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Descrição |
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WAGNER AMANAJÁS CARDOSO
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Parasitos do Filo Apicomplexa em Hoplias aimara (Valenciennes, 1847) de vida livre da Amazônia Oriental
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Data: 01/09/2021
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O Filo Apicomplexa compreende uma vasta gama de parasitos com algumas espécies de interesse médico e médico veterinário. Apesar de sua grande importância pouco se sabe sobre sua ocorrência em animais silvestres, sobretudo em peixes, menos ainda sobre a sua importância ecológica e evolutiva e sobre aspectos relacionados à sua biodiversidade e relações filogenéticas. Dessa forma, utilizando análise morfológica e molecular concentramos esforços para identificar a presença de hemogregarinas e de coccídios extra-intestinais em trairões, Hoplias aimara (Valenciennes, 1847), dos rios e lagos do estado do Amapá, Brasil. Caracteres morfológicos, morfométricos e filogenéticos baseados em sequências parciais do gene 18S rRNA foram utilizados para identificar esses organismos. No capítulo 1 parasitos do gênero Hepatozoon foram encontrados na forma de cistos com cistozoítos no fígado de Hoplias aimara (Valenciennes, 1847) não foi observado outros estágios sanguíneos no peixe. Os achados comprovam a circulação destes parasitos nestes vertebrados, que provavelmente comportam-se como hospedeiros paratênicos no ambiente natural. Os resultados da análise filogenética baseada em um fragmento do gene 18S rRNA sugere a ocorrência de uma potencial nova espécie de Hepatozoon, filogeneticamente relacionada a Hepatozoon caimani.
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GLAUCIELE CRISTINA FERREIRA DA SILVA
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Orientador : LUCIO ANDRE VIANA DIAS
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Data: 01/09/2021
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EZEQUIEL BARBOSA DA SILVA
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Modelagem e simulação de processos hidrocóricos sob influência hidrodinâmica em zonas ripárias da Amazônia Oriental
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Orientador : ALAN CAVALCANTI DA CUNHA
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Data: 31/08/2021
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Esta pesquisa é parte do Projeto rede Ripária e busca compreeender o processo de dispersão da espécie Macrolobium bifolium por meio de experimentação e simulações para compreeender seu papel na importancia da conservação no contexto do pulso de inundação. A área de estudo abrangem zonas ripárias da Floresta nacional do Amapá com um total de 25 km onde foram coletados dados de batimetria, leitura de vazão e coletas de frutos para medições biométricas. Estes dados foram usados na calibração do modelo numérico para simulação da dispersão de frutos da espécie Macrolobium bifolium. Contudo, nosso experimentos de dispersão e simulação se concentraram em 10 km de toda a extensão do projeto. O pulso hidrológico máximo de período chuvoso representa também as condições de máximas velocidades do escoamento natural com adaptações notáveis da espécie pelo processo hidrocórico de longa distância, quando em um curto período de tempo as sementes podem ser transportadas ≈ 25 km em apenas 6 h. A calibração do modelo possibilitou com que o centro de massa simulado acompanhasse o centro de massa experimental com erros relativos entre 4 e 16% e mantendo a mesma ordem de magnitude.Os erros comparativos entre deslocamento experimentais e simulados confirmam a hipótese de que diferentes trechos apresentam diferentes características hidráulicas (geométricas, batimétricas, meandros, presença de afluentes, etc), influenciando o processo de dispersão hidrocórica, sendo potencialmente um fator estruturante da espécie Macrolobium bifolium No presente trabalho, confirmamos a hipótese de que o modelo hidrodinâmico representa razoavelmente bem os dados de dispersão hidrocóricas. Embora a modelagem tenha sido fundamental, ainda precisamos ter o entendimento da ecologia da espécie para avançarmos nos processos de dispersão a longas distancias e obter mais parâmetros dentro dos modelos. Esta contribuição científica quantifica o pontêncial dispersivo hidrocórico em zonas ripárias da Amazônia por meio de simulação e experimentação numérica. Possibilitando subsidiar a gestão de conservação da bidivrsidde tropical, especialmente para espécies ripárias dependentes do processo hidrocórico.
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PAULO ALEJANDRO MEJIA ZEBALLOS
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VARIAÇÕES SAZONAIS E SEXUAIS DO HOSPEDEIRO AFETAM AS REDES DE INTERAÇÃO ENTRE MOSCAS E MORCEGOS NAS SAVANAS DO AMAPÁ, NORDESTE DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
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Orientador : LUCIO ANDRE VIANA DIAS
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Data: 30/08/2021
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Os morcegos interagem com uma ampla variedade de moscas ectoparasitas, e é por isso que é essencial determinar como os aspectos ambientais e biológicos afetam as interações das moscas de morcego, para entender a diversidade e a estrutura deste sistema parasita-hospedeiro. No presente estudo, analisamos como as redes de interação antagônicas entre morcego-mosca de morcego e a estrutura da assembleia das moscas de morcego são afetadas pela estação do ano, sexo e a idade dos morcegos nas Savanas do Amapá, nordeste da Amazônia brasileira. Estimamos a riqueza e composição de espécies de moscas de morcego e construímos redes de interação entre morcegos e moscas de morcego para testar o efeito da estação (chuvosa versus seca), sexo e idade do hospedeiro. Capturamos 1.221 morcegos de 27 espécies de 10 manchas de floresta dentro da savana e identificamos 1.583 moscas de 39 espécies parasitando 38% dos morcegos. O parasitismo foi maior na estação chuvosa (42%) do que na estação seca (32%) e foi maior para morcegos adultos (38%) em comparação com morcegos juvenis (37%). Além disso, as fêmeas adultas (42%) foram mais infestadas do que os machos adultos (32%), enquanto os machos juvenis (41%) foram mais parasitados do que as fêmeas jovens (39%). A riqueza de espécies de moscas e morcegos foi maior na estação chuvosa e a composição das moscas mudou entre as estações. A rede local morcego-mosca de morcego foi altamente especializada (0,88) e modular (0,70). A sub-rede da estação seca foi mais especializada (0,98) e modular (0,80) e a sub-rede de fêmeas adultas foi mais especializada (0,88) e modular (0,73). Quanto aos hospedeiros jovens, registramos sub-redes pequenas com menos espécies de morcegos e mosca de morcego. No geral, destacamos que a estação, o sexo e a idade dos hospedeiros contribuem para explicar a diversidade de variação e estrutura das redes de interação entre morcegos e moscas de morcego na savana amazônica.
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FABIANE ROCHA DE PAULA
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ABORDAGEM INTEGRATIVA NA CARACTERIZAÇÃO DE Hepatozoon spp. (APICOMPLEXA: HEPATOZOIDAE) EM Helicops angulatus E Thamnodynastes lanei (SQUAMATA: COLUBRIDAE) DA AMAZÔNIA ORIENTAL
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Data: 30/08/2021
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Os parasitos do gênero Hepatozoon (Apicomplexa, Hepatozoidae) são comuns em serpentes e há mais de um século vem sendo descritos a partir desses hospeiros. Até em 2007, quando análises moleculares foram incorporadas à descrição, caracterizações morfológicas e morfométricas foram os principais métodos usados para a diferenciação e descrições das espécies de Hepatozoon de serpentes. Desde então, a taxonomia e a sistemática desses parasitos tem sido em grande parte realizada de forma integrativa, com a utilização combinada de dados morfológicos e moleculares, minimizando, assim, possíveis erros na identificação desses organismos. Apesar do aumento nos últimos anos na descrição de espécies de Hepatozoon de serpentes, a esmagadora maioria das descrições ainda permanece sem caracterização molecular. No Brasil, há apenas cinco espécies de Hepatozoon de serpentes que possuem dados moleculares. Na Amazônia brasileira, região de elevada riqueza de espécies de serpentes, não há nenhuma espécie de Hepatozoon nesses hospedeiros com informações genéticas associadas. Nesse contexto, a presente dissertação teve como objetivo investigar através de uma abordagem integrativa a presença de Hepatozoon nas serpentes Thamnodynastes lanei e Helicops angulatus da Amazônia Oriental. A dissertação está dividida em introdução geral, capítulo 1, capítulo 2 e conclusões. No capítulo 1 foi registrado o encontro de Hepatozoon cevapii em T. lanei, parasito descrito anteriormente em São Paulo na serpente Crotalus durissus terrificus. No segundo capítulo foi realizada a redescrição de Hepatozoon carinicauda em H. angulatus, o qual teve sua descrição original na serpente
Helicops carinicaudus do Sudeste do Brasil. Por fim, os resultados obtidos forneceram pela primeira vez dados molecularesde Hepatozoon spp. de serpentes da região Amazônica, e ampliaram o conhecimento sobre a distribuição geográfica de H. cevapii e H. carinicauda.
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JONATHAN LUZ PIRES CRIZANTO
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Cenários de impactos devido a elevação do nível do mar na hidrodinâmica e nas taxas de renovação hídrica do estuário do Rio Amazonas
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Orientador : ALAN CAVALCANTI DA CUNHA
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Data: 30/08/2021
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O aumento no nível médio global do mar (SLR) é uma das principais evidências dos efeitos das mudanças climáticas atribuído às ações naturais e antropogênicas e que estão impactando o equilíbrio dinâmico dos ecossistêmicas estuarinos e oceânicos da Terra, incluindo o estuário do Rio Amazonas. Um dos métodos para avaliar os potenciais impactos do SLR nas zonas de conexão rio-oceano é a análise da alteração das correntes e dinâmica das marés utilizando-se modelos numéricos de simulação. Na presente pesquisa analisamos a hidrodinâmica do escoamento no estuário do rio Amazonas sob elevação da superfície do mar em 30, 60, 100 e 150 cm acima do nível médio atual, definidas pelas projeções até o final do século 21 (quinto painel intercontinental de mudanças climáticas - 5º IPCC). As projeções foram divididas em cenários baseados nas vias de concentração representativa das futuras forçantes radiativas (mudança no equilíbrio de radiação na atmosfera influenciada por constituintes atmosféricos, como o CO2). Após calibração do modelo hidrodinâmico (r²= 0.93) simulamos cenários sazonais indicando que o efeito SLR altera as taxas sazonais de renovação hídrica no estuário em até 2 dias na estação seca e aumento da amplitude de maré de até 16%, o que provocaria mudança em sua simetria. Consequentemente, estes impactos tenderiam a exercer rápidas mudanças geomorfológicas e ecossistêmicas, com implicações no aumento de áreas alagadas e alteração da dinâmica biogeoquímica, especialmente da matéria orgânica, sedimentos, nutrientes entre outros constituintes impactando a biodiversidade aquática no estuário do Rio Amazonas.
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ANDREA DEL ROCIO BARCENAS GARCIA
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EFEITOS DAS USINAS HIDRELÉTRICAS SOBRE A CONSERVAÇÃO DE QUELÔNIOS DE ÁGUA DOCE
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Data: 18/08/2021
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As usinas hidrelétricas são consideradas a principal causa antrópica de perda de biodiversidade nos ecossistemas fluviais, pelas alterações no equilíbrio ecológico que ocasionam, como a perda de hábitat e modificação do pulso de inundação. Os quelônios são vulneráveis a esses impactos dado que a sua história de vida está sincronizada com o regime do nível do rio e a regulação artificial do fluxo pelas usinas pode comprometer a disponibilidade de recursos como as áreas de nidificação. Existem poucos estudos focados no monitoramento dos impactos dos aproveitamentos hidrelétricos sobre as populações de quelônios e atualmente a bacia Amazônica é uma área potencial para o desenvolvimento destes empreendimentos. O objetivo deste estudo é conhecer os efeitos das usinas hidrelétricas sobre os quelônios de água doce estudados a uma escala global, assim, como a uma escala local num estudo de caso focado em determinar as mudanças nos padrões de nidificação da Podocnemis unifilis comparando dois anos prévios e quatro anos após a instalação da Usina Hidrelétrica a fio d´ água Cachoeira Caldeirão na sub bacia do rio Araguari, Amapá. Na escala global realizamos uma revisão para descrever as tendências, lacunas de informação e medidas de mitigação propostas nos artigos científicos recopilados. Encontramos poucos estudos realizados nos trópicos e as principais lacunas estão na avaliação dos efeitos da bioacumulação de mercúrio, mudanças na cobertura do solo e na qualidade da água provocados pelo habitat transformado. Assim mesmo faltam evidencias da implementação e avaliação das ações de mitigação. No estudo de caso, focado no quelônio P.unifilis (família Podocnemididae) classificado como vulnerável e com ocorrência na Pan-Amazônia, implementamos o desenho amostral Before-After-Control-Impact (BACI) para avaliar as mudanças na densidade das áreas de nidificação entre os períodos antes e após, ao longo de 33 km de um trecho de rio com menor perturbação antrópica e em 33 km de um trecho de rio diretamente atingido pela barragem. Usamos Modelos Aditivos Generalizados e inferência multimodelo para determinar a influência de nossas variáveis explicativas: BACI, Control-Impacto, Antes-Após, media e desvio padrão da precipitação durante o período de nidificação e distância até a usina hidrelétrica. Encontramos uma diferença na densidade de áreas de nidificação entre períodos (0,48 e 0,15 areas por quilometro antes e após respectivamente, P<0,05), onde o declino foi de 69% das áreas de nidificação na zona impactada. Enquanto na zona mais distante da barragem a densidade de áreas de nidificação entre períodos se manteve estável (0.7 areas por quilometro). Isto não pode ser explicado pelas precipitações sazonais (P>0,05), no entanto a densidade de áreas de nidificação aumento significativamente em áreas mais distantes da barragem (P <0.01). Nosso estudo demostrou que mesmo que as barragens a fio d´água sejam consideradas as mais ecológicas por operar só com o fluxo do rio ainda seus impactos estão sendo subestimados. Manter o monitoramento das populações de quelônios através da sua nidificação vai contribuir para gerar evidências sólidas para poder implementar ações de mitigação como a restauração do habitat, regulação das descargas de água pela usina, assim como incentivar e fortalecer o manejo comunitário.
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EDUARDO RODRIGUES DOS SANTOS
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Impactos de Hidrelétricas à Vertebrados na Amazônia Brasileira
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Orientador : DARREN NORRIS
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Data: 30/07/2021
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A Amazônia Brasileira tornou-se protagonista uma expansão de usinas hidrelétrica. Essa expansão pode trazer várias mudanças na região, alterando a velocidade das águas e modificando a paisagem. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura científica de estudos que analisaram os impactos de usinas hidrelétricas sobre vertebrados na Amazônia Legal Brasileira. Nossa busca inicial identificou 522 publicações, após a seleção seguindo as etapas descritas nos Principais itens para relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises(PRISMA), obtivemos um total de 24 estudos que eram relevantes para o escopo desta revisão. Houve um aumento no número de usinas hidrelétricas operacionais e também um aumento na quantidade de estudos publicados, porém os estudos não foram distribuídos geograficamente de maneira uniforme. Descobrimos que a maioria (20) dos estudos avaliou impactos em peixes e a grande maioria (22) não apresentou evidências robustas desses impactos. Esses resultados demonstram uma falta de compreensão dos reais impactos das barragens hidrelétricas sobre a vida selvagem na Amazônia brasileira. As informações apresentadas nesta revisão podem orientar o desenvolvimento de novas pesquisas que busquem evidências robustas em toda a Amazônia brasileira.
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MARCELO MARTINS FERREIRA
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FATORES AMBIENTAIS QUE DETERMINAM A RIQUEZA, DIVERSIDADE TAXONÔMICA, FUNCIONAL E FILOGENÉTICA DE MORCEGOS EM UMA FLORESTA DE TERRA FIRME PRESERVADA NO NORDESTE DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
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Data: 30/07/2021
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Variações nas condições ambientais ao longo de gradientes desempenham um papel importante na distribuição das espécies por meio da filtragem ambiental de características morfológicas e fisiológicas, mas seus efeitos na diversidade de morcegos permanecem pouco entendidos. O objetivo principal deste estudo foi distinguir como a estrutura da vegetação (obstrução da vegetação, altura do dossel e área basal), topografia do terreno e distância para o corpo d’água mais próximo afetam as três dimensões da diversidade alfa (dimensões taxonômica, funcional e filogenética), além da predominância de alguns traços funcionais da comunidade de morcegos filostomídeos em uma área de floresta de terra firme preservada no nordeste da Amazônia brasileira. Após um total de 77.760 m² .h de esforço amostral, que resultou na captura de 279 morcegos pertencentes a 28 espécies, demonstramos que em áreas mais distantes do corpo d’água, a assembleia de morcegos é muito mais rica em espécies e taxonomicamente e funcionalmente mais diversa. A riqueza taxonômica também foi influenciada positivamente pela elevação do terreno. No entanto, não houve efeito de nenhuma das variáveis medidas sobre a diversidade filogenética. Contrariando as nossas expectativas, a massa média de morcegos foi influenciada positivamente pela área basal da floresta. Em conjunto, nossos resultados demonstram que variações sutis nas condições ambientais de um mesmo gradiente em escala local, são suficientes para direcionar as principais dimensões da diversidade alfa de morcegos.
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BLANCA MARISOL ALFARO CRUZ
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MODELOS ALOMÉTRICOS PARA ESTIMATIVA DA BIOMASSA ARBÓREA EM UMA SAVANA AMAZÔNICA
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Data: 12/07/2021
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As estimativas de biomassa aérea em savanas são essenciais para entender o papel que esses ecossistemas desempenham no ciclo global do carbono, permitindo criar estratégias voltadas à mitigação das mudanças climáticas. No entanto, existem incertezas em relação aos estoques de carbono nas savanas devido à falta de equações locais. Neste estudo desenvolvemos 26 modelos alométricos a partir 150 árvores abatidas em uma área de ~5973 km2 na savana do Amapá. Os modelos alométricos foram construídos usando diâmetro do tronco, altura total, densidade específica da madeira e diâmetro da copa. A precisão (R2) dos modelos variou de 0,69 a 0,93. O preditor mais importante desses modelos foi o diâmetro da copa, que explicou até 91% da biomassa individual acima do solo. Os modelos alométricos desenvolvidos podem ser usados de forma confiável para prever a biomassa aérea em savanas amazônicas, o que possibilita a diminuição das incertezas nas estimativas no nível local e regional, permitindo definir a contribuição destas áreas no ciclo global do Carbono.
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BLANCA MARISOL ALFARO CRUZ
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MODELOS ALOMÉTRICOS PARA ESTIMATIVA DA BIOMASSA ARBÓREA EM UMA SAVANA AMAZÔNICA
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Data: 12/07/2021
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As estimativas de biomassa aérea em savanas são essenciais para entender o papel que esses ecossistemas desempenham no ciclo global do carbono, permitindo criar estratégias voltadas à mitigação das mudanças climáticas. No entanto, existem incertezas em relação aos estoques de carbono nas savanas devido à falta de equações locais. Neste estudo desenvolvemos 26 modelos alométricos a partir 150 árvores abatidas em uma área de ~5973 km2 na savana do Amapá. Os modelos alométricos foram construídos usando diâmetro do tronco, altura total, densidade específica da madeira e diâmetro da copa. A precisão (R2) dos modelos variou de 0,69 a 0,93. O preditor mais importante desses modelos foi o diâmetro da copa, que explicou até 91% da biomassa individual acima do solo. Os modelos alométricos desenvolvidos podem ser usados de forma confiável para prever a biomassa aérea em savanas amazônicas, o que possibilita a diminuição das incertezas nas estimativas no nível local e regional, permitindo definir a contribuição destas áreas no ciclo global do Carbono.
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MARIA DE NAZARE FERREIRA COSTA
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Respostas fisiológicas de tambaqui (Colossoma macropomum) alimentado com dietas suplementadas com silagem de coprodutos de pescado e vegetais
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Data: 30/06/2021
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tambaqui está entre as espécies mais importantes na aquicultura para a região Norte, sendo o terceiro mais cultivado nas pisciculturas a nível nacional. Atualmente, muitos estudos buscam testar novas matérias- primas para garantir bom alimento e boa nutrição às espécies em cultivo, de forma menos onerosa e mais sustentável. No âmbito da aquicultura, a silagem produzida a partir de coprodutos de pescado e vegetais apresenta-se como uma alternativa de baixo custo e eficiente fonte proteica. Por isso, pensando em fontes viáveis para a produção alimentar, precisamente, para a piscicultura, este estudo objetivou testar quatro níveis de inclusão de silagem de pescado e coprodrutos da agricultura (0%, 5%, 10% e 20%), que foram adicionados à dieta de alevinos de tambaquis em cultivo e avaliar suas respostas fisiológicas após dois períodos de alimentação, 45 e 90 dias. Os testes foram feitos ao fim de cada período experimental por meio de avaliações hematológica (hematócrito, concentração de hemoglobina, contagem de eritrócitos, volume corpuscular médio, hemoglobina corpuscular média e concentração de hemoglobina corpuscular média; bioquímica (glicose, proteína total, albumina, colesterol total e triglicerídes); crescimento. Os resultados evidenciaram informações sobre a condição de saúde dos espécimes e o quanto a silagem inclusa na alimentação contribuiu para tal. Os tambaquis alimentados com dietas contendo a silagem nos níveis de suplementação avaliadas, aceitaram o alimento, indicando que a inclusão do suplemento não influenciou negativamente na ingestão das dietas. O peso corpóreo, comprimento total e índice hepatossomático dos espécimes não revelaram alterações entre as diferentes dietas experimentais em um mesmo periodo. Concluímos que a silagem adicionada à dieta dos espécimes, até 20%, evidenciou alterações significativas na saúde destes, mas não de forma detrimental, porém não mostrou alterações no crescimento.
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DEBORA CRISTINA DAMASCENO DE SOUZA
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Impactos negativos do estresse antropogênico na qualidade da água e em peixes em ambientes aquáticos urbanos em Macapá, Estado do Amapá, Amazônia, Brasil
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Orientador : LUCIO ANDRE VIANA DIAS
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Data: 30/06/2021
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A bacia amazônica é amplamente conhecida principalmente por abrigar uma vasta biodiversidade de organismos aquáticos, com destaque em peixes, porém seus recursos naturais estão sendo suprimidos de formas insustentáveis. Problemas pouco conhecidos da região Amazônica são os efeitos antropogênicos advindos das cidades, que sofrem constante aumento populacional e urbano sem planejamento, e consequentemente refletindo diretamente na qualidade de vida da população com a falta de saneamento básico, o que implica em riscos para a biota aquática. Macapá, capital do Estado do Amapá, é uma dessas cidades, por isso o presente estudo, realizado em 2019 em seis pontos de amostragem em diferentes ambientes aquáticos urbanos, teve como objetivos avaliar a estrutura da paisagem no entorno de distintos ambientes aquáticos localizados na área urbana de Macapá e a sua possível interferência na qualidade das suas águas. Quantificar coliformes termotolerantes, Escherichia coli e concentrações de metais na água nos pontos de amostragem. Avaliar se as amostras de água dos diferentes pontos de amostragem provocam toxicidade aguda para Daphinias similis e genotoxicidade para Danio rerio e determinar se os níveis de metais presentes nas águas causam riscos para preservação da biota aquática. Além de, avaliar a genotoxicidade e bioacumulação de metais no tecido muscular de espécies de peixes in situ de maiores ocorrência nos diferentes ambientes aquáticos urbanos de Macapá, com o objetivo de identificar os melhores ambientes aquáticos para espécies de peixes a fim de determinar riscos à saúde humana. Os resultados indicaram desequilíbrios ambientais nos diferentes ambientes aquáticos urbanos de Macapá, principalmente decorrente do estresse antropogênico que estes ambientes vêm sofrendo. Constatamos contaminação por coliformes termotolerante e metais nas amostras de água nos diferentes ambientes aquáticos em desconformidade com a legislação brasileira vigente. Os valores de metais nas amostras de água também indicaram riscos para preservação da biota aquática e no índice de risco na junção dos metais biodisponíveis no meio aquático. Constatamos toxicidade em D. similis nas amostras de água em áreas de ressacas e efeitos genotóxicos em D. rerio em todos os ambientes aquáticos. Nove espécies de peixes nativas foram amostrados e uma espécie não nativa foi capturada em uma das ressacas. As espécies de peixes apresentaram maiores efeitos genotóxicos em ressacas e áreas de canal. Os níveis de Cd no tecido muscular dos peixes em todos os ambientes aquáticos apresentaram valores acima dos limites considerados seguros para consumo. Os valores de Cd também indicaram risco para a saúde humana. O monitoramento constante desses ambientes aquáticos urbanos de Macapá para a recuperação desses sítios e a conservação das espécies amazônicas é necessário, além de garantir o consumo seguro desses peixes. Assim como, implantação de projetos de recuperação e despoluição destes ambientes aquáticos, para garantir a manutenção e conservação da vida aquática, além da segurança no consumo para a saúde humana.
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WILLIAM FELIX BORGES
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Parasitos metazoários em duas espécies de Triportheus (Characiformes: Triportheidae) do baixo Rio Jari, Estado do Amapá, na Amazônia brasileira
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Data: 11/06/2021
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O objetivo deste estudo foi comparar a diversidade e a estrutura da comunidade de parasitos metazoários em populações simpátricas de Triportheus angulatus e Triportheus auritus da bacia do Rio Jari, na Amazônia oriental brasileira. Bimestralmente, de janeiro a julho de 2020 foram coletados espécimes de T. angulatus e T. auritus em áreas de margem do rio, igarapé e várzea, ambientes próximos ao Distrito de Jarilândia, municípios de Vitória do Jari, Estado do Amapá. Os peixes foram coletados usando caniços, linhas de mão, tarrafa e redes de emalhar com malhas de 25 mm e 30 mm. A superfície corporal, opérculos, trato gastrointestinal e vísceras foram examinados no local de coleta, enquanto as brânquias foram fixadas em formalina 5% aquecida (60-70 ºC) e analisadas no Laboratório. Todos os espécimes de T. angulatus e T. auritus examinados estavam infectados por Anacanthorus furculus, Anacanthorus pithophallus, Digenea gen. sp., Procamallanus (Spirocamallanus) inopinatus, Rhabdochona acuminata, Contracaecum sp., Ergasilus sp. e Acarina gen. sp. Os parasitos apresentaram dispersão agregada, uniforme ou aleatória. A comunidade parasitária em T. angulatus e T. auritus apresentou similaridade de 78%. A diversidade e riqueza de espécies de parasitos foram maiores em T. auritus e houve diferenças nos níveis de infecção dos hospedeiros para algumas infracomunidades dos parasitos. Phyllodistomum spatula ocorreu apenas em T. angulatus, enquanto metacercaria de Clinostomum marginatum e Digenea gen. sp.2 ocorreu apenas em T. auritus. A riqueza de espécies de parasitos foi influenciada pelo tamanho do hospedeiro, bem como pela abundância de algumas infracomunidades dos parasitos. Este foi o primeiro relato desses parasitos para T. angulatus e T. auritus, exceto para P. (S.) inopinatus e Contracaecum sp. para T. angulatus.
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YURI IAN CARVALHO FURTADO
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FEITOS DOS ANTICOAGULANTES HEPARINA, Na2EDTA e K3EDTA NAS ANÁLISES HEMATOLÓGICAS E BIOQUÍMICA PLASMÁTICA DE TRACAJÁ (Podocnemis unifilis)
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Data: 28/05/2021
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Para o estabelecimento dos valores hematológicos de referência, para cada espécie, é fundamental o conhecimento sobre os reagentes mais apropriados durante estas avaliações. Este estudo avaliou a eficácia dos anticoagulantes heparina 5.000 U.I. mL-1, Na2EDTA (3% e 5%), e K3EDTA (3 e 5%) em parâmetros sanguíneos de Podocnemis unifilis, bem como diferentes métodos para contagem de eritrócitos totais. A coagulação foi eficientemente inibida nas amostras de sangue de P. unifilis com o uso dos diferentes anticoagulantes avaliados após 10 horas de armazenamento. Houve aumento no número de eritrócitos com o uso de K3EDTA 5% quando comparado a coleta de sangue com heparina. Foi constatada diferença estatisticamente significativa na contagem de eritrócitos entre as diferentes soluções de reagentes avaliadas. As soluções B e D, ambos com citrato de sódio e formol na composição, possibilitaram a contagem até 120 horas após a coleta, sem alteração em seus valores. Recomenda-se o uso dos anticoagulantes heparina 5000 U.I. mL-¹, Na2EDTA 3%, Na2EDTA 5%, K3EDTA 3% nas análises hematológicas de P. unifilis. Ainda, o uso da solução de formol-citrato (1,9 g de citrato de sódio e 1,0 mL de formol em 50 mL de água destilada) para realização das contagens de eritrócitos totais em tracajá.
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