosmarinus officinalis L., é um arbusto cultivado em diversos países e popularmente utilizado no tratamento de inflamações. O óleo essencial (OERO) tem sido empregado em estudos farmacológicos, que demonstram a sua atividade antiinflamatória e a atribuem a presença de compostos terpênicos. No entanto, a lipofilicidade do óleo dificulta a sua passagem através das membranas biológicas. Neste sentido, a obtenção de uma nanoemulsão poderia ampliar a permeabilidade através das membranas e potencializar o efeito anti-inflamatório. Objetivo: Avaliar a atividade anti-inflamatória de nanoemulsões contendo o OERO em ensaios in vivo e in vitro. Metodologia: Nanoemulsões com OEROs de procedência diversificada foram empregadas em ensaios in vitro, como atividades antioxidante e anti-inflamatória em células, produção de óxido nítrico, viabilidade celular e avaliação de efeito relaxante em músculo liso. As atividades antiálgica e anti-inflamatória foram avaliadas através do teste de contorção por ácido acético em ratos e inibição da formação de edema induzido por carragenina em pata de rato e na região abdominal de zebrafish. Também foi realizado o ensaio de toxicidade em zebrafish. Resultados e discussões: As amostras de óleo essencial apresentaram componentes químicos majoritários de acordo com a literatura, 1,8-cineol, α-pineno e cânfora. As nanoemulsões apresentaram tamanho médio de gotícula reduzido e baixo índice de polidispersão, além de indicativos de estabilidade física. Elas apresentaram atividade anti-inflamatória em células, e potente inibição de edema inflamatório em ratos e zebrafish, além de baixa toxicidade para zebrafish. Conclusão: O presente estudo possibilitou a obtenção de nanoemulsões capazes de potencializar a atividade antiinflamatória do OERO. Essa formulação aumentou a biodisponilidade do óleo nos modelos animais empregados, tonando os compostos terpênicos proeminentes mais disponíveis nos locais alvo. Este estudo abre perspectiva para o uso sustentável da espécie vegetal através de técnica de baixo aporte de energia, passível de ser reproduzida no âmbito industrial.

2017
Descrição
  • HEITOR RIBEIRO DA SILVA
  • Desenvolvimento tecnológico de formulações contendo extrato etanólico dos frutos de Euterpe oleracea Mart. (açaí).

  • Data: 26/05/2017
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  • A Euterpe oleracea Mart. é uma planta que apresenta vários estudos sobre sua composição e propriedades biológicas. Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento tecnológico de formulações contendo extrato seco etanólico de Euterpe oleracea Mart. (EEEO) e reportar de forma sistemática o emprego de metodologias de tecnologia farmacêutica por meio da caracterização física e química do EEEO, obtido após planejamento experimental visando obter um maior teor de antocianinas, com controle desde a coleta até o desenvolvimento das formulações. Para caracterização do EEEO utilizaram-se os parâmetros específicos para extratos vegetais contidos nas Farmacopeias Brasileira V e Americana (USP). Utilizou-se também técnicas como análise térmica, IFTR, espectroscopia de absorção atômica, MEV, CCD, CLAE e espectrofotometria no UV. O sistema polimérico nanoparticulado (SPN) foi obtido pelo método de nanoprecipitação. A caracterização envolveu a determinação do pH, tamanho de partícula, potencial zeta, eficiência de encapsulação e antocianinas totais. Todos os parâmetros mensurados foram avaliados frente a condições de estresse a curto e longo prazo. Os comprimidos foram desenvolvidos e caracterizados quanto às propriedades de fluxo, compactação, dureza, friabilidade, desintegração e perfil de dissolução.  Foi avaliada a toxicidade aguda do EEEO por via oral em Rattus norvegicus Wistar fêmeas. Quanto maior a quantidade de ácido acético, maior o teor de antocianinas totais. O SPN contendo EEEO apresentou boa estabilidade e demonstrou ser adequado para prolongamento da vida útil de antocianinas do EEEO. Observou-se a liberação de antocianinas totais do SPN em membrana sintética (1005,92 μg/mL) e biológica (940,11 μg/mL) em sistema de permeação. A formulação de comprimidos escolhida continha 0,11g de estearato de magnésio. O teste de dissolução mostrou que o comprimido apresenta liberação imediata. Não foi observada toxicidade aguda do EEEO quando administrado por via oral em ratas. O EEEO possui capacidade de sequestro de radicais com IC50 para DPPH de 31,5 ± 2,31 ppm

  • EDILSON LEAL DA CUNHA
  • Estudo da aplicação da solução etanólica padronizada de Bixa orellana L. como corante na técnica de Papanicolaou para análise citológica de material cérvico-vaginal: aspectos epidemiológicos, fitoquímico e citopatológico.

  • Data: 25/05/2017
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  • Introdução: O Câncer do colo do útero (CCU) é o terceiro mais incidente nas mulheres brasileiras, e seu rastreamento é realizado pelo exame preventivo de câncer cérvico-uterino (PCCU). Bixa orellana L.é uma espécie vegetal, com elevado teor de bixina, com grande potencial para utilização em colorações citológicas. Objetivo: Modificar a técnica de coloração de Papanicolaou, substituindo o Orange G pelo extrato etanólico padronizado de Bixa orellana (EEBO). Metodologia: O trabalho foi dividido em três fases: I. Epidemiologia e monitoramento da qualidade de exames de PCCU realizados em Macapá-AP. II. Estudo da aplicação do EEBO como corante na técnica de papanicolaou. III. Análise microbiológica do EEBO. Resultados: Foram detectados 502 exames normais (41,42%), 651 exames de caráter inflamatório (53,71%) e 59 exames alterados (4,87%), com 2,8% de lesões pré-malignas (LSIL e HSIL), carcinoma escamoso (0,33%), adenocarcinoma (0,165%). Os microrganismos de maior prevalência foram:Cocos Gram Positivos (38,2%), Gardnerella vaginalis (31,55%) e Lactobacillus sp. (19,06%). Quanto ao monitoramento da qualidade, os indicadores de qualidade encontram-se dentro do padrão de normalidade. Do EEBO, foi isolado a bixina como composto majoritário e sua quantificação foi de 72%. O limite de concentração de 0,2 a 0,0125% foi capaz de corar todas as amostras mantendo as características tintoriais das células. Quanto aos critérios de comparação entre o método de Papanicolaou (MPL) e Papanicolaou modificado com EEBO (MPM), foi possível observar que o MPM apresentou diferença estatística (p<0,001) para os critérios: Coloração eosinofílica das células superficiais, metacromasia nas células intermediárias e parabasais, nitidez dos elementos de associação e clareza do fundo do esfregaço. A técnica de predição por docking molecular demonstrou a afinidade da bixina pela queratina. Portanto conclui-se que a utilização do EEBO na coloração de Papanicolaou como corante ácido é uma nova alternativa para o uso de um produto obtido da biodiversidade Amazônica.

  • BELMIRA SILVA FARIA E SOUZA
  • Estudo da ação do óleo fixo da Euterpe oleracea Mart. (Açaí) sobre  dislipidemia em ratos Wistar.

  • Data: 03/02/2017
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  • Introdução: A dislipidemia é decorrente de distúrbios em qualquer fase do metabolismo lipídico. Ocasiona elevações crônicas nos níveis séricos de lipídeos, principalmente LDL-colesterol e triglicerídeos, predispondo o indivíduo a complicações, como síndrome metabólica, diabetes, processos aterogênicos e doenças cardiovasculares (DCVs). O óleo fixo dos frutos da Euterpe oleracea Mart (OFEO) vem sendo descrito com composição química rica em ácidos graxos insaturados (AGIs), que o caracteriza com potencial para o tratamento de alterações no metabolismo lipídico. Objetivo: Investigar a ação do OFEO sobre dislipidemia em ratos Wistar.Metodologia: Foram utilizados ratos Wistar machos, divididos em grupos experimentais (n = 7/grupo) para compor 3 modelos de indução de dislipidemia. Modelo I. - dislipidemia induzida por Godura Saturada de Cocos nucifera (2000 mg/kg, v.o). Modelo II.- dislipidemia induzida por Triton (150 mg/kg, i.p). Modelo III.- dislipidemia em ratos diabéticos induzidos com aloxana (150 mg/kg i.p). Em todos os ensaios os grupos foram divididos em: tratado com OFEO (1226 mg/kg, v.o), grupos controles tratados com água destilada (0,5 mL, v.o) e com fármacos padrões (Sinvastatina, 20 mg/kg e Glibenclamida, 5 mg/kg, v.o). Resultados: As análises fisico-químicas e cromatográficas do OFEO apresentaram constituição química com predominio de AGIs (67,83 %), sendo o ácido oleico (54,32%) e linoleico (5,90%) os compostos majoritários. Nos modelos de dislipidemia empregados houve aumento significativo dos níveis séricos de lipídeos, principalmente LDL-colesterol e triglicerídeos. Os grupos tratados com OFEO nos diferentes modelos experimentais reduziram significativamente (p < 0,001) os níveis plasmáticos de triglicerídeos, colesterol total e LDL-colesterol, e aumentaram significativamente HDL-colesterol (p < 0,001). No modelo I, nas condições de tratamento empregado, o OFEO apresentou atividade anti-aterogênica, inibindo a formação de ateromas na artéria aorta dos animais empregados. No Modelo III, o OFEO atenuou os parâmetros bioquímicos relacionados com a síndrome metabólica, reduzindo significativamente (p < 0,001) a hiperglicemia, LDL-colesterol e triglicerídeos. Portanto, conclui-se que o tratamento com OFEO empregado nas condições deste estudo, apresenta ação sobre o perfil lipídico e propriedades anti-aterogênicas em animais com dislipidemias, possivelmente devido a presença de AGIs, assim pode contribuir no controle e/ou como agente preventivo das DCVs.

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