Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • CARLIANE MARIA GUIMARAES ALVES
  • Ação de óleo essencial de Piper callosum, Piper hispidium e Piper marginatum (Piperaceae) em monogenéticos de Colossoma macropomum (Serassalmidae): eficácia, hematologia e histopatologia

  • Data: 28/03/2024
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2023
Descrição
  • HERBERT DE OLIVEIRA BARBOSA DUARTE
  • Aspectos ecológicos populacionais das onças-pintadas da nas ilhas de Maracá-Jipioca

  • Orientador : JOSE JULIO DE TOLEDO
  • Data: 30/11/2023
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  • Panthera onca (Linnaeus,1758), popularmente conhecido como onça-pintada, é o maior felino das Américas, pertencente à Classe Mammalia, Ordem Carnivora, Família Felidae e ao mesmo gênero dos leões, tigres e leopardos, mas é a única espécie do grupo que ocorre nas Américas. A sua extensa distribuição nas Américas resultou na colonização de paisagens muito distintas, que vão desde florestas tropicais úmidas, secas e savanas até áreas úmidas ou inundadas. O bioma Amazônia é de extrema importância para a sua conservação, pois inclui aproximadamente 70% da área de distribuição da espécie, conecta populações de outros biomas e possui a maior área remanescente de habitat adequado e não fragmentado. Mas as populações de onças-pintadas nesse bioma não estão distribuídas de maneira homogênea em todo o bioma Amazônico, com densidades variando de 2 a 10 indivíduos por 100 km². Esses felinos comumente são descritos e/ou amostrados em ilhas fluviais, mas o conhecimento sobre esse grande predador em ilhas marítimas é pouco elucidado, pois existem poucas ilhas localizadas no mar que os abrigam como é o caso de Maracá-Jipioca. A Estação Ecológica Maracá-Jipioca (ESEC-MJ), caracterizada por duas ilhas continentais de aproximadamente 600 mil ha na costa Nordeste da Amazônia, estado do Amapá, abrigam ambientes semelhantes aos relatados para o Pantanal e florestas inundadas na Amazônia brasileira. Tais ambientes são propícios para abrigar altas densidades de onça-pintada, pois são caracterizados por serem úmidos com alta produtividade primária, permitindo maior abundância natural de herbívoros e consequentemente seus predadores. Aqui, investigamos os aspectos ecológicos populacionais da onça-pintada nas ilhas Maracá-Jipioca. Também avaliamos como diferentes fatores (tipo de vegetação e disponibilidade de presas) potencialmente influenciam a detecção e os padrões de ocupação desses felinos nas Ilhas Maracá-Jipioca. Em seguida, avaliamos a estratégia desse predador para obter recursos nessas ilhas, onde as presas grandes são menos abundantes, considerando as interações espaço- temporais entre as onças-pintadas e suas presas. E por fim, discutimos a importância da conservação da onça-pintada, e devido suas características, para os ecossistemas da região. 

    Portanto, instalamos 25 estações de captura de armadilhas fotográficas em 149,19 km² e usamos um modelo de captura-recaptura espacialmente explícito para estimar a densidade e estatísticas circulares (teste “Rayleigh”) para avaliar padrões de atividade. Avaliamos se os habitats na interface da terra e da água, aqueles ao longo de lagoas, canais e praias, juntamente com a ocorrência das espécies de presas mais consumidas, influenciam potencialmente a detectibilidade e a ocupação. Usando uma abordagem de tempo de encontro, analisamos padrões de atividade sobrepostos e testamos a segregação/evitação espaço-temporal entre onças-pintadas e nove presas potenciais. Identificamos 21 indivíduos (12 fêmeas, seis machos e três filhotes) e estimamos uma densidade de 6,67 indivíduos por 100 km², equivalente a uma população de aproximadamente 43 onças-pintadas. A população é composta principalmente por fêmeas (66%) em comparação com machos (33%). Descobrimos que a extensa cobertura de áreas úmidas (praia marítima e lagoa-canal) foi o principal fator para detecção e ocupação da onça-pintada. Com isso, revelamos fatores que impulsionam a ecologia espacial das onças- pintadas em um sistema insular. Nossos resultados mostram que algumas das grandes presas terrestres da onça-pintada, presas comuns em outras áreas de distribuição, não são exploradas como recurso por este predador no sistema insular estudado. As onças-pintadas são mais ativas em períodos e locais onde as presas não apresentam comportamento de segregação. Avanços na compreensão da dinâmica entre as onças-pintadas e os ecossistemas aquáticos e terrestres desta região e como eles afetam sua ecologia espaço-temporal aqui gerada serão fundamentais para apoiar estratégias de conservação e informar planos de manejo sustentáveis, evitando assim o declínio populacional ou a extinção local desta população única. e, consequentemente, mantendo os seus serviços ecossistêmicos fundamentais e únicos como predador de topo. Dado o contexto ambiental que molda atualmente a sua ecologia, mas também diante dos cenários previstos de mudanças climáticas que afetarão toda a região costeira da Amazônia, é indiscutível a importância estratégica da ESEC-MJ como área protegida para a conservação da onça-pintada nesta região. Todavia, para uma efetiva conservação desse felino na região é de extrema importância monitorar a dinâmica das onças-pintadas em relação ao oceano, como as mudanças climáticas podem estar afetando os mares locais e consequentemente a sua permanência nas ilhas. É fundamental a proteção e manutenção das áreas com água doce, que caracterizam as ilhas e sustenta sua biodiversidade. Por fim, futuros planos de conservação deverão, também, considerar as áreas continentais, além de buscar estratégias de conservação que possam ser construídas com a população local, pescadores, fazendeiros e ICMBio.

2022
Descrição
  • DAYNA FILOCREÃO MALHEIROS
  • Eficácia anti-helmíntica dos óleos amazônicos Copaifera reticulata e Carapa guianensis em monogenéticos das brânquias de Colossoma macropomum (Serrasalmidae)

  • Data: 30/11/2022
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  • As doenças parasitárias constituem um dos principais problemas que afetam a indústria da aquicultura, pois podem levar a redução do crescimento e ganho de peso, aumento da mortalidade, menor produção e produtividade e gastos com medicamentos, os quais são fatores que levam a perdas econômicas de espécies de peixes nativos como Colossoma macropomum. Mudanças nos conceitos de produção exigem que os alimentos sejam produzidos em conformidade com as normas sanitárias, que produza animais saudáveis e que não eliminem resíduos de antibióticos, pesticidas ou outros medicamentos. Esse cenário tem levado ao uso de plantas medicinais e seus derivados no controle e tratamento de doenças na aquicultura, por causarem menos danos aos peixes, ao meio ambiente e ao homem. Nesse contexto, óleos de plantas medicinais como Copaifera reticulata e Carapa guianensis se destacam pelo amplo potencial farmacológico. Esse estudo investigou a atividade antiparasitária, in vitro e in vivo, os efeitos sanguíneos e histopatológicos da oleorresina de C. reticulata (na forma bruta e na forma de nanoemulsão) e do óleo fixo de C. guianensis em C. macropomum Cuvier, 1818, naturalmente infectados por monogenéticos. Nos ensaios in vitro, monogenéticos Anacanthorus spathulatus, Notozothecium janauachensis e Mymarothecium boegeri aderidos as brânquias de C. macropomum foram expostos a diferentes concentrações com a oleorresina de C. reticulata (200, 400, 600, 800 e 1.000 mg/L) e sua nanoemulsão (50, 100, 150, 200 e 250 mg/L). Todas as concentrações mostraram eficácia in vitro contra esses ectoparasitos, e as concentrações mais altas levaram a uma mortalidade mais rápida dos parasitos. Na microscopia eletrônica de varredura dos monogenéticos expostos a oleorresina de C. reticulata ocorreu danos e perfurações no tegumento dos parasitos. Os peixes apresentaram tolerância a todas as concentrações de nanoemulsão de oleorresina de C. reticulata, enquanto houve 100% de mortalidade nos peixes expostos a todas as concentrações de oleorresina de C. reticulata. Nos três banhos consecutivos com 100 mg/L da oleorresina de C. reticulata houve eficácia anti-helmíntica de 48,5% contra monogenéticos, enquanto em banhos com 250 mg/L de nanoemulsão da oleorresina de C. reticulata não foi possível avaliar eficácia anti-helmíntica devido à baixa abundancia de monogenéticos. As análises hematológicas e histológicas demonstraram poucos efeitos
    adversos nos peixes, assim a oleorresina de C. reticulata e a nanoemulsão apresentaram baixa toxicidade para C. macropomum. Os banhos com 500 mg/L de C. guianensis mostraram eficácia anti-helmíntica de 91,4% contra monogenéticos e causou aumento nos níveis de glicose, proteína total, número de eritrócitos, trombócitos leucócitos, linfócitos, monócitos e eosinófilos, e diminuição no volume corpuscular médio (VCM) de C. macropomum. Alterações histológicas foram encontradas nas brânquias de C. macropomum em todos os tratamentos, incluindo os controles, porém áreas com filamentos normais foram encontradas nas brânquias dos peixes expostos ao óleo de andiroba e, além disso, não foram observadas lesões capazes de prejudicar a função desse órgão. Portanto, esses resultados indicam o potencial anti-helmíntico do óleo de C. guianensis para aplicação na piscicultura.

  • MARCOS SIDNEY BRITO DE OLIVEIRA
  • TAXONOMIA E PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE ECTOPARASITOS NAS BRÂNQUIAS DE PEIXES DA FAMÍLIA ANOSTOMIDAE DO RIO JARI, AMAZÔNIA ORIENTAL, BRASIL

  • Data: 09/06/2022
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  • Os parasitos podem ser encontrados em todos os organismos de todas as espécies existentes na Terra, e peixe é o grupo de vertebrado com maior riqueza de espécies de parasitos. No presente estudo, investigou-se a presença de novas espécies de Monogenea e Copepoda em três espécies de Anostomidae, e avaliou-se padrões de distribuição espacial de Copepoda em exemplares dessas espécies de hospedeiros da região do baixo Rio Jari, Amazônia oriental, Brasil. Três novas espécies de parasitos foram descritas, sendo duas espécies de Monogenea: Urocleidoides jariensis n. sp. das brânquias de Schizodon fasciatus; Urocleidoides ramentacuminatus n. sp. das brânquias de S. fasciatus e Laemolyta proxima; e uma espécie de Copepoda: Therodamas longicollum n. sp. das brânquias de Leporinus fasciatus, elevando de 40 para 42 espécies de Urocleidoides, e de 7 para 8 espécies de Therodamas. Além disso, a análise filogenética para Copepoda revelou T. longicollum como grupo irmão dos demais membros família Ergasilidae, comprovando pertencer a essa família, e as estimativas de tempo de divergência mostram que essa linhagem divergiu no fim do Cretáceo, há 66,34 milhões de anos. Existe um padrão de distribuição espacial das espécies de copépodes nas brânquias de L. fasciatus, e isso está relacionado principalmente com o tipo de fixação desses parasitos. Ergasilus sp. e T. longicollum têm maior afinidade pelo 1º arco branquial. Porém, em relação as regiões no arco branquial (extremidades ou centro), observou-se que T. longicollum tem maior afinidade com a região central, enquanto Ergasilus foi associado principalmente com as extremidades, e essa afinidade por micro-habitat nas brânquias pode estar relacionada com as diferenças de fluxo de água nas diferentes regiões do órgão respiratório.

  • LISSET ORTIZ ZAMORA
  • DESENVOLVIMENTO E ATIVIDADE LARVICIDA DE UMA NANO-EMULSÃO A BASE DO ÓLEO ESSENCIAL DE Pterodon emarginatus Vogel

  • Orientador : CAIO PINHO FERNANDES
  • Data: 12/05/2022
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  • Os óleos essenciais (OE) associados à nanotecnologia têm sido uma têndencia eco-amigável. Estudos anteriores indicaram a difícil estabilização de nano-emulsões a base do OE extraído de Pterodon emarginatus. Tendo como hipótese que a mudança no par de tensoativos não iônicos forma nano-emulsão a base deste óleo por método de baixo aporte de energia e sem o uso de solventes orgânicos, com considerável incremento de estabilidade cinética, quando obtido um sistema otimizado comparado a sistema coloidal similar relatado previamente e sem prejuízo a sua segurança e bioatividade (expressa pela eficácia larvicida). Nesse contexto, o presente estudo teve como como objetivo desenvolver, caracterizar e avaliar a toxicidade (in vitro e in vivo) do OE dessa espécie através de técnica de baixo aporte de energia e amigável ao meio ambiente. Também foi realizado ensaio larvicida frente a Aedes aegypti, com o intuito de investigar a manutenção do potencial biológico do novo protótipo. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação, utilizando uma extração clássica e analisado por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas. Foram preparadas nano-emulsões usando mistura de tensoativo (s) trioleato de sorbitano e polisorbato 80, sendo diluídas imediatamente após da preparação. Todas as formulações obtidas foram caracterizadas quanto ao tamanho de gotícula e índice de polidispersão. Após a escolha da nano-emulsão otimizada, foram realizadas análises adicionais de estabilidade. Além disso, ensaios de toxicidade in vitro e in vivo também foram realizados para avaliar os riscos potenciais da nano-emulsão otimizada. A atividade larvicida contra a Aedes aegypti foi avaliada in vitro, enquanto o efeito sobre a aceltilcolinesterase foi in silico. A análise por CG-EM revelou que as substâncias mais abundantes foram os sesquiterpenos β-cariofileno (25,90%), germacreno-D (12,07%) e β-elemeno (10,66%), seguidos do α-humuleno (8,87%), δ-cadineno (7,29%) e biciclogermacreno (6,72%). Foi obtida uma nano-emulsão otimizada com tamanho de gotícula em torno de 110 - 130 nm, baixo índice de polidispersão (em torno de 0,14 - 0,20) e alta estabilidade cinética (540 dias de armazenamento). O processo de preparação desta nano-emulsão foi reprodutível, apresentou estabilidade satisfatória em ampla faixa de temperatura (de 25 até 80 ºC). Não foram observadas grandes variações de gotículas em função do fator de diluição. Os estudos de toxicidade mostraram que a nano-emulsão pode ser considerada não tóxica. A nano-emulsão mostrou atividade larvicida estimando-se valores de LC50 e LC90 após 24 h de tratamento de 222,02 μg/mL e 403,822 μg/mL, respectivamente. Após 48 h de exposição, observou-se uma LC50 de 137,051 μg/mL e LC90 de 301,47 μg/mL. Adicionalmente, a nano-emulsão inibiu a emergência dos mosquitos, estimando-se valores de IE50 e IE90 de 173,236 e 237,804 μg/mL, respectivamente. Estudos in silico mostraram que a atividade inseticida pode estar associada a um efeito inibitório do sesquiterperno δ-cadineno sobre a enzima acetilcolinesterase. Os resultados obtidos indicam que a mudança no par de tensoativo teve papel preponderante na estabilização das nanogotículas obtidas por método de baixo aporte de energia, com manutenção da atividade larvicida. Portanto, abre perspectivas para o aproveitamento deste matéria-prima natural em novos produtos alternativos para práticas integradas de controle de vetores.

2021
Descrição
  • MANOÉL DALTRO NUNES GARCIA JUNIOR
  • CARACTERIZAÇÃO DAS ASSEMBLEIAS DE ODONATA NO ESTADO AMAPÁ, BRASIL 

  • Data: 20/12/2021
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  • A ordem Odonata compreende o segundo maior grupo de insetos aquáticos, devido as suas caracteristicas ecofisiológicas, as libélulas são frequemente usadas como bioindicadoras da qualidade ambiental. Os seus representantes estão presentes em praticamente todo o mundo, sendo que, a maior diversidade de espécies é encontrada nas regiões tropicais, onde o Brasil é o país com a maior diversidade conhecida. Mesmo com essa elevada riqueza, ainda há grandes lacunas no conhecimento da ordem em muitos locais do país, incluindo a floresta Amazônica. Entre os estados da região Amazônica, o Amapá figura entre os que apresentam um baixo número de informações acerca da odonatofauna. Portanto, o objetivo do presente trabalho é incrementar o conhecimento da ordem Odonata no Amapá. Para isso, durante os anos de 2018 e 2019 foram realizadas coletas em aproximadamente 30 pontos, distribuidos entre os municípios de Laranjal do Jari, Macapá, Mazagão, Porto Grande e Oiapoque. A partir da identificação dos organismos amostrados, e da elaboração dos trabalhos e foram registradas 90 espécies, distribuídas em 45 gêneros e 10 famílias, sendo adicionados 53 novos registros a odonatofauna do estado. Entre as famílias mais representativas para o Amapá estão Coenagrionidae (n=45) e Libellulidae (n=27) que totalizam aproximadamente 80% das espécies registradas. Já Dicteriadidae, Platystictidae e Polythoridae apresentam para o estado até o momento a ocorrência de uma espécie cada. O estudo ampliou o conhecimento da odonatofauna ocorrente no Amapá, pórem, são necessários novos trabalhos a fim de compreender melhor a distribuição e composição da fauna para o estado.

  • TIAGO SILVA DA COSTA
  • ESTUDOS MOLECULARES DE FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA:PSYCHODIDAE:PHLEBOTOMINAE) DO ESTADO DO AMAPÁ, AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 01/09/2021
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  • O presente estudo visou investigar a subfamília Phlebotominae (Diptera:Psychodidae)
    que são pequenos insetos que tem papel fundamental na transmissão dos
    protozoários do gênero Leishmania Ross (Kinetoplastida: Trypanosomatidae), que
    são os agentes etiológicos da Leishmaniose Tegumentar Americana (ATL) e
    Leishmaniose Visceral (LV) em humanos. As Leishmanioses infectam
    aproximadamente 12 milhões de pessoas ao redor do mundo, com aproximadamente
    600,000 casos novos sendo notificados a cada ano. Estima-se que 90% dos casos de
    ATL ocorram na América Latina (Bolivia, Peru e Brazil) e Midle East (Iran, Saudi
    Arabia, Syria, Afghanistan).No Brasil a ATL é uma doença que requer atenção devido
    o número crescente de casos e pelas características do pais que são propicias ao
    desenvolvimento da doença, como a grande diversidade de flebotomíneos vetores de
    diversas espécies de Leishmania que ocorrem no pais. Atualmente existem
    aproximadamente 1,000 espécies de flebotomíneos descritas no mundo, 530 ocorrem
    nas Américas e aproximadamente 280 espécies já foram encontradas no, dessas pelo
    menos 19 espécies são identificadas como prováveis vetores de importância médica
    e veterinária. Segundo o Notifable Diseases Information System (SINAN), from the
    Ministry of Health, entre 2003 e 2018, foram registrados mais de 300.000 casos de
    ATL, com uma média de 21.158 casos por ano. A ATL é uma grandemente
    negligenciada e o Brasil é o responsável pela maioria dos casos humanos no ocidente.
    Sendo a região Norte do país, onde se localiza o estado do Amapá, a responsável
    pelo maior número de casos no período.O estado do Amapá, localizado na Amazônia
    Oriental, tem condições ambientais que sustentam uma das maiores biodiversidades
    no mundo, que oportunizam o desenvolvimento das relações vetor-hospedeiro e
    consequemente do ciclo das leishmanioses. Até o presente momento há o registro de
    cinco espécies de Leishmania coexistindo na região: Leishmania (Viannia) guyanensis
    Floch 1954, L. (V.) braziliensis Vianna 1911, L. (V.) lainsoni Silveira et al 1987, L. (V.)
    naiffi Laison and Shaw 1989, L. (Leishmania) amazonensis Lainson and Shaw 1972;
    sendo a L. (V.) guyanensis a responsável por 80% dos casos de ATL nesta área/
    Apesar da grande incidência da ATL na região há poucos trabalhos que estudam a
    diversidade da fauna de flebotomíneos e dos protozoários tripanossomatídeos. O
    intuito do presente estudo é caracterizar a fauna de flebotomíneos, assim como asses
    the natural infection por Leishmania spp. numa região endêmica para ATL no estado
    do Amapá (AP), Amazonia Oriental.

  • JÉSSICA CAROLINE EVANGELISTA VILHENA
  • Diatomáceas de praias da Zona Costeira Oceânica do Amapá: considerações metodológicas, caracterização de comunidades e influência de fatores ambientais

  • Data: 25/06/2021
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  • As zonas costeiras têm importância econômica, cultural e alimentar para a humanidade. Além disso, ecossistemas como as praias, mangues e estuários são essenciais para a biodiversidade. Eles enfrentam diversos problemas ambientais, desde turismo exacerbado, urbanização, aquecimento global e poluição por esgoto doméstico, descarte de efluentes industriais e mineração. O sedimento dos ambientes costeiros abrigam comunidades específicas de animais e plantas, dentre estes os microfitobentos são um grupo importante, cujas as diatomáceas ocorrem de forma dominante. As diatomáceas fazem parte da base da cadeia alimentar da teia trófica das zonas costeiras e são protagonistas nos ciclos biogeoquímicos do sílicio, fósforo e carbono. No presente trabalho estudamos a comunidade de diatomáceas e as características abióticas do sedimento da região entre marés de três praias da Zona Costeira Oceânica do Amapá. Mais especificamente, (i) avaliamos o desempenho de oito reagentes para limpeza de diatomáceas em amostras de sedimento da praia do Goiabal; (II) estabelecemos uma linha de base da concentração de elementos traço no sedimento das três praias, avaliando se estes estão em níveis adequados e verificando sua distribuição espacial; e (III) inventariar e caracterizar a comunidade de diatomáceas microfitobentônicas da praia do Goiabal, avaliando quais fatores abióticos influenciam nessa comunidade. Para o objetivo I, testamos combinações de reagentes, pré tratamento e temperaturas, a fim de verificar qual tratamento resulta em maior quantidade de células diatomáceas que atenderam aos critérios necessários para identificação taxonômica (frústulas ou valvas inteiras/metade sem material celular) e maior riqueza e diversidade. Os reagentes influenciaram mais as condições das diatomáceas do que a temperatura e o pré-tratamento. H2O2 (independentemente do pré-tratamento e da temperatura) e de HNO3 (tratamentos com e sem pré-lavagem a 60°C e sem pré-lavagem a 100°C) resultaram em melhores valores dos índices avaliados. O NaClO (sem pré-lavagem a 26°C e com e sem pré-lavagem a 60°C) também apresentou resultados satisfatórios. O uso de H2O2 deve ser preferido por ser mais robusto, i.e. independe de temperatura e pré-tratamento. HNO3 e NaClO devem ser usados apenas com as temperaturas apropriadas, e a pré-lavagem deve ser evitada. Para o objetivo II, coletamos sedimentos de três setores diferentes e cinco níveis de distância da marca da maré alta até a maré baixa, totalizando 15 amostras por praia. A concentração de Mg, Al, P, S, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, As, Br, Rb, Sr, Y, Zr, Cd, Sn, I, Hg, e Pb foi determinada por TXRF. Também caracterizamos a granulometria, quantidade de matéria orgânica e pH dos sedimentos. Para avaliar um possível enriquecimento antropogênico, comparamos os níveis de elementos com os valores da crosta terrestre e calculamos índices de poluição. As três praias apresentam níveis seguros de quase todos os elementos. Apenas Cd e Hg apresentaram valores aumentados em alguns pontos amostrais específicos. O sedimento das praias é constituído por 98% de areia e 1% de matéria orgânica. Para o objetivo III, coletamos amostras de 3 cm3 na superfície do sedimento de 15 pontos amostrais. No laboratório a amostra foi extraída por densidade com o reagente SPT, oxidada com o H2O2 30% por 4 horas a 100°C, lavada e centrifugada para a confecção de lâminas que foram utilizadas na identificação e contagem das diatomáceas. Identificamos 89 espécies/morfoespécies, com riqueza média de 27,9±7,6 por ponto. O número de espécies esteve de acordo com valores encontrados em outras praias e ambientes estuarinos. Entretanto, a riqueza não apresentou padrão espacial e não esteve relacionada às variáveis abióticas analisadas. A composição de espécies também não apresentou padrão espacial, mas esteve relacionada à quantidade de micronutrientes, Ca, e metais tóxicos no sedimento, sendo que estas variáveis representaram 36,2% da variação na composição de espécies. Desta forma, as espécies se distribuiriam de acordo com diferentes tolerâncias à toxicidade e diferentes eficiências na exploração de nutrientes. A maioria das espécies encontradas foram de ambiente salobro e marinho.

  • MARIA DO SOCORRO MIRANDA DE SOUSA
  • Espécies vegetais silvestres que favorecem o controle biológico de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) na Amazônia Oriental

  • Data: 30/05/2021
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  • Esta tese avalia o potencial de Geissospermum argenteum Woodson e Spondias mombin L. como reservatórios de parasitoides de moscas-das-frutas, além de compilar as informações sobre os principais inimigos naturais de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira. Para avaliar o potencial de G. argenteum como planta reservatório, foram alocadas 10 parcelas de 0,5 ha cada, em um remanescente de floresta primária de terra firme no município de Mazagão, Amapá. Todos os indivíduos de G. argenteum com mais de 5 cm de diâmetro a altura de 1.3 m foram inventariados. Para avaliar a produção total de frutos foram selecionadas duas plantas por parcela, nas quais foram instalados coletores, confeccionados com tela tipo sombrite, sob a projeção da copa das plantas. Em campo, os frutos foram contados e pesados, sendo posteriormente transportados para o laboratório para determinação da massa seca. Também foram coletadas amostras de frutos de G. argenteum para avaliar a infestação por moscas-das-frutas e o percentual de parasitismo. Nos 5 ha avaliados foram identificados 394 espécimes de G. argenteum, dos quais apenas 31,97% produziram frutos. A produção variou de 59 a 2.478 frutos por planta. Foram coletadas 59 amostras de frutos de 44 plantas, de onde foram obtidos 7.703 pupários, que deram origem a uma única espécie de mosca-das-frutas, Anastrepha atrigona Hendel (2.166♀ e 2.376♂). O índice médio de infestação foi de 554,9 pupários/kg de fruto (0,4 a 1.628,6 pupários/kg). O percentual médio de parasitismo foi de 2,27% (0,23 a 9,01%), sendo obtidas as seguintes espécies de parasitoides: Doryctobracon adaimei Marinho & Penteado-Dias, Asobara anastrephae (Muesebeck), Doryctobracon areolatus (Szépligeti) e Opius bellus Gahan. Nossos resultados evidenciam que G. argenteum atua como reservatório de parasitoides de moscas-das-frutas, sendo importante a sua conservação nas áreas de ocorrência e sua multiplicação em áreas próximas a pomares comerciais. Para avaliar o potencial de S. mombin como planta reservatório de parasitoides discutimos a importância de seus frutos na manutenção das populações de parasitoides de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira, com base nas amostragens de frutos realizadas no estado do Amapá, Brasil, ao longo de quase duas décadas. Nossa análise coloca em evidência a importância dessa espécie vegetal para o controle biológico de moscas-das-frutas. Por fim, considerando a importância dos parasitoides para a regulação populacional de moscas-das-frutas, também foi realizada uma compilação e atualização das informações sobre as principais espécies de parasitoides (Braconidae e Figitidae) do gênero Anastrepha, com ênfase na riqueza de espécies e sua distribuição geográfica na Amazônia brasileira.

2020
Descrição
  • SAULO MENESES SILVESTRE DE SOUSA
  • Conservação do guariba-de-mãos-ruivas nas savanas do Amapá: Pressão de caça e preditores de ocorrência da espécie em manchas florestais

  • Orientador : JOSE JULIO DE TOLEDO
  • Data: 17/12/2020
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  • O guariba-de-mãos-ruivas, Alouatta belzebul, é um primata ameaçado principalmente pela perda de habitat e caça. A espécie ocorre na Mata Atlântica e na Amazônia. Entretanto, o grau de devastação da Mata Atlântica e o avanço do desmatamento na região de ocorrência da espécie na Amazônia ao Sul do rio Amazonas tornam o Amapá – estado mais preservado da Amazônia brasileira – um refúgio para esse primata. Contudo, pouco se sabe sobre A. belzebul no Amapá, além da sua região de ocorrência, que coincide com a área mais populosa e menos protegida do estado. Boa parte dessa região é composta por áreas de savanas, que têm sido ameaçadas pela expansão de plantações de soja e onde diversas comunidades rurais praticam caça de subsistência. Este trabalho caracterizou a caça de subsistência nas comunidades rurais da região de ocorrência de A. belzebul nas savanas do Amapá, assim como a influência de características da vegetação sobre a ocorrência desse primata nas manchas florestais da região. Nós usamos dados de entrevistas e do monitoramento da caça de moradores da região para criar uma lista das espécies caçadas, estimar a importância relativa de cada espécie, e investigar a influência de variáveis ambientais e socioeconômicas sobre as atividades e perfis de caça nas comunidades locais. Também levantamos a ocorrência de A. belzebul em manchas de floresta através de entrevistas confirmadas por playback, e amostramos a estrutura da vegetação (abertura do dossel, diâmetro das árvores, densidade de palmeiras de áreas alagáveis) em transectos e a altura da vegetação e tamanho das manchas com imagens de satélite para avaliar o efeito dessas variáveis à ocorrência desse primata. A cobertura de floresta tem um efeito positivo sobre a prevalência de caçadores e a caça é mais frequente perto de centros urbanos e longe de rios. Isso sugere que o acesso a fontes alternativas de proteína animal tende a reduzir a frequência de caça, enquanto a demanda por carne de caça vindas de centros urbanos tem o efeito oposto. Apesar de uma riqueza alta de espécies serem caçadas na região, a caça de subsistência local é concentrada em poucas espécies – cinco espécies representam ~53% dos animais caçados. Embora A. belzebul seja o primata mais caçado da região (48% dos registros), primatas são um alvo secundário de caça, representando ~5% do total de animais caçados. Assim, programas de educação ambiental podem ter sucesso em redirecionar a caça de A. belzebul para alvos mais resilientes e apreciados na região. A probabilidade de ocorrência de A. belzebul em manchas de floresta tem uma relação positiva com a área da mancha e com a densidade de palmeiras de áreas alagadas, o que é importante para a seleção de áreas para proteção. A criação de áreas protegidas tem o potencial de proteger as populações de A. belzebul assim como de aumentar a resiliência de populações de outras espécies caçadas, o que potencializaria a sustentabilidade da caça na região.

  • BAYRON RAFAEL CALLE RENDON
  • Efeitos da paisagem sobre os primatas neotropicais na escala continental e regional: identificando áreas prioritárias para sua conservação

  • Data: 29/06/2020
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  • e

2019
Descrição
  • RICARDO MARCELO DOS ANJOS FERREIRA
  • Avaliação da atividade larvicida de nanoemulsões contendo óleos essenciais em Aedes aegypti Linnaeus e Culex quinquefasciatus Say (Diptera: Culicidae)

  • Orientador : CAIO PINHO FERNANDES
  • Data: 31/10/2019
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  • MARIA DANIELLE FIGUEIREDO GUIMARÃES HOSHINO
  • Dietas imunoestimulantes e seus efeitos nos parâmetros de crescimento, hemato-imunológicos e bioquímicos de alevinos de Arapaima gigas Schinz, 1822 (Arapaimidae)

  • Data: 28/02/2019
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  • MÁRCIA KELLY REIS DIAS GRIGÓRIO
  • Efeitos de imunoestimulantes no desempenho, fisiologia e imunidade de alevinos de Arapaima gigas  SCHINZ, 1822 (Arapaimidae)

  • Data: 29/01/2019
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2018
Descrição
  • ARIALDO MARTINS DA SILVEIRA JUNIOR
  • Bioprospecção de Scenedesmus obliquus (CHLOROPHYCEAE): Cultivo e avaliação dos efeitos na suplementação alimentar e imunoestimulação em alevinos de Arapaima gigas (ARAPAIMIDAE)

  • Orientador : ALAN CAVALCANTI DA CUNHA
  • Data: 28/11/2018
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  • Silveira Júnior, Arialdo Martins. Bioprospecção de Scenedesmus obliquus (Chlorophyceae): cultivo e avaliação dos efeitos na suplementação alimentar e imunoestimulação em alevinos de Arapaima gigas (Arapaimidae). Macapá, 2018. Tese (Doutorado em Biodiversidade Tropical) – Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Tropical–Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - Universidade Federal do Amapá.
    A bioprospecção de microalgas ganhou destaque nas últimas décadas, principalmente pela possibilidade de colheita, secagem e extração de sua biomassa e subsequentes usos, incluindo-se a suplementação dietética de peixes em sistemas intensivos de criação. Este estudo buscou isolar e cultivar a microalga Scenedesmus obliquus (Kützing, 1833) para avaliar o seu potencial bioprospectivo na suplementação alimentar e na imunoestimulação de Arapaima gigas (Schinz, 1822) submetidos à estresse de manejo. Buscou, também, a partir de uma ampla revisão de dados da literatura, avaliar o potencial bioprospectivo das microalgas como suplemento alimentar e imunoestimulante na aquicultura mundial e regional, com destaque para a Amazônia brasileira. Um planejamento fatorial Box-Behnken de três níveis e três variáveis foi, então, delineado para verificar a influência da temperatura, pH e concentração de NPK na cinética de crescimento e produtividade de S. obliquus. Posteriormente, dietas contendo diferentes concentrações de biomassa desta microalga foram preparadas para avaliar seus efeitos sobre os parâmetros de crescimento, hemato-imunológicos e em respostas enzimáticas (antioxidantes e digestivas) de A. gigas. Assim, através da revisão de dados da literatura, foram descritos inúmeros efeitos da substituição e/ou complementação dietética de microalgas na dieta de peixes, moluscos e crustáceos, relatados em estudos desenvolvidos na última década (2005-2017). No entanto, em um panorama regional, evidenciamos lacunas técnico-científicas consideráveis neste setor, apesar da evidente potencialidade do cultivo e bioprospecção de microalgas na Amazônia brasileira. Foi constatado, também, através de um modelo logístico de crescimento que o cultivo de S. obliquus apresenta um comportamento cinético de primeira ordem (0,65 ≤ r2 ≤ 0,99). Além disso, o crescimento e produtividade microalgal foram otimizados com base em parâmetros físico-químicos associados ao controle da
    temperatura e concentração dos fertilizantes inorgânicos (NPK) padronizados para a cultura microalgal. A biomassa de S. obliquus quando incorporada na dieta de A. gigas mostrou efeitos significativos sobre o ganho de peso nos peixes após 30 dias de alimentação. Além disso, a contagem de leucócitos, neutrófilos e PAS-GL foi, significativamente, maior nos peixes alimentados com microalgas. O nível de colesterol plasmático diminuiu nos peixes alimentados com S. obliquus submetidos ao estresse de manejo. Houve um aumento no número de fagócitos nos peixes suplementados com S. obliquus após o estresse. A suplementação com microalgas promoveu, ainda, o aumento na resposta de enzimas antioxidantes, como catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx) e glutationa S-transferase (GST) nos peixes após 30 dias de dieta. Promoveu, também, efeitos sobre a atividade da tripsina, assim como o aumento da lipase em peixes desafiados com o estresse de manejo. Em conclusão, o cultivo de S. obliquus apresentou característica cinética de crescimento replicável por modelos logísticos similares, com elevado potencial de aplicação para estudos bioprospectivos futuros. Sugerimos que a inclusão de S. obliquus (>12 g/kg) na dieta de A. gigas é promissora sobre parâmetros hemato-imunológicos e em respostas de enzimas antioxidantes e digestivas, denotando em maior resistência aos peixes submetidos ao estresse. Estes dados são importantes para otimizar o desenvolvimento e a manutenção da aquicultura de A. gigas, além de evidenciar as potencialidades do uso bioprospectivo de espécies de microalgas da biodiversidade amazônica.

  • ERICO EMED KAUANO
  • Áreas protegidas na Amazônia brasileira: atividades ilegais, eficiência de gestão e desenvolvimento local.

  • Data: 13/11/2018
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  • ZENAIDE PALHETA MIRANDA
  • Subsídios ao manejo e modelagem da dinâmica de populações de Mora paraensis em florestas do estuário do rio Amazonas.

  • Data: 15/02/2018
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2017
Descrição
  • ELDO SILVA DOS SANTOS
  • ALTERAÇÕES GEOMORFOLÓGICAS NO BAIXO RIO ARAGUARI E SEUS IMPACTOS NA HIDRODINÂMICA E NA QUALIDADE DA ÁGUA

  • Data: 02/10/2017
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  • Neste trabalho foram apresentandos dois processos que vêm ocorrendo na região do baixo Rio
    Araguari, próximo à sua foz. No primeiro, devido à erosão progressiva do novo Canal de
    Urucurituba, o rio Amazonas capturou recentemente quase toda a vazão do baixo rio Araguari
    (Amapá-AP, Brasil), que anteriormente fluíam diretamente para o Oceano Atlântico. No
    segundo, o comportamento não esperado da circulação lateral em uma seção localizada em
    curva próxima à confluência com o Igarapé Tabaco. As mudanças geomorfológicas recentes
    apresentadas na primeira parte causaram fortes impactos na paisagem e padrões hidrodinâmicos
    perto da foz do rio Araguari, especialmente por alterar o sistema de drenagem fluvial e a
    qualidade da água. Imagens Landsat foram utilizadas para avaliar a morfodinâmica da paisagem
    estuarina, em particular a expansão do Canal Urucurituba, a 80 km da foz do rio Araguari, que
    o conecta com o rio Amazonas. Os resultados sugerem que o Urucurituba se desenvolveu a
    partir do delta da Amazônas, talvez seja a primeira observação do desenvolvimento de rede
    distributária estuarina pela erosão do canal em direção à cabeceira. A taxa de aumento da
    largura do canal Urucurituba foi de aproximadamente 5 m / mês desde 2011, ampliando
    significativamente a capacidade de drenagem do canal. Também foram feitas medições
    hidrodinâmicas in situ e analisados 17 parâmetros de qualidade da água. O fluxo estuarino do
    rio Araguari foi reduzido em até 98%, com mudanças significativas na descarga líquida
    registrada em 3 estações de monitoramento. Foram observadas diferenças estatisticamente
    significativas na qualidade da água (p <0,05) entre 2011 e 2015, associadas à mudança no
    padrão de fluxo. Mais importante ainda, as concentrações de salinidade estuarina e sólidos
    aumentaram. No geral, demonstramos mudanças significativas na paisagem, hidrodinâmica e
    qualidade da água do baixo rio Araguari. Na segunda parte, discute-se a circulação lateral (CL)
    em curva específica do rio como um dos principais fatores hidrodinâmicos que interferem na
    morfologia e afetam a distribuição espacial de organismos aquáticos e constituintes da
    qualidade da água. O objetivo foi avaliar o comportamento da CL associada a fatores
    hidrodinâmicos como a curvatura e geometria do canal, parâmetros são relevantes para os
    processos de mistura vertical/lateral, interferindo na qualidade da água. Não foi observado o
    padrão helicoidal esperado de CL. Na maré vazante, as linhas de corrente ocorreram da margem
    externa para a interna e da superfície para o fundo. Na maré enchente, ocorreu um padrão
    oposto, com o fluxo secundário fluindo da margem interna para a externa e descendente.
    Ocorreram estratificações em pelo menos um dos quatro parâmetros medidos de qualidade da
    água (T, TDS, Sal e OD) nos períodos intermediários entre as estações seca e cheia, enquanto
    a foz do Rio Araguari estava conectada com o Oceano Atlântico. Após o fechamento da foz,
    não foi observada estratificação nos parâmetros analisados. As seguintes hipóteses foram
    testadas: a) a CL está correlacionada com parâmetros da qualidade da água (T, TDS, Sal e OD),
    b) fatores físicos (curvatura, expansão, fases das marés e sazonalidade) podem inibir a formação
    do padrão esperado de escoamento para meandros de rios, c) ocorreu a estratificação de alguns
    parâmetros de qualidade da água, mas condicionada às fases específicas dos ciclos semidiurnos
    das marés. Foram relevantes para o comportamento atípico do escoamento (1) a estratificação de parâmetros da qualidade da água (2) a presença de um afluente próximo da seção-chave (3)

    a expansão da largura do rio, (4) a inversão de fluxo devido à da maré.

2016
Descrição
  • ANTONIO FERREIRA DE OLIVEIRA
  • Estudo de biofilmes de kefir obtidos em diferentes substratos e suas interações com extratos de açai (Euterpe oleracea Martius) e de gérmen de soja (Glycine Max (L.) Merril)

  • Orientador : JOSE CARLOS TAVARES CARVALHO
  • Data: 26/08/2016
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  • O kefir é um probiótico composto por microrganismos que vivem em simbiose principalmente Lactobacillus e leveduras. O objetivo deste estudo foi padronizar a produção de biofilmes de kefir em solução de açúcar mascavo, açúcar branco e aferir suas interações com extrato de açaí e de gérmen de soja. Para tanto os grãos de kefir foram inoculados em meio de cultura com diferentes concentrações açúcar mascavo (AM) e açúcar branco (AB). Após 20 dias, foram aferidas as biomassas dos biofilmes formados. Foi também determinada a composição de macro e microelementos dos biofilmes e sua estrutura foi analisada usando microscopia ótica, microscopia de força atômica (AFM) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A concentração necessária de substrato para formação de biofilme com o açúcar mascavo foi de 40 g/L e a concentração grãos de kefir foi de 20 g/L. Com relação ao açúcar branco a melhor concentração de substrato foi de 20 g/L e a concentração de grãos de kefir foi de 20 g/L. Quanto a composição de macro e microelementos dos biofilmes de kefir a concentração de Fe++ foi de 2,725 mg/L em AM e 1,570 mg/L em AB. O Ca++ foi maior nos biofilmes formados em AB (2,150 mg/L) do que nos formados em AM (0,550 mg/L). A análise por AFM revelou diferença de rugosidade à medida que se aumentou a concentração de grãos de kefir no meio e a microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostrou a estrutura do biofilme bem como a adesão de bactérias às hifas. Para se obter biofilmes de kefir com extrato de açaí (EHEEo) diferentes concentrações de EHEEo, de grãos de kefir e açúcar mascavo foram testadas. Após 20 dias foi aferida a biomassa dos biofilmes e analisada a estrutura desses biofilmes através AFM e MEV. Buscou-se confirmar a incorporação de antocianinas nestes biofilmes, a composição de macro e microelementos e a rugosidade (RMS) com o uso de AFM. Procedeu-se a dosagem de antocianinas tanto nos biofilmes como no meio. A melhor concentração de açúcar mascavo para a formação de biofilme foi de 40 g/L com 100 mL de EHEEo (12,62+/-0,1626). de fungos. As antocianinas se mostraram estáveis em biofilmes por pelo menos 26 meses (18 µg/100g). Diferentes concentrações de grãos de kefir e de gérmen de soja foram cultivados em meio de cultura com solução de açúcar mascavo (40g/L) por 20 dias quando os biofilmes foram retirados e as isoflavonas foram extraídas dos biofilmes e quantificadas através de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A melhor concentração de grãos de kefir foi 40 g/L com 20 g/L de gérmen de soja e o doseamento de isoflavonas foi de 18 µg/L para gliciteína e para genisteína 22 µg/L. A análise por AFM revelou uniformidade da rugosidade à medida que se aumentou a concentração de gérmen de soja no meio e a microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostrou a partículas adesivadas hifas e a estrutura do biofilme. A fusão das propriedades do kefir com compostos bioativos abre um potencial de aplicação terapeutica considerável.

  • ANTONIO FERREIRA DE OLIVEIRA
  • Estudo de biofilmes de kefir obtidos em diferentes substratos e suas interações com extratos de açai (Euterpe oleracea Martius) e de gérmen de soja (Glycine Max (L.) Merril)

  • Orientador : JOSE CARLOS TAVARES CARVALHO
  • Data: 26/08/2016
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  • O kefir é um probiótico composto por microrganismos que vivem em simbiose principalmente Lactobacillus e leveduras. O objetivo deste estudo foi padronizar a produção de biofilmes de kefir em solução de açúcar mascavo, açúcar branco e aferir suas interações com extrato de açaí e de gérmen de soja. Para tanto os grãos de kefir foram inoculados em meio de cultura com diferentes concentrações açúcar mascavo (AM) e açúcar branco (AB). Após 20 dias, foram aferidas as biomassas dos biofilmes formados. Foi também determinada a composição de macro e microelementos dos biofilmes e sua estrutura foi analisada usando microscopia ótica, microscopia de força atômica (AFM) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A concentração necessária de substrato para formação de biofilme com o açúcar mascavo foi de 40 g/L e a concentração grãos de kefir foi de 20 g/L. Com relação ao açúcar branco a melhor concentração de substrato foi de 20 g/L e a concentração de grãos de kefir foi de 20 g/L. Quanto a composição de macro e microelementos dos biofilmes de kefir a concentração de Fe++ foi de 2,725 mg/L em AM e 1,570 mg/L em AB. O Ca++ foi maior nos biofilmes formados em AB (2,150 mg/L) do que nos formados em AM (0,550 mg/L). A análise por AFM revelou diferença de rugosidade à medida que se aumentou a concentração de grãos de kefir no meio e a microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostrou a estrutura do biofilme bem como a adesão de bactérias às hifas. Para se obter biofilmes de kefir com extrato de açaí (EHEEo) diferentes concentrações de EHEEo, de grãos de kefir e açúcar mascavo foram testadas. Após 20 dias foi aferida a biomassa dos biofilmes e analisada a estrutura desses biofilmes através AFM e MEV. Buscou-se confirmar a incorporação de antocianinas nestes biofilmes, a composição de macro e microelementos e a rugosidade (RMS) com o uso de AFM. Procedeu-se a dosagem de antocianinas tanto nos biofilmes como no meio. A melhor concentração de açúcar mascavo para a formação de biofilme foi de 40 g/L com 100 mL de EHEEo (12,62+/-0,1626). de fungos. As antocianinas se mostraram estáveis em biofilmes por pelo menos 26 meses (18 µg/100g). Diferentes concentrações de grãos de kefir e de gérmen de soja foram cultivados em meio de cultura com solução de açúcar mascavo (40g/L) por 20 dias quando os biofilmes foram retirados e as isoflavonas foram extraídas dos biofilmes e quantificadas através de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A melhor concentração de grãos de kefir foi 40 g/L com 20 g/L de gérmen de soja e o doseamento de isoflavonas foi de 18 µg/L para gliciteína e para genisteína 22 µg/L. A análise por AFM revelou uniformidade da rugosidade à medida que se aumentou a concentração de gérmen de soja no meio e a microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostrou a partículas adesivadas hifas e a estrutura do biofilme. A fusão das propriedades do kefir com compostos bioativos abre um potencial de aplicação terapeutica considerável.

2012
Descrição
  • DANIEL GONÇALVES DAS NEVES
  • INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA SAZONAL
    DO ESTADO DO AMAPÁ: UM ESTUDO DE SENSIBILIDADE CLIMÁTICA

  • Data: 22/03/2012
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  • Este trabalho teve como objetivo calibrar e validar o modelo numérico climático regional
    (RegCM3) para o Estado do Amapá, visando a melhoria de sua capacidade preditiva sazonal
    em escala climático-regional e investigar as interações do clima com a vegetação para o
    Estado do Amapá. Foram realizadas 104 simulações numéricas de alta resolução para estação
    chuvosa (dezembro a maio) e seca (junho a novembro), no período de 1998 a 2010 utilizando
    os esquemas convectivos Grell e MIT. No processo de calibração do modelo foi realizada a
    substituição de parâmetros de vegetação originalmente existentes no esquema de superfície
    BATS (Biosphere Atmosphere Transfer Scheme) do RegCM3 por parâmetros de superfície de
    vegetação baseados no mapa de vegetação do Brasil (IBGE). Os resultados obtidos
    mostraram que o modelo captura o padrão da distribuição espacial de precipitação. Porém,
    apresentou uma subestimativa na intensidade de precipitação nos quatro trimestres em todo o
    período estudado. Verificou-se que a simulação com RegCM3/MIT_Mod previu melhor a
    precipitação sazonal, principalmente na região litorânea, para os quatro trimestres de todo os
    anos estudados. Na avaliação objetiva o RegCM3/MIT_Mod apresentou expansão das áreas de
    aumento da intensidade da precipitação em quase todos os trimestres, exceto no último. Os
    viéses foram predominantemente seco em quase todos os trimestres dos anos chuvosos e secos.
    Nas áreas norte, centro e sul, o modelo apresenta uma subestimativa de precipitação no primeiro
    e segundo trimestres e no terceiro e quarto trimestres esse padrão tende a superestimar contudo
    com maior correlação para MIT_Mod. Uma ANOVA de dupla entrada acusou diferenças
    significativas entre as médias de precipitação, tanto em relação à sazonalidade quanto entre os
    tratamentos (Modelos). Nos casos em que as diferenças foram significativas, foi aplicado o
    método de Tukey em que o TRMM normalmente se diferenciava dos modelos MIT e
    MIT_Mod. Concluimos que, apesar de ser observada uma tendência de melhor ajuste do MITMod
    em relação aos dados observados (TRMM), estas não foram significativas para todas as
    regiões (centro, norte e sul) onde foram substituídas as parametrizações da vegetação e também
    em todos os períodos sazonais (DJF, MAM, JJA e SON). Estes resultados são úteis na
    elaboração de cenários mais confiáveis de interação clima-vegetação e para subsidiar a
    gestão e a conservação da biodiversidade tropical no Estado.

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