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MANOÉL DALTRO NUNES GARCIA JUNIOR
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CARACTERIZAÇÃO DAS ASSEMBLEIAS DE ODONATA NO ESTADO AMAPÁ, BRASIL
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Data: 20/12/2021
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A ordem Odonata compreende o segundo maior grupo de insetos aquáticos, devido as suas caracteristicas ecofisiológicas, as libélulas são frequemente usadas como bioindicadoras da qualidade ambiental. Os seus representantes estão presentes em praticamente todo o mundo, sendo que, a maior diversidade de espécies é encontrada nas regiões tropicais, onde o Brasil é o país com a maior diversidade conhecida. Mesmo com essa elevada riqueza, ainda há grandes lacunas no conhecimento da ordem em muitos locais do país, incluindo a floresta Amazônica. Entre os estados da região Amazônica, o Amapá figura entre os que apresentam um baixo número de informações acerca da odonatofauna. Portanto, o objetivo do presente trabalho é incrementar o conhecimento da ordem Odonata no Amapá. Para isso, durante os anos de 2018 e 2019 foram realizadas coletas em aproximadamente 30 pontos, distribuidos entre os municípios de Laranjal do Jari, Macapá, Mazagão, Porto Grande e Oiapoque. A partir da identificação dos organismos amostrados, e da elaboração dos trabalhos e foram registradas 90 espécies, distribuídas em 45 gêneros e 10 famílias, sendo adicionados 53 novos registros a odonatofauna do estado. Entre as famílias mais representativas para o Amapá estão Coenagrionidae (n=45) e Libellulidae (n=27) que totalizam aproximadamente 80% das espécies registradas. Já Dicteriadidae, Platystictidae e Polythoridae apresentam para o estado até o momento a ocorrência de uma espécie cada. O estudo ampliou o conhecimento da odonatofauna ocorrente no Amapá, pórem, são necessários novos trabalhos a fim de compreender melhor a distribuição e composição da fauna para o estado.
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TIAGO SILVA DA COSTA
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ESTUDOS MOLECULARES DE FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA:PSYCHODIDAE:PHLEBOTOMINAE) DO ESTADO DO AMAPÁ, AMAZÔNIA ORIENTAL
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Data: 01/09/2021
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O presente estudo visou investigar a subfamília Phlebotominae (Diptera:Psychodidae) que são pequenos insetos que tem papel fundamental na transmissão dos protozoários do gênero Leishmania Ross (Kinetoplastida: Trypanosomatidae), que são os agentes etiológicos da Leishmaniose Tegumentar Americana (ATL) e Leishmaniose Visceral (LV) em humanos. As Leishmanioses infectam aproximadamente 12 milhões de pessoas ao redor do mundo, com aproximadamente 600,000 casos novos sendo notificados a cada ano. Estima-se que 90% dos casos de ATL ocorram na América Latina (Bolivia, Peru e Brazil) e Midle East (Iran, Saudi Arabia, Syria, Afghanistan).No Brasil a ATL é uma doença que requer atenção devido o número crescente de casos e pelas características do pais que são propicias ao desenvolvimento da doença, como a grande diversidade de flebotomíneos vetores de diversas espécies de Leishmania que ocorrem no pais. Atualmente existem aproximadamente 1,000 espécies de flebotomíneos descritas no mundo, 530 ocorrem nas Américas e aproximadamente 280 espécies já foram encontradas no, dessas pelo menos 19 espécies são identificadas como prováveis vetores de importância médica e veterinária. Segundo o Notifable Diseases Information System (SINAN), from the Ministry of Health, entre 2003 e 2018, foram registrados mais de 300.000 casos de ATL, com uma média de 21.158 casos por ano. A ATL é uma grandemente negligenciada e o Brasil é o responsável pela maioria dos casos humanos no ocidente. Sendo a região Norte do país, onde se localiza o estado do Amapá, a responsável pelo maior número de casos no período.O estado do Amapá, localizado na Amazônia Oriental, tem condições ambientais que sustentam uma das maiores biodiversidades no mundo, que oportunizam o desenvolvimento das relações vetor-hospedeiro e consequemente do ciclo das leishmanioses. Até o presente momento há o registro de cinco espécies de Leishmania coexistindo na região: Leishmania (Viannia) guyanensis Floch 1954, L. (V.) braziliensis Vianna 1911, L. (V.) lainsoni Silveira et al 1987, L. (V.) naiffi Laison and Shaw 1989, L. (Leishmania) amazonensis Lainson and Shaw 1972; sendo a L. (V.) guyanensis a responsável por 80% dos casos de ATL nesta área/ Apesar da grande incidência da ATL na região há poucos trabalhos que estudam a diversidade da fauna de flebotomíneos e dos protozoários tripanossomatídeos. O intuito do presente estudo é caracterizar a fauna de flebotomíneos, assim como asses the natural infection por Leishmania spp. numa região endêmica para ATL no estado do Amapá (AP), Amazonia Oriental.
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JÉSSICA CAROLINE EVANGELISTA VILHENA
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Diatomáceas de praias da Zona Costeira Oceânica do Amapá: considerações metodológicas, caracterização de comunidades e influência de fatores ambientais
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Data: 25/06/2021
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As zonas costeiras têm importância econômica, cultural e alimentar para a humanidade. Além disso, ecossistemas como as praias, mangues e estuários são essenciais para a biodiversidade. Eles enfrentam diversos problemas ambientais, desde turismo exacerbado, urbanização, aquecimento global e poluição por esgoto doméstico, descarte de efluentes industriais e mineração. O sedimento dos ambientes costeiros abrigam comunidades específicas de animais e plantas, dentre estes os microfitobentos são um grupo importante, cujas as diatomáceas ocorrem de forma dominante. As diatomáceas fazem parte da base da cadeia alimentar da teia trófica das zonas costeiras e são protagonistas nos ciclos biogeoquímicos do sílicio, fósforo e carbono. No presente trabalho estudamos a comunidade de diatomáceas e as características abióticas do sedimento da região entre marés de três praias da Zona Costeira Oceânica do Amapá. Mais especificamente, (i) avaliamos o desempenho de oito reagentes para limpeza de diatomáceas em amostras de sedimento da praia do Goiabal; (II) estabelecemos uma linha de base da concentração de elementos traço no sedimento das três praias, avaliando se estes estão em níveis adequados e verificando sua distribuição espacial; e (III) inventariar e caracterizar a comunidade de diatomáceas microfitobentônicas da praia do Goiabal, avaliando quais fatores abióticos influenciam nessa comunidade. Para o objetivo I, testamos combinações de reagentes, pré tratamento e temperaturas, a fim de verificar qual tratamento resulta em maior quantidade de células diatomáceas que atenderam aos critérios necessários para identificação taxonômica (frústulas ou valvas inteiras/metade sem material celular) e maior riqueza e diversidade. Os reagentes influenciaram mais as condições das diatomáceas do que a temperatura e o pré-tratamento. H2O2 (independentemente do pré-tratamento e da temperatura) e de HNO3 (tratamentos com e sem pré-lavagem a 60°C e sem pré-lavagem a 100°C) resultaram em melhores valores dos índices avaliados. O NaClO (sem pré-lavagem a 26°C e com e sem pré-lavagem a 60°C) também apresentou resultados satisfatórios. O uso de H2O2 deve ser preferido por ser mais robusto, i.e. independe de temperatura e pré-tratamento. HNO3 e NaClO devem ser usados apenas com as temperaturas apropriadas, e a pré-lavagem deve ser evitada. Para o objetivo II, coletamos sedimentos de três setores diferentes e cinco níveis de distância da marca da maré alta até a maré baixa, totalizando 15 amostras por praia. A concentração de Mg, Al, P, S, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, As, Br, Rb, Sr, Y, Zr, Cd, Sn, I, Hg, e Pb foi determinada por TXRF. Também caracterizamos a granulometria, quantidade de matéria orgânica e pH dos sedimentos. Para avaliar um possível enriquecimento antropogênico, comparamos os níveis de elementos com os valores da crosta terrestre e calculamos índices de poluição. As três praias apresentam níveis seguros de quase todos os elementos. Apenas Cd e Hg apresentaram valores aumentados em alguns pontos amostrais específicos. O sedimento das praias é constituído por 98% de areia e 1% de matéria orgânica. Para o objetivo III, coletamos amostras de 3 cm3 na superfície do sedimento de 15 pontos amostrais. No laboratório a amostra foi extraída por densidade com o reagente SPT, oxidada com o H2O2 30% por 4 horas a 100°C, lavada e centrifugada para a confecção de lâminas que foram utilizadas na identificação e contagem das diatomáceas. Identificamos 89 espécies/morfoespécies, com riqueza média de 27,9±7,6 por ponto. O número de espécies esteve de acordo com valores encontrados em outras praias e ambientes estuarinos. Entretanto, a riqueza não apresentou padrão espacial e não esteve relacionada às variáveis abióticas analisadas. A composição de espécies também não apresentou padrão espacial, mas esteve relacionada à quantidade de micronutrientes, Ca, e metais tóxicos no sedimento, sendo que estas variáveis representaram 36,2% da variação na composição de espécies. Desta forma, as espécies se distribuiriam de acordo com diferentes tolerâncias à toxicidade e diferentes eficiências na exploração de nutrientes. A maioria das espécies encontradas foram de ambiente salobro e marinho.
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MARIA DO SOCORRO MIRANDA DE SOUSA
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Espécies vegetais silvestres que favorecem o controle biológico de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) na Amazônia Oriental
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Data: 30/05/2021
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Esta tese avalia o potencial de Geissospermum argenteum Woodson e Spondias mombin L. como reservatórios de parasitoides de moscas-das-frutas, além de compilar as informações sobre os principais inimigos naturais de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira. Para avaliar o potencial de G. argenteum como planta reservatório, foram alocadas 10 parcelas de 0,5 ha cada, em um remanescente de floresta primária de terra firme no município de Mazagão, Amapá. Todos os indivíduos de G. argenteum com mais de 5 cm de diâmetro a altura de 1.3 m foram inventariados. Para avaliar a produção total de frutos foram selecionadas duas plantas por parcela, nas quais foram instalados coletores, confeccionados com tela tipo sombrite, sob a projeção da copa das plantas. Em campo, os frutos foram contados e pesados, sendo posteriormente transportados para o laboratório para determinação da massa seca. Também foram coletadas amostras de frutos de G. argenteum para avaliar a infestação por moscas-das-frutas e o percentual de parasitismo. Nos 5 ha avaliados foram identificados 394 espécimes de G. argenteum, dos quais apenas 31,97% produziram frutos. A produção variou de 59 a 2.478 frutos por planta. Foram coletadas 59 amostras de frutos de 44 plantas, de onde foram obtidos 7.703 pupários, que deram origem a uma única espécie de mosca-das-frutas, Anastrepha atrigona Hendel (2.166♀ e 2.376♂). O índice médio de infestação foi de 554,9 pupários/kg de fruto (0,4 a 1.628,6 pupários/kg). O percentual médio de parasitismo foi de 2,27% (0,23 a 9,01%), sendo obtidas as seguintes espécies de parasitoides: Doryctobracon adaimei Marinho & Penteado-Dias, Asobara anastrephae (Muesebeck), Doryctobracon areolatus (Szépligeti) e Opius bellus Gahan. Nossos resultados evidenciam que G. argenteum atua como reservatório de parasitoides de moscas-das-frutas, sendo importante a sua conservação nas áreas de ocorrência e sua multiplicação em áreas próximas a pomares comerciais. Para avaliar o potencial de S. mombin como planta reservatório de parasitoides discutimos a importância de seus frutos na manutenção das populações de parasitoides de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira, com base nas amostragens de frutos realizadas no estado do Amapá, Brasil, ao longo de quase duas décadas. Nossa análise coloca em evidência a importância dessa espécie vegetal para o controle biológico de moscas-das-frutas. Por fim, considerando a importância dos parasitoides para a regulação populacional de moscas-das-frutas, também foi realizada uma compilação e atualização das informações sobre as principais espécies de parasitoides (Braconidae e Figitidae) do gênero Anastrepha, com ênfase na riqueza de espécies e sua distribuição geográfica na Amazônia brasileira.
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